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Membrana Plasmática e Transporte

Prof. Bruno Mietto

bruno.mietto@ufjf.edu.br
Conteúdo Programático

Parte I – Lipídios da Membrana Celular


•A Bicamada Lipídica
•Tipos e Estrutura dos Lipídios de Membrana
•Propriedades da Bicamada Lipídica

Parte II – Proteínas da Membrana Celular


•Associação de Proteínas à Membrana Celular
•Dinâmica das Proteínas de Membrana Celular

Parte III – Transporte pela Membrana Celular


•Mecanismos de Transporte
•Transporte Passivo e Ativo
•Canais Iônicos
AS MEMBRANAS CELULARES

• Protege e compartimentaliza a célula, organelas e núcleo ;

• Regulação do transporte para dentro e fora da célula;

• Permite a transdução de sinal;

• Reconhecimento celular;

• Ponto de ancoragem para elementos do citoesqueleto e outros


elementos da matriz;
Membrana Plasmática
ESTRUTURA DE UMA BICAMADA CONTENDO LIPÍDIOS E PROTEÍNAS

MODELO DO MOSAICO FLUIDO


Membrana Plasmática
I. Constituição Geral
• Lipídios
• Proteínas
• Glicocálice Š cadeias de carboidratos associadas ao folheto
externo da membrana plasmática.
PARTE I

Lipídios
Fosfolipídios
I.1 Lipídios de Membrana Colesterol
Glicolipídios

A. Fosfolipídios: Estrutura Geral


ÁCIDO GRAXO Moléculas anfipáticas
Por que a membrana celular é uma
bicamada lipídica?
ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO
Principais Tipos de Fosfolipídios

ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO
Fosfatidil-inositol Š lipídios que ocorrem em pequenas quantidades
na membrana plasmática, restritos ao folheto interno da bicamada
lipídica

Fosfatidil-inositol Participação em eventos de sinalização celular


B. Colesterol
Molécula anfipática

Rigidez da
Membrana
Regiões da membrana plasmática ricas em
esfingolipídios e colesterol, contendo proteínas
específicas que os estabilizam nessas regiões.
Geralmente são áreas mais espessas, devido ao maior
comprimento das caudas dos esfingolipídios.
Balsas Lipídicas são microdomínios
especializados da membrana plasmática
C. Glicolipídios
Lipídios dotados de radicais glicídicos associados, restritos ao folheto externo (extracelular)
das membranas plasmáticas de todas as células.
ÁCIDO GRAXO

ÁCIDO GRAXO
ÁCIDO GRAXO
ÁCIDO GRAXO
Principal propriedade fisiológica de uma bicamada lipídica Š Fluidez

Dinâmica da Membrana Plasmática - Principais movimentos dos lipídios na bicamada lipídica


Fatores que influenciam a fluidez da membrana

1 – Insaturação de hidrocarbonetos altera fluidez da membrana plasmática:

MEMBRANA MEMBRANA
+ FLUÍDA + RÍGIDA
2 – Moléculas de colesterol aumentam a rigidez da membrana plasmática:
Assimetria da Membrana Plasmática

• fosfatidilcolina e esfingomielina Š predominantes no folheto externo;

• fosfatidilserina e fosfatidiletanolamina Š apenas no folheto interno;

• colesterol Š presente em ambos os folhetos.

SINALIZAÇÃO / FUNÇÃO
PARTE II

Proteínas da Membrana
I.2 Proteínas de Membrana
Responsáveis pelas principais funções específicas das membranas e, consequentemente,
pelas propriedades funcionais características de cada tipo de membrana plasmática.

Classificação das proteínas de membrana quanto à sua relação com a bicamada lipídica:

transmembranares – atravessam uma ou mais vezes a bicamada


lipídica ‚ƒ
• Proteínas integrais
não-transmembranares – unidas a um dos folhetos da bicamada
através de ligações com lipídios de membrana „ †

• Proteínas periféricas – não atravessam a bicamada lipídica, estando associadas a um


dos dois folhetos através de ligações iônicas, tornando fácil sua extração ‡ˆ
Domínios = Regiões específicas das moléculas de
proteínas integrais transmembranares em relação à
bicamada lipídica

Proteína integral
Proteína integral transmembranar de
transmembranar de passagem
passagem múltipla (“multi-pass”)
única (“single-pass”)
Dinâmicas das Proteínas de Membrana

Ø Difusão lateral

Ø Difusão rotacional
Método FRAP –
fotodegradação
APRESENTAM DIFERENTES FUNÇÕES
I.3 GLICOCÁLICE
Conjunto de moléculas de carboidratos associados ao folheto externo da
membrana plasmática.
FUNÇÕES GERAIS:
•Capa de proteção contra agressões à membrana celular
•Medeiam processos de interação celular (cel-cel) (cel-matriz)
•Retenção de íons, nutrientes, água e enzimas
Funções Específicas do Glicocálice em Alguns Tipos Celulares

Eritrócitos (hemácias) Š sistema AB0 de


grupos sanguíneos
Células epiteliais intestinais (microvilos) Š
proteção contra enzimas digestivas

Leucócitos Š reconhecimento inicial por


proteínas receptoras (selectinas) no
endotélio de vênulas para subsequentes
eventos de diapedese
PARTE III
Transporte pela Membrana Celular
A bicamada é altamente permeável a gases e a compostos de natureza lipídica (por ex.,
hormônios esteroides), relativamente permeável a moléculas pequenas não-carregadas
(por ex., água, ureia e glicerol), e altamente impermeável a grandes moléculas carregadas e
a íons.
Mediado por proteínas transportadoras e proteínas canais

Concentração/Gradiente Eletroquímico

PASSIVO ATIVO
1- Difusão simples – transporte do soluto de uma região de maior [ ] para uma de baixa [ ] –
a favor do gradiente eletroquímico

2- Difusão facilitada – realizado por proteínas a favor do gradiente eletroquímico

3- Transporte ativo – gasto de energia – transporte do soluto de uma regiao de baixa [ ] para
uma de alta [ ] - contra o gradiente eletroquímico
Movimento de um único tipo de soluto em uma direção [ UNIPORTE
Movimento de dois solutos diferentes em uma mesma direção [ SIMPORTE
Movimento de dois solutos diferentes em direções opostas [ ANTIPORTE
Transporte ativo

Energia proveniente do Energia proveniente da


gradiente de [ ] de uma hidrólise do ATP
determinada molécula
Transporte ativo primário

Na+-K+-ATPase
(“bomba de sódio
e potássio”)

A Na+-K+-ATPase realiza o antiporte entre sódio e potássio, onde 3


íons sódio são colocados para o meio extracelular em razão de 2
íons potássio colocados para o meio intracelular.
Transporte ativo secundário
transporte acoplados de solutos, no qual se utiliza a energia
de um gradiente de concentração de um íon (gradiente
eletroquímico) para o transporte de um outro soluto

Ex.: Simporte de glicose e sódio por carreadores na membrana plasmática


apical de células do revestimento do intestino delgado
PROTEÍNAS CANAIS
• Formam poros hidrofílicos através
de bicamadas lipídicas;
• A maioria das proteínas canais é
representada por canais iônicos,
com seletividade a íons e com
tempo de abertura e fechamento
controlados.
Bioeletrogênese

Gradiente eletroquímico
K+ Na+

Canal de K+

Camada de hidratação do íon


Propagação do Potencial de Ação por condução passiva
(fluxo de corrente)
MEMBRANA PLASMÁTICA E CITOESQUELETO

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