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BIO.

1-CITOLOGIA-
Envoltórios
Professor Daniel Oliveira - Biologia (profdanmelo@gmail.com)

INTRODUÇÃO - Tipos de Células - Eucariontes x Procariontes

Como dito anteriormente, estudaremos da superfície para o interior das células. Após estudar as
superfícies e membranas que delimitam a estrutura celular, iremos agora entender o que sustenta a célula
e onde as organelas estão inseridas. Entretanto, existem tipos diferentes de células, com configurações
diferentes de acordo com a organela. Então, primeiramente precisamos destrinchar quais são esses tipos e
qual o motivo de serem diferentes. Após isso iremos falar sobre o líquido que sustenta e abraça todas as
organelas e de tudo que está inserido nele, o citoplasma!

Eucariontes x Procariontes:

- A principal diferença entre esses dois tipos de células está relacionada ao material genético:
Como ele está organizado e onde.
- Organismos Procariontes possuem células com material genético desorganizado, sem necessidade
de estar em uma organela específica, o Núcleo. Enquanto Organismos Eucariontes possuem
material genético organizado no núcleo.

Processos de trocas com o meio extracelular:

1. Transporte Passivo;
2. Transporte Ativo;
3. Processos mediados por vesícula;
4. Difusão;
5. Osmose.

ENVOLTÓRIOS

1. Membrana Plasmática

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É o envoltório presente em todas as células, não importa a sua origem (animal, vegetal ou bacteriano).
Sua composição é de dupla camada fosfolipídica (fosfato + lipídeos) e protéica. Sua conformação é de
mosaico fluido, ou seja, existem as duas camadas de fosfolipídeos que formam o revestimento que sempre
está a se movimentar, mas delimitando o interior da célula em relação ao meio externo. O grupamento
fosfato é hidrofílico (polar), ou seja, tem atração pela água, enquanto a camada lipídica é hidrofóbica
(apolar), ou seja, repele a água. Por isso, podemos dizer que a membrana plasmática é semipermeável,
fazendo seleção do que pode entrar ou sair de acordo com a tonicidade da célula, o que quer dizer isso?
Veremos mais à frente.

Além de no modelo de mosaico fluido ter essa dupla camada, as proteínas estão na superfície,
atravessando ou em alguma outra parte abaixo da primeira camada fosfolipídica. Com isso, elas também
em pleno movimento sobre a membrana plasmática. Entretanto, temos então um modelo de envoltório
dinâmico.

Figura 1. Imagem ilustrativa da composição da membrana plasmática das células.

2. Envoltórios externos à membrana plasmática

Ao longo da evolução dos seres vivos, surgiram na superfície das células modificações que trouxeram
como vantagem maior resistência à membrana, sem interferir na sua permeabilidade. Esses envoltórios
são, em geral, resistentes e permeáveis. Por serem vantajosas, essas modificações persistiram ao longo do

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tempo e estão presentes nas células de muitos organismos que vivem hoje em nosso planeta:

- Glicocálix: presente nas células animais e de muitos protistas;


- Parede celular: presente na maioria das bactérias, nas cianobactérias, em alguns protistas, em
alguns protistas, nos fungos e nas plantas. Entretanto, é importante destacar que existem
modificações na sua constituição, podendo ser de quitina, celulose ou outro tipo de
polissacarídeo.

LEMBRANDO QUE: A maioria dos envoltórios internos à membrana plasmática são


derivados dela mesma. Exemplos: lisossomos, paredes de retículo endoplasmático e do
complexo golgiense. Com exceção das membranas de cloroplastos e mitocôndrias, embora
possuam constituições semelhantes (lipoproteínas).

3. Processos de troca entre a célula e o meio externo


- Transportes passivos: Ocorre sem gasto de energia. Ou seja, entra ou sai da célula de
forma natural. Os tipos de transporte passivo são: Difusão, difusão facilitada e/ou
osmose.
- Transportes ativos: Ocorrem com gasto de energia e precisam de mediadores, como
proteínas de membrana.
- Processos mediados por vesículas: Ocorrem quando vesículas são utilizadas para a
entrada de partículas ou microorganismos na célula, ou para a eliminação de substâncias
da célula. O processo de entrada chama-se endocitose e o de saída, exocitose.

Para entendermos como ocorrem exatamente todos esses processos, precisamos antes entender: Como os
nutrientes/partículas/moléculas se dissolvem, entram, saem, ou seja - em que forma química. Para isso,
precisamos saber o que é: concentração, soluto, solvente e solução. Após isso, destrincharemos cada um
dos processos:

Solução: Solvente, soluto e concentração.

Moléculas dissolvidas em água ou em qualquer outro líquido formam uma solução. As moléculas
dissolvidas chamamos de soluto e o líquido recebe o nome de solvente. Exemplo: Um copo de água com
açúcar. A água seria o solvente, o açúcar seria o soluto e a solução seria a combinação de ambos
(água+açúcar).

Mas, e a concentração? Ela é a quantidade de soluto que realmente se dissolveu no solvente, resultando
em um valor. Quanto mais soluto jogamos no solvente, maior será a concentração.

Dito isto, vamos aos processos:

1. Difusão

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A difusão é o movimento de partículas de onde elas estão mais concentradas para onde estão
menos concentradas. Através da membrana plasmática há a difusão de pequenas moléculas, como as de
oxigênio, gás carbônico e de alguns íons.

2. Osmose

A osmose é um processo de difusão exclusivo, a difusão da água. A água, um solvente de alta


capacidade, difunde-se em maior quantidade da solução hipotônica (menos concentrada, ou seja, menos
soluto) para a solução hipertônica (mais concentrada, mais soluto). Quando as quantidades de solvente e
soluto dentro da célula se tornam iguais às de fora da célula, chamamos esse estado de isotônico.

No caso das células animais, quando absorvem água demais, existe a chance de a célula romper a
membrana plasmática. Chamamos esse processo de lise, que constitui na morte da célula. No caso das
células vegetais, nessas condições, a membrana plasmática elas não rompem por causa da parede celular,
que protege a célula. No caso inverso, as células vegetais podem ter as membranas descoladas da parede
celular. Chamamos este processo de plasmólise.

3. Difusão Facilitada

Também sendo um processo passivo, nesse processo algumas proteínas de membrana chamadas
de permease atuam facilitando a passagem de certas substâncias que, por difusão simples, demorariam
muito tempo para atravessar a membrana de modo a igualar suas concentrações. Esse processo é comum,
por exemplo, no movimento da glicose, de alguns aminoácidos, vitaminas, entre outras moléculas.

4. Transporte Ativo

Todo processo ativo é o que demanda, necessita de energia. São processos que transportam algo
em grande quantidade já na célula para dentro dela mesmo assim, ou seja, não é um processo passivo,
precisa-se de uma força para que tal molécula entre mesmo assim na célula.

5. Endocitose e Exocitose

Lembrando que são dois processos que demandam vesículas. Mas o que são vesículas? São
envoltórios de matriz igual a da membrana plasmática dentro da célula que são utilizados para transportar
moléculas por ou para dentro da célula ou para enviar para fora dela.

A endocitose é o processo de incorporação de vesículas oriundas de fora da célula. Pode ocorrer


por duas vias: Fagocitose ou Pinocitose.

- A fagocitose é um processo de ingestão de partículas grandes, tais como microorganismos e


restos de outras células.
- A pinocitose é um processo de ingestão de moléculas dissolvidas em água, tais como
polissacarídeos e proteínas.

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A exocitose envolve a eliminação de material de dentro para fora da célula. Por exocitose são
lançadas para fora das células secreções importantes que atuam em diversas etapas do metabolismo de
nosso corpo. Um bom exemplo, são células secretoras, como por exemplo células das glândulas
sudoríparas.

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