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Através Hormônios neuropeptídios

Sinalização celular é um meio de comunicação entre células diferentes ou entre uma mesma
célula. A sinalização acontece quando uma célula sinalizadora emite uma molécula sinal, que
se liga na proteína que é o seu receptor, quando ocorre essa ligação a célula sofre uma serie
de mudanças dentro de si e produz a resposta final. Esse tipo de comunicação emite sinais que
determina como uma célula deverá agir em determinados processos, por exemplo, na
contração muscular.

Existe 5 tipos de sinalização que são:

 dependente de contato quando a célula produtora de sinal está muito próxima da


que recebe o sinal, ex. fator de crescimento epidérmico;
 endócrina a célula produz o sinal e manda para corrente sanguínea para chegar a uma
célula que não esta próxima a ela, ex. a captação de glicose;
 parácrina a célula que produz o sinal esta próxima a célula receptora, ex.citocinas;
 sinápticas ou neuronal a participa da sinapse, ex: impulso nervoso
 autócrina a célula sinalizadora é a mesma que recebe, ex. alguns fatores de
crescimemto.

As moléculas sinalizadoras podem ser:

 Hormônios esteroides, natureza lipidica derivados de colesterol, de caráter


hidrofóbico que o receptor está dentro da célula. Ex. cortisol.
 Hormônios peptídeos, derivados de proteínas, hidrofílico, o receptor está na
superfície. Ex. insulina
 Neurotransmissores, derivados de aminoácidos, hidrodílico, receptor na superfície.
Ex. acetil colina
 Fatores de crescimento, derivados de proteínas, hidrofílico, recptor na superfície.
Ex. PDGF fator de crescimento derivado da plaquete.

Existem dois tipos de receptores, intracelular e extracelular. Quando a molécula sinal é grande
e hidrofílica o receptor está na superfície, ou seja, o receptor é extracelular, nesse caso a
resposta é rápida. as moléculas sinais que se ligam a receptores intracelulares são hidrofóbicas
e geralmente pequenas, nesse caso a resposta é lenta, pois é necessária a produção de mais
proteínas.

Exemplos de moléculas sinais que utilizam receptores intracelulares é os hormônios


esteroides, essas moléculas hidrofóbicas atravessam a membrana plasmática das células-alvo e
se ligam a proteínas receptoras localizadas no meio intracelular. Esses receptores podem estar
tanto no citosol quanto no núcleo, são denominados receptores nucleares, porque, ao serem
ativados pela ligação ao hormônio, desencadeia uma série de mudanças. Eles permanecem
desativados, até o momento da ligação com hormônio.
Um exemplo de hormônio que tem o receptor dentro da célula é o cortisol qu é produzido
pelas glândulas suprarrenais, quando estamos em situação de stress, jejum, ou inflamação
produzimos muito cortisol para que nossas células estimulem enzimas que quebram o
glicogênio, o cortisol tem uma série de funções dentro da célula, isso se chama amplificação de
sinal, ou seja, uma moléculas gera varias reações dentro da célula.

Alguns gases lipossolúveis atravessam a membrana e ativam enzimas prontas dentro da


célula. Por exemplo, oxido nítrico que estimula o relaxamento da musculatura lisa, é um gás
lipossolúvel e é a única exceção de aminoácidos que seu receptor está dentro da célula. Ele é
uma molécula sinal produzido pela célula endotelial que vai para a célula da musculatura
através da sinalização paracrina. O NO sai da célula endotelial e entra na célula da muscula lisa,
pa q ela relaxe e contraia, o No entra na célula se liga ao seu receptor Guanilinil-ciclase que
também é uma enzima que é ativada atraves da ligação e quebra o GTP transformando em
GMP-ciclico resultando no relaxamento, através da fosfodiesterase o GMP é degradado para
que haja a contração. O viagra bloqueia(inibe) a fosfodiesterase fazendo com que as células
da musculqatura fiqeum relaxada prolongando a ação do NO na região penina, e dessa forma
se mantenha ereta.

As moléculas que se liga aos receptores extracelulares são hormônios peptídeos,


neurotransmissores e fatores de crescimento. Esses receptores podem estar associados a
proteínas de canais, proteína G e enzimas.

Nos receptores associados a canais iônicos o ligante que ativa o canal é uma molécula sinal,
que pode ser um neurotransmissor que faz o canal se fechar e abrir para a passagem de ions
nas células no sistema nervoso.

Receptores associado à proteína G são a maior família de receptores de superfície, suas


moléculas sinais podem ser pequenos peptídeos, derivados de aminoácidos ou derivados de
ácidos graxo. Apesar da variedade de receptores todos possuim uma mesma característica:
proteínas transmembranas que atravessa a membrana sete vezes. Quando a molécula sinal se
liga ao receptor induz uma mudança em sua formação que permite a ativação da proteína G
localizada na parte interna da célula. Todas as proteínas G de maneira geral possuem alfa, beta
e gama na sua formação.

Enquanto a proteína G está inativa a subunidade alfa possui um GDP ligado a si. Quando a
molécula sinal se liga ao receptor, causa uma alteração e a ativação da proteína G que se
desconecta do receptor e faz com que suas subunidades se separem, permanecendo ligada
apenas a alfA. qu A subunidade alfa troca o GDP por GTP e se desliga das subunidade beta e
gama que permanecem juntas e ativadas. Quando alfa e o complexo se liga a suas respectivas
proteínas- alvo a ativa pelo período em que estão unidos, após algum tempo o GTP é
hidrolisado e alfa volta a ter afinidade com gama e beta, quanto maior o tempo de interação

Algumas proteínas G regulam canais iônicos, por exemplo, O batimento cardíaco nos animais é
controlado por dois grupos de fibras nervosas que acelera e diminui os batimentos. As fibras
que sinalizam uma redução dos batimentos o fazem pela liberação de acetilcolina, que se liga a
um receptor associado à proteína G na superfície das células musculares cardíacas. Esse
receptor ativa uma proteína G. Nesse caso, o componente ativo na sinalização é o complexo
βγ: ele se liga à face intracelular de um canal de K+ na membrana da célula muscular cardíaca,
forçando-o a se manter aberto. Isso permite o fluxo de K+ inibindo, dessa forma, a
excitabilidade elétrica celular. O sinal é desligado – e o canal se fecha – quando uma
subunidade α hidrolisa sua GTP, sofrendo, assim, autoinativação, e a proteína G retorna ao seu
estado inativo.

Algumas proteínas G ativam enzimas ligadas à membrana. As duas enzimas-alvo mais


frequentes das proteínas G são a adenilato-ciclase, a enzima responsável pela síntese do AMP
cíclico, uma molécula sinalizadora intracelular pequena, e a fosfolipase C, responsável pela
síntese das pequenas moléculas sinalizadoras intracelulares trifosfato de inositol e
diacilglicerol.

Muitos sinais extracelulares que atuam por meio de receptores associados à proteína
G afetam a atividade da adenilato-ciclase e alteram, portanto, a concentração
intracelular da pequena molécula mensageira AMP cíclico. A subunidade
da proteína G estimulada ativa a adenilato-ciclase, causando um aumento
súbito e dramático na síntese do AMP cíclico a partir de ATP (que está sempre
presente na célula). Essa proteína G é denominada G s porque estimula a ciclase.
Uma segunda enzima, denominada fosfodiesterase do AMP cíclico, converte rapidamente
o AMP cíclico em AMP para ajudar a eliminar o sinal ( Figura 16-21).
Um dos modos de atuação da cafeína como estimulante é pela inibição da fosfodiesterase no sistema nervoso,
bloqueando a degradação do AMP cíclico, o que
mantém alta a concentração intracelular desse pequeno mensageiro.
A fosfodiesterase do AMP cíclico está permanentemente ativa dentro da
célula. Em virtude da sua atividade de degradar rapidamente o AMP cíclico, as
concentrações do mensageiro podem mudar também rapidamente em resposta
ao sinal extracelular, aumentando ou diminuindo 10 vezes em poucos segundos
(Figura 16-22). O AMP cíclico é uma molécula hidrossolúvel, podendo propagar o
sinal por toda a célula, viajando a partir do sítio na membrana onde é sintetizado
para interagir com proteínas localizadas no citosol, no núcleo, ou em outras
organelas.

O AMP cíclico exerce esses vários efeitos principalmente pela ativação da


enzima proteína-cinase dependente de AMP cíclico (PKA). Essa enzima é,
normalmente, mantida inativa na forma de um complexo com outra proteína. A
ligação do AMP cíclico força uma mudança conformacional que libera a cinase
ativa. A PKA ativada catalisa a fosforilação de serinas e treoninas específicas em
determinadas proteínas intracelulares, alterando, assim, suas atividades. Em tipos
celulares diferentes, grupos diferentes de proteínas estão disponíveis para
serem fosforilados, o que explica por que os efeitos do AMP cíclico variam com
o tipo de célula-alvo.
Muitas respostas celulares são mediadas pelo AMP cíclico; algumas estão
listadas na Tabela 16-3. Como a tabela mostra, células-alvo diferentes respondem
de modo muito diferente a sinais extracelulares que alteram a concentração
intracelular do mensageiro. Quando estamos amedrontados ou excitados,
por exemplo, a glândula adrenal libera o hormônio adrenalina, que circula na
corrente sanguínea e se liga a receptores associados à proteína G (receptores
adrenérgicos) que estão presentes em muitos tipos de células. As consequências
variam de uma célula para outra, mas todas as respostas ajudam o corpo a se
preparar para uma ação rápida. No músculo esquelético, por exemplo, a adrenalina
desencadeia um aumento na concentração intracelular de AMP cíclico, o que
causa a degradação do glicogênio – o estoque de glicose em forma de polímero.
Isso é feito pela ativação da PKA que leva à ativação de uma enzima que promove
a degradação do glicogênio (Figura 16-23) e à inibição de uma que aciona a síntese do mesmo. Pelo fato de estimular
a degradação do glicogênio e inibir sua
síntese, o aumento de AMP cíclico aumenta ao máximo a quantidade de glicose
disponível como combustível para acelerar a atividade muscular. A adrenalina
também age sobre as células adiposas, estimulando a degradação dos triacilgliceróis
(a forma de reserva das gorduras) a ácidos graxos – uma forma de combustível
celular de uso imediato (discutido no Capítulo 13), que também pode ser
exportada para outras células que necessitem de energia.
Em alguns casos, os efeitos da ativação da cascata do AMP cíclico são rápidos;
por exemplo, no músculo esquelético, a degradação do glicogênio ocorre
em alguns segundos após a ligação da adrenalina ao seu receptor (ver Figura
16-23). Em outros casos, as respostas ao AMP cíclico envolvem mudanças na
expressão gênica que demoram minutos ou horas para acontecer (ver Figura
16-7). Nessas respostas lentas, a PKA fosforila reguladores de transcrição que
ativam a transcrição de genes selecionados. Nas células endócrinas do hipotálamo,
por exemplo, um aumento na concentração do AMP cíclico estimula a
síntese de um hormônio peptídico denominado somatostatina, que então suprime
a liberação de vários hormônios por outras células. Da mesma forma,
aumentos na concentração do mensageiro em alguns neurônios do cérebro
controlam a síntese de proteínas envolvidas em algumas formas de aprendizagem.
A Figura 16-24 mostra uma típica via mediada por AMP desde a membrana
plasmática até o núcleo.

OBS: O AMP cíclico é sintetizado pela adenilato-ciclase e degradado pela fosfodiesterase


do AMP cíclico. O AMP cíclico (também chamado de cAMP) é formado a partir de ATP
por uma reação de ciclização que remove dois grupos fosfato do substrato e reúne as extremidades
“livres” do grupo fosfato remanescente ao açúcar da molécula de ATP. A reação de
degradação quebra essa segunda ligação, formando AMP.

OBS: A fosfolipase C ativa duas vias


de sinalização. A hidrólise de um fosfolipídeo
de inositol de membrana por uma fosfolipase
C ativada produz duas moléculas mensageiras
pequenas. O inositol 1,4,5- trisfosfato (IP3) se difunde
pelo citosol e se liga aos canais especiais
de Ca2na membrana do retículo endoplasmático,
abrindo-os e desen cadeando a liberação
do íon. O gradiente eletroquímico grande faz
com que o Ca2saia rapidamente para o citosol.
O diacilglicerol permanece na membrana
e, juntamente com o Ca2, auxilia na ativação
da proteína-cinase C (PKC), que é recrutada
do citosol para a face citosólica da membrana
plasmática. A PKC fosforila seu próprio conjunto
de proteínas-alvo intracelulares, propagando
o sinal.

Cada hormônio se liga a uma proteína receptora diferente, e cada receptor atua sobre um
conjunto diferente, de sítios reguladores no DNA (discutido no Capítulo 8). Além disso, um
dado hormônio geralmente regula diferentes grupos de genes em diferentes tipos celulares,
evocando, dessa forma, respostas fisiológicas diferentes em tipos diferentes de células-alvo.
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