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Lucas Neves

Células

As células são as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos.


Procarionte x Eucarionte

A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente duas classes de células: os procariontes (pro,
primeiro, e cario, núcleo), cujos cromossomos não são separados do citoplasma por membrana, e as eucariontes (eu,
verdadeiro, e cario, núcleo), com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. (JUNQUEIRA, 9ª ed.)

Célula Eucarionte

As células eucariontes apresentam duas partes morfologicamente bem distintas – o citoplasma e o núcleo –, entre as
quais existe um trânsito constante de moléculas diversas, nos dois sentidos. O citoplasma envolvido pela membrana plasmática,
e o núcleo, pelo envoltório nuclear.

citoplasma x citosol
O citoplasma das células eucariontes contém as organelas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi,
lisossomos e peroxissomos. O conceito de organela não bem definido; varia um pouco de um autor para outro. Além das
organelas, o citoplasma pode apresentar depósitos de substâncias diversas, como grânulos de glicogênio e gotículas lipídicas.
Preenchendo o espaço entre as organelas e os depósitos, também chamados inclusões, encontra-se a matriz citoplasmática ou
citosol. .
O citosol contém água, íons diversos, aminoácidos,(hidrofílicos)se localizam nas duas superfícies da
precursores dos ácidos nucleicos, numerosas enzimas. O citosol contém microfibrilas, constituídas de actina, e microtúbulos,
constituídos de tubulina, cujas unidades monoméricas se podem despolimerizar e polimerizar novamente, de modo reversível e
dinâmico, o que explica as modificações de sol para gel, e vice-versa, observadas no citoplasma. Quando despolimerizadas (separadas
umas das outras), as moléculas das proteínas actina e tubulina conferem maior fluidez ao citosol. Quando polimerizadas em
microfibrilas e microtúbulos, conferem a consistência de gel região citoplasmática em que se encontram.

MeMbRAnA PlASMÁtiCA
A membrana plasmática, ou plasmalema, é a estrutura celular que estabelece o limite entre os meios intra e extracelulares.
Uma função importante dessa membrana é a manutenção da constância do meio intracelular, cuja composição é diferente da do
líquido extracelular. Apesar da existência desse limite, existe grande interação entre o interior da célula e as moléculas extracelulares.
As unidades de membrana são bicamadas lipídicas formadas principalmente por fosfolipídios e que contêm uma quantidade
variável de moléculas proteicas, mais numerosas nas membranas com maior atividade funcional (as proteínas são
responsáveis pela maioria das funções da membrana).
As membranas celulares são compostas principalmente por lipídios e por proteínas. A maior parte dos lipídios se organiza
em duas camadas de moléculas de fosfolipídios. Estes, em meio aquoso, espontaneamente se organizam em bicamadas
sem gasto de energia. Os grupamentos não polares (hidrofóbicos) dos fosfolipídios se situam no centro da membrana, e os
seus grupamentos polares (hidrofílicos) se localizam nas duas superfícies da membrana, expostos aos ambientes em
que existe água. Além dos fosfolipídios, as membranas celulares contêm outros lipídios, como glicolipídios e colesterol.
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membrana, expostos aos ambientes em que existe água. Além dos fosfolipídios, as membranas celulares contêm outros lipídios,
como glicolipídios e colesterol.
As proteínas representam aproximadamente 50% do peso da membrana plasmática, percentual que varia muito
nas membranas do interior da célula. As moléculas proteicas podem ser classificadas em dois grupos:
Proteínas periféricas: estão fracamente associadas à membrana e podem ser extraídas com certa facilidade por meio de
soluções salinas. Essas proteínas se ancoram de diversas maneiras na bicamada lipídica: por interação com porções
hidrofóbicas da membrana, por ligações covalentes ou por diversos tipos de âncoras, como, por exemplo, por meio
do glicosilfosfatidilinositol (GPI) – âncora GPI.
Proteínas integrais: são proteínas fortemente ligadas a moléculas da membrana e só podem ser extraídas por tratamentos
drásticos, como, por exemplo, pelo uso de detergentes. A maioria dessas proteínas atravessam a bicamada totalmente e são
denominadas proteínas transmembrana.

As proteínas transmembrana exercem funções muito importantes na célula: algumas agem como poros
funcionais por onde transitam íons e moléculas, e outras agem como receptores.
As proteínas que fazem parte da membrana são sintetizadas no retículo endoplasmático granuloso,
modificadas no complexo de Golgi e transportadas para a superfície celular em membranas de vesículas de transporte.
Fagocitose: Alguns tipos celulares, como os macrófagos e os neutrófilos, são especializados em englobar e destruir
bactérias, fungos, protozoários, células lesionadas, partículas orgânicas ou inertes e fragmentos de matriz
extracelular. As células emitem prolongamentos em
forma de lâminas, chamados pseudópodos, que se estendem em torno do material a ser fagocitado. As bordas dos
pseudópodos se fundem e acabam por englobar o material em um vacúolo que se destaca da membrana e é transportado
para o interior da célula, constituindo o fagossomo. De modo geral, o tamanho do material a ser englobado é maior que
0,5 µm.
Exocitose: é um processo equivalente à endocitose, porém na direção oposta – transporte de dentro para fora
da célula. Exocitose consiste na fusão de vesículas citoplasmáticas; por exemplo, vesículas de transporte e grânulos de
secreção, com a membrana plasmática seguida pela expulsão do conteúdo da vesícula para o exterior. A exocitose é um
processo complexo e depende de proteínas fusogênicas que facilitam a fusão entre as vesículas e os grânulos de secreçã o
com a membrana plasmática. A endocitose retira porções de membrana da superfície. Pela fusão da membrana da
vesícula de exocitose com a membrana plasmática, porções de membrana retornam à membrana plasmática, formando-
se um fluxo de membrana que recompõe a superfície total de membrana da célula.
Mitocondrias:

As mitocôndrias são organelas esféricas ou alongadas, medindo de 0,5 a 1,0 µm de largura e até 10 µm de
comprimento. Sua distribuição na célula varia, tendendo a se acumular nos locais do citoplasma em que o gasto de energia
é mais intenso.
São constituídas por duas membranas, entre as quais se localiza o espaço intermembranoso. O compartimento
delimitado pela membrana interna contém a matriz mitocondrial. A membrana interna emite projeções para o interior
da matriz, chamadas cristas mitocondriais. Na maioria das mitocôndrias, as cristas são achatadas, assemelhando-se a
prateleiras. As cristas aumentam a superfície da membrana interna da mitocôndria e contêm as enzimas e outros
componentes da cadeia de fosforilação oxidativa e do sistema transportador de elétrons.
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O que é a síntese proteica?


Em poucas palavras, é um processo biológico no qual as células produzem proteínas, determinado pelo DNA.
Também podemos dizer que é um processo biológico no qual a informação que está presente no DNA da célula é
transformada em proteínas, uma das macromoléculas mais importantes para a subsistência do organismo.
A síntese proteica acontece em três etapas, que veremos mais a frente. Um fato interessante: nesse processo, as
células consomem mais energia do que em qualquer outro ligado ao metabolismo.

Quem participa da síntese proteica?


Na síntese proteica, participam o DNA da célula; RNA transportador, mensageiro e ribossômico; além dos
ribossomos, enzimas e aminoácidos.

Síntese proteica: etapas

O processo de síntese proteica envolve três etapas:

transcrição;
ativação;
tradução.

Síntese proteica: transcrição

Na primeira etapa, uma enzima presente — a RNA-polimerase — liga-se a uma extremidade da molécula
de DNA do gene. Quando isso acontece, quebram-se as ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas das
duas fitas do DNA, a estrutura de dupla-hélice se desfaz e as fitas se separam.
Depois, a RNA-polimerase começa a sintetizar uma molécula de RNAm, isto é, RNA mensageiro. Para isso, a
sequência de bases nitrogenadas da fita do DNA é lida, modelando a sequência do RNAm com bases
complementares.

A relação de complementaridade entre as bases é a seguinte:


DNA > RNA
Adenina (A) > Uracila (U)
Timina (T) > Adenina (A)
Guanina (G) > Citosina (C)
Citosina (C) > Guanina (G)
Uma vez que a leitura e a modelagem acabam, o RNAm separa-se da fita de DNA. Então, as ligações de
hidrogênio e a estrutura helicoidal se refazem.

Síntese proteica: ativação

Na segunda etapa, o RNAt, ou RNA transportador, leva os aminoácidos que estão soltos no citoplasma da
célula até o ribossomo. Para que o RNAt reconheça em que parte do RNAm devem ser deixados os aminoácidos,
ele tem uma sequência de três bases complementares ao códon do RNAm, chamada de anticódon. Nesse processo
de transporte, a célula consome ATP.

O que é um códon?

O códon é um conjunto de três nucleotídeos, que corresponde a um aminoácido. Existem 64 códons


possíveis, a partir da combinação dos nucleotídeos. Alguns aminoácidos podem ser codificados por mais de um
códon.

Síntese proteica: tradução

Na terceira etapa, o RNAm é decodificado pelo ribossomo. Para que isso aconteça, são necessários três
momentos distintos.

Formação da cadeia polipeptídica

Nesse momento, o ribossomo, o RNAm e um RNAt especial se associam. O RNAt transporta o aminoácido
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metionina, e contém o anticódon UAC, necessário para emparelhar com o códon AUG do RNAm, que é o
responsável por determinar onde a informação para a cadeia peptídica tem início.
Também é importante dizer que, nesse momento, o RNAt que carrega a cadeia peptídica que está se formando
vai se alojar no Sítio P, enquanto o RNAt que carrega o aminoácido para ser incorporado na cadeia vai se alojar
no Sítio A. Esses dois sítios ficam na subunidade maior do ribossomo.

Crescimento da cadeia polipeptídica

Nesse momento, o ribossomo desloca-se sobre o RNAm. A cada deslocamento, o RNAt que estava no Sítio
A passa para o Sítio P, e um novo aminoácido é incorporado à cadeia em formação, por meio de uma ligação
peptídica.

Conclusão da cadeia polipeptídica

Nesse momento, o ribossomo chega a um códon de parada, que é um dos três códons (UAA, UAG e UGA) para os
quais não há um aminoácido correspondente. Então, uma proteína chamada fator de liberação ocupa o Sítio A, e
todos os componentes do processo se separam — incluindo a cadeia peptídica sintetizada
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