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BIOMEMBRANAS

A ULTRAESTRUTURA DAS MEMBRANAS CELULARES


OBTENÇÃO DE MATÉRIA PELOS SERES VIVOS HETEROTRÓFICOS
BIOMEMBRANAS

▪ Todas as membranas biológicas


exibem a mesma constituição
química, sendo por isso
designadas de biomembranas.
▪ É a membrana celular que mantém
a integridade da célula, atuando
como uma barreira seletiva entre o
meio intra e extracelular.
▪ Corresponde a uma superfície de
troca de substâncias, de energia e
de informação entre os dois meios.

Fig. 1 - Estrutura e composição química da membrana plasmática.


BIOMEMBRANAS
ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA

▪ Modelo de Goster e Grendel (1925)

▪ A biomembrana é composta exclusivamente


por um bifolheto fosfolipídico, em que as
regiões hidrofílicas se encontram voltadas
para o exterior e as regiões hidrofóbicas para
o interior da membrana.

▪ Estudos com hemácias demonstraram que a


quantidade de fosfolípidos isolados da
membrana era suficiente para formar uma
dupla camada à superfície de cada hemácia.

▪ Também revelaram a existência de outras


moléculas a constituir as biomembranas, o
que contradiz este modelo.
ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA

▪ Modelo de Davson e Danielli (1954)

▪ A biomembrana é composta por um


bifolheto fosfolipídico, em que as regiões
hidrofílicas se encontram voltadas para o
exterior e as regiões hidrofóbicas para o
interior da membrana.

▪ A bicamada fosfolipídica encontra-se


revestida interna e externamente por
proteínas, que formam canais de passagem
de substâncias pelas caudas hidrofóbicas
dos fosfolípidos.

▪ Estudos bioquímicos revelaram que a


quantidade de proteínas não é suficiente
para revestir totalmente a membrana, o que
contradiz este modelo.
ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA

▪ Modelo de Singer e Nicholson (1972)

▪ É o modelo mais aceite atualmente,


sendo designado de modelo do
mosaico fluído.

▪ Bioquimicamente, as
biomembranas exibem na sua
constituição fosfolípidos, proteínas,
glícidos e colesterol.

▪ A biomembrana é composta por um


bifolheto fosfolipídico, em que as
regiões hidrofílicas se encontram
voltadas para o exterior e as
regiões hidrofóbicas para o interior
da membrana.
MEMBRANA CELULAR – MODELO DO MOSAICO
FLUIDO: ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
― Os principais componentes da membranas são proteínas, lípidos e também glícidos.

Lípidos Proteínas Glícidos

São essencialmente fosfolípidos As proteínas podem ser Localizam-se no exterior da


que possuem duas caudas intrínsecas/ integradas ou membrana e projetam-se a partir
hidrofóbicas – região apolar – e extrínsecas/periféricas. da mesma para o meio
uma cabeça hidrofílica – região As integradas só podem ser extracelular.
polar. removidas se a membrana for Estão associados a lípidos,
Existe também colesterol nas destruída. glicolípidos, ou a proteínas,
membranas das células animais As periféricas estão ligadas de glicoproteínas.
forma fraca à membrana.
ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA

▪ Ao longo da bicamada fosfolipídica surgem


numerosas proteínas.

▪ As proteínas podem ser extrínsecas ou


intrínsecas.
▪ Proteínas extrínsecas: entram em contacto
apenas com as partes hidrofílicas dos
fosfolípidos.

▪ Proteínas intrínsecas: entram em contacto


com as partes hidrofílicas e hidrofóbicas dos
fosfolípidos.

▪ Proteínas transmembranares: atravessam a


membrana de um lado ao outro.

▪ Proteínas não transmembranares: não


atravessam a membrana de um lado ao outro.
PROTEÍNAS MEMBRANARES

Adesão celular Reconhecimento


celular Ligação ao
(glicoproteínas) Transporte Atividade Receção de
seletivo de enzimática citoesqueleto e
sinais químicos à matriz
substâncias do exterior da
célula
Fig. 4 - Algumas funções das proteínas membranares.
ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA

▪ As biomembranas apresentam uma estrutura


assimétrica.
▪ No folheto externo da membrana surgem glícidos
associados às proteínas (glicoproteínas) e aos
fosfolípidos (glicofosfolípidos ou glicolípidos).

▪ No seu conjunto, os glícidos formam uma


estrutura que reveste quase a totalidade da parte
externa da membrana, formando o glicocálix.

▪ Situadas entre as partes hidrofóbicas dos


fosfolípidos podem surgir moléculas de
colesterol.
▪ O colesterol surge apenas nas membranas das
células eucarióticas animais.
ULTRAESTRUTURA DA MEMBRANA
▪ Fosfolípidos: exibem uma função estrutural,
funcionando como uma membrana seletiva, que
impede a passagem de algumas substâncias e
dificulta ou permite a passagem de outras. (A
bicamada fosfolipídica constitui a estrutura básica
da membrana: serve de barreira e controla a
passagem de certas substâncias);
▪ Proteínas: apresentam uma função estrutural,
enzimática ou de transporte. Podem também
funcionar como recetores de estímulos
provenientes do meio externo (As proteínas
podem: transportar substâncias; catalisar
reações químicas; serem recetores de sinais
químicos; manter a coesão dos tecidos; e
contribuir para a manutenção da forma de
célula).
▪ Glícidos: funcionam como recetores no
conhecimento de certas sustâncias pelas células
Os glícidos constituem o glicocálix que
funcionam de marcadores de reconhecimento
celular).
▪ Colesterol: ostentam uma função estabilizadora,
agregando os fosfolípidos e diminuindo a fluidez
da membrana (O colesterol, nas células animais,
controla a fluidez da membrana). Fig. 2 - Localização dos diferentes tipos de proteínas presentes nas membranas celulares animais.
MODELO DO MOSAICO FLUIDO
MODELO DO MOSAICO FLUIDO

▪ O modelo de Singer e Nicholson admite que a


membrana não é uma estrutura rígida, existindo
movimento das moléculas que a constituem.
▪ Os movimentos das moléculas que compõem as
biomembranas faz com que estas estruturas
apresentem uma grande fluidez.
▪ Os fosfolípidos apresentam movimentos laterais
(frequentes) e de flip-flop (raros).
▪ Algumas proteínas também apresentam
movimentos, apesar de existirem algumas com
uma posição fixa.
MEMBRANA CELULAR – MODELO DO MOSAICO FLUIDO:
FLUIDEZ E FUNÇÕES DAS MEMBRANAS CELULARES
― A estrutura das membranas celulares resulta das interações que os seus constituintes mantêm com a água e não
de ligações químicas fortes.

― Assim, os lípidos podem apresentar movimento lateral, ou seja, na mesma camada da membrana.

― É possível, embora raro, um outro tipo de movimento,


o flip-flop, em que uma molécula muda de uma
camada da membrana para a outra.

― As proteínas também apresentam movimento


lateral.

Fig. 3 - Processos distintos de movimentos dos


fosfolípidos:
A – Movimento lateral e rotacional dos fosfolípidos.
B – Movimento de flip-flop.
TRANSPORTES
TRANSMEMBRANARES
― A sobrevivência das células depende das trocas que
estas realizam com o meio extracelular.

― Devido à bicamada e à constituição da membrana a


permeabilidade é variável.

― A membrana celular tem pouca permeabilidade para


iões e moléculas polares mas apresentam elevada
permeabilidade para substâncias apolares e pequenas.

― Assim podemos afirmar que a membrana possui uma


permeabilidade seletiva.

Fig. 5 - A bicamada fosfolipídica confere à membrana uma permeabilidade seletiva. Bicamada de fosfolípidos

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