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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

LICENCIATURA
Disciplina: Conhecimentos sobre o corpo Tarefa: (exemplo: atividade do ciclo 1)

Nome: Grazielle Moreira RA: 8134217 Turma DGEFL2101BELA2E


Parecer do Tutor:

1. As principais diferenças entre células procarióticas e eucarióticas são, basicamente, no que


diz respeito ao seu núcleo e à presença de certas organelas sendo, as eucarióticas, muito mais
complexas, quanto às suas funções e características.
A principal característica da célula procariótica é a ausência de um núcleo definido, estando seu
material genético, disperso no citosol. O DNA destas células está organizado em cromossomos
circulares, associados a poucas proteínas. Não possuem organelas envoltas por membradas e,
quando comparadas às eucarióticas, possuem menor tamanho.
As células eucarióticas possuem um núcleo verdadeiro, estando seu material genético separado
do citosol, delimitado por carioteca. Seus cromossomos são lineares e estão formados por
cromatina, DNA, histonas e outras proteínas. Nestas células existe, ainda, uma grande variedade
de organelas membranosas e outras estruturas, ausentes nas procarióticas. Em síntese, pode-se
considerar a seguinte tabela:

Células procarióticas Células eucarióticas

Não possuem núcleo definido. O DNA está concentrado Possuem núcleo definido, ou seja, o material genético
em uma região denominada nucleoide. está envolvido por uma membrana nuclear.

Normalmente apresentam um cromossomo circular. Normalmente apresentam vários cromossomos


lineares.

Não possuem organelas membranosas. Possuem organelas membranosas.

Possuem ribossomos, porém esses são menores e Possuem ribossomos maiores e mais complexos do que
menos complexos do que os presentes nas células os da célula procariótica.
eucarióticas.

Menores que as células eucarióticas. Maiores que as células procarióticas.

Exemplo: Célula bacteriana Exemplo: Célula animal e célula vegetal

2.1 Retículo endoplasmático liso: Suas funções básicas são o transporte e armazenamento
de substâncias, além de participar da síntese lipídica de hormônios e esteroides, mobilização de
glicose, armazenamento e liberação de íons Ca+ e transformação de substâncias químicas ou
resíduos metabólicos, possui enzimas que degradam etanol e medicamentos, sendo importante
no processo de desintoxicação do organismo.

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2.2 Retículo endoplasmático rugoso: Sua principal função é a síntese de proteínas a partir
de moléculas de RNA. Também participa da adição de carboidratos às proteínas (glicosilação) e
da biossíntese de membrana celular.

2.3 Ribossomos: É o local onde ocorre a síntese de proteínas. Geralmente aparecem unidas
pelo RNAm, formando o polirribossomo.

2.4 Complexo de golgi: Forma os lisossomos e presidia a secreção celular. Funciona como
uma espécie de sistema central de distribuição na célula, atuando como centro de
armazenamento, transformação de moléculas vindas do retículo endoplasmático e remessa de
substâncias para seus destinos, que podem ser: lisossomos, membrana plasmática ou vesículas
de secreção. Apresenta uma face concava de entrada de moléculas (face Cis) e uma convexa, de
saída (face Trans).

2.5 Lisossomos: Apresentam enzimas responsáveis pela hidrolização de proteínas, lipídios,


DNA. RNA e carboidratos e sua principal função é a digestão intracelular, por autofagia ou
heterofagia.

2.6 Mitocôndrias: É uma das organelas celulares mais importantes e sua função é produzir a
maior parte da energia das células, através do processo de respiração celular.

3. A membrana plasmática é composta por lipídios, proteínas e carboidratos.


Os lipídios se dividem em:
Fosfolipídios – responsáveis por compor a estrutura da membrana plasmática;
Glicolipídios – formados por carboidratos ligados a lipídios, são responsáveis pelo fornecimento
de energia e servem de marcadores, para o reconhecimento celular;
Colesterol – está intercalado no interior da bicapa fosfolipídica, é responsável pela diminuição da
permeabilidade da membrana garantir a aderência entre as células na constituição dos tecidos.
As proteínas – podem ser integrais ou periféricas e representam o componente funcional mais
importante das membranas biológicas, sendo importantes, tanto na estrutura da membrana como
para sua permeabilidade, seja formando canais, seja como transportadoras, sendo, ainda,
receptoras de sinais e formam as junções celulares, para formação de tecidos.
Os carboidratos – contribuem para a assimetria da membrana, estando presentes, apenas, em
sua camada externa, sempre ligados a proteínas (glicoproteínas) ou lipídios (glicolipídios). São
importantes no processo do reconhecimento intercelular através do glicocálix.

4. A Mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula somática dá origem
a duas outras células e ocorre na maioria das células do corpo humano. A partir de uma célula
inicial, formam-se duas células idênticas, com o mesmo número de cromossomos, tratando-se de
um processo importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de
regeneração dos tecidos do corpo. Apesar de ser um processo contínuo, a mitose apresenta
cinco fases, sendo elas:
Prófase – É a espiralação cromossômica. Inicia-se a formação do fuso mitótico e a ruptura do
envoltório nuclear. Enquanto os cromossomos estão se condensando, o nucléolo começa a se
tornar menos evidente, desaparecendo ao final desta fase.
Metáfase – É a chamada placa metafásica ou equatorial. Finaliza-se a condensação
cromossômica e a formação do fuso mitótico. Nessa fase, os cromossomos permanecem parados
por um longo tempo. Enquanto isso, no citoplasma, verifica-se intensa movimentação de
partículas e organelas, que se dirigem equitativamente para polos opostos da célula.
Anáfase – Ocorre a separação das cromátides irmãs, que migram para polos opostos da célula,
através do encurtamento das fibras do fuso, unidas aos cromossomos.

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Telófase – Logo que os cromossomos chegam aos polos da célula, ocorre a citocinese. O
processo é, basicamente, o inverso do que ocorreu na prófase: a carioteca se reorganiza, o
nucléolo reaparece, os cromossomos se descondensam, o cinetócoro e suas fibras desaparecem,
com a descondensação dos cromossomos inicia-se a síntese de RNA e, consequentemente, o
reestabelecimento do núcleo.

5. Os transportes entre a membrana plasmática podem ocorrer sem gasto de energia


(transporte passivo) e com gasto de energia (transporte ativo).
Os transportes passivos ocorrem por meio de difusão ou osmose. A difusão é o movimento de
moléculas que seguem o fluxo do meio mais concentrado de soluto, para o menos concentrado e
pode ser de dois tipos:
Simples – ocorre sem a necessidade de proteínas de transporte; ocorre com substâncias
lipossolúveis ou por meio de proteínas de canais como “aquaporinas”;
Facilitada – ocorre com auxílio de proteínas transportadoras (permease), que se ligam à
substância e a transporta para dentro ou fora da célula, como, por exemplo, no caso a glicose.
A osmose transporta solventes contra o gradiente de concentração, através de uma membrana
semipermeável, como no caso da água, por exemplo, que passa de um meio menos concentrado
em soluto para um meio mais concentrado, diluindo o soluto e equilibrando os dois lados da
membrana.
O transporte ativo é um movimento que vai contra um gradiente de concentração, exigindo o
gasto de energia ATP, como é o caso da bomba de sódio e potássio ou os processos de
endocitose e exocitose.

6. Tecido Epitelial: Tecido não vascularizado, possui células justapostas e escasso material
intercelular, suas funções são de revestimento, absorção e secreção de substâncias. Sua
irrigação ocorre por difusão a partir dos vasos presentes no tecido conjuntivo.
Tecido Conjuntivo: É o tecido mais abundante do corpo humano e possui uma abundante matriz
extracelular. Caracteriza-se por apresentar células bastante diversificadas, tanto em origem,
como em funções, conforme seus diferentes tipos, que podem ser classificados em: Sanguíneo,
Ósseo, Cartilaginoso, adiposo e Conjuntivo propriamente dito. Algumas de suas funções são:
Sustentação, preenchimento, elasticidade, proteção, armazenamento, defesa do organismo,
transporte de gases e nutrientes...
Tecido Muscular: De origem mesodérmica, caracteriza-se pela presença de células alongadas
denominadas fibras musculares ou miócitos e sua principal função é a capacidade de contração.
Pode ser classificado em: Estriado esquelético (contração voluntária e presença), Estriado
cardíaco (contração involuntária) e liso (contração lenta e involuntária).

Tecido Nervoso: Tecido de comunicação entre os órgãos e o meio externo, capaz de receber,
interpretar e responder aos estímulos. Constitui os órgãos do sistema nervoso central (formado
pelo encéfalo) e periférico (formado pelos nervos e gânglios). Suas células são altamente
especializadas no processamento de informações e podem ser de dois tipos: Células da glia e
neurônios. Os neurônios transmitem os impulsos nervosos e as células da glia atuam junto com
eles.

7. Neurônios: São os responsáveis pela transmissão de informações através de mediadores


químicos, os neurotransmissores, e de impulsos elétricos. Podem ser de vários tipos e
classificados segundo sua forma – Neurônios multipolares, Bipolares e Unipolares – e segundo
sua função – Neurônios sensitivos, Motores e Integradores
Células da glia: São muito mais numerosas que os neurônios (10 glias para 1 neurônio) e sua
função é nutrir e proteger o sistema nervoso, além de ajudar na regulação das sinapses e
transmissão dos impulsos elétricos e podem ser de dois tipos:
Microglias – agem de modo similar aos macrófagos, sendo responsáveis por proteger o sistema
nervoso.

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Macroglias – ajudam na transmissão dos impulsos nervosos e são divididas em quatro subtipos:
os astrócitos, os oligodendrócitos, os ependimócitos e as células de Schwann, cada uma com
uma função específica.

8. Homeostase define-se pela condição do equilíbrio interno do corpo, mantendo constantes


as funções vitais do organismo, mesmo em situações reversas.

9. O potencial de membrana trata-se de uma variação de cargas elétricas entre o meio


interno e externo da célula e existe sob duas formas: potencial de repouso e potencial de ação.
No potencial de repouso, ocorre a alternância entre os transportes passivo e ativo de íons,
tornando o meio externo positivo em relação ao interno e, com isso, a célula fica polarizada e
ocorre quando o potencial de membrana não é alterado por potenciais de ação.
O potencial de ação consiste em uma variação brusca do potencial de membrana, provocada
por um estímulo. Quando uma célula nervosa é excitada por um estímulo que atinja o seu limiar
de despolarização, um potencial é gerado dentro da lei do tudo ou nada, caracterizado por três
diferentes etapas:
Despolarização – Neste momento, na membrana celular, abrem-se canais de sódio, havendo
uma grande entrada de sódio, tornando o interior da célula positivo em relação ao meio externo.
Repolarização – A entrada de grande quantidade de Na+ estimula o fechamento dos canais de
sódio e a abertura dos canais de potássio, ocorrendo, com isso, a saída de K+. Nesta fase, a
bomba de Na+ e K+ funciona ativamente, transportando três moléculas de Na+ para o exterior da
célula e recolocando duas moléculas de K+ no interior da célula, tornando seu interior mais
negativo e seu exterior mais positivo. O transporte ativo envolve gasto de energia, ocorrendo o
aumento da atividade metabólica celular para a obtenção de maior suprimento energético, o que
faz com que o potencial de membrana volte a ser negativo, retornando a sua diferença de
potencial normal de potencial de repouso.
Hiperpolarização – Quando a célula recebe um estímulo inibitório, ocorre a saída de K+ e a
entrada de Cl-, tornando o meio interno da célula mais negativo e o externo mais positivo, inibindo
a propagação do potencial de ação.

10. As sinapses são junções entre a terminação de um neurônio e a membrana de outro e


suas funções é fazer uma conexão entre as células adjacentes (axônio de uma célula com
dendritos da vizinha), dando continuidade da propagação dos impulsos nervosos por toda a rede
neural. Ocorrem devido a substâncias químicas mediadas por neurotransmissores, gerando um
potencial de ação nas membranas dos neurônios, provocando, assim, uma mudança de cargas
elétricas.
Referencial bibliográfico (Todos os acessos foram referentes ao dia 29 de Março de 2021)

https://mdm.claretiano.edu.br/consobcor-g00396-2021-01-grad-ead-np/2019/11/01/ciclo-2-fisiologia-
humana-geral-fisiologia-celular-e-neurofisiologia/

https://www.biologianet.com/histologia-animal/tecido-epitelial.htm#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20do
%20tecido%20epitelial,sendo%20chamadas%20de%20gl%C3%A2ndulas%20unicelulares

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitoc%C3%B4ndria

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/membrana-plasmatica.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/diferenca-entre-celulas-procariotas-eucariotas.htm

https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/biologia-fisiologia-celular-mecanismos-de-transporte-celular/

https://www.ufjf.br/fisiologiavegetal/files/2018/07/Cap%c3%adtulo-2-Processos-de-transporte-celular.pdf

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https://www.todamateria.com.br/tecido-nervoso/

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/potencial-de-membrana/66158

https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/neuron-nervous-system/a/the-membrane-
potential

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