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Fisiologia 03/11/2020 genes, uma vez que CREB vai deixar de ir pro

núcleo celular; ou dependendo do gene, se


Sinalização Celular II
CREB promover um efeito inibitório sobre ele, ele
Demais vias de sinalização mediadas pela não estando no núcleo, a expressão desse gene
proteína G alfa i (Gi) e pela proteína G alfa q vai aumentar.
(Gq).
Esses dois efeitos vão culminar com um efeito
biológico inibitório

*** Temos um receptor com 7TM que está No entanto, também temos uma via de
acoplado a uma proteína G, que tem sinalização que é mediada por receptores
subunidade alfa do tipo i (não mais do S), que no acoplados a proteína G, só que nessa proteína G
estágio inativo a alfa i esta acoplada ao GDP, e a subunidade alfa é do tipo q.
temos a subunidade beta e uma subunidade
gama. Quando o sinalizador/ligante interage com
esse receptor, esse receptor vai se tornar ativado Atenção por que alguns detalhes irão mudar:
e vai ativar a proteína G que está acoplada a
- Um receptor que tem os 7 domínios
subunidade alfa i, a subunidade alfa i se ativa e
transmembrana por isso que ele é chamado de
também irá TROCAR GDP OU GTP ficando ativa
GPCR / 7TM, acoplado a uma proteína g que é
e se dissociando das subunidades beta e gama.
trimérica, nessa proteína g a subunidade alfa é
Essa subunidade alfa i, agora ativa, vai inibir a do tipo q, que no estágio inativo também esta
adenilato ciclase (AC), uma vez que ela inibe a acoplada a uma molécula de GDP. Quando o
atividade da adenilato, essa enzima AC vai deixar sinalizador interage com esse receptor, ele ativa
de converter ATP em AMPc, ou seja o conteúdo a proteína G e a subunidade também vai
de AMPc intracelular vai diminuir e TROCAR GDP POR GTP FICANDO ATIVA e se
consequentemente a atividade da PKA vai ser dissociando das subunidades Gbeta e Ggama.
diminuída (diminuindo assim tanto suas ações
Só que agora, a subunidade alfa q vai ativar uma
não genômicas quanto genômicas). E por isso
enzima chamada de Fosfolipase c que está presa
que essa via é considerada como INIBITORIA.
na membrana plasmática dessa alvo (que
degrada fosfolipídios, e onde tem fosfolipídios?
Na membrana da célula, então essas enzimas
ficam aderidas na membrana). Quando a
fosfolipase c se torna ativa, ela vai clivar
fosfolipídio de membrana, principalmente um
chamado de Fosfatidilinositol bifosfato (PIP2)
gerando DOIS produtos: Diacilglicerol (DAG) e o
Inositol trifosfato (IP3).

A ausência da fosforilação vai causar maior ou


menor atividade das enzimas e também vai
causar uma menor expressão de determinados
O DAG é formado por duas cadeias de ácidos atividade dessas proteínas (ou aumentando ou
graxos (componente que está preso a porção diminuindo, depende da proteína).
interna da membrana plasmática) e por uma
A PKC também pode se ligar ao DAG que está
molécula de glicerol (di de dois, acil de ácidos
preso na membrana plasmática, quando isso
graxos e glicerol por conta da molécula de
ocorre a atividade do Diacilglicerol aumenta ainda
glicerol). Lembrando que os ácidos graxos são
mais, então tanto o cálcio quanto a ligação a
apolares e por isso permanecem na membrana.
molécula de DAG potencializam a atividade da
Já o IP3 é formado pelo grupamento que dá PKC (que agora vai poder fosforilar uma gama
especificidade a esse fosfolipídio (que é o ainda maior de proteínas).
Inositol) associado a 3 fosfatos. É uma molécula
polar que pode se mover no citoplasma da célula.
Quando o Inositol trifosfato é liberado ele vai
então atuar em um receptor inotrópico (receptor
que é um canal iônico). Esse receptor está na
membrana no reticulo
endoplasmático/sarcoplasmático (nas células
musculares), no interior desse reticulo temos uma
grande quantidade de íons cálcio armazenados.
Estamos falando de receptor inotrópico que é
ativado por um ligante intracelular. Quando temos
a interação do IP3 com esse receptor, ele vai
permitir a abertura desse receptor, o que vai
gerar a passagem dos íons cálcio que estavam
Então, quando falamos de uma sinalização
no interior desse reticulo para o citoplasma da
mediada por receptores acoplados a proteína Gq,
célula alvo, aumentando a concentração de
estamos falando de um aumento do conteúdo
cálcio Ca2+ intracelular.
Diacilgricerol, Inositol trifosfato e principalmente
de Cálcio intracelular (e é esse cálcio que vai
disparar essa cascata de sinalização).
Pra finalizar essa sinalização, é necessário
remover esse excesso de cálcio intracelular, ou
esse cálcio retorna ao reticulo
endoplasmático/sarcoplasmático ou ele é
eliminado pro meio extracelular, e dessa forma a
atividade da PKC vai retornar a níveis basais
(normais).
Sinalizador extremamente importante: Ocitocina,
que induz a contração da musculatura lisa,
principalmente a musculatura lisa uterina,
fazendo com que esse útero contraia e expulse o
Esse cálcio tem diversas funções nessa célula feto. Assim como esta presente na musculatura
alvo: lisa mamaria, para induzir a ejeção do leite.

- Interagir com uma proteína quinase (PKC - que Lembrar que o mecanismo de contração da
realiza fosforilação – Proteína Quinase musculatura lisa depende do aumento de cálcio
dependente de Cálcio), vai ativar essa PKC intracelular, e como a ocitocina faz isso?
aumentando a quantidade de PKCs ativadas, Induzindo a via de sinalização que é dependende
elas poderão realizar fosforilações em diversos de G-a-q que aumenta cálcio intracelular e esse
alvos produzindo efeitos não genômicos. cálcio intracelular vai induzir o mecanismo de
contração que vai induzir o deslizamento de
A PKC pode fosforilar diversas proteínas que já actina e miosina fazendo com que a fibra
existem nessa célula alvo (produzindo um efeito muscular lisa contraia;
não genômico, que é um efeito rápido). E a
adição desse grupamento fosfato vai modular a Entendendo um pouco mais sobre fosfolipídios:
- Fosfolipídios de membrana são formados por
duas cadeias de ácidos graxos (que podem ter
comprimentos maiores ou menores), essas
cadeias são ligadas a uma molécula de glicerol
(que possui 3 carbonos, sendo que o terceiro
carbono é ligado a um grupamento fosfato (que
confere polaridade a essa região) e esse
grupamento fosfato é ligado a um segundo
grupamento chamado de R, que é quem vai
conferir a especificidade desse fosfolipídio e
nesse caso o grupamento é a Colina, por isso o
nome fosfatidilcolina, se o grupamento R fosse
uma Serina seria chamado de Fosfaditilserina. E
no caso de grupamento R Inositol temos o
fosfatidilinositol.

Relembrando a finalização da resposta na célula


alvo:
- Ocorre principalmente retornando o cálcio pro
Fosfatidilinositol bifosfato:
interior do reticulo
- Temos molécula de glicerol com seus 3 endoplasmático/sarcoplasmático mas também
carbonos, os dois primeiros carbonos ligados pode ser eliminando pro meio extracelular. Quem
cada um a uma cadeia de ácidos graxos (que realiza esse transporte de volta pro reticulo é
tem suas caudas formadas principalmente por uma proteína transportadora chamada de cálcio
hidrocarbonetos, ou seja é uma região apolar que atpase (ela vai realizar o transporte desse cálcio
estará voltada para o interior da membrana pro interior do reticulo
plasmática) e o terceiro carbono do glicerol endoplasmático/sarcoplasmático contra um
estará ligado ao grupamento fosfato e o gradiente de concentração ou seja, é um
grupamento fosfato é ligado/está ligado ao transporte ativo primário, porque o cálcio já é
grupamento R que é o Inositol. mais concentrado no interior do reticulo e a
tendência natural desse cálcio é sair do reticulo,
Chamado de Fosfatidilinositol 4,5 bifosfato ou então pra colocar mais cálcio dentro do reticulo
PIP2, porque além do Inositol, do grupamento nós precisamos gastar energia e quem faz isso é
fosfato, do glicerol e dos dois ácidos graxos, ele a proteína transportadora cálcio atpase ou
ainda tem mais dois grupamentos fosfato, então BOMBA DE CALCIO.
quando a fosfolipase c cliva essa molécula, ela
vai separar a região da cabeça do fosfolipídio
(que é polar devido a presença dos 3
grupamentos fosfato) da região da cauda do
fosfolipídio (que é apolar).
1º Grupo – Receptores com atividade Guanilato
ciclase. Principal receptor: Receptor pro hormônio
Peptídeo natriurético atrial (sigla dele: ANP -
peptídeo que induz o aumento da excreção de
sódio lá no nosso rim)
2º Grupo – Receptores com atividade
Serina/Treonina quinase. Principal receptor:
Receptor de interleucinas e de citocinas
(sinalizadores químicos estudados em
imunologia).
3º Grupo – Receptores com atividade Tirosina
Quinase. Principal receptor: receptor de insulina
4º Grupo - Não tem atividade enzima intrínseca
mas são associados a uma enzima – no caso, a
**** Se estivermos pensando que nesse exemplo Tirosina Quinase.
é uma célula muscular (seja lisa, cardíaca ou
esquelética), essa proteína (cálcio atpase /
bomba de cálcio), ela é chamada de SERCA Receptores de INSULINA
(nome pra cálcio atpase do reticulo
sarcoplasmático). Lembrando que são do 3º Grupo mas quem são
eles?
- São homo dímeros (duas porções totalmente
RECEPTORES COM ATIVIDADE ENZIMATICA iguais). Esses receptores apresentam uma
INTRINSECA porção extracelular (porção ALFA – que é o onde
- Como o próprio nome diz, significa que além de vai reconhecer a molécula de insulina (que é o
reconhecer um sinalizador especifico, esses sinalizador)) e uma porção que atravessa a
receptores vão funcionar como enzimas, uma vez membrana plasmática e que termina do lado
que eles tem atividade enzimática intrínseca. intracelular (cadeia BETA – é essa porção
intracelular da cadeia beta que produz a atividade
- Todos esses receptores são formados por e enzimática, que é uma atividade tirosina quinase)
sempre vão funcionar por dímeros (duas porções
do receptor que vão se associar pra produzir
aquele efeito biológico no interior daquela célula “É uma atividade tirosina quinase” implica dizer
alvo). Dimeros podem ser iguais (homo dímeros) que esse receptor vai fosforilar proteínas alvo
ou como no caso do grupo 2, temos hetero especificamente em AMINOÁCIDOS TIROSINA,
dímeros (dois receptores (dímeros) mas com (só vai adicionar grupamento fosfato e
estrutura diferente). aminoácidos tirosina daquelas proteínas alvo que
São vários: ele for capaz de fosforilar).
*** Quando a insulina interage com esse receptor (os outros dois domínios não importam
receptor, esse receptor vai se auto fosforilar = ele nesse momento). Y = tirosina
vai fosforilar a parte beta (marcada com * seja de
Y608 Y658 Y727 – Tirosina (Y) está em uma
um lado ou do outro), vai fosforilar tirosinas dessa
dessas posições e etc.
outra porção do receptor. Essas auto
fosforilações são extremamente direcionadas.
Esse receptor pra insulina é uma proteína de Quando o receptor se auto fosforila, o IRS vai
peso molecular MUITO grande (formada por poder se ligar ao receptor e também vai ser
vários resíduos de aminoácidos diferentes, fosforilado por ele, e vai ser fosforilado em
inclusive por aminoácidos tirosina), quando esse aminoácidos tirosina específicos. Ex.: Se a Y608
receptor é ativado, ele fosforila especificamente for fosforilada, a gente consegue disparar uma
tirosinas que estão em posições especificas: via de sinalização que vai produzir um efeito
biológico da insulina, como por exemplo, a
Ex.: Esse receptor é formado por 500
diminuição da glicemia; Ex.: Se a Y895 for
aminoácidos, e a gente tem tirosina na posição
fosforilada nós teremos outro efeito biológico da
490, é só nessa tirosina que esse receptor vai se
insulina, por exemplo, aumentando o crescimento
auto fosforilar. Se ele se auto fosforilar em uma
celular; Se a Y1172 for fosforilada nós teremos
tirosina que não seja essa, essa via de
outro efeito biológico da insulina, por exemplo,
sinalização NÃO acontece.
inibição de morte celular. Por isso é
- Existem diversos casos de resistência a insulina extremamente importante que a gente conheça
(diabetes melitus) – a insulina não consegue qual resíduo Tirosina foi fosforilado.
interagir/produzir efeito naquela célula alvo
porque existe um problema genético/mutação
que faz com que esse receptor não fosforile
aminoácidos tirosina que estão nas posições
adequadas. Hoje conhecemos a posição de
todos os aminoácidos que são fosforilados por
esse receptor.
Quando esse receptor se auto fosforila, ele então
vai permitir que outras proteínas que estão livres
no citoplasma dessa célula interajam com ele e
dispare a cascata de sinalização que vai produzir
o efeito biológico da insulina.
Dentre esses alvos que interagem com esse
receptor da insulina quando ele está fosforilado **** Receptor pra insulina (formado por suas duas
em resíduos específicos, nós temos: subunidades – porção extracelular ALFA que
reconhece a insulina e a cadeia beta/porção
intracelular que tem atividade tirosina quinase) 
Quando a insulina interage com o receptor, ele se
auto fosforila em resíduos de aminoácidos
tirosina específicos  Quando esse receptor é
fosforilado, ele vai fazer com que o IRS (que é o
substrato do receptor de insulina) se ligue nele
quando IRS se liga no receptor que foi
fosforilado, o próprio receptor de insulina também
vai fosforilar IRS  IRS agora fosforilado, vai se
ligar com várias outras proteínas, dependendo da
região onde IRS foi fosforilado: A via clássica da
insulina, que é a que produz a maioria dos efeitos
biológicos da insulina faz com que esse IRS
quando fosforilado, interaja com uma proteína
*** IRS-1: Substrato pro receptor de insulina. que é chamada de PI 3 Quinase (fosfatidilinositol
Essa parte azul é a que está em contato com o 3 quinase – que fosforila fosfolipídios de
membrana), que é formada por duas
subunidades (p85 e p110) =  IRS ativa a PI 3
Quinase, que vai fosforilar fosfolipídios de
membrana como o fosfatidilinositol bifosfato (PIP
2 - adicionando um grupamento fosfato nele),
gerando fosfatidilinositol trifosfato (PIP 3)  PIP
3 vai disparar a via de sinalização.

O PIP 3 continua preso na membrana plasmática


dessa célula, quando temos fosfatidilinositol
trifosfato, ele agora vai poder ancorar uma
quinase (que fazem
fosforilação/transferência/adição de grupamento
fosfato) chamada de PDK (tanto a PDK1 e a AKT/PKB é a proteína chave da sinalização da
PDK2). insulina.
PDK = Proteína Quinase dependente de A AKT ativa, vai poder produzir efeitos genômicos
fosfatidilinositol. Então pra essa PDK se tornar e não genômicos:
ativa ela precisa se ligar a membrana plasmática
onde eu tenho PIP3. - Vai fosforilar fatores de transcrição da família
FOXO (que quando NÃO estão fosforilados,
A PDK então fica ativa e vai poder fosforilar (já estão no núcleo celular). Quando FOXO é
que ela é uma proteína quinase) uma outra fosforilado, ele SAI do núcleo, se ele sai do
enzima chamada de PKB/AKT (É A PROTEÍNA núcleo a atividade transcricional dele diminui (se
CHAVE NA VIA DE SINALIZAÇÃO DA INSULINA ele não está mais interagindo com o DNA dessa
– A maioria das ações da insulina é mediada por célula alvo, não tem como estimular a expressão
essa enzima). Quando PKB/AKT é fosforilada genica (facilitando a abertura do DNA) nem ele
pela PDK1/PDK2 ela vai se tornar ativa e ai sim inibir outro gene (empacotar ainda mais).
podemos ter o efeito biológico da insulina, desse
hormônio pancreático.
- A AKT pode fosforilar diversas outras proteínas
que já existem naquela célula, através de um
Once Again: efeito NÃO genômico. Elas já estão prontas e a
AKT só vai fosforilar acrescentando um
grupamento fosfato o que torna esse processo
- Receptor pra insulina (com sua porção extra e rápido (por elas já estarem prontas e só ter
intracelular (que é onde tem atividade tirosina ocorrido o remodelamento da atividade delas).
quinase)); Quando a insulina interage com seu
Ex.: Se estivermos falando de uma célula
receptor, ele se auto fosforila, ancora IRS (que é
muscular estriada, a insulina é o principal
o substrato do receptor de insulina) e também
hormônio anabólico (que induz crescimento
fosforila ele, IRS agora fosforilado vai ativar a
muscular/hipertrofia muscular) – como que ela
enzima PI3K (fosfatidilinositol 3 quinase); essa
faz isso? Quando ela interage com seu receptor,
enzima fosforila fosfatidilinositol bifosfato (PIP2),
ela vai ativar a AKT (que é a enzima chave nesse
gerando agora fosfatidilinositol trifosfato (PIP3),
processo de sinalização), quando a AKT agora
PIP agora vai ancorar a PDK1 ativando ela, que
ativada, fosforila fatores de transcrição FOXO,
agora vai poder fosforilar AKT ou PKB, tornando
FOXO sai do núcleo, ele deixa de induzir a
a AKT ou PKB ativa.
transcrição de determinadas proteases que
degradam proteínas e o musculo esquelético é
formado principalmente por proteínas estruturais
(actina, miosina e etc.), então FOXO saindo do
núcleo, a expressão dessas enzimas que
degradam actina, miosina diminuem,
consequentemente a degradação proteica
diminui e esse musculo vai ficar mais preservado.
Do mesmo modo a AKT fosforila diversas
proteínas que induzem o aumento da síntese
proteica muscular, então temos um estimulo
anabólico e o musculo vai crescer (temos inibição
do efeito catabólico e estimulo ao efeito
anabólico).

Ex.: Mesma coisa se estivéssemos falando do


tecido hepático, sabemos que o tecido do fígado
é extremamente importante tanto pra acumular
glicose (na forma de glicogênio) quanto para
produzir glicose quando estamos numa situação
de demanda energética alta e a não temos uma
reserva suficiente. Ex.: Paciente diabético,
paciente muito tempo em jejum: a secreção de *** Sinalizador químico que é um hormônio.
insulina está baixa, se a secreção de insulina
está baixa, a atividade da AKT também está *** Esse receptor (dois negocinhos azuis na
baixa, se a AKT está baixa o FOXO está mais no imagem) está associado a uma proteína
núcleo, se FOXO está mais no núcleo, todas chamada Chaperona ou Proteína de choque
aquelas enzimas que induzem a neoglicogenese térmico ou Hit Shook Protein.
vão estar aumentas (a síntese de novo de glicose *** Quando o receptor está inativo, ele está
a partir de precursores que NÃO são açucares) associado a uma proteína chaperona; Esse
(ou seja, FOXO estimula a expressão dessas ligante/sinalizador que é lipossolúvel (esteroide,
enzimas). Do mesmo jeito, se não temos a AKT testosterona, estrógeno e etc.) consegue
ativa, ela vai deixar de fosforilar as proteínas e atravessar a membrana plasmática da célula e
vamos ter uma maior atividade delas. vai interagir com esse receptor, quando ele
interage com esse receptor ele faz com que esse
receptor se dissocie da proteína chaperona,
Ex.: Se estivermos alimentados, se a insulina formando um complexo sinalizador receptor
consegue atuar corretamente nessa célula, a (bolinha preta encima do coisinho azul) que esta
AKT fica ativa, inibe FOXO, FOXO sai do núcleo ativado.
e todas essas enzimas que estavam fazendo de
novo a produção de glicose (neoglicogenese) *** Esse receptor, vai então se dimerizar/se ligar
achando que o nosso corpo não tinha energia, a com outro receptor que também já foi ativado,
produção delas vai cair porque agora já não faz então teremos duas porções de um mesmo
mais sentido estimular uma via de produção de receptor ligados ao sinalizador, formando um
glicose sendo que tenho ela recebendo por via dímero. Esse dímero então SAÍ do citoplasma da
exógena, através da alimentação. célula e vai lá pro núcleo celular e vai interagir
com o DNA dessa célula alvo, funcionando como
um fator de transcrição. Ou seja, esse receptor
agora na forma de dímero, vai pro núcleo celular
RECEPTORES INTRACELULARES
e funciona como fatores de transcrição = eles vão
- Classicamente eles reconhecem ligantes que regular a expressão de determinados genes, em
são LIPOSSOLUVEIS, porque se eles estão no alguns genes eles vão produzir efeito inibitório ou
interior dessa célula alvo, necessariamente esses vão produzir um efeito estimulatório, e isso vai
sinalizadores químicos/ligantes vão precisar depender do gene, do receptor e do sinalizador.
atravessar a membrana plasmática da célula pra
interagir com os receptores
Ex.: Se a região em que esse receptor dímero se
ligou no DNA tem um efeito estimulatório, então
esse receptor vai facilitar a abertura dessa fita
dupla de DNA estimulando a geração de RNAm,
esse RNAm vai pro citoplasma celular, é
traduzido, gerando uma proteína que vai dar a
característica do efeito biológico desse
sinalizador/ligante.
Ex.: Considerando o sinalizador sendo uma - Receptores intracelulares tem um mecanismo
Testosterona, ela quando chega na célula comum: estão associados a proteínas
muscular, interage com o receptor, ativa esse chaperonas, quando o hormônio interage ele se
receptor, esse receptor se conjuga com outro dissocia dessa chaperona, o receptor se conjuga
receptor pra testosterona que também foi ativado, com outro (formando um homo dímero ou hetero
formando um dímero, quando esse dímero é dímero), vão pro núcleo e funcionam como um
formado ele vai pro núcleo celular e estimula a fator de transcrição.
formação de enzimas que induzem a síntese
proteica, induzindo então o crescimento dessa
célula muscular. **** CROSSTALK: UM ÚNICO SINALIZADOR
PRODUZIR VARIAS AÇÕES DENTRO DE UMA
CÉLULA ALVO MESMO ATIVANDO UMA VIA
- Todos os receptores intracelulares basicamente CLÁSSICA, ELA PODE INTERAGIR COM
atuam através desse mecanismo. DIVERSAS OUTRAS VIAS DE AÇÃO E
CUMINAR COM DIVERSAS AÇÕES NAQUELA
CÉLULA ALVO ****

*** Existem sinalizadores lipossolúveis que não


são derivados de lipídios, por exemplo,
hormônios tireoidianos como o T3 e T4. Atenção
especial ao T3 que é um hormônio biológico, que
é derivado de aminoácido mas é lipossolúvel
então necessariamente ele precisa adentrar a
essa célula alvo, nessa célula alvo ele interage
com seu receptor (que é chamado de TR), esse
receptor TR normalmente não interage/forma
HOMO dímero com outro TR, mas sim com
OUTRO receptor que NÃO é pra hormônio
tireoidiano (hetero dímero), chamado de RXR,
que é um receptor pra ácido retinóico, esse
receptor pra ácido retinóico é chamado de
receptor ÓRFÃO (isso significa que nós não
conhecemos qual que é o ligante endógeno/qual
que é a substancia que interage com esse
receptor e estimula ele), no caso desse, ele é
chamado de receptor pra ácido retinóico porque
sabemos que EM LABORATORIO, o ácido
retinóico *estimula* ele, mas não conhecemos
um ligante ENDÓGENO que estimula ele por isso
é chamado de órfão. Essa junção TR/RXR, esse
receptor hetero dímero vai se ligar no DNA da
célula produzindo então a resposta biológica que
é a ação clássica dos hormônios tireoidianos
naquele tecido.

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