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Introdução à

citologia Membrana
Plasmática
Professor: Carla dos Anjos

Série: 1⁰ ano Ensino Médio

Colégio Japão

BIOLOGIA DAS CÉLULAS

Área da biologia que se destina ao estudo das células e estruturas celulares desde o nível atômico molecular até o nível
celular.

Em 1838, dois pesquisadores alemães, Matthias Schleiden e Theodor Schwann, formularam a teoria celular segundo a
qual “todos os seres vivos são formados por células”. As células são, portanto, as unidades morfológicas e funcionais dos
seres vivos (morfofisiológicas). Schleiden concentrou suas observações em plantas e Schwann em animais. Atualmente
os vírus são as únicas exceções a essa teoria, pois não são formados por células, porém dependem delas para sua
reprodução.

Estudaremos essas células em nível de membrana, citoplasma e núcleo, suas funções e fisiologia interna, bem como os
tipos celulares e os processos de divisão das células.

Célula procariótica bacteriana Célula procariótica de uma “cianobactéria”


Célula eucariótica vegetal Célula eucariótica animal
O microscópio óptico e as medidas biológicas
Constituição geral de uma célula

Parede celular

A parede celular é composta por 3 camadas mais ou menos distintas: a lamela média (camada mais externa
compartilhada com células vizinhas), a parede primária e a parede secundária. Estas camadas são formadas
essencialmente por celulose, lignina (responsável pela rigidez das células), gorduras (protegem as células dos tecidos
em contato com o exterior) e outras como a pectina. A parede celular é encontrada em bactérias, em algas do reino
protista, nos fungos e nos vegetais.
Membrana plasmática

Todas as células apresentam a membrana plasmática como revestimento celular. Ela delimita a célula e regula as
substâncias que entram ou saem, regulando inclusive o sentido do movimento. Isso é essencial para o metabolismo
celular, pois este só se processa se as substâncias estiverem presentes nas quantidades adequadas. Esta capacidade de
selecionar as substâncias que entram ou saem da célula é designada por permeabilidade seletiva ou semi-
permeabilidade (substâncias lipossolúveis). Outra importante característica da membrana é quanto a sua composição
formada por fosfolipídios e proteínas (lipoprotéica). A membrana plasmática apresenta-se como um mosaico-fluido,
modelo estabelecido por Singer e Nicholson.

Os fosfolipídios:
As junções celulares e especializações da membrana das células

São diversas estruturas que mantém as células epiteliais e outros tipos celulares firmemente unidas entre si ou auxiliam
na função de absorção. As principais são os desmossomos, as zonas de adesão, as zonas de oclusão, as junções
do tipo gap (comunicantes), as interdigitações e as microvilosidades. Nos vegetais há pequenos orifícios, onde uma
célula mantém contato com outra vizinha, chamados de plasmodesmos.

-Interdigitações: são dobras que ampliam a superfície de contato e também facilitam passagens.

-Microvilosidades: são áreas que ampliam a superfície de absorção dos nutrientes. Encontradas nas células do
duodeno (primeira porção do intestino delgado).

-Desmossomos: são discos de adesão entre as células, funcionando como pontes. São formados por duas porções que
se unem (uma em cada célula).

-Hemidesmossomos: são semelhantes aos desmossomos e permitem que as células epiteliais se conectem com a
lâmina basal.

-Zonas de adesão: são zonas onde as células vizinhas estão firmemente unidas por uma substância intercelular
adesiva, mas suas membranas plasmáticas não chegam a se tocar. Na zona citoplasmática dessa região existem
filamentos de actina, conferindo maior resistência a essa região.

-Zonas de oclusão: zonas onde há junção da membrana de células adjacentes nas áreas mais próximas do pólo apical,
estabelecendo uma barreira à entrada de macromoléculas no espaço entre as células vizinhas. As macromoléculas só
podem penetrar passando pelo interior das células, o que possibilita o controle do que entra nas diferentes estruturas
revestidas por epitélios.

-Junções do tipo gap (nexos): apresentam grupos de proteínas específicas, que se dispõem formando canais que
atravessam as camadas de lipídios das membranas. Esses grupos de proteínas tocam-se no espaço intercelular,
estabelecendo canais de comunicação entre as células.

OBS: O glicocálix contribui para a união entre as células epiteliais. É uma camada glicoprotéica ou glicolipídica
que também apresenta função de reconhecimento celular.

O citoesqueleto

Apesar de parecer vazio, quando observado ao microscópio óptico, o hialoplasma é formado por uma matriz de fibras
denominada citoesqueleto. O citoesqueleto tem como função dar suporte à célula e aos diferentes organóides, bem como
auxiliar o seu deslocamento. Fazem parte do citoesqueleto os microfilamentos, os microtúbulos e os filamentos
intermediários. Chama-se ciclose o movimento interno sofrido pelas células, com participação especial do
citoesqueleto. É uma corrente citoplasmática capaz de deslocar organelas como mitocôndrias, vacúolos digestivos e
cloroplastos.
Ciclose

Os transportes através da membrana

A morfologia da membrana plasmática permite que algumas substâncias passem livremente ou sejam transportadas do
meio intracelular para o extracelular e vice-versa. Assim, temos os seguintes transportes através da membrana:

Transporte passivo- Não há gasto energético. Pode ocorrer do meio onde há maior concentração de substâncias para o
meio em que há menor concentração delas. Exemplos: Difusão simples e facilitada.

Difusão simples- Esse tipo de transporte se processa a favor do gradiente de concentração (do meio mais concentrado
para o menos concentrado). Ocorre comumente com substâncias solúveis nos fosfolipídeos da bicamada. É o caso dos
gases oxigênio e gás carbônico.

Difusão facilitada- Assim como a difusão simples o movimento das substâncias se processa a favor do gradiente de
concentração, porém, o tamanho ou constituição da molécula não é favorável a uma difusão simples. Isso requer a
intervenção de proteínas especializadas da membrana (permeases, que são específicas para cada tipo de
substância). Como exemplo temos o processo de entrada da glicose nas células.

Osmose- É um caso especial de transporte passivo, pois se processa do meio menos concentrado (hipotônico) para o
mais concentrado (hipertônico). Nesse caso não se trata de um soluto e sim de um solvente (a água). O objetivo do
transporte é tornar o meio em questão isotônico. As porinas (aquaporinas) são proteínas que formam poros (ou canais),
verdadeiros túneis para passagem de água e íons.

Transporte ativo: Há gasto energético. O processo ocorre com as substâncias sendo transportadas do meio menos
concentrado para o meio mais concentrado. O transporte ativo é direcional e três tipos de proteínas estão
envolvidas: Uniport-transportadores que carregam um único soluto em uma direção.

Ex. a proteína ligante de Ca2+ encontrada na membrana plasmática e na membrana do retículo


sarcoplasmático de muitas células transporta ativamente para regiões tanto fora da célula
quanto dentro do retículo sarcoplasmático onde a concentração desse íon já é superior;
Simport- transportadores que carregam dois solutos na mesma direção. Ex. a incorporação de
aminoácidos desde o intestino até as células que o recobrem requer a ligação simultânea de
sódio e aminoácidos na mesma proteína carreadora; Antiport- transportadores que carregam
dois solutos em direções opostas (um entra e outro sai). Ex. muitas células possuem a bomba de
sódio e potássio, que move o sódio para fora e o potássio para dentro. Abaixo os principais
transportes que envolvem gasto energético.
Bomba de sódio e potássio- A concentração de potássio é geralmente 10 a 20 vezes maior no interior da célula do que
no exterior. Já a concentração de sódio é maior no meio extracelular. Essa diferença de concentrações é mantida sempre
pela bomba de sódio e potássio. Isso exige consumo energético evidente.

Endocitoses- É a incorporação de macromoléculas pela célula. Podemos dizer que há dois tipos: a fagocitose
(englobamento de partículas sólidas – formam-se pseudópodes) e a pinocitose (englobamento de partículas em meio
líquido – “gotículas” – não há emissão de pseudópodos). Há formação de uma vesícula contendo as partículas
(fagossomo ou pinossomo) que poderá se fundir com o lisossomo da célula para uma futura degradação.
Clasmocitose- O metabolismo celular exige produção e degradação de moléculas distintas. Esse processo pode gerar
resíduos que devem ser eliminados para fora das células. Formam-se vesículas que são eliminadas para o meio externo.
Ao aproximar-se da membrana plasmática, a membrana da vesícula funde-se com a membrana plasmática libertando,
assim, o seu conteúdo para o exterior da célula.

Resumo dos processos


Referências para elaboração deste material

- Livro eletrônico “Descobrir- A Célula”

- Amabis e Martho – Biologia dos organismos, Ed. Moderna

- Sônia Lopes- Bio Vol. único

- César e Sezar – Biologia

-Vítor e César – Questões de biologia

- Vida, a ciência da Biologia

Algumas funções de estruturas mencionadas nas imagens:Mesossomo: Dobra de membrana formada em resposta à
manipulação bacteriana. Imaginava-se que estava envolvida na respiração celular e outras funções.Fímbrias:
Estruturas de adesão. Em algumas espécies, certas fímbrias podem ser usadas para aumento de variabilidade
genética (fímbria sexual ou pili sexual).Nucleoide: Emaranhado de DNA, geralmente central e circular (podemos
chamar esse material genético do procarioto de cromossomo bacteriano).Cápsula: Material externo protetor. Pode ser
formado por açúcares e outras moléculas.Plasmídeos: DNAs extras envolvidos com divisão bacteriana e
defesa.Inclusões: Material orgânico de reserva (amido e glicogênio nas cianobactérias e glicogênio nas bactérias).

Tem na célula animal, mas não na vegetal: Lisossomos, centro celular com centríolos
(ausente na maioria dos vegetais) e glicocálix. Os vacúolos nas células animais são pequenos e
numerosos.Tem na célula vegetal, mas não na animal: Parede celular, cloroplasto, vacúolo
central e plasmodesmos.

Um microscópio óptico aumenta dezenas, centenas ou poucas milhares de vezes (apx.


2.000x). Já um microscópio eletrônico pode aumentar centenas de milhares de vezes o
material biológico.Um microscópio óptico é usado para visualizar células, tecidos,
órgãos e estruturas maiores. Certas organelas citoplasmáticas podem ser vistas
(como os cloroplastos).IMPORTANTE: Esse microscópio nunca é usado para visualizar
moléculas e vírus, pois somente é possível essa visão com microscopia
eletrônica.Noção geral de medidas:Micrômetro – Metro/milhãoNanômetro –
Metro/bilhão

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