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Sinalização Celular:

● Células dependem da combinação de sinais.

● Células respondem de formas diferentes ao mesmo sinal > o que a célula faz
com o sinal influencia mais na resposta do que a ligação sinal-receptor.

TEMPO DE AÇÃO:
● Alterar função proteica > menos tempo para a mudança da função celular.

● Alterar a síntese de proteína > mais tempo para a mudança da função celular.

FORMAS DE SINALIZAÇÃO:
● Justácrina: a célula emissora e a célula alvo se ligam através do receptor para
a transmissão de sinal.

● Parácrina: a célula emissora libera o sinal, que segue para o receptor das
células alvo próximas.

● Autócrina: os receptores estão presentes na própria célula emissora.

● Endócrina: a célula emissora libera o hormônio na corrente sanguínea para


chegar até o receptor da célula alvo.

● Sináptica: o neurônio transmissor realiza a sinalização através da sinapse.

TRANSDUÇÃO DE SINAL :
● Especificidade: a molécula sinalizadora se encaixa perfeitamente no receptor.

● Amplificação: quando enzimas ativam enzimas, a transmissão de sinal ocorre


em cascata.

● Modularidade: pode acontecer de ter proteínas auxiliares que vão interagir


com a resposta do sinal e só então a resposta final vai ocorrer.
● Desensibilização/Adaptação: a própria resposta ao sinal acaba com a
sinalização.

● Integração: às vezes pode ser necessário mais de um sinal e um receptor para


que ocorra a resposta final.

RECEPTORES NUCLEARES:
● Está presente dentro do núcleo celular em seu estado inativo com uma
proteína inibitória.

● A molécula sinalizadora será hidrofóbica e será transportada por uma


proteína hidrofílica (albumina é uma das principais).

● Etapas da sinalização:
1. O sinal atravessa a membrana plasmática e chega até o receptor, que
libera a proteína inibitória e passa para seu estado ativo.
2. Em seu estado ativo, o receptor deixa exposto a região de ligação ao
DNA.
3. O sinal se liga ao DNA, produzindo o mRNA.
4. Esse mRNA é traduzido pelos ribossomos e novas proteínas são
sintetizadas.

RECEPTORES DE CANAIS IÔNICOS:


● Etapas (exemplo: contração muscular):
1. A molécula sinalizadora (acetilcolina) se liga ao receptor do canal
iônico, que se abre.
2. Como o Na+ vai entrar na célula, o canal aberto tem carga negativa. A
concentração de Na+ aumenta no meio intracelular.
3. Ocorre a despolarização da membrana (mudanças na carga elétrica).
4. Essa despolarização aumenta o potencial dessa célula, ocorrendo a
concentração muscular.

RECEPTORES DA PROTEÍNA G:
● Proteína G: composta por três subunidades, sendo a subunidade α ligada ao
GDP (inativa) ou GTP (ativa).
● Proteína quinase A: depende do cAMP para ser ativada. Possui 2
subunidades catalíticas e 2 subunidades regulatórias, quando o cAMP se liga
às subunidades regulatórias, as subunidades catalíticas são liberadas.

● Exemplo: Epinefrina e Glucagon.


- Primeiro mensageiro: adrenalina ou glucagon.
- Segundo mensageiro: cAMP (produto da quebra do ATP).
- Proteína efetora: adenilato ciclase.
- Etapas:
1. Quando o primeiro mensageiro se liga ao receptor, a
subunidade α troca o GDP pelo GTP, ativando a proteína G.
2. A subunidade α ligada ao GTP se solta das outras subunidades
e se liga a proteína efetora.
3. A proteína efetora produz cAMP através da quebra de ATP,
aumentando a concentração intracelular de cAMP.
4. O cAMP ativa as PKA, liberando suas subunidades catalíticas
que realizam a fosforilação de diversas enzimas.
● Desfazer esse mecanismo:
- O sinal se desligar do receptor, o GTP voltar a ser GDP e voltar para
as subunidades da proteína G.
- A enzima fosfodiesterase diminuir a concentração de cAMP.
- Dessensibilização: as subunidades beta e gama recrutam uma proteína
quinase (βARK), que fosforila uma porção interna do receptor, criando
um sítio de ligação para a βarr. A βarr, ligada ao receptor, o leva para
uma vesícula intracelular através de endocitose.

RECEPTOR DAS ENZIMAS:


● Exemplo tirosina quinase (receptor da insulina):
1. A insulina se liga no receptor, ocorrendo uma dimerização do receptor
(duas cadeias polipeptídicas se aproximam).
2. O receptor se autofosforila e é ativado.
3. Essa fosforilação ativa regiões de tirosina quinase no receptor, o
tornando uma enzima.
4. O substrato do receptor de insulina (IRS1) é fosforilado pela enzima
do tipo tirosina quinase e esse IRS fosforilado (segundo mensageiro)
propaga o sinal dentro da célula.
● Insulina no transporte da Glicose (células do tecido muscular e adiposo):
1. O IRS fosforilado ativa uma enzima quinase (PI3K).
2. O PI3K fosforila um fosfolipídio (PIP2 > PIP3).
3. O PIP3 ativa outra proteína quinase (PKB), que se autofosforila e age
sobre os transportadores presentes em vesículas (GLUT 4) dentro da
célula, então, esses transportadores migram para membrana
plasmática.
4. A glicose entra na célula por difusão facilitada (mais concentrado >
menos concentrado, pregadorzinho).

● Desfazer a ação da insulina:


- Proteína inibitória se ligar ao receptor, impedindo a ativação da
insulina.
- Tirar o receptor da superfície: voltar para vesícula intracelular ou ser
degradado.

Via Glicolítica:

DIGESTÃO DA GLICOSE:
● Boca: enzima α-amilase e mastigação.

● Estômago: a digestão pela α-amilase para por causa da diferença de pH.


Aqui é digerido principalmente proteínas.

● Pâncreas: eleva o pH do bolo alimentar através da liberação de bicarbonato e


continua a digestão pela liberação da enzima α-amilase pancreática.

● Intestino: enzimas glicosidases > ocorre a quebra total para


monossacarídeos.

● Fígado: trazido pela veia porta até o fígado para que possa ser levado para
os tecidos.

TRANSPORTADORES:
● Concentração normal de glicose no sangue: 5mM (quando maior for a
concentração necessária, menor será a afinidade do transportador e
vice-versa).

● GLUT 1 E 3:
- Concentração necessária de 1mM.
- Está sempre captando glicose para dentro da célula.
- Presente em todos os tecidos, principalmente dos neurônios, da
barreira hematoencefálica e hemácias

● GLUT 2:
- Concentração necessária de 20mM.
- Presente no fígado e no pâncreas.
- Fígado estoca o excesso de glicose.
- Pâncreas é sensível a concentração de glicose, se estiver baixa libera
Glucagon, se tiver alta libera Insulina.

● GLUT 4:
- Concentração necessária 5mM.
- Só capta a glicose se tiver insulina (receptores de insulina).
- Tecido muscular e adiposo.

● SGLT1:
- Transportador da glicose no intestino.
- Só capta a glicose se tiver sódio junto (após refeições tem os dois).

GLICÓSE (VIA GLICOLÍTICA):


● Ocorre no citoplasma da célula.

● Realiza parte da oxidação da glicose.

● Fase preparatória:
- A glicose é fosforilada (hexocinase), ficando com carga negativa e
presa dentro da célula (parte interna da membrana é negativa) >
Gasta 1 ATP (irreversível).
- Uma enzima transforma a molécula glicose 6-fosfato em frutose
6-fostato, para que seja possível dividir a molécula em duas, com 3
carbonos em cada uma.

- A enzima fosfofrutoquinase vai fosforilar a molécula frutose 6-fosfato


em frutose 1,6-fostato (só pode ser utilizada na Glicólise). > Gasta 1
ATP (irreversível).

- Uma enzima vai dividir a molécula em duas: fosfato de


di-hidroxiacetona (DHAP) e gliceraldeído-3-fosfato (GAP).

- Como só o GAP servirá como substrato, uma enzima transforma a


molécula de DHAP em uma de GAP.

● Fase do pagamento (ocorre em dobro):


- Incorpora uma molécula de fosfato do meio. > Ganha 2 NADH.

- Pega uma molécula de fosfato e junta com um ADP. > Ganha 2 ATP.

- A molécula é isomerizada, mudando a posição do fosfato.

- A molécula sofre uma desidratação.

- Através da enzima piruvato quinase, a molécula perde um fosfato para


um ADP e vira uma molécula de piruvato (produzir energia nas
mitocôndrias). > Ganha 2 ATP (irreversível).

● Enzimas reguladoras (regulam a atividade enzimática do metabolismo, sendo


fosforiladas, por exemplo): hexoquinase, fosfofrutoquinase e piruvato
quinase.

● Nos músculos e nos rins, a hexoquinase fosforila diretamente a frutose. Já no


fígado ela segue um caminho diferente do da Via Glicolítica (sempre sendo
fosforilada e isomerizada).

● A galactose segue um caminho diferente (sempre sendo fosforilada e


isomerizada) do da Via Glicolítica, gastando somente 1 ATP.
● A manose também é fosforilada pela hexoquinase e depois segue por
processos de isomerização para chegar até a conformação da molécula de
glicose.

FERMENTAÇÃO:
● O piruvato produzido pode passar por processos de fermentação, caso não
haja presença de oxigênio.

● Nosso organismo só realiza fermentação láctica, como por exemplo, nas


hemácias que não possuem mitocôndrias e no músculo, em caso de exercício
intenso.

● Não há gasto de energia, ela serve para oxidar o NADH e repor o NAD+
gasto na Via Glicolítica.

● Fermentação láctica:
- Enzima lactato desidrogenase transforma o piruvato em lactato,
liberando NAD+.

● Fermentação alcoólica:
- Piruvato é transformado em um intermediário através de uma enzima,
liberando CO2.
- O intermediário é transformado em ethanol através da álcool
desidrogenase.

REGULAÇÃO:
● Hexoquinase I, II e III:
- Alta afinidade pela glicose.
- Inibida pela própria glicose 6-fosfato.

● Hexoquinase IV:
- Presente no fígado (estoca glicose).
- Baixa afinidade pela glicose.
- Fica no núcleo com uma proteína inibitória e é liberada quando a
concentração de glicose aumenta.
- A alta concentração de frutose 6-fostato serve como inibidor, a
fazendo voltar pro núcleo.

● Fosfofrutoquinase:
- Regulador negativo: ATP e citrato (intermediário do ciclo de Krebs).
- Regulador positivo: AMP e ADP (baixo nível de energia).

- PFK2 produz a frutose 2,6-bifosfato, que é um regulador positivo da


PFK1.
- A enzima frutose 2,6-bifosfatase faz a frutose 2,6-bifosfato voltar a
ser frutose 6-fosfato, sendo um regulador negativo da PFK1.
- O glucagon produz PKA que fosforila a FBPase-2 (ativa) e a PFK2
(desativa) > parando a atividade da Glicólise.
- A insulina produz a fosfo-proteína-fosfatase que desfosforila a PFK2
(ativa) e a FBPase-2 (desativa) > voltando a atividade da Glicólise.

● Piruvato quinase:
- Reguladores negativos em todos os tecidos: ATP e acetil-CoA.
- Fígado: Glucagon (PKA) fosforila a piruvato quinase (inativa) e a
insulina (fosfatase) desfosforila a piruvato quinase (ativa).

Gliconeogênese:
● Mantém a concentração de glicose no sangue estável.
● Produz glicose a partir de diversos intermediários.
● Como se fosse a Glicólise reversa, porém com as seguintes mudanças:
- Piruvato quinase > Piruvato carboxilase + PEPCK.
- Fosfofrutoquinase > Frutose 1,6-bifosfatase.
- Hexoquinase > Glicose 6-fosfatase.

PIRUVATO CARBOXILASE E PEPCK:


● Depois que o piruvato entra dentro da mitocôndria, ele não consegue sair
mais, então:
- A piruvato carboxilase transforma o piruvato em oxaloacetato >
carboxilase.
- O oxaloacetato é transformado em malato, que consegue ser
transportado para o citoplasma.
- O malato se transforma em oxaloacetato.
- A enzima PEPCK transforma o oxaloacetato em fosfoenolpiruvato
(PEP) > descarboxilase e fosforilação.

● Biotina está envolvida na carboxilase.

FBPase-1:
● Hidrolisa o fosfato da frutose 1,6-bifostato, liberando Pi e a transformando
em frutose 6-fostato.

GLICOSE 6-FOSFATASE:
● Hidrolisa a glicose 6-fosfato, liberando Pi e glicose.
● Só existe no fígado (responsável por abastecer a glicose no sangue) e no rim
(filtra o sangue e libera a glicose para a parte interna do rim).

CICLO DE CORI:
● Só ocorre em exercício intenso:
- Onde há grande concentração de lactato, que volta a ser piruvato pela
lactato desidrogenase.
- Esse piruvato entra na mitocôndria e é carboxilado pela piruvato
carboxilase, virando oxaloacetato.
- Esse oxaloacetato é transformado em PEP pela PEPCK mitocondrial
(que só é ativada em exercício intenso).

Síntese e Degradação de Glicogênio:


SÍNTESE:
● Principalmente pelo fígado e pelo músculo (problemas de armazenamento
podem gerar doenças).

● Não precisa de oxigênio.

● Hexoquinase e glicose sintase são ativadas pela insulina.

● Etapas:
- Hexoquinase fosforila a glicose em glicose 6-fosfato.
- Fosfoglicomutase isomeriza a G6P em G1P.
- UDP-glicose pirofosforilase transforma G1P em UDP-glicose,
liberando PPi.
- Glicose sintase cliva o UDP e junta a glicose numa molécula de
glicogênio com pelo menos 4 glicoses.

● Iniciador (momentos de baixa glicose):


- Glicogenina: proteína autocatalítica.
- Glicogenina-Tirosina se junta na glicose da UDP-glicose e cliva o UDP.
- Isso ocorre até ter de 4 a 8 moléculas de glicose.

● Ramificação:
- Quando a cadeia linear (ligação α 1,4) do glicogênio chega a 11
glicoses, a enzima ramificadora pega as 7 últimas moléculas e cria
uma ramificação (α 1,6).

DEGRADAÇÃO:
● Baixo nível de glicose > Glucagon.
● Músculo degrada para consumo próprio.
● Fígado degrada pro organismo inteiro > glicose 6-fosfatase.
● Etapas:
- Glicogênio fosforilase cliva as ligação α 1,4 que estão a 4 moléculas
de distância de uma ramificação, produzindo G1P.
- Enzima desramificadora junta as 3 últimas glicoses de um ramo em
uma cadeia linear de glicogênio, liberando a primeira glicose do ramo.
- Fosfoglicomutase transforma a G1P em G6P.
- Fígado: glicose 6-fosfatase transforma G6P em glicose pro sangue.
- Músculo: usa a G6P como fonte para si mesmo.

Via Pentose-Fosfato:
● Construção de nucleotídeos.

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