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FUNDAMENTOS DE
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Alex Castro
Vinicius Barreto da Silva
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2019
2
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
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Camila Braga de Oliveira Higa
Revisor
Luciano Seconvici
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-1555-4
CDD 610
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
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FUNDAMENTOS DE CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 5
Biomecânica e treinamento 69
Mecânica articular 90
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Apresentação da disciplina
Olá, aluno!
5
Princípios da biomecânica no
aparelho locomotor
Autor: Vinícius Barreto da Silva
Objetivos
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1. Princípios da Biomecânica no aparelho
locomotor
Sendo assim, nas próximas páginas deste material, você poderá conhecer
um pouco mais sobre os principais aspectos que estão relacionados à
área da Biomecânica. Além disso, poderá aprofundar seu conhecimento
explorando os princípios gerais que envolvem a avaliação segmentar de
membros superiores e inferiores dentro da área da Biomecânica.
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Dessa forma, você verá a seguir que a área da Biomecânica
está mais próxima das reflexões cotidianas de um personal
trainer do que imaginamos.
ASSIMILE
Podemos considerar a Cinesiologia como o estudo do
movimento humano.
Já a Biomecânica está relacionada a aplicação de princípios
mecânicos no estudo dos organismos vivos.
A Mecânica é o ramo da Física que analisa as ações de
forças sobre partículas e sistemas mecânicos.
A Estática é uma das subcategorias da mecânica, que trata
especificamente de sistemas em constante movimento.
Já a Dinâmica, que também é uma subcategoria da
Mecânica, trata de sistemas submetidos à aceleração.
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1.1 Biomecânica dos membros superiores
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movimentos do braço acima da cabeça. Os ligamentos presentes dão
sustentação à articulação em situações de baixa carga e de pequenos
movimentos. Podemos destacar os dois ligamentos específicos: o
coracoclavicular, que auxilia nos movimentos da escápula, funcionando
como um eixo de rotação e fornecendo apoio em movimentos que
necessitam de maior amplitude e deslocamento; e o ligamento
coracoacromial, que protege as estruturas próximas ao ombro,
limitando o uso excessivo do movimento superior da cabeça do úmero.
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articulação, o ligamento coracoumeral impede a translação posterior
do úmero durante os movimentos do braço e sustenta o peso do braço,
enquanto os três ligamentos glenoumerais impedem o deslocamento
anterior da cabeça do úmero e ficam retesados quando o ombro realiza
uma rotação lateral. Além disso, são nestas articulações que temos as
conhecidas bolsas, que são sacos repletos de líquido localizados em
pontos estratégicos em torno das articulações sinoviais, que tem como
função reduzir a fricção na articulação.
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lateral e outras forças absorvidas durante o arremesso e demais
movimentos rápidos realizados pelo antebraço. Por fim, a articulação
radioulnar, tem a função de estabelecer movimento entre o rádio e a
ulna em pronação e supinação.
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Os músculos encontrados na mão possuem sua origem fora dela e
chegam até o segmento por meio de seus longos tendões. Todos os
músculos presentes nas mãos agem em pares, ou seja, o agonista em
relação ao seu antagonista, e são músculos que promovem força e
destreza aos dedos, sem acarretar em aumento do volume muscular
na mão. Os músculos que promovem os movimentos do punho são os
flexores do punho (flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo e palmar
longo) e os extensores do punho (extensor ulnar do carpo, extensor
radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo).
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ao aumentar a amplitude de movimento nos membros inferiores, de
acordo com Hamill, Knutzen e Derrick (2016). A cinta pélvica é formada
pelos ossos do quadril e sacro. A região pélvica possui características
distintas entre gêneros. Nas mulheres, a pelve se expande mais
lateralmente em sua parte frontal, além de ser mais leve, delgada e
ampla quando comparada à pelve do homem, além disso, as mulheres
apresentam um sacro mais amplo na parte de trás.
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A articulação do quadril apresenta três ligamentos: o ligamento
iliofemoral, que oferece sustentação para a articulação do quadril
anterior quando em posição ereta, devido a sua forte estrutura, sendo
capaz de gerar resistência à extensão, rotação lateral e adução; o
ligamento pubofemoral, que possui como principal função à resistência
à abdução e certa resistência à rotação lateral e extensão; por fim, o
ligamento isquiofemoral, que oferece resistência à extensão, adução e
rotação medial. Todos os ligamentos apresentam frouxidão durante o
movimento de flexão de quadril, fazendo com que esse movimento seja
o movimento de maior amplitude nessa articulação.
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Figura 3 – Movimentos da pelve
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movimentos na articulação do cotovelo. Além disso, nessa articulação,
podemos encontrar os meniscos, que são discos cartilaginosos
localizados entre os côndilos tibiais e femorais e que possuem a função
de distribuir a carga no joelho sobre uma maior área e absorver os
choques. Outra articulação presente nos joelhos é a patelofemoral,
que é a articulação da patela com incisura troclear sobre o fêmur.
Lembrando que a patela é um osso sesamoide triangular, que possui
como principal função o aumento da vantagem mecânica do quadríceps
femoral. Por fim, a articulação tibiofibular, que se encontra entre a
cabeça da fíbula e as faces posterolateral e inferior do côndilo da tíbia,
possui como principais funções a dissipação das forças de torção
aplicadas pelos movimentos do pé e a atenuação do curvamento
tibial lateral.
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TEORIA EM PRÁTICA
Imagine que em sua atuação como personal trainer, você é
procurado por um aluno que possui um problema muito
comum na população, que é um desgaste nos meniscos.
Além disso, relata sentir dor durante atividades simples
do dia a dia, como, por exemplo, subir uma escada. Sendo
assim, sabendo da função importante do menisco na
absorção e dissipação de impacto, reflita sobre como sua
atuação poderia ajudá-lo a melhorar este quadro, e sobre
as seguintes questões: quais tipos de exercícios deveriam
ser evitados, tendo em vista o comprometimento articular
apresentado pelo aluno? Quais exercícios poderiam compor
o programa de treinamento?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. O ombro é constituído por diversas articulações que, por
sua vez, influenciarão diretamente nos movimentos dos
braços. As articulações conhecidas como articulações
dessa região são:
a. Ulmeroulnar, umerorradial, acrômioclavicular
e do ombro.
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e. Metacarpofalângicas, carpometacarpais,
escapulotorácica e esternoclavicular.
b. Glenoumerais intrínsecos.
c. Deltoide.
d. Glenoumerais neutros.
e. Trapézio.
b. O acetábulo.
c. Ligamento iliofemoral.
d. Ligamento pubofemoral.
e. Sartório.
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Referências bibliográficas
HALL, Susan. Biomecânica básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kthleen M.; DERRICK, Timothy R. Bases biomecânicas
do movimento humano. 4. ed. São Paulo. Editora Manole, 2016.
THOMPSON, Floyd. Manual de Cinesiologia estrutural. 16. edição, Editora Manole,
São Paulo, 2011.
Gabarito
Questão 1 - Resposta B
Questão 2 - Resposta B
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Questão 3 - Resposta A
Dentre as estruturas mais importantes do quadril, podemos
destacar o fêmur, que é o principal osso que atua na
sustentação do peso.
Feedback de reforço: O quadril realiza um importante papel de
sustentação no nosso corpo. Nesse sentido, avalie qual estrutura
agregaria mais a esta função.
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Cinesiologia e biomecânica do
treinamento de força
Autor: Vinícius Barreto da Silva
Objetivos
22
22
1. Cinesiologia e Biomecânica da musculação
23
PARA SABER MAIS
24
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Você poderá compreender, nas próximas páginas, alguns conceitos
importantes do campo da Cinesiologia e biomecânica, a fim de que
desenvolva sua capacidade em realizar análises profundas de diferentes
exercícios. Nesse sentido, você não verá análises de exercícios
específicos, mas obterá as ferramentas necessárias para que seja capaz
de realizar qualquer exercício de forma eficiente em sua atuação como
personal trainer.
ASSIMILE
25
Sendo assim, esse sistema organiza a ativação dos músculos que serão
recrutados para que a força seja produzida. Por outro lado, podemos
considerar o sistema muscular como um sistema efetor, ou seja, após
receber o sinal do sistema nervoso, é ele quem produz tensão de forma
ativa, de acordo com Enoka (2001).
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Obrigatoriamente, uma unidade motora sempre terá em sua composição
apenas neurônio motor, porém, diversas fibras musculares que são
inervadas por ele. Dessa forma, segundo Beltramini (1999), as fibras
musculares sempre são ligadas a somente um motoneurônio, enquanto o
neurônio é capaz de realizar conexões com várias fibras musculares.
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Além disso, outro ponto que você deve saber, a partir do conceito de
recrutamento de unidades motoras, é a forma em que o sistema nervoso
recruta os músculos para a realização de uma tarefa. Para poder realizar
esta análise, é necessário um conceito básico, que é proveniente do
controle motor, o conceito de sinergia. Qualquer movimento articular,
independente do plano anatômico em que se encontre, sempre
ocasionará a ativação de mais de um músculo, porém, é importante que
compreenda de que forma esses músculos contribuirão para realizar o
movimento e como o sistema nervoso irá coordená-los.
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Essas adaptações podem ocorrer de várias formas e por meio de vários
mecanismos, sendo eles: os mecanismos intramusculares, que estão
relacionados ao aumento de frequência de disparo de sinais elétricos
para o músculo e a sincronização das unidades motoras recrutadas; e os
mecanismos intermusculares, que envolvem aprimoramento da sinergia
entre os músculos agonistas, diminuição da ativação dos mecanismos
inibitórios de proteção e redução do déficit bilateral e mecanismo de
pré-ativação antagonista, de acordo com Enoka (2001).
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Além disso, a disposição oblíqua das fibras dos músculos penados
impede que os mesmos promovam tensão na direção do movimento,
pois a força produzida pelas fibras será produzida na direção em que as
mesmas estão dispostas, divergindo da direção na qual o movimento
acontecerá. Dessa forma, a força produzida pela fibra não atingirá
completamente o tendão, segundo Challis (2004). A relação entre a força
produzida pela fibra e a magnitude da força aplicada sobre o tendão
depende do ângulo formado entre os conjuntos de fibras musculares e
a aponeurose interna, que está disposta na mesma direção da linha de
tração do músculo (ângulo de penação), de acordo com Challis (2004).
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Esse aumento miofibrilar, ou seja, aumento de proteínas contráteis no
músculo, é um fator extremamente positivo para o ganho de força.
Entretanto, o aumento da espessura da fibra muscular faz com que
inevitavelmente o ângulo de penação do músculo aumente, o que pode
afetar a eficiência da fibra muscular em produzir força, segundo Challis (2004).
Já o torque, produzido pelo músculo, que pode ser definido como uma
força que produz um movimento de rotação na articulação, é o produto
da força muscular e o comprimento do braço de alavanca. Considerando
que todo e qualquer movimento articular é um movimento de rotação,
podemos dizer que os músculos produzem força (tensão) que geram
torques nas articulações, segundo Hamill (2016).
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De forma resumida, podemos dizer que para que o torque aconteça é
necessária a existência de uma alavanca. Além disso, a força aplicada
na alavanca movimenta uma resistência que, normalmente, é a força
de resistência imposta pelo objeto ou segmento corporal que se queira
movimentar. Dessa forma, é possível observar que uma alavanca é
constituída pelo eixo, pela força resistente e pela força potente, e que as
distâncias entre o eixo e os pontos de aplicação das forças (resistente e
potente) denominam-se, respectivamente, braço de resistência e braço
de potência, de acordo com Nordin (2014).
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Por fim, é importante que fique claro que para que a estimulação
ocorra de forma adequada, o que acarreta a adaptação esperada, os
princípios de alavanca e torque devem estar claros para o personal
trainer responsável pela prescrição do treinamento, pois influenciará
diretamente na dinâmica do treinamento.
TEORIA EM PRÁTICA
Um personal trainer prescreve, para seu aluno, o exercício
rosca direta, que nada mais é do que uma flexão de cotovelo,
onde sabemos que ocorre a ação principal de três músculos:
o bíceps braquial, o braquial e o braquiorradial. Ele sabe que
esses músculos são acionados para realizar o movimento
de flexão de cotovelo, porém, para que o restante do
treinamento possa ser adequado e não sobrecarregue de
forma inadequada cada grupamento muscular, é necessário
identificar como se dá a solicitação de cada um deles e como
os mesmos contribuem para a realização desse movimento.
Nesse sentido, como o personal trainer poderia identificar
como cada um dos músculos contribuirá para a realização de
uma flexão de cotovelo na sala de musculação? Além disso,
pensando na capacidade do músculo bíceps braquial em
produzir torque, como poderia identificar o eixo de rotação
do exercício? Qual força estaria produzindo o torque? Qual o
ponto de aplicação da força? Qual a linha de ação da força?
Qual o braço de alavanca?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. O sistema neuromuscular pode ser considerado como o
resultado da junção de dois sistemas que, em sincronia,
são capazes de produzir tensão e movimento.
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Assinale a alternativa correta que apresenta os dois
sistemas que compõe o sistema neuromuscular:
a. Sistema muscular e sistema ósseo.
b. Peniforme e fusiforme.
c. Bipenado e peniforme.
d. Obliquo e fusiforme.
e. Obliquo e peniforme.
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Referências bibliográficas
BARBANTI, Valdir J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed., São Paulo:
Edgard Blücher, 1997.
BELTRAMINI, Leila Maria. Elementos de Histologia e Anatomo-fisiologia
humana. 1999.
CHALLIS, John Henry. Arquitetura músculo-tendão e desempenho do atleta. In:
ZATSIORSKY, V. M. Biomecânica no esporte: performance do desempenho e
prevenção de lesão. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 26-43.
D’ANGELO, Fattini. Anatomia humana básica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2011.
ENOKA, Roger M. Bases neuromecânicas da Cinesiologia. 2 ed. Barueri:
Manole, 2001.
HALL, Susan J. Biomecânica básica. 7. Ed., Rio de Janeiro, Editora Guanabara
Koogan, 2016.
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen M.; DERRICK, Timothy R. Bases biomecânicas
do movimento humano. 4. ed. São Paulo. Editora Manole, 2016.
NORDIN, Frankel. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 4ª Ed.,
Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2014.
TUBINO, Gomes. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3.ed.,
São Paulo: Ibrasa, 1984.
Gabarito
Questão 1 – Resposta D
No sistema neuromuscular, o sistema nervoso é o responsável
por enviar o sinal elétrico até as fibras musculares do sistema
muscular, ocasionando o processo químico que acarretará na
contração muscular.
Feedback de reforço: Lembre-se de que o sistema neuromuscular
envolve o envio de sinais elétricos por meio de células
especializadas para que as mesmas executem as ações necessárias.
Questão 2 - Resposta B
De modo geral, podemos dizer que as fibras musculares podem
estar organizadas de duas formas diferentes, dando origem aos
músculos fusiformes e peniformes.
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Feedback de reforço: Lembre-se da disposição das fibras, algumas
estão dispostas obliquamente ao tendão deste músculo e outras
longitudinalmente dispostas ao tendão do músculo.
Questão 3 - Resposta C
A menor distância entre a linha de aplicação da força muscular
até a articulação recebe a denominação de braço de alavanca (ou
braço de momento). Já o torque, produzido pelo músculo, pode ser
definido como uma força que produz um movimento de rotação na
articulação.
Feedback de reforço: Lembre-se de que para que o torque aconteça
é necessária a existência de uma alavanca, que é constituída por
uma barra rígida, que no corpo humano é representada pelos ossos
e pode ser movimentada ao redor de um eixo fixo, representado
pelas articulações.
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36
Cinesiologia e biomecânica do
treinamento funcional
Autor: Vinícius Barreto da Silva
Objetivos
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1. Cinesiologia e Biomecânica do
Treinamento Funcional
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Podemos considerar que todos os movimentos realizados com eficiência
possuem o equilíbrio como ponto em comum, ou seja, a capacidade do
indivíduo de manter seu centro de gravidade sobre sua base de apoio,
inibindo as forças externas que poderiam de alguma forma prejudicar seu
desempenho em determinado movimento. Nesse sentido, o treinamento
funcional pode proporcionar a melhoria do desempenho na realização
das mais variadas atividades, diárias ou esportivas, por meio da melhoria
dessa capacidade física, segundo Monteiro e Evangelista (2010).
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1.1 Planos e eixos de movimentos no Treinamento Funcional (TF)
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Figura 1 – Planos e eixos do corpo humano
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ou eixo vertical, que é eixo perpendicular a este plano. Nesse plano,
observamos movimentos articulares de rotação interna, rotação externa,
pronação e supinação, de acordo com Derrick, Hamill e Knutzen (2012).
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Figura 4 – Movimento de rotação direita e rotação esquerda
(plano transverso)
ASSIMILE
Plano sagital: divide o corpo em lados direito e esquerdo.
Eixo mediolateral. Movimentos articulares característicos
são a flexão, extensão e hiperextensão, de acordo com
Derrick, Hamill e Knutzen (2012).
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Plano frontal: divide o corpo verticalmente em parte
da frente (anterior) e parte de trás (posterior). Eixo
anteroposterior. Os movimentos articulares característicos
são a abdução e a adução, segundo Derrick, Hamill e
Knutzen (2012).
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Figura 5 – Centro de Gravidade (CG) do corpo humano
Fonte: <http://underpop.online.fr/b/biomecanica-da-musculacao/centro-de-gravidade-no-
corpo-humano.htm>. Acesso em: 11 set. 2019.
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Nesse sentido, considerando a importância do desenvolvimento do
equilíbrio para melhoria do desempenho, tanto das atividades cotidianas
quanto esportivas, a utilização de exercícios realizados com pesos livres,
cabos, elásticos, superfícies instáveis, ou reduzida base de suporte, que
exigirão de maneira significativa o trabalho dos proprioceptores para
a execução das atividades, pode ser extremamente interessante para
trazer melhor benefício para a capacidade funcional do corpo, segundo
D’élia (2013).
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O corpo humano possui uma gama de vinte e nove músculos que
se inserem na região do CORE. Dessa forma, os programas de
fortalecimento dessa estrutura têm por objetivo treinar os grupos
musculares que se relacionam ao mesmo, para algumas finalidades
específicas, como, por exemplo, diminuição da compressão intradiscal e
das forças compressivas na coluna, bem como aumentar a estabilidade
da própria coluna lombar, diminuindo os quadros de dor descritos
previamente, de acordo com Monteiro e Evangelista (2010).
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Os músculos que compõe o CORE podem se dividir em dois grupos: os
músculos pertencentes à unidade interna e os pertencentes à unidade
externa. Os músculos que compõem a unidade interna são o transverso
do abdômen, o oblíquo interno, o multifido e os transversos espinhais
lombares reto. Já a unidade externa é composta por reto abdominal,
oblíquo externo, eretores da coluna, quadrado lombar, complexo
adutor, quadríceps, isquiotibiais e glúteo máximo, de acordo com
Evangelista e Macedo (2011).
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TEORIA EM PRÁTICA
Considerando que quando elaboramos exercícios
funcionais, com o intuito de melhorar aptidões relativas ao
desempenho, a variação dos planos pode contribuir para o
aumento da intensidade do exercício por meio do aumento
da demanda de controle, equilíbrio e coordenação.
Imagine qual seria uma possível variação de exercício que
promova seu aumento da dificuldade e que você poderia
implementar no programa de treinamento de um aluno que
busque exatamente no treinamento funcional a melhoria de
aptidões relacionadas ao desempenho.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
e. A utilização de máquinas.
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a. Extensão, flexão e abdução.
Referências bibliográficas
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Gabarito
Questão 1 - Resposta B
Podemos caracterizar, de modo geral, o treinamento funcional
como um exercício contínuo, que envolve o equilíbrio e a
propriocepção, por meio da estabilização dos músculos e das
articulações.
Feedback de reforço: Lembre-se de que podemos considerar
que todos os movimentos realizados com eficiência possuem
o equilíbrio como ponto em comum, e o treinamento funcional
trabalha na melhoria dessa variável.
Questão 2 - Resposta D
O plano sagital, também conhecido como plano anteroposterior,
divide o corpo simetricamente em lados direito e esquerdo. Os
movimentos que ocorrem nesse plano são realizados no eixo
mediolateral, que se encontra disposto de forma perpendicular ao
plano, são os movimentos de flexão, extensão e hiperextensão.
Feedback de reforço: Os movimentos nesse plano acontecem no
eixo médiolateral, que atravessa o corpo de um lado para o outro.
Questão 3 - Resposta B
Os músculos que compõe o CORE podem se dividir em dois grupos:
os músculos pertencentes à unidade interna e os pertencentes à
unidade externa. Os músculos que compõem a unidade interna
são o transverso do abdômen, o oblíquo interno, o multifido e
os transversos espinhais lombares reto. Já a unidade externa é
composta por reto abdominal, oblíquo externo, eretores da coluna,
quadrado lombar, complexo adutor, quadríceps, isquiotibiais e
glúteo máximo.
Feedback de reforço: Os grupos são compostos por músculos mais
internos e mais externos.
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Análise mecânica, cinemática e
eletromiográfica de exercícios
Autor: Vinícius Barreto da Silva
Objetivos
52
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1. Análise mecânica, cinemática e eletromiográfica
de exercícios
53
Devemos levar em consideração que o movimento humano é um dos
objetos centrais de estudo da área de Educação Física e esporte, onde
é necessária a análise da causa e alteração produzidas em relação a
Biomecânica para uma intervenção mais eficiente do programa de
treinamento, que pode objetivar desde o aperfeiçoamento de técnicas,
por meio da correção dos padrões de movimento, até mesmo a correta
estimulação dos grupos musculares que se pretende desenvolver.
Antes de mais nada, você deve compreender alguns conceitos para que
não haja confusão com terminologias importantes e saiba diferenciar a
Biomecânica e Cinesiologia. Sendo assim, como proposto por Hall (2016),
a Cinesiologia é a área que estuda o movimento humano, enquanto a
Biomecânica é o estudo da aplicação das leis da mecânica nos estudos
dos organismos vivos. Além disso, entende-se a mecânica como um
ramo da Física, que analisa especificamente as ações das forças sobre os
sistemas mecânicos e que está subdividida em duas categorias, segundo
Hall (2016): a mecânica estática, que se refere ao estudo de sistemas
em constante movimento; e a mecânica dinâmica, que estuda sistemas
submetidos à aceleração.
ASSIMILE
A Cinesiologia é considerada o estudo do
movimento humano.
A Biomecânica é a aplicação de princípios mecânicos no
estudo dos organismos vivos.
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54
A Mecânica é um ramo da Física que analisa as aplicações
de forças sobre sistemas mecânicos.
A Mecânica Estática é uma subcategoria da mecânica que
trata de sistemas em constante movimento.
A Mecânica Dinâmica é uma subcategoria da Mecânica
que trata de sistemas submetidos à aceleração.
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1.1.1 Cinemática linear
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Quando falamos de análise cinemática do movimento, dentre
as variáveis estudadas, podemos citar também a velocidade de
deslocamento e a rapidez do indivíduo. McGinnis (2015) define a
rapidez como a taxa de movimento, e a velocidade como a taxa
de movimento em sentido específico. Para definir a rapidez de um
indivíduo, precisamos saber o tempo que o mesmo levou para percorrer
determinada distância, tendo em vista que a rapidez média é o resultado
da divisão da distância percorrida pelo tempo. Lembrando que a
distância sempre será calculada em metros e o tempo em segundos.
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Como definido por Hall (2016), o ângulo relativo é o ângulo na
articulação que se localiza entre os eixos longitudinais de segmentos
corporais adjacentes, como, por exemplo, o ângulo relativo do cotovelo,
que é formado pelo eixo longitudinal do braço e do antebraço.
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58
1.1.3 Técnicas de avaliação cinemática
59
1.2 Análise Eletromiográfica (EMG)
Nas mais diversas áreas, o sinal eletromiográfico tem sido utilizado nas
mais variadas finalidades. Além disso, quando falamos do treinamento
de força especificamente, a EMG tem sido utilizada para mensurar
a atividade muscular em diferentes exercícios, possibilitando a
avaliação da coordenação entre os diferentes músculos envolvidos nos
movimentos.
60
60
Figura 5 – Eletrodo de profundidade
Fonte: <https://kandel.com.br/eletrodos/emg/technomed-monopolar/>.
Acesso em: 12 set. 2019.
Fonte: <https://kandel.com.br/eletrodos/emg/ambu-neuroline-715/>.
Acesso em: 12 set. 2019.
61
Para a padronização do posicionamento dos eletrodos, para avaliação
de cada músculo, possibilitando a comparação entre análises
realizadas por diferentes pesquisadores, são utilizadas as normas de
posicionamento definidas pelo ElectroMyoGraphy for the Non-Invasive
Assessment of Muscles (SENIAM). Dessa forma, para que o sinal seja
obtido com a melhor qualidade possível, a região em que os eletrodos
serão fixados deve ser previamente limpa, realizando a remoção de
pelos e resíduos que possam vir a interferir na qualidade do sinal. Além
disso, os eletrodos devem ser sempre posicionados no sentido das
fibras musculares.
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Quando são realizadas análises que visam identificar os músculos ativos e a
intensidade de sua ativação em diferentes exercícios de força, geralmente,
o sinal eletromiográfico é analisado no domínio do tempo. Isso se dá pelo
fato de que os principais objetivos, envolvendo a utilização do EMG aplicado
ao treinamento de força, estão relacionados à identificação de exercícios
que possuem maior magnitude de ativação muscular ou qual músculo
apresenta maior tempo de ativação em intensidade elevada.
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Podemos observar que o sinal bruto da EMG de um indivíduo com mais
de um ano de prática de treinamento de força (A), em comparação com
os dados de outro indivíduo não treinado em força (B), é maior em
todas as situações agudas de exercícios realizados. Vale ressaltar que a
maior amplitude do sinal é reflexo de maior recrutamento de unidades
motoras e, consequentemente, maior capacidade na produção de força.
TEORIA EM PRÁTICA
Um personal trainer foi contratado para trabalhar em uma
equipe de atletismo como preparador físico, tendo em
vista a importância do desenvolvimento das capacidades
físicas para o bom desempenho na modalidade esportiva,
ele decide que, antes de iniciar o programa de treinamento
com os atletas, realizará uma bateria de testes, no intuito
de realizar um diagnóstico preciso e, consequentemente,
ter a possibilidade de trabalhar na melhor estratégia para
a melhoria do desempenho de cada atleta de acordo com
as exigências de sua modalidade. A equipe é constituída
de atletas de diversas modalidades, porém, dentre todos,
o profissional se questiona a respeito dos métodos de
avaliação de um atleta de cem metros rasos. Dessa forma,
qual seria a maneira de se avaliar o desenvolvimento de
corrida de um atleta dessa modalidade? Quais parâmetros
da cinemática do movimento poderiam estar envolvidos?
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64
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
65
d. Cinemática linear e Cinemática dinâmica.
Referências bibliográficas
BARTUZI, Paweł; ROMAN-LIU, Danuta. Assessment of muscle load and fatigue with
the usage of frequency and time-frequency analysis of the EMG signal. Acta of
Bioengineering and Biomechanics, v. 16, n. 2, 2014.
IDE, Bernardo Neme; MURAMATSU, Lucio Vitorelli; RAMARI, Cintia; et al. Adaptações
Neurais ao Treinamento de Força. Revista Acta Brasileira do Movimento
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HALL, Susan J. Biomecânica Básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2016.
66
66
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen M.; DERRICK, Timothy R. Bases biomecânicas
do movimento humano. 4. ed. São Paulo. Editora Manole, 2016.
MCGINNIS, Petter M. Biomecânica do Esporte e do Exercício. 3. ed. Porto Alegre:
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REIS, Diogo Cunha; LEITE, Rogério Marque; MORO, Antônio Renato Pereira.
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SC – Brasil. EFDeportes (Revista Digital), ano 11, v. 106, Buenos Aires, 2007.
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STAUDENMANN, Didier; ROELEVELD, Karin; STEGEMAN, Dick F.; et al. Methodological
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Gabarito
Questão 1 - Resposta B
Questão 2 - Resposta E
67
Questão 3 - Resposta E
Os eletrodos de profundidade são utilizados para avaliação de
músculos mais profundos e/ ou menores, pois, ao analisar a
atividade elétrica de um músculo pequeno utilizando eletrodos
de superfície, existe maior possibilidade de ocorrência de um
fenômeno chamado crosstalk, que nada mais é que a captação
do sinal elétricos dos músculos próximos ao músculo analisado,
interferindo na avaliação da atividade elétrica do mesmo.
Feedback de reforço: Recorde as nomenclaturas dos tipos de
eletrodos, os de superfície e os de profundidade. Seu nome
já remete aos músculos que cada uma avalia, músculos mais
superficiais e músculos mais profundos, respectivamente.
68
68
Biomecânica e treinamento
Autor: Alex Castro
Objetivos
69
1. Introdução à Biomecânica do
treinamento esportivo
70
70
PARA SABER MAIS
Tipos de Treinamento
Antes de aprender sobre a análise técnica dos movimentos
que levam ao aperfeiçoamento de habilidades motoras
específicas, é preciso conhecer os tipos de treinamento.
Geralmente, segundo McGuinnis (2002), o tempo destinado
ao treinamento é direcionado ao aperfeiçoamento técnico
(treinamento técnico) e das capacidades físicas (treinamento
físico). Treinamento técnico: envolve o aprimoramento
da habilidade real ou de tarefas motoras específicas
relacionadas ao desenvolvimento dessa habilidade. A
Biomecânica possibilita a identificação da deficiência
técnica e a seleção de exercícios apropriados que possam
estimular exatamente os aspectos específicos da habilidade
que requerem correção, de acordo com McGuinnis
(2002). Treinamento físico: envolve o desenvolvimento
da condição física por meio do aprimoramento das
capacidades físicas, tais como: força, potência e resistência
muscular, flexibilidade, aptidão cardiorrespiratória,
coordenação, velocidade etc. A Biomecânica, segundo
McGuinnis (2002), auxilia na identificação de grupos
musculares específicos, por exemplo, cuja força,
flexibilidade e resistência limitam o desempenho físico.
71
ASSIMILE
Segundo McGuinnis (2002), quanto mais específico for o
exercício em relação à habilidade a ser desenvolvida, maior
o potencial para melhorar o desempenho nessa habilidade.
72
72
Diversos modelos têm sido propostos para a análise Biomecânica
qualitativa do movimento, de acordo com Williams e Tannehill
(1990), Nielsen e Beauchamp (1992), Wilkinson (1996), Zatsiorsky
(2004), Knudson (2007). Tradicionalmente, profissionais utilizam a
detecção do erro no padrão de movimento seguida pela orientação
de correção como abordagem de análise qualitativa. Essa abordagem
confia a correção do movimento baseado na identificação de erros,
a partir de uma imagem mental do profissional sobre o movimento,
segundo Knudson (2007). Dessa forma, para minimizar os efeitos de
uma avaliação simplista pelo profissional, uma estrutura de análise
sistemática composta por quatro passos, como ilustra a figura 1), tem
sido sugerida para analisar biomecanicamente o movimento humano,
segundo Knudson e Morrison (2002) e McGuinnis (2002):
73
Figura 1 – Modelo dos quatro passos para análise
qualitativa do movimento
74
74
Em seguida, é importante refletir sobre o propósito da habilidade,
ou seja, qual o resultado desejado do ponto de vista mecânico e da
competição. Por exemplo, o saque no tênis tem como propósito, do
ponto de vista da competição, marcar um ace ou dificultar a recepção
do adversário obrigando-o a fazer uma devolução com menor eficácia.
Do ponto de vista mecânico, o propósito é aumentar a velocidade e a
exatidão do saque para dificultar a recepção/ devolução do adversário.
Quanto mais precisa for sua interpretação do propósito da habilidade,
mais eficiente será sua análise de acordo com Knudson e Morrison
(2002) e McGuinnis (2002).
75
Tabela 1 – Exemplos de velocidades de aquisição de imagens em
várias atividades
Velocidade de aquisição de
Atividade
imagens por segundo
Caminhada 1/50
Boliche 1/50
Basquetebol 1/100
Salto vertical 1/100
Corrida moderada 1/200
Corrida rápida (sprint) 1/500
Arremesso de beisebol 1/500 a 1/1000
Rebatedor no beisebol 1/500 a 1/1000
Chute no futebol 1/500 a 1/1000
Tênis 1/500 a 1/1000
Golf > 1/1000
Fonte: adaptada de Bartlett (2007).
Antes de iniciar essa fase, esteja certo de que o passo anterior tenha
sido cumprido e organize um planejamento/ estratégia de observação
baseado em quatro questões fundamentais, de acordo com Knudson
e Morrison (2002) e Mcguinnis (2002): quem? Quais as condições?
Onde observar? O que observar? Saiba que, apesar de sua experiência
ou recursos utilizados, será necessária a observação de repetidos
movimentos para uma adequada análise Biomecânica, segundo
Bartlett (2007).
Quem? Saiba quem você está avaliando, conheça o nível de seu atleta ou
aluno. Indivíduos menos habilidosos tendem a exibir número excessivo
de erros, facilmente reconhecíveis, porém, com ampla variação entre
uma performance e outra. Desta forma, fornecer uma análise altamente
meticulosa e detalhista pode ser inútil, visto que, notavelmente, ainda
há um tempo requerido para o desenvolvimento básico da habilidade
em questão. Nesse caso, a observação deve focar na identificação dos
principais erros. Por outro lado, quanto mais experientes e habilidosos
76
76
forem os indivíduos, menor será o número de erros exibidos. Nesse
caso, a observação deve ser focada nos detalhes técnicos, identificando
os erros comuns entre uma performance e outra, de acordo com
Knudson e Morrison (2002), McGuinni (2002) e Bartlett (2007).
77
Por exemplo, no salto em distância há três fases principais: corrida de
aproximação, salto e aterrissagem. Cada uma dessas fases possui uma
particularidade técnica relevante, logo, em cada fase será necessário
um profissional ou uma câmera para a análise do movimento. Também
vale destacar que a distância entre o profissional/ câmera em relação
ao movimento dever ser apropriada, sem que sejam requeridas
mudanças rápidas na direção do olhar para acompanhar o movimento.
Uma distância mais curta possibilitará a observação de detalhes mais
específicos da técnica, enquanto uma distância mais longa a observação
do movimento como um todo, segundo Knudson e Morrison (2002) e
McGuinnis (2002).
78
78
isso, compare a performance real ao modelo ideal. Ao identificar esses
erros verifique se de fato afetam a performance. Há situações em
que o erro é provocado por uma compensação em função de uma
limitação morfológica do atleta e não pode ser modificado, afetando
inevitavelmente a performance, segundo Knudson e Morrison (2002) e
McGuinnis (2002).
79
treinamento com a nova adaptação à técnica e de sempre motivá-
lo com paciência. Corrija um erro de cada vez e seja sempre
positivo, pois as melhoras podem não ocorrer de uma única vez.
Preparação
- Identificar e descrever as características, do modelo teórico ideal do
movimento, que de fato contribuem para a técnica eficaz, de acordo com
Knudson e Morrison (2002) e McGuinnis (2002), conforme tabela 2.
80
80
Tabela 2 - Ações importantes e o movimento esperado para a técnica
eficaz do chute no futebol
Observação
81
- Analise as condições de análise: para indivíduos iniciantes e amadores,
a própria sessão de treinamento reflete o contexto da performance
normal, segundo Knudson e Morrison (2002) e McGuinnis (2002).
82
82
- Identifique o que observar:
III. Por fim, de acordo com Lees e Nolan (1998), Knudson e Morrison
(2002) e McGuinnis (2002), observe se a duração das ações e
movimentação dos segmentos que levam ao chute ocorrem em
uma sequência temporal e coordenativa, compatíveis com o
modelo idealizado para a melhor performance.
Avaliação
- Identifique os erros após avaliação do movimento baseado na
comparação entre o movimento real e o modelo teórico. A partir disso,
defina uma estratégia de correção que priorize a correção do maior
erro em relação a performance, do erro inicial ao final, e do mais fácil
ao mais complexo quanto ao tempo requerido de treinamento para a
correção. Por exemplo, de acordo com Lees e Nolan (1998), Knudson
e Morrison (2002) e McGuinnis (2002), se o indivíduo demostrar erros
de posicionamento do pé de apoio e de elevação da coxa da perna
de chute após a fase de balanço, inicie com a correção relacionada
ao posicionamento do pé, que consiste em uma fase precedente à
movimentação da coxa para frente e para cima. Instrução
83
- Informe ao indivíduo sobre os erros cometidos e proponha as correções
baseadas no modelo ideal de maneira progressiva. Por exemplo,
considerando os erros observados na etapa de avaliação em relação
ao posicionamento do pé e a movimentação da coxa após o balanço
do membro inferior, oriente o indivíduo a realizar repetidamente essas
ações. Entretanto, de maneira que o foco do indivíduo seja mantido
prioritariamente na ação primária, e que a evolução técnica seja
direcionada para a ação secundária. Quando ambas as ações atingirem
o nível técnico desejado, aumente progressivamente a velocidade do
movimento completo buscando aumentar a velocidade de deslocamento
da bola após o contato. Finalmente, de acordo com Lees e Nolan (1998),
Knudson e Morrison (2002) e McGuinnis (2002), retome todos os passos
anteriores em ordem a monitorar a evolução da proficiência técnica e
promover os ajustes finos necessários para maximizar a performance.
TEORIA EM PRÁTICA
Em ordem de aumentar a performance técnica do
arremesso de lance livre em atletas amadores de
basquetebol, você propõe conduzir uma análise
Biomecânica qualitativa do movimento. Sabendo das etapas
necessárias para a condução dessa análise, realize as
seguintes tarefas abaixo:
84
84
I. Descreva um modelo teórico ideal para a execução do
arremesso de lance livre no basquetebol, levando em conta:
• Posicionamento do corpo no momento do arremesso.
• Plano de realização do movimento.
• Altura de liberação da bola.
• Sequência apropriada dos movimentos corporais até a
liberação da bola.
• Ângulo de liberação da bola.
II. Descreva como você deverá se posicionar para observar
o movimento de arremesso.
III. Escolha dois erros comuns que poderão ser identificados
na execução da técnica do arremesso de lance livre para
fins de correção.
IV. Aponte uma alternativa de treinamento para a correção
de cada um dos erros selecionados/ verificados
anteriormente.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1. Qual é a sequência apropriada de execução dos passos
envolvidos na análise biomecânica qualitativa?
a. Instrução, preparação, observação e avaliação.
85
2. Sobre a análise biomecânica qualitativa, assinale a
alternativa correta.
a. Os erros devem ser corrigidos progressivamente, do
menor para o maior em relação à performance.
86
86
III. Durante a análise de um salto em distância, um
observador posicionado perpendicularmente à linha
limítrofe do salto possui um campo de visão sagital
completo para uma análise precisa das fases do salto.
Referências bibliográficas
87
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Hall, 1971.
NIELSEN, A. B.; BEAUCHAMP, L. The effect of training in conceptual kinesiology
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WICKSTROM, R. L. Developmental Kinesiology: maturation of basic motor pattern.
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Physical Educator. v. 56, 1990.
ZATSIORSKY, V. M. Biomecânica no esporte: performance do desempenho e
prevenção de lesão. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Gabarito
Questão 1 - Resposta B
Os passos envolvidos na análise Biomecânica qualitativa são:
preparação e criação de um modelo ideal de movimento;
observação da performance real do atleta, ou aluno; avaliação
e identificação dos erros; e instruir o atleta e corrigir os erros
baseado no modelo ideal.
Feedback de reforço: Retorne à Leitura Fundamental para
revisar este tema e obter maior fixação quanto aos detalhes
deste conteúdo.
Questão 2 - Resposta C
A etapa de instrução/ intervenção consiste na realização de
três principais tarefas: 1) comunicação e explicação dos erros
cometidos pelo atleta; 2) orientação e implementação das
correções no movimento; e 3) repetição da análise, seguindo os
passos anteriores para monitoramento da evolução técnica da
performance.
88
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Feedback de reforço: Retorne à Leitura Fundamental para
revisar este tema e obter maior fixação quanto aos detalhes
deste conteúdo.
Questão 3 - Resposta C
I está incorreta, pois o arremesso de lance livre ocorre no plano
sagital, logo, uma visão perpendicular do observador, posicionado
na lateral correspondente à mão que o atleta executa o arremesso,
possibilitaria uma análise do movimento completo; III está
incorreta, pois o salto em distância possuí três fases importantes
que ocorrem em espaços diferentes: corrida de aproximação, salto
e aterrissagem. Dessa forma, para uma análise precisa dessas fases
seriam necessários três observadores ou câmeras, posicionados
perpendicularmente ao local de execução de cada uma das fases.
Feedback de reforço: Retorne à Leitura Fundamental para
revisar este tema e obter maior fixação quanto aos detalhes
deste conteúdo.
89
Mecânica articular
Autor: Alex Castro
Objetivos
90
90
1. Arquitetura articular
91
musculares, as bainhas tendíneas revestem os tendões. Ambas têm
como função minimizar o atrito entre os ossos e tendões durante o
movimento articular.
92
92
Figura 1 – Exemplos de articulações sinoviais no corpo humano
93
Cartilagem articular: constitui uma camada protetora
com cerca de 1 a 5 mm de espessura que reveste as
extremidades ósseas no interior da articulação. Tem como
principais funções distribuir as cargas na articulação para
reduzir o choque e estresse nos pontos de contato articular,
possibilitando os movimentos ósseos com desgastes
articulares mínimos, de acordo com Boschetti et al. (2004).
A cartilagem articular pode reduzir em 50% ou mais o
estresse de contato entre os ossos em uma articulação,
segundo Hall (2009).
94
94
Figura 2 – Exemplos de fibrocartilagem na sínfise púbica (A), discos
intervertebrais (B) e meniscos no joelho
ASSIMILE
2. Movimentos articulares
95
O plano frontal (ou coronal) divide o corpo em partes anterior (ventral) e
posterior (dorsal). Os movimentos, nesse plano, ocorrem ao redor de um
eixo ântero-posterior perpendicular ao plano, como a adução e abdução.
O plano transversal divide o corpo em partes superior e inferior. Os
movimentos, nesse plano, ocorrem ao redor do eixo longitudinal do
osso, como a rotação medial-lateral, e pronação-supinação, segundo
Rasch (2012). Os principais movimentos e suas amplitudes para as
grandes articulações do corpo humano estão no quadro 1.
96
96
3. Estabilidade articular
97
e a membrana interóssea promovem a estabilidade da articulação
radioulnar. Em situações de forças de tração longitudinal na articulação
do cotovelo, a estabilização é promovida pela ação dos músculos tríceps
braquial, bíceps braquial, braquial, braquiorradial e músculos inseridos
no antebraço originados nos epicôndilos medial e lateral (Sacco e
Tanaka, 2008).
98
98
fêmur), cujas fibras são direcionadas transversalmente na mesma
direção do eixo do acetábulo. A estabilidade ântero-posterior do quadril
é assegurada pelo equilíbrio na tensão existente entre a musculatura
extensora e flexora, enquanto retroversão e anteversão pélvicos são
limitados pelos ligamentos anteriores e ação dos músculos posteriores,
respectivamente. Já a estabilidade latero-lateral é conferida pela
musculatura adutora e abdutora (especialmente o glúteo médio),
evitando a queda da pelve para um dos lados durante o apoio do
membro inferior, segundo Sacco e Tanaka (2008).
99
colaterais tibial e fibular, que contribuem para manter a estabilidade
latero-lateral e limitar a hiperextensão do joelho devido às suas origens
no epicôndilo do fêmur e inserção na face anterior da tíbia e cabeça da
fíbula, respectivamente. Em situações de sobrecarga articular intensa, a
estabilidade latero-lateral do joelho é reforçada pela ação do músculo
tensor da fáscia lata lateralmente e músculos da pata de ganso (sartório,
semitendíneo e grácil) medialmente. Finalmente, o quadríceps femoral
contribui para estabilizar a articulação mantendo a posição patelar
durante o movimento, em oposição a oscilações unilaterais, cruzadas e
contralaterais, como afirmam Sacco e Tanaka (2008).
100
100
(2011) e Tanaka e Mason(2011). Adicionalmente, a estabilização dinâmica
do tornozelo é suportada pela ação muscular, comumente dividida em
quatro compartimentos principais: anterior (tibial anterior e extensores
do hálux e artelhos), lateral (fibulares longo e curto), posterior superficial
(gastrocnêmios e sóleo) e posterior profundo (flexores longos dos
artelhos, flexores longos do hálux e tibial posterior), de acordo com
Hamill e Knutzen (2012).
101
solicitando a ação muscular antagonista extensora. Contudo, em
função dos músculos espinhais possuírem um pequeno braço de
alavanca, precisam gerar forças em grande magnitude para equilibrar
os torques produzidos pelo peso dos segmentos corporais ou de
objetos sustentados à frente da coluna, o que aumenta a sobrecarga
nas articulações vertebrais e estruturas teciduais adjacentes. Por
essas razões, é recomendado manter a curvatura lombar sem flexão
durante tarefas de agachar e levantar, manter próximo ao corpo objetos
que serão manualmente suspensos ou transportados, e aumentar a
pressão intra-abdominal por meio da contração muscular. Essas ações
possibilitarão a redução dos torques em flexão gerados sobre a coluna,
assim como aumentarão a rigidez intra-abdominal produzindo uma
força de tensão contrária às forças compressivas, segundo Hall (2009).
102
102
Nesta leitura, você estudou os tipos de articulações do corpo humano
(articulações fibrosas, cartilaginosas e sinoviais). Conheceu em detalhes a
arquitetura das articulações sinoviais, constituídas por cápsula articular,
cartilagem articular, fibrocartilagem e tecido conjuntivo. Aprendeu sobre
as funções dessas articulações, que incluem: permitir que os segmentos
corporais rotacionem uns sobre os outros, transmitir a força produzida
pela contração muscular entre os segmentos corporais e viabilizar a
mobilidade do esqueleto humano. Além disso, foram sumarizados
os principais movimentos articulares das maiores articulações do
corpo, assim como apresentado brevemente os fatores relacionados
a estabilidade articular e às cargas impostas sobre as articulações do
ombro, cotovelo, coluna vertebral, quadril, joelho e tornozelo.
TEORIA EM PRÁTICA
Você está em uma sala de musculação e um de seus clientes
vem até você e reporta estar sentindo dores na coluna
diariamente, após a sessão de treinamento. Então você o
questiona se possuí alguma patologia na coluna. O cliente
menciona que passou por exames médicos recentemente
e não possuí nenhuma patologia diagnosticada, além
das dores na coluna que sente frequentemente após o
treinamento. Com este cenário, você começa a observar
a sessão de treinamento desse cliente e observa que ele
realiza todos os exercícios com boa postura e consciência
corporal. Entretanto, você também nota que todas as vezes
que ele necessita pegar no chão algum halter ou barra livre
com pesos, ele o faz realizando a flexão da coluna e conclui
o levantamento dos pesos com os braços estendidos.
Baseado nisso, o que você acredita que esteja acontecendo
com seu cliente? Quais orientações você poderia dar a
ele para melhorar seu quadro de dor? Como ele poderia
executar melhor os movimentos de levantamento dos
pesos na sessão de treinamento? Justifique suas respostas.
103
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. I e II são corretas.
104
104
a. I e II são corretas.
a. V-V-F-F.
b. V-F-F-V.
c. F-V-F-F.
d. V-F-V-F.
e. F-V-V-F.
105
Referências bibliográficas
Gabarito
Questão 1 - Resposta C
A afirmação I está incorreta, pois o aumento da congruência óssea
é determinado anatomicamente pelas superfícies ósseas em
contato, e não pela cartilagem articular.
Feedback de reforço: Você assinalou a alternativa incorreta! Tente
mais uma vez, se ainda for possível.
106
106
Questão 2 - Resposta C
A afirmação II está incorreta, pois o joelho é uma articulação
sinovial do tipo dobradiça ou gínglimo.
Feedback de reforço: Você assinalou a alternativa incorreta! Tente
mais uma vez, se ainda for possível.
Questão 3 - Resposta E
A primeira afirmação é falsa (, pois as cargas aumentam
progressivamente da posição deitada para ereta, sentada, em pé
com flexão de tronco e sentada com o tronco relaxado/ flexionado.
A quarta afirmação está incorreta, pois, durante o movimento, o
aumento da pressão intra-abdominal produz uma força de tensão
contrária às forças compressivas.
Feedback de reforço: Você assinalou a alternativa incorreta! Tente
mais uma vez, se ainda for possível.
107
Métodos para prevenção de
lesões musculares durante o
treinamento
Autor: Alex Castro
Objetivos
108
108
1. Incidência de lesões
109
participantes, segundo Asperti et al. (2017), levando o atleta
ao afastamento da competição por período médio de
onze semanas quando há a necessidade de tratamentos
conservadores ou cirúrgicos, segundo Rosa et al. (2014).
Esses dados demonstram a importância em prevenir a
ocorrência das lesões esportivas, a fim de minimizar o
tempo de afastamento dos atletas da competição.
110
110
Fonte: adaptada de Asperti et al. (2017).
ASSIMILE
Em esportes como futsal, voleibol, handebol, basquetebol,
futebol, softbol, atletismo, rugby, polo aquático, judô
e karatê, a maior ocorrência de lesões é registrada
durante a competição, sendo os membros inferiores mais
frequentemente acometidos (58-68% das ocorrências),
envolvendo, principalmente, lesões ligamentares nos
tornozelos e de ligamento cruzado anterior nos joelhos, ed
acordo com Asperti et al. (2017).
2. Tipos de lesões
111
de alta magnitude de carga aplicada ao corpo; e lesões crônicas,
que são decorrentes do acúmulo de microtraumas promovidos por
cargas repetidas aplicadas ao corpo por longo prazo, podendo levar
progressivamente a condições degenerativas ou ainda a lesões agudas.
Embora cada lesão seja única, nunca sendo exatamente igual a outra,
há uma classificação sugerida em relação à gravidade de lesões
ligamentares para fins clínicos, conforme pode ser observado no Quadro
1, de acordo com Leadbetter (1994) e Whiting e Zernicke (2001).
Acometimento Déficit de
Graduação Gravidade Grau Exame
estrutural desempenho
Nenhuma lesão
visível, apenas
localmente Mínimo - uns
1 Leve Primeiro Negligenciável
sensível e poucos dias.
articulação
estável.
Até
Tumefação visível, seis semanas
hipersensibilidade (pode ser
2 Moderada Segundo Parcial acentuada, modificado
articulação +/- por um
estabilidade. dispositivo
protetor).
Tumefação
acentuada,
Indefinido,
hipersensibilidade
mínimo
3 Grave Terceiro Completo intensa, postura
de seis a
antálgica,
oito semanas.
articulação
instável.
Fonte: adaptado de Leadbetter (1994 apud Whiting e Zernicke, 2001).
112
112
• Ombro: luxação da articulação glenoumeral, devido a frouxidão
ligamentar e fraqueza muscular; lesão do manguito rotador,
devido a compressão progressiva dos tendões dos músculos
envolvidos contra estruturas ósseas e outros tecidos que são
comuns em atletas que realizam movimentos intensos com
os braços acima da cabeça; e lesões rotacionais, promovendo
lacerações na cavidade glenoidal, nos músculos do manguito
rotador e no tendão do bíceps braquial devido a movimentos
rotacionais forçados do ombro como no saque do tênis e
voleibol. Cotovelo: luxação devido a hiperextensão forçada,
causando o deslocamento posterior do processo coronóide da
ulna em relação à troclear do cotovelo levando a ruptura parcial
dos ligamentos anteriores; e lesões por uso excessivo como
epicondilite, em função de inflamação ou microtrauma na face
lateral da região distal do úmero, que é comumente chamada de
cotovelo de tenista.
113
• Quadril: fraturas do colo do fêmur, uma lesão grave que acomete,
principalmente, idosos com osteoporose; contusões dos músculos
da face anterior da coxa, comum em esportes de contato;
distensões dos músculos ísquiotibiais comuns durante situações
de fadiga, quando a coordenação está comprometida, envolvendo
corridas de alta velocidade.
114
114
3. Mecanismo de lesão
115
É importante ter em mente que as informações sobre os mecanismos
de lesões específicas são limitadas. Para realmente entender esses
mecanismos seria necessária uma avaliação Biomecânica laboratorial no
momento em que a lesão ocorresse, o que eticamente não seria viável.
A maior parte das informações, existentes nesse contexto, são derivadas
de simulações ou estudos de caso, teste de estruturas ligamentares em
cadáveres e modelos matemáticos preditivos. Por isso, é importante que
na falta de clareza sobre os mecanismos de lesão, o profissional esteja
atento aos fatores de risco relacionados a sua ocorrência, tais como
instabilidade articular, fraqueza ou desequilíbrios musculares, fadiga
excessiva, assim como o contexto de prática da modalidade envolvendo
o contato com o adversário, equipamentos e proteção utilizados,
segurança do ambiente, entre outros, segundo Chan et al. (2008).
4. Métodos preventivos
116
116
Os fatores de risco relacionados às lesões podem ser intrínsecos,
quando relacionados ao próprio atleta, ou extrínsecos, quando
relacionados ao ambiente e contexto da prática que o atleta está
exposto, de acordo com Meeuwisse et al. (2007).
117
Diante desses fatores, as principais medidas preventivas comumente
utilizadas, estão relacionadas a: intervenções/recursos (fortalecimento
muscular, treino sensório-motor, alongamento, relaxamento e descanso
apropriados, aquecimento, condicionamento físico, massoterapia,
recuperação ativa, eletroterapia, hidroterapia e osteopatia); nutrição
(acompanhamento nutricional e suplementação); equipamentos (utilização
de bandagens funcionais, órteses, calçados adequados, equipamentos de
proteção, roupa adequada, e protetor bucal); técnica esportiva (correção/
ajuste da técnica de execução); e outros (avaliação fisioterapêutica
periódica, diagnóstico precoce da lesão, exames de rotina, supervisão do
ambiente, controle odontológico, e ambiente de treinamento seguro).
118
118
período de tempo). Dentre essas lesões, são observadas contusões,
distensões, luxações, fraturas por trauma ou estresse, tendinopatias
bursites, entorses e rupturas ligamentares.
TEORIA EM PRÁTICA
Atletas profissionais de futebol são submetidos diariamente
a altas cargas de treinamento e a um calendário competitivo
que permite pouco ou nenhum tempo de descanso entre
jogo, treino e novo jogo. Nesse sentido, aponte quais são
os principais fatores de risco intrínsecos e extrínsecos
que podem estar relacionados a ocorrência de lesões na
articulação do joelho em atletas profissionais de futebol,
assim como possíveis medidas preventivas em relação a
essas lesões.
119
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
c. Ambiente e treinamento.
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b. Lesões crônicas são resultado do acúmulo de
microtraumas, promovidos por cargas repetidas
aplicadas ao corpo por longo prazo.
Referências bibliográficas
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ZATSIORSKY, V. M. Biomecânica no esporte: performance do desempenho e
prevenção de lesão. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Gabarito
Questão 1 - Resposta E
No âmbito esportivo os membros inferiores constituem a região do
corpo mais frequentemente acometida (58-68% das ocorrências),
envolvendo, principalmente, lesões ligamentares nos tornozelos e de
ligamento cruzado anterior nos joelhos, segundo Asperti et al. (2017).
Feedback de reforço: Você assinalou a alternativa incorreta! Tente
novamente, se ainda for possível.
Questão 2 - Resposta A
São fatores de risco intrínsecos os aspectos fisiológicos/
anatômicos do indivíduo, nutrição, técnica esportiva inadequada,
aspectos comportamentais e cognitivos; e fatores extrínsecos
os equipamentos e o ambiente de prática, o treinamento e as
características do esporte.
Feedback de reforço: Você assinalou a alternativa incorreta! Tente
novamente, se ainda for possível.
Questão 3 - Resposta B
Lesões agudas são resultantes de alta magnitude de carga aplicada
ao corpo, enquanto lesões crônicas são decorrentes do acúmulo de
microtraumas promovidos por cargas repetidas aplicadas ao corpo
por longo prazo, podendo levar progressivamente a condições
degenerativas ou ainda a lesões agudas, de acordo com Whiting e
Zernicke (2001).
Feedback de reforço: Você assinalou a alternativa incorreta! Tente
novamente, se ainda for possível.
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