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SISTEMA DE

ENDOMEMBRANAS

Profa. Dra.Thaís Faggioni


CÉLULA PROCARIÓTICA

Biologia celular e molecular. Junqueira e Carneiro, 2013.


Célula Eucariótica Vegetal

http://www.joseeduardomattos.com.br/os%20simbioses%20transformaram%20se%20em%20organelas.html
Célula Eucariótica Animal

http://www.estudopratico.com.br/citoplasma-das-celulas-funcao-e-composicao/
Membrana
Plasmática Envolve a célula, separando o
ou
Sistemas de Plasmalema
meio extracelular do meio
intracelular
Membranas ou
Membrana Celular
Celulares
Envolvem as organelas,
Endomembranas inclusões e o envoltório
nuclear em eucariontes.
Dividem uma célula
internamente em
COMPARTIMENTOS
SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS:

É um resultado do processo de evolução dos seres eucariontes, pelo


estabelecimento de compartimentos individualizados, com diferentes
composições químicas e funções específicas – as organelas.
DEFINIÇÃO
 Complexo de organelas citoplasmáticas envolvidas em síntese, modificação química e
degradação molecular.
 Sistema de compartimentos distribuído por todo o citoplasma.

 Comunicação direta ou através de vesículas transportadoras.

 É formado por:

 Retículo Endoplasmático (granular e agranular)


 Aparelho de Golgi
 Endossomos
 Lisossomos
MEMBRANAS DAS ORGANELAS E VESÍCULAS
TRANSPORTADORAS
• Constituídas por uma dupla camada
lipídica similar à da M.P.
• Faces:
• Citosólica (se relaciona com o citosol)
e
• Luminal (se relaciona com a cavidade
das organelas).
Rede de membranas que formam cavidades
/ cisternas.

A face luminal de sua membrana tem tb


dolicol.

RETÍCULO Descoberto pela introdução da microscopia


ENDOPLASMÁTICO eletrônica.

Está localizado em torno do núcleo celular.

É composto por uma rede de túbulos


achatados interconectados.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
• Retículo Endoplasmático Granular (ou rugoso)

• Retículo Endoplasmático Agranular (ou liso)

Se diferenciam pela ausência ou presença dos ribossomos sobre o seu lado


citosólico.
Retículo endoplasmático Rugoso
(RER) e Liso (REL)

Fonte: Bloom e Fawcett, 1994.


FUNÇÕES

• RER OU REG: síntese de proteínas, segregação e processamento de


proteínas constituintes de membrana e de secreção.

• REL OU REA: síntese de lipídeos (esteróides e lipoproteínas), processo


de detoxificação, degradação do glicogênio, regulação do Cálcio
intracelular e exportação de lipídeos.
REG

• Em que tipos celulares o REG será mais desenvolvido?

• O conteúdo das cisternas depende do tipo e da função celular:

• Fibroblasto = Protocolágeno
• Plasmócito = Imunoglobulinas
• Pâncreas = Hidrolases
RIBOSSOMOS
2 SUBUNIDADES: MAIOR (60S) E MENOR (40S)
POLIRRIBOSSOMOS
RIBOSSOMAS DO REG

• Síntese de proteínas que ficarão acumuladas no REG ou serão


transportadas para o Golgi:

Formar lisossomos secretadas

Compor membrana
SÍNTESE DE PROTEÍNAS
Proteínas sintetizadas no REG são “marcadas” por um
peptídeo sinal, que será reconhecido pela PRS.

PRS se liga a um receptor na superfície citosólica do REG


SÍNTESE dando prosseguimento à tradução.

PROTÉICA NO
REG Peptídeo sinal é transferido pelo Translocon.

Chaperonas: proteínas responsáveis pelo controle de


qualidade e processamento pós-traducional (estrutura
quarternária das proteínas): Hsp60 e Hsp 70,
respectivamente.
3 2 1
Extremidade
Menor +
1º códon

PRS se desliga e
volta ao citoplasma
Enovelamento das proteínas: Hsp 70
(REG)

Controle de Reconhecem
CHAPERONAS E qualidade das
aminoácidos
hidrofóbicos

PROTEASSOMAS proteínas recém-


sintetizadas: Hsp 60
expostos na
superfície das
moléculas

Proteassomas: conjuntos
enzimáticos “trituradoes de
proteínas” no citoplasma (receptores
para ubiquitinas)
Fonte: Cederj, aula 18, módulo 3
Após a síntese no REG, as proteínas são exportadas em vesículas de
transporte que se fundem do REG para o Complexo de Golgi.
COMPLEXO DE
GOLGI
• Sacos membranosos empilhados e achatados,
repletos de vesículas transportadoras.

• Descoberto em 1898 por Camilo Golgi, através


do método de impregnação pela prata.

• Localização variada de acordo com função


celular. Normalmente estão próximos ao núcleo.

• É constituído por 1 ou mais unidades funcionais


denominadas:
• Dictiossomos (díktyon= rede; soma=corpo).
DICTIOSSOMO: organização estrutural do
Golgi
Processamento pós-traducional no
Complexo de Golgi.
GLICOSILAÇÃO: ADIÇÃO DE GALACTOSE E ÁCIDO SIÁLICO

• Curiosidades:
✓ As hemácias, ou glóbulos vermelhos, circulam pelo sangue por cerca de 120 dias,
sendo depois destruídas por macrófagos do baço. Como o organismo sabe a idade
de uma hemácia? Quando uma hemácia fica velha, perde o açúcar terminal de suas
glicoproteínas, o ácido siálico, passando a expor galactose. Ao passar pelo baço, será
reconhecida pelos receptores de galactose dos macrófagos que lá residem. Assim,
ela será fagocitada e destruída.
VESÍCULAS TRASNSPORTADORAS
O TRANSPORTE INTRACITOPLASMÁTICO POR VESÍCULAS
DIFERENTES ASSEGURA O DESTINO CORRETO DAS
MOLÉCULAS:

Esta segurança é dada porque a superfície da membrana das vesículas é


recoberta por proteínas específicas. Exemplos de proteínas de cobertura na
superfície das vesículas:
- Clatrinas:
(vesículas de endocitose de macromoléculas, transporte de enzimas
lisossômicas na rede trans-Golgi para o endossomo, reciclagem de
receptores manose-6-fosfato para a rede trans-Golgi)

- Proteínas Coatômeros Coat proteins (COP I e COP II). vesículas de


composição da membrana plasmática ou com secreção celular.
Revestimento de
Clatrina

Gartner e Hiatt, 2007.


Face Citoplasmática revestida por vesículas de clatrina

Ross e Pawlina, 2011.


Coberturas proteicas de
vesículas e
endereçamentos:

Reconhecidas por
manose-6-fosfato.

COP I – vesículas de
composição da membrana
plasmática ou com secreção
celular.

Fonte: Junqueira e Carneiro. Biologia Celular e Molecular.


MAIS INFORMAÇÕES…

• As proteínas que seguem para os lisossomos são “marcadas” com manose 6-fosfato.
REG, REL E GOLGI
DESTINO DAS VESÍCULAS/ENDEREÇAMENTO
ENDOSSOMOS

• São sistemas de túbulos e vesículas revestidos por membrana associados à via


endocítica. Separam receptores da membrana plasmática das vesículas endocíticas
para sua reciclagem. No modelo de maturação, endossomos mais tardios levam à
formação de lisossomos.
ENDOCITOSE:
PINOCITOSE E FAGOCITOSE
A endocitose é o processo pelo qual as células capturam fluidos, macromoléculas e até
mesmo outras células do meio extracelular. A internalização é feita por evaginações e
invaginações da membrana plasmática, com a consequente formação de vesículas que
mergulham no citoplasma. Assim, existe um fluxo constante de membranas.
LISOSSOMOS:
✓ Organelas com dimensões e características morfológicas
muito variadas;
✓Vesículas delimitadas por membrana contendo mais de 40
enzimas hidrolíticas (hidrolases ácidas) com atividade Fonte: Junqueira e Carneiro.
Histologia Básica.
máxima em pH ácido e com a função de digestão
intracitoplasmática;
✓Degradação de biomoléculas – As enzimas presente, em
geral, são capazes de digerir todas as macromoléculas
biológicas.
✓Presente em todas as células animais, com exceção das
hemácias;
✓Mais abundantes nas células fagocitárias. Exemplo:
macrófagos e neutrófilos.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
• Doença I ou de inclusão
• Formação afetada da N-acetilgalactosamina-fosfotransferase – não marcação
de manose 6-fosfato – secreção constitutiva de hidrolases lisossomais no
plasma e acúmulo de produtos nos lisossomos

• Mucopolissacaridoses: Acúmulo de Gags nos lisossomos por deficiência


de hidrolases específicas

• Doença de Tay-Sachs: doença neurodegenerativa, cuja falta da hexosaminidase A


faz com que o gangliosídeo GM2 (componente da membrana do neurônio) não seja
hidrolisado, ficando assim acumulado no tecido nervoso.

• Silicose (doença dos trabalhadores de minas)


• Fagocitose de partículas sólidas por macrófagos alveolares – acúmulo nos
CORRELAÇÕES CLÍNICAS

• Gota
• Acúmulo de cristais de urato de sódio em diferentes tecidos.

• Febre reumática
• Digestão das membranas lisossomais por Streptococos .

• Artrite reumatóide
• Cartilagem degradada por proteases ácidas lisossomais liberadas na matriz –
mecanismo desconnhecido

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