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Objetivo 1 - Diferenciar células procarionte e eucariontes:

A principal diferença entre esses tipos celulares é que os procariontes não têm membrana nuclear.
O cromossomo dos procariontes ocupa um espaço dentro da célula denominado nucleoide e está
em contato direto com o resto do protoplasma. Por outro lado, as células eucariontes têm um núcleo
verdadeiro com um complexo envoltório nuclear, pelo qual ocorrem as trocas
nucleocitoplasmáticas.

Do ponto de vista evolutivo, considera-se que os procariontes antecedem os eucariontes. Os fósseis


com data de três bilhões de anos manifestam-se unicamente como procariontes, pois os eucariontes
apareceram, provavelmente, há um bilhão de anos. Apesar das diferenças entre procariontes e
eucariontes, existem grandes semelhanças em sua organização molecular e em suas funções. Por
exemplo, ambos os tipos de organismos utilizam um mesmo código genético e uma maquinaria
semelhante para sintetizar proteínas

Objetivo 2 - Caracterizar a membrana plasmática:


FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA:
- A membrana plasmática é uma estrutura que delimita a célula, separando o meio externo e o meio
intracelular;

- São barreiras com permeabilidade seletiva que controlam a passagem de íons e moléculas
pequenas, como os solutos. Assim, a permeabilidade seletiva das membranas impede a troca
indiscriminada dos componentes das organelas entre si e dos componentes extracelulares com os
intracelulares;

- Proporcionam o suporte físico para a atividade ordenada das enzimas que nelas se situam;
- Possibilitam o deslocamento de substâncias pelo citoplasma, mediante a formação de pequenas
vesículas transportadoras;

- A membrana plasmática participa dos processos de endocitose e de exocitose. Na endocitose, a


célula incorpora substâncias a partir do exterior, e, na exocitose, a célula secreta substâncias;

- Na membrana plasmática existem moléculas que possibilitam que as células se reconheçam e


promovam a aderência entre si e com componentes da matriz extracelular;

- A membrana plasmática tem receptores que interagem especificamente com moléculas


provenientes do exterior, como hormônios, neurotransmissores, fatores do crescimento e outros
indutores químicos. A partir desses receptores, são desencadeados sinais que serão transmitidos
para o interior das células. Suas primeiras conexões estão localizadas perto do receptor, geralmente
na própria membrana plasmática;

ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA:


- Possui uma fina camada de aproximadamente 6 – 10nm de espessura;
- É constituída por lipídios, carboidratos e proteínas;
- As membranas celulares contêm entre 2 e 10% dos carboidratos.
- Bicamada Fosfolipídica:
• Se comporta como uma estrutura fluida;
• Constituída por Fosfolipídios e colesterol;
• O colesterol é um componente quantitativamente importante das membranas celulares,
sobretudo na membrana plasmática. Visto que o colesterol é anfipático, ele fica localizado,
em cada monocamada, entre os fosfolipídios;
• Lipídios migram de uma camada para outra pelo movimento “Flip Flop” (rotação e
deslocamento lateral);
• Como os lipídios, as proteínas também conseguem girar em torno de seus próprios eixos e se
deslocar lateralmente no plano da bicamada lipídica. As proteínas já foram comparadas a
icebergs que flutuam na bicamada lipídica. A essa propriedade dinâmica das membranas
biológicas dá-se o nome de mosaico fluido.
• Fosfolipídios possuem natureza anfipática: são moléculas que apresentam uma cabeça
polar/hidrofílica e grandes cadeias apolares/hidrofóbicas de hidrocarbonetos;
• O fosfolipídio predominante nas membranas celulares é a fosfatidilcolina. Em ordem, seguem
a fosfatidiletanolamina, a fosfatidilserina, a esfingomielina e o fosfatidilinositol;
• As duas camadas da bicamada lipídica não apresentam composição idêntica e, por isso, se diz
que as membranas são assimétricas;
• Em temperaturas fisiológicas, a bicamada lipídica se comporta como uma estrutura fluida. A
fluidez aumenta à medida que aumenta a proporção de ácidos graxos de cadeia curta e não
saturados nos fosfolipídios;
Objetivo 3 – Descrever os tipos de transporte e suas principais características:

TRANSPORTE PASSIVO = Sem gasto de energia: Ocorre por meio dos componentes da
bicamada lipídica ou de estruturas especiais constituídas por proteínas transmembranas
organizadas para a passagem dos solutos.

- Difusão Simples: é o processo no qual moléculas e íons são transportados, de forma natural, do
local onde estão em maior concentração para o local onde se encontram em menor concentração.

- Difusão Facilitada: é um transporte que conta com a ajuda de componentes proteicos da


membrana, denominados canais iônicos e permeases (transportadores). Essas estruturas facilitam
e regulam a transferência dos solutos de um lado para outro da membrana. O sentido da difusão é
sempre a favor dos gradientes de concentração e de voltagem.
Obs: Os canais iônicos são poros ou túneis hidrofílicos que atravessam as membranas. São formados
por proteínas integrais transmembrana, geralmente do tipo multipasso. Existem canais iônicos em
todas as células, tanto na membrana plasmática quanto nas membranas das organelas. Os canais
iônicos são extremamente seletivos, de modo que existem canais específicos para cada tipo de íon.

- Osmose: Transporte de água do meio hipotônico (menos concentrado) para o meio hipertônico
(mais concentrado) até que o equilíbrio seja alcançado. A água pode passar pela membrana por
difusão simples, mas esse transporte é muito lento. Então, a água usa proteínas transportadoras
chamadas de aquaporinas, para atravessar a membrana com maior velocidade e quantidade

TRANSPORTE ATIVO = Gasto de energia:


- O transporte ativo ocorre com gasto de energia e, assim como na difusão facilitada, ocorre com a
ajuda de proteínas, chamadas de carreadoras ou transportadoras. Porém, diferente da difusão
facilitada, o transporte ativo ocorre contra o gradiente de concentração. Ou seja do meio menos
concentrado, para o mais concentrado, considerando um soluto em particular.
Quando o soluto em questão for um íon, o gradiente elétrico deve ser considerado também. Para
ir contra o gradiente eletroquímico, a proteína transportadora precisa usar a energia fornecida pelo
ATP. O transporte ativo primário é aquele em que a proteína transportadora possui um sítio de
ligação para o ATP e a atividade enzimática de hidrolisar o ATP para obter a energia das ligações de
alta energia com o fosfato. Por isso, ela vai se chamar ATPase ou bomba. O exemplo mais conhecido
de transporte ativo é a bomba de sódio e potássio.
- Transporte vesicular: Quando as moléculas forem muito grandes para passarem por canais ou
transportadores, vai ser preciso abrir uma brecha na membrana plasmática. Esse transporte envolve
a ruptura controlada da membrana plasmática, para mover partículas ou moléculas grandes, para
dentro ou para fora da célula. O transporte vesicular é ativo e envolve a formação de uma vesícula,
coberta por membrana.
• Exocitose: é um tipo de transporte ativo que envolve a ruptura da membrana de modo que a
substância hidrofílica possa ser liberada para o meio extracelular.
• Endocitose: é um tipo de transporte ativo em que uma partícula grande é englobada pela
célula.
Obs: combinação desses dois transportes é chamada de Transcitose, quando ocorre endocitose de
um soluto em um lado da célula e saída do soluto em outro ponto da célula, por exocitose.

Objetivo 4 - Descrever os Fatores que interferem no transporte na membrana plasmática:


- Permeabilidade: existe uma relação linear direta entre a lipossolubilidade de uma substancia e sua
velocidade de difusão (quanto mais lipossolúvel, maior a difusão);
- O tamanho das moléculas (quanto maior as moléculas, menor é a passagem);
- Gradiente de Concentração;
- Quantidade de proteína carreadora;
- Presença de ionóforos (substancias que incorporam a membrana e aumentam a permeabilidade
de vários íons);
- Temperatura;
- Superfície de contato;

Bibliografia
https://lumina.ufrgs.br/pluginfile.php/999136/mod_resource/content/4/Membrana%20e%20transpor
tesMOOC.pdf
Livro: De Robertis Biologia Celular e Molecular - Capítulo 1 e Capítulo 3

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