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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL


ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

Disciplina BIOLOGIA GERAL

Estrutura e função celular

Profa. Katia Saavedra

2017
Conteúdo

• Membranas biológicas
• Retículo endoplasmático
• Complexo de Golgi
• Endossomos
• Lisossomos
Membrana celular

• As membranas definem o limite externo


das células e regulam o trânsito
molecular através deste limite.

• Organizam sequências de reações


complexas e são essencias tanto para
a conservação da energia quanto para
a comunicação célula-célula.
Membrana celular

• As atividades biológicas das


membranas se devem às suas
propriedades físicas.

• São resistentes, mas flexíveis, auto-


selantes e seletivamente permeáveis
aos solutos polares.
Membrana celular
• Manutenção do equilíbrio iônico com o
meio intracelular.

• Reconhecimento celular e molecular.

• Comunicação celular.

• Adesão: célula-célula
célula-matriz
Membrana celular

• Controle das atividades celulares.

• Organização dos sistemas enzimáticos.

• Execução de funções especializadas.

• Proteção celular.
Membrana celular
Lipídios nas membranas celulares
Distribuição dos lipídios
Membrana celular

• O grau de fluidez das membranas


depende da composição lipídica e da
temperatura.

• Em temperaturas baixas ocorre pouca


movimentação lipídica e a camada
existe numa forma cristalina
(paracristalina).
Membrana celular

• A temperatura de transição do sólido


paracristalino para o fluido depende da
composição de lipídios de membrana.
• Ácidos graxos saturados:
paracristalino.
• Ácidos graxos insaturados: previnem a
formação de um estado paracristalino
sólido.
Membrana celular

• A inserção de esteróides entre as


cadeias laterais dos ácidos graxos
fluidifica a membrana.

• Movimentação basculante (flip flop)


através da bicamada: é de um lipídio de
uma face da bicamada até a outra.
Estado paracristalino (sólido)

a: Movimentação térmica das


Estado cadeias acil laterais (transição
fluido sólido fluido)

Movimentação
lipídica
b:Difusão lateral da
bicamada

c: Difusão trans-
bicamada “flip flop”
Dependem da temperatura

Difusão lateral
Rotação

Flip Flop

Movimentação lipídica
Membrana celular

• Algumas proteínas aparecem em


apenas uma das faces da membrana.

• Outras atravessam toda a espessura da


bicamada e se projetam tanto na
superfície interna quanto na externa da
membrana.
Amino
terminal

Externa
Glicoforina
atravessando a
membrana do
eritrócito

Interna

Carboxila
terminal
Membrana celular

• As proteínas de membrana podem ser:


integrais (intrínsecas) e periféricas
(extrínsecas).

• A maioria das proteínas periféricas


podem ser liberadas por alterações no
pH e na força iônica, remoção do Ca2+.
Membrana celular

• Proteínas periféricas ligadas


covalentemente a um lipídio de
membrana são liberadas pelas
fosfolipases C ou D.

• Proteínas integrais podem ser


extraídas com detergentes.
Proteína
periférica

Alteração de
pH; agente
quelante:
uréia

Proteínas
Fosfolipídios C
de
Detergente
ou D membrana

Lipídio ligado a
proteína periférica

Proteína - glicana

Proteína integral (domínio


hidrofóbico coberto com
detergente)
Transporte através da membrana

• A membrana celular é muito permeável


à água.

-Solução hipotônica
-Solução hipertônica
Soluções isotônicas
Transporte através da membrana
Transporte através da membrana

Difusão passiva
• O soluto entra na célula quando sua
concentração é menor no interior
celular do que no meio externo, e sai
da célula no caso contrário.

• Não gasta energia.


Exocitose e endocitose
Transporte através da membrana

Difusão facilitada
• A difusão se realiza a favor de um
gradiente, porém em velocidade maior
do que na difusão passiva.
• Compostos isômeros penetram com
velocidades diferentes.
• Aminoácidos e glicose. Sem gasto de
energia.
Transporte através da membrana

Transporte ativo
• Existe consumo de energia (ATP).

• A substância pode ser transportada de


um local de baixa concentração para
outro de alta concentração.
Difusão
Difusão
Transpote na membrana celular
Transpote na membrana celular
Proteínas canal na membrana celular
Sistema de endomembranas
♦ Os componentes do sistema de
endomembranas se comunicam através
de vesículas.
♦ Composto por várias organelas:

Retículo endoplasmático
Complexo de Golgi
Endossomos
Lisossomos
Sistema de endomembranas nas células
Endomembranas nas células
Retículo endoplasmático

• Se distribui por todo o citoplasma.


• Do núcleo até a membrana
plasmática.
• Composto por uma rede
tridimensional de túbulos e sacos
achatados interconectados.
Retículo endoplasmático

• Constitui uma organela indivisível:


membrana contínua e uma só
cavidade.
• O citoesqueleto se encarrega de
manter seus componentes fixos
dentro do citoplasma.
Retículo endoplasmático

• Dividido em dois setores:

-Retículo endoplasmático liso (REL)


- Retículo endoplasmático rugoso
(REG)
Retículo endoplasmático liso e rugoso
Retículo endoplasmático liso (REL)

• Não contém ribossomos.


• Rede de túbulos interligados.
• Volume e distribuição espacial diferem
nos diversos tipos de células.
• Essa diversidade depende de suas
variadas funções. Ex. célula muscular:
retículo sarcoplásmico.
Retículo endoplasmático rugoso
(RER)

• Associado a ribossomos.
• Muito desenvolvido nas células que
realizam síntese protéica ativa.
• Em sua composição predominam
sacos achatados.
Retículo endoplasmático rugoso (RER)

• Os ribossomos estão aderidos à face


citossólica da membrana do RE.
• Compõem complexos chamados
polissomos ou polirribossomos.
• Consistem em grupos de ribossomos
enlaçados por uma molécula de RNAm.
Retículo endoplasmático

Funções:
◊ No RE ocorrem as reações centrais
da síntese dos triglicerídios.
◊ É responsável pela biogênese das
membranas celulares.
◊ Compreende a síntese de seus
lipídios, proteínas e carboidratos.
Retículo endoplasmático

Funções:
• Os lipídios das membranas celulares
são sintetizados na membrana do
RE.
• As proteínas destinadas ao RE se
inserem na membrana ou são
liberadas na cavidade da organela.
União do ribossoma com a membrana do RER
Retículo endoplasmático

Funções:
• As proteínas destinadas ao RE
contêm um ou mais sinais
dependendo de que sejam liberadas
na cavidade da organela ou inseridas
em sua membrana.
Retículo endoplasmático

Funções:
• Polipeptídios fabricados por
ribossomos livres no citosol se
incorporam ao RE.
• Síntese das glicosaminoglicanas e
das proteoglicanas.
Retículo endoplasmático

Funções:

• O REL é o principal depósito de Ca+


da célula.
Síntese de oligossacarídeos
Complexo de Golgi

• Mostra uma polimerização que se


corresponde com seu
funcionamento.
• Composto por uma ou várias
unidades chamadas dictiossomos.
• Sua localização e seu número variam
nos diferentes tipos de células.
Complexo de Golgi
Complexo de Golgi
Complexo de Golgi

Funções:
▪ Os lipídios das membranas celulares se
glicosidam no complexo de Golgi.
• A síntese e processamento dos
oligossacarídeos ligados a proteínas
mediante ligações N começam no RER
e terminam no complexo de Golgi.
Complexo de Golgi

Funções:
• A síntese dos oligossacarídeos
ligados a proteínas por ligações O
ocorre no CG.
• Algumas proteínas são processadas
no RE e no complexo de Golgi.
Complexo de Golgi
Funções:

• As vesículas transportadoras
originárias do CG se unem aos
endossomos.
Traslado das proteínas provenientes do Retículo
endoplasmático
Síntese e formação de estruturas celulares
Endossomos

• Possui uma bomba de H+ na sua


membrana.
• Organelas localizadas funcionalmente
entre o CG e a membrana plasmática.
• Formas e dimensões variáveis.
Endossomos

• Duas formas de endocitose:


pinocitose e fagocitose.
• Pinocitose: ingresso de líquidos
junto com as macromoléculas e os
solutos dissolvidos neles.
Endossomos

• Fagocitose ocorre em poucos tipos


celulares: macrófagos e leucócitos
neutrófilos.
• Existem dois tipos de endossomos:
primários e secundários.
Endocitose
Formas de endocitose
Lisossomos

• São organelas polimorfas.


• Todas as células eucarióticas
contêm lisossomos.
• Digerem os materiais incorporados
por endocitose.
• Por autofagia também digerem
elementos da própria célula.
Lisossomos

• Apresentam variedade de enzimas


hidrolíticas.
• As enzimas lisossômicas tornam-se
ativas em pH de 5,0.
• Bomba de H+ presente na membrana
do lisossomo.
Lisossomos

• A membrana do lisossomo encontra-se


protegida do efeito destruidor das
enzimas pela presença de
glicoproteínas.
• Nos lisossomos as proteínas e
carboidratos endocitados são
transformados em dipeptídeos e
monossacarídeos.
Lisossomo

• Também digerem proteínas não


endocitadas.
• A autofagia é essencial para o
funcionamento da célula.
• A célula elimina organelas
envelhecidas por autofagia, que forma
autofagossomos e fagolisossomo.
Lisossomo

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