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Membranas Celulares

Prof.ª Débora dos Santos


Sumário
• Introdução às Membranas celulares
• Modelo Mosaico Fluido
• Componentes da Membrana Plasmática
• Tipos de Permeabilidade seletiva
• Transporte de grandes moléculas
• Especializações da Membrana Plasmática
Introdução às Membranas celulares
• A membrana celular ou membrana plasmática é a interface entre a
célula em si com o ambiente que a cerca.
• Nos primeiros estudos sobre as membranas celulares, ainda que não
fosse essa estrutura visível ao MO, observou-se que de fato seria
uma barreira entre células vizinhas que, diferentemente das micelas
(gotas de lipídios em água), células quando colocadas lado a lado,
não se fundiam em uma só.
• Outra importante conclusão foi que a composição interna de sais
minerais, água e moléculas orgânicas era diferente da composição
externa do ambiente que a cercava. A isso chamou-se de proprieda-
de de permeabilidade seletiva, presente nas membranas celulares
que, de alguma forma, agiam como um filtro à passagem de
substâncias para dentro e fora da célula. Criou-se então um modelo
para explicar essa propriedade: o Modelo Mosaico Fluido.
Modelo Mosaico Fluido
• Para construir a estrutura da membrana plasmática da célula
considerou-se inicialmente a sua constituição fosfolipídica em uma
dupla camada (a chamada bicamada lipídica).
• Nessa bicamada lipídica estariam embebidas proteínas que
auxiliariam no transporte de moléculas para dentro ou para fora da
célula e proteínas integrais que atuariam como canal de passagem.
• Como a membrana não é uma estrutura rígida, as posições dos
lipídios e proteínas não eram fixas, mas sim, fluidas, podendo as
proteínas mover-se lateralmente na bicamada lipídica e outras
proteínas menores, mover-se verticalmente entre a camada mais
externa e a camada interna de fosfolipídios.
Modelo Mosaico Fluido
• Ainda, na camada mais externa de
fosfolipídios, estariam moléculas de
açúcar em configurações
moleculares específicas para atrair
as substâncias de interesse para
interagir com a célula, os chamados
glicocálix (ou glicocálices). Esses
açúcares poderiam estar tanto
aderidos aos lipídios (glicolipídios)
como às proteínas canal
(glicoproteínas) e, quando vistos ao
MEV, assemelhar-se-iam a figura de
um mosaico.
Modelo Mosaico Fluido

• O modelo Mosaico fluido


foi comprovado
posteriormente com a
análise em MET, na qual era
possível distinguir a
bicamada lipídica e as
proteínas entre essa
bicamada. A membrana
apresentava entre 7 a 9
nanometros de espessura.
Componentes da Membrana Plasmática
• Bicamada lipídica: formada por duas camadas de
fosfolipídios.
• Os fosfolipídios apresentam “cabeças” polares de grupos
fosfato que interagem com a água e “caudas” apolares de
lipídios, que se voltam entre
si porque são a parte
hidrofóbica da molécula.
Componentes da Membrana Plasmática
• Proteínas de membrana: podem ser integrais como as
proteínas canal ou periféricas como as proteínas receptoras.
• Funções associadas a essas proteínas:
✓ atuam como canais de transporte seletivo de micromoléculas;
✓ possuem função enzimática (modelo chave-fechadura);
✓ são marcadores de identidade celular (ex.: distinguem os tipos
sanguíneos ABO das hemácias);
✓ atuam na adesão celular (desmossomos);
✓ são receptoras de sinais químicos;
✓ aderem-se ao citoesqueleto.
Componentes da Membrana Plasmática
Componentes da Membrana Plasmática
• Glicocálix: como dito antes, estão aderidos à membrana
externa da célula, como glicolipídios ou glicoproteínas.
• Função principal
é atrair com suas
cargas elétricas e
configuração pró-
pria susbtâncias
de interesse para
a célula. Também
atuam no reconhe-
cimento de órgãos transplantados.
Tipos de Permeabilidade seletiva
• A permeabilidade seletiva é uma propriedade da membrana em
selecionar micromoléculas (ou seus íons) que podem entrar ou devem
sair da célula. Ela ocorre mais facilmente por meio das proteínas
canais e receptoras e, raramente, por entre a bicamada lipídica. Se a
molécula for muito grande para passar no meio de uma proteína
canal, ou ela deve ser quebrada por uma enzima antes ou ela
entrará na célula por outros processos que veremos mais adiante
(endocitose e exocitose).
• Vamos revisar alguns aspectos em química para compreender a
passagem de micromoléculas através da membrana, pois essa
passagem depende muito dos gradientes de concentração dentro e
fora da célula.
Tipos de Permeabilidade seletiva
SOLUÇÃO = SOLUTO + SOLVENTE
(sais, açúcares, (água)
. corantes, etc.)
• SOLUÇÃO ISOTÔNICA => [SOLUTO]  [SOLVENTE]
• SOLUÇÃO HIPERTÔNICA => [SOLUTO] > [SOLVENTE]
• SOLUÇÃO HIPOTÔNICA => [SOLUTO] < [SOLVENTE]
Tipos de Permeabilidade seletiva
• Os tipos de transporte através da membrana podem ser passivo ou
ativo.
• No transporte passivo o solvente ou o soluto passam a favor de um
gradiente de concentração e, portanto, não requerem o ATP da célula.
Já no transporte ativo, a mobilização de uma maquinaria para troca
de micromoléculas segue contra o gradiente de concentração e há
gasto de energia na forma de ATP.
• Os tipos de transporte passivo que vamos estudar são a osmose e a
difusão. E o exemplo de transporte ativo que vamos ver é o do
mecanismo da bomba de sódio e potássio, que ocorre em células
nervosas e cardíacas e que comandam os movimentos involuntários
do corpo, como o pensamento e a batida do coração.
Tipos de Permeabilidade seletiva
• Osmose: Passagem de solvente de um meio hipo. para um meio
hipertônico, pois a água tende a perseguir o soluto concentrado no
sentido de diluí-lo.
• Difusão: Passagem de soluto de um meio hiper. para um meio
hipotônico.
• Essa difusão pode ser facilita-
da em alguns casos pela pre-
sença de enzimas canal que
atuam sobre substratos espe-
cíficos, como a glicose, por
exemplo.
Tipos de Permeabilidade seletiva
• Osmose em células animais:

Plasmólise Turgênscia
Tipos de Permeabilidade seletiva
• Osmose em células vegetais:

Turgênscia
Plasmólise
Transporte de grandes moléculas
• Ocorre muito em organismos unicelulares que não podem
simplesmente esperar que os nutrientes passem por
transporte passivo em um imenso oceano para o interior de
sua célula e também em células de defesa dos organismos
pluricelulares, que precisam ser mais efetivas no combate
aos microrganismos e corpos estranhos.
• São processos que envolvem basicamente a endocitose
(movimento de por para dentro da célula), como a fagocitose
(ingestão de partículas sólidas) e a pinocitose (ingestão de
líquidos); ou também, a exocitose (movimento de expulsar
da célula), como a clasmocitose.
Transporte de grandes moléculas
Transporte de grandes moléculas

• Na clasmocitose, em geral,
tudo o que é potencialmente
danoso à célula deve ser
primeiro quebrado por
enzimas específicas, envolto
em vesículas e expulso da
célula para não correr risco
de causar mutações ao DNA
da célula.
Especializações da Membrana plasmática
• As especializações presentes na membrana plasmática
compreendem:
✓ o próprio glicocálix, que já abordamos anteriormente o que é
e para que serve;
✓ as interdigitações e os desmossomos que servem para adesão
célula-a-célula;
✓ as microvilosidades, dobras da membrana que servem para
aumentar a superfície de absorção das células no intestino;
✓ as invaginações, movimento de curvatura da membrana para
dentro e que servem para captura de alimento (endocitoses);
✓ os plasmodesmos, que são pontes de comunicação entre as
membranas plasmáticas de células vegetais que facilitam a troca
de substâncias entre células vizinhas.
Especializações da Membrana plasmática

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