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CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Cinesioterapia
Ortopedia

Maikon Geovane Oliveira Pereira


Acadêmico de Fisioterapia

Prof. Me. Vinícius Abreu

FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE


Curso de Graduação em Fisioterapia

Cinesioterapia e Ortopedia
ARTROCINEMÁTICA
Estudo das variáveis que interferem nos movimentos intra-articulares.
Os movimentos artrocinemáticos são os movimentos que ocorrem no interior da
articulação e, eles descrevem a distensibilidade na cápsula articular permitindo que os
movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as
estruturas articulares. Estes movimentos não podem ser realizados ativamente pelo
paciente, geralmente são muito utilizados para restaurar a biomecânica articular normal
diminuindo a dor, alongando ou liberando com menos trauma determinadas estruturas.
São cinco os movimentos artrocinemáticos: giro, rolamento, tração, compressão e
deslizamento.
Os movimentos artrocinemáticos são influenciados pela forma das superfícies
articulares, as quais determinam as articulações em ovóide ou selar.
1) Ovóide - neste tipo de articulação encontram-se uma superfície convexa e outra
côncava.
2) Selar - esta articulação é formada por uma superfície côncava em uma determinada
direção e convexa em outra direção, com uma superfície oposta semelhante côncava e
convexa ao mesmo tempo.

Rolamento
Durante o rolamento um osso rola sobre o outro com a seguintes características :
- As superfícies são incongruentes.
- Novos pontos de uma superfície encontram novos
pontos na superfície oposta.
- Nas articulações com a biomecânica normal o
rolamento só ocorre em combinação com os movimentos de deslizamentos e giro, porém
quando o rolamento ocorre sozinho causa compressão nas superfícies do lado que o osso
esta se movendo, o que pode provocar uma lesão articular, e uma separação no outro lado.
- A superfície que se move seja ela convexa ou côncava não influencia a direção do
movimento ósseo.

Deslizamento
Durante o deslizamento um osso desliza sobre o outro com as seguintes
características:
- As superfícies articulares são congruentes.
- O mesmo ponto em uma superfície faz contato com
novos pontos na superfície oposta.
- O deslizamento não ocorre sozinho devido as
superfícies articulares não serem totalmente planas, ou seja,
completamente congruente.
- Diferentemente do rolamento, a superfície articular que se move influência a direção
do deslizamento, o que é chamado como regra convexo-côncava.
- Quando a superfície articular que se move é convexa o deslizamento ocorre na
direção aposta à do movimento angular do osso.
- Quando a superfície que se move é côncava o deslizamento ocorre na mesma
direção do movimento angular do osso.

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- A regra do côncavo - convexo é importante para o terapeuta determinar a direção da
força mobilizadora em técnicas de manipulação articular.

Giro
Durante o giro um osso gira sobre o outro com as seguintes
características:
- O osso faz uma rotação sobre um eixo mecânico estacionário.
- O ponto na superfície que se move faz um círculo na medida em
que o osso gira.
- O giro dificilmente ocorre sozinho, mas geralmente em
combinação com o deslizamento.

Compressão
Durante a compressão uma superfície articular se aproxima uma
da outra com as seguintes características:
- A compressão causa diminuição no espaço articular entre as partes ósseas.
- Ocorre normalmente nos membros inferiores e na coluna durante a sustentação do
corpo
- Ocorre compressão com a contração muscular
gerando estabilidade articular, impedindo lesões
articulares.
- Com a compressão o líquido sinovial move-se para
as estruturas articulares avasculares nutrindo-as e
lubrificando-as.
- Cargas excessivas de compressão causam lesões
articulares, principalmente na cartilagem articular.

Tração
Durante o movimento de tração as superfícies
articulares afastam-se uma da outra com as seguintes
características.
- Ocorre separação das superfícies articulares
quando são puxadas distalmente uma da outra.
- Pode ocorrer tração no eixo longo do osso resultando em deslizamento caudal.
- Pode ocorrer tração em ângulo reto onde resulta na separação articular propriamente
dita.

OSTEOCINEMÁTICA
São todos os fatores que interferem na movimentação ativa.
Os movimentos osteocinemáticos são os movimentos fisiológicos ou clássicos da
diáfise óssea. Estes movimentos podem ser realizados voluntariamente pelo paciente de
acordo com os planos cardeais do corpo.
O plano sagital divide o corpo em lados direito e esquerdo. Os movimentos que
ocorrem neste plano são os movimentos de flexão e extensão. Quando dois segmentos se
aproximam um do outro é realizado o movimento de flexão e quando eles se afastam é
realizado o movimento de extensão.
O plano horizontal divide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos que
ocorrem neste plano são os movimentos de rotação. O movimento de rotação interna ocorre
quando a superfície articular roda anteriorizando-se em relação ao corpo, ou seja, uma

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rotação para dentro ou medial. Já o movimento de rotação externa a superfície articular roda
em direção a parte posterior do corpo, ou seja, uma rotação para fora ou lateral.
No antebraço a rotação interna é chamada de pronação e a rotação externa de
supinação.
O plano frontal divide o corpo em partes da frente e de trás. Os movimentos
realizados neste plano são o de abdução e o de adução. Quando um segmento se afasta da
linha mediana do corpo é realizado o movimento de abdução. E quando um segmento se
aproxima da linha mediana é realizado o movimento de adução. No punho o movimento de
abdução é definido como desvio radial e o movimento de adução é definido como desvio
ulnar.
Os planos secundários são destinados à articulações onde os planos frontal ,
horizontal e sagital passam em outros pontos que não o centro de gravidade do corpo,
definindo assim o centro de uma articulação como a dos dedos, mão e pé. Um exemplo são
os movimentos de dorsiflexão e flexão plantar que ocorrem no pé.
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MOBILIDADE ACESSÓRIA: Deslizamento dentro da articulação, mínimo de movimento que
ocorre. Quanto maior a mobilidade acessória, maior será a movimentação passiva.

MOBILIZAÇÃO ATIVA: Com contração muscular, ganho de força. O paciente faz o


movimento sozinho.
Produzida por uma contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação.

MOBILIZAÇÃO PASSIVA: Sem contração muscular, ganho de mobilidade acessória.


Movimento dentro da ADM livre, que é produzido inteiramente por uma força externa,
não há contração muscular. A força externa pode vir da gravidade, de um aparelho, de outra
pessoa ou de uma parte do corpo do próprio indivíduo.

ADM ATIVO ASSISTIDA: É um tipo de ADM ativa na qual uma força externa fornece
assistência, manual ou mecânica, por que os músculos movimentadores primários precisam
de ajuda para completar o movimento.

MOBILIZAÇÃO ARTICULAR

Os movimentos artrocinemáticos
são muitos utilizados pelos fisioterapeutas
no tratamento das disfunções articulares,
alem de restaurar a biomecânica articular
proporcionam efeitos fisiológicos
benéficos no tecido articular e nas
estruturas periarticulares, tais como:
- Movimenta o líquido sinovial
levando nutrientes para as partes
avasculares da articulação.
- Mantém a extensibilidade e a força
de tensão nos tecidos articulares e periarticulares.
- Inibe a ação dos nociceptores profundos e superficiais através de estímulos dos
mecanoceptores articulares.

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Indicações
- Hipomobilidade articular causada por processos degenerativos como traumas,
microtaumas de repetição, imobilização, maus hábitos posturais, desuso, idade avançada.
- Dor e espasmo muscular.
- Processos inflamatórios sem efusão articular.
- Patologia que causam uma hipomobilidade articular progressiva, como artrite
reumatóide.
Contra-indicações e cuidados
- Hipermobilidade.
- Efusão articular: Devido ao acumulo de líquido no interior da cápsula articular (líquido
sinovial, sangue, exudado etc.) que já esta distendida, o que provoca a dor devido ao
estimulo dos nociceptores, um alongamento ou mobilização articular irá provocar uma maior
distensibilidade causando mais dor, porém movimentos delicados oscilatórios podem em
alguns casos ajudar a diminuir a dor e o edema articular por melhorar o fluxo de líquido e
manter a mobilidade já existente da articulação lesionada.
- Processos inflamatórios agudos: No processo inflamatório ocorre acúmulo exudato
intra-articular causando distensibilidade da cápsula articular, o que promove dor, técnicas de
alongamento não são indicadas devido a origem da dor se causada pela resposta do
organismo pelo excesso de líquido e espasmo articular, e não devido ao tecido mole estar
encurtado. Apesar de muitos fisioterapeutas utilizarem o alongamento para " ganhar arco de
movimento" durante a inflamação aguda ,esta é contra-indicada por aumentar a dor e o
espasmo articular devido a resposta do organismo ao tentar proteger-se do alongamento e
também, quando o edema reduzir poderá ocorrer subluxações devido a uma hipermobilidade
causada pelo excesso de distensibilidade capsular provocado pela mobilização articular.
- Devemos ter precauções com doenças ósseas detectadas no RX, fraturas não
consolidadas, tecido conectivo recém-formado (processos cirúrgicos), artrite reumatóide e
idosos (devido ao enfraquecimento do tecido mole, técnicas de mobilização podem romper
algumas estruturas periarticulares causando imobilidade e dor).

Efeitos da mobilização articular

1) Estimula a atividade biológica, movimenta o líquido sinovial que traz nutrientes para a
cartilagem avascular das superfícies articulares e fibrocartilagens intra-articulares dos
meniscos. A atrofia da cartilagem articular começa cedo quando as articulações são
imobilizadas.

2) Mantém a extensibilidade e força de tensão nos tecidos articulares e periarticulares. Com


a imobilização ocorre proliferação fibroadiposa, que provoca adesões intra-articulares, assim
como alterações bioquímicas em tendões, ligamentos e tecido articulares levando
contraturas articulares e enfraquecimento ligamentar.

3) Impulsos nervosos aferentes de receptores articulares transmitem informação para o SNC


e assim provêem percepções de posição e movimento. Com a lesão ou degeneração da
cápsula, ocorre diminuição do potencial em uma fonte importante de feedback proprioceptivo
que pode afetar a resposta de equilíbrio do indivíduo. A mobilização articular provê impulsos
sensoriais relativos a:

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- Tipo I (posição estática e senso de velocidade do movimento). São encontrados no interior
das cápsulas articulares superficiais. Fornecem informação a cerca das mudanças na
posição articular. È um mecanorreceptor estático e dinâmico, dependendo da posição
articular, da pressão intra-articular, e dos movimentos articulares (ativos e passivos).

- Tipo II (mudança na velocidade do movimento). É encontrado nas cápsulas articulares


profundas e coxim articular adiposo. Fornecem informações sobre a velocidade do
movimento. E um mecanorreceptor dinâmico. Sua adaptação rápida e inativa em repouso e
estimulada por estímulos rápidos e repetitivos

- Tipo III - São encontrados nos ligamentos. Registra a verdadeira posição articular. E
dinâmico, sua adaptação é lenta. E estimulados com movimentos externos ativos e
passivos.
- Tipo IV - São encontrados nas cápsulas fibrosas, ligamentos, coxim articulares adiposos,
periósteo, paredes e vasos sanguíneos. Fornecem informações dolorosas (estímulo
nocioceptivo). Sua adaptação é lenta ativada pelas deformações mecânicas.

GRAUS DE MOBILIZAÇÃO DE MAITLAND

Grau I - Movimentos rítmicos com pouca mobilidade da articulação. Oscilações lentas fora
da barreira tecidual.
Grau II - Movimentos rítmicos, avançando um pouco mais na mobilidade articular e
chegando até a primeira resistência encontrada; Oscilações rápidas fora da barreira tecidual.
Grau III - Até o limite encontrado, voltando até o meio termo entre o limite articular e o grau I.
Oscilações rápidas na barreira tecidual.
Grau IV - Até o limite encontrado, mantendo uma leve oscilação no limite articular.
Oscilações lentas na barreira tecidual.
Grau V - Trust, este tem que saber muito bem a técnica para não provocar danos neste
manipulação, visto que esta é no final do arco de movimento da articulação, com velocidade
e precisão, neste grau o paciente não consegue impedir o movimento.

Graus I e II podem ser usados para o alívio da dor do paciente no tratamento inicial
dos sinais e sintomas.

Visando a recuperação de ADM, tendo já resolvido os sinais e sintomas, aplica-se a


mobilização de graus III e IV (trabalhar mobilidade acessória). A dor é o maior parâmetro
que irá guiar o fisioterapeuta em seu tratamento.

Contra Indicações: Gravidez; Doença da Medula espinhal ou cauda equina (filamento final
da nossa medula espinhal); Doenças Vertebrais; Espondilolistese; Osteoporose; Espondilite
anquilosante.

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GRADUAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR

GRAU 0: Consiste em palpar o músculo avaliado e encontrar como resposta AUSÊNCIA DE


CONTRAÇÃO muscular.
GRAU 1: Ao palpar o músculo a ser avaliado o terapeuta sentirá ESBOÇO DE
CONTRAÇÃO muscular, porém o paciente será incapaz de realizar o movimento.
GRAU 2: O paciente será capaz de realizar o movimento ativamente com amplitude de
movimento completa SEM A AÇÃO DA GRAVIDADE (paciente incapaz de içar na posição
de prova); amplitude de movimento incompleta com a ação da gravidade.
GRAU 3: O paciente mantém a posição de prova SOB A AÇÃO DA GRAVIDADE de 3 a 5
segundos, mas não consegue resistir a outras (ações) forças.
GRAU 4: O paciente consegue manter a posição de prova SOB A AÇÃO DA GRAVIDADE e
RESISTE A PRESSÃO MANUAL do terapeuta (submáxima de 60 – 70%) de 3 a 5
segundos.
GRAU 5: O paciente consegue manter a posição de prova sob a ação da gravidade e
RESISTE A PRESSÃO MANUAL DO TERAPEUTA (máxima 100%) de 3 a 5 segundos.

ALONGAMENTOS

Alongamento = Ganho de sarcômeros em série; realinhamento de fibra muscular;


realinhando as fibras ganha-se flexibilidade e com flexibilidade há o ganho ADM.
*Toda vez que eu não conseguir fazer determinado movimento é porque o grupo muscular
oposto está encurtado

Contra indicação:
 Ruptura Muscular  Luxação
 Lesão Muscular  Aumento de metabolismo (processo
 Articulação hiper-móveis infeccioso, Tumoral)

ALONGAMENTO ESTÁTICO: (parado) Preconizado nas clínicas de fisioterapia. Levo o


músculo para ação oposta e sustento naquela posição. Feito quando os músculos são
esticados e você permanece numa posição estática.
# 04 séries de 20 segundos de sustentação.

1ª REGRA: Forma passiva – O terapeuta faz o movimento / alongamento no paciente.

2ª REGRA: Nunca alongar dois grupos musculares ao mesmo tempo (um bloqueia o outro).

3ª REGRA: Não deve alongar dois grupos musculares Homolaterais ao mesmo tempo. Ex.:
Peitoral maior direito e esquerdo.

ALONGAMENTO BALÍSTICO: (Baseado em cima de movimento) Movimentos oscilatórios


na posição oposta do seguimento. O alongamento balístico usa contrações musculares para
forçar a extensão do músculo por meio de movimentos pendulares ininterruptos.
# 04 a 06 séries - 10 vezes vai e volta e na 11ª vez sustenta 20 segundos.

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ALONGAMENTO FNP (FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA): Depois
da contração máxima do músculo eu tenho o relaxamento máximo do mesmo.
SEMPRE O MÚSCULO QUE ESTIVER CONTRAÍDO SERÁ O MÚSCULO ALONGADO.
# 04 contrações de 10 segundos, na 5ª vez que voltar sustenta 20
segundos (estática)
Esse método é indicado para o aumento da força e resistência a fadiga muscular, facilitar a
estabilidade, mobilidade, controle muscular e a coordenação de movimentos.

CONTRAÇÃO MUSCULAR

CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA: O músculo se contrai e produz força, não movimenta


articulação, sem variação no comprimento da fibra. A isometria acontece no ponto zero,
posição anatômica. É indicado colocar 65 a 80% da força máxima. Resistência = Força
# 10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10)
CONTRAÇÃO ISOTÔNICA: gera movimento articular e variação no comprimento da fibra
muscular. Há o ganho de força muscular e trofismo.

CONCÊNTRICA: origem e inserção se aproximam e há uma diminuição do ângulo articular.


Acelera os seguimentos do corpo. (levantamento de peso).

EXCÊNTTRICO: origem e inserção se afastam e o ângulo articular aumenta, desacelera os


seguimentos do corpo (abaixar o peso)
# 03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia.
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EXERCÍCIO ISOCINÉTICO: É uma forma de exercício dinâmico no qual a velocidade de
encurtamento ou alongamento do músculo e a velocidade angular do membro são
predeterminadas e mantidas constantes por um dispositivo limitador da velocidade
(Dinamômetro Isocinético).

MOBILIZAÇÃO NEURAL

O sistema nervoso é um tecido muito específico que possui propriedades elásticas,


além de ser contínuo em todo o corpo, onde é envolvido por membranas (tecido neural e
conjuntivo) em toda sua extensão, permitindo assim o deslocamento dos impulsos elétricos
gerados no cérebro até as extremidades, como mãos e pés. Com base nestes conceitos,
a mobilização neural consiste num conjunto de técnicas de terapia manual que permitem
realizar uma mobilização e estiramento controlados do tecido conjuntivo circundante aos
nervos e do próprio nervo, e que por sua vez melhora a sua condução nervosa e mobilidade
intrínseca.
A mobilização neural tem como principal campo de atuação as interfaces mecânicas,
que são as zonas de contato estreito entre os diferentes tecidos (neural e conjuntivo). Estas
zonas existem ao longo de todo o percurso de um nervo (desde sua origem até a
extremidade final), onde o mesmo pode estar mais hipomóvel ou mais fixo do que em outras
zonas.

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A deformação mecânica e diminuição da mobilidade presentes no sistema nervoso
são as causas que prejudicam a integridade do mesmo, e é exatamente nestes fatores que a
mobilização neural atua.
O termo tensão neural adversa é utilizado para indicar os sinais e sintomas que são
de origem neural, como dores em ardência ou queimadura, alterações de sensibilidade
(dormências, formigamentos) e alterações de força muscular.

Aplicações clínicas:

 Neuropatias Periféricas  Lesões Nervos Periféricos


 Hérnias de Disco  Síndrome dos Escalenos
 Síndrome Túnel do Carpo  Ciáticas e Ciatalgias
 Golpe de Chicote (Whiplash)  Lombalgias
 Síndrome do Piramidal

Efeitos fisiológicos:

 Aumento da mobilidade neural, do fluxo sanguínio, do fluxo axoplasmático


 Aumento da condução neural
 Aumento da eficiência do trânsito de endorfinas, da nutrição do nervo
 Diminui a dor.

Contra indicações absolutas:

 Disfunções agudas com recente agravamento dos sinais neurológicos;


 Hérnias de disco;
 Lesões da cauda equina;
 Lesões do sistema nervoso central ou medulares;
 Tumores malignos;
 Quadros inflamatórios e/ou infecciosos;
 Síndrome da dor regional periférica.

Contra indicações relativas:

A aplicação da técnica requer maior atenção, podendo ser aconselhável a não aplicação.
 Situações de irritabilidade nervosa importante;
 Presença de patologias associadas;
 Vertigens;
 Problemas circulatórios.
(BUTLER, 2003)

# 4 a 5 séries de 30 bombeamentos (Movimentos Oscilatórios)

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MOBILIZAÇÃO DO NERVO MEDIANO

Paciente em decúbito dorsal, a


cabeça em flexão para o lado
oposto, abdução do ombro à 90º,
o terapeuta apóia o ombro com a
mão (para ele não subir),
estabiliza o cotovelo com a coxa,
extensão de punho fazendo 4 a 5
séries de 30 bombeamentos.

MOBILIZAÇÃO DO NERVO ULNAR

Paciente em decúbito dorsal,


colocar a mão em direção a
orelha, flexão de cotovelo
estabilizando com a coxa,
abdução de ombro estabilizando
com a mão, fazendo a extensão
do punho mais o desvio radial com
a pronação do antebraço, fazendo
o bombeamento.

MOBILIZAÇÃO DO NERVO RADIAL

Paciente em decúbito dorsal,


abdução do ombro (30º), estabiliza
o cotovelo com a coxa, estabiliza o
ombro cm a mão, extensão do
punho mais o desvio ulnar fazendo
o bombeamento.

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ESCALENOS
AÇÃO  Flexão lateral (direita e esquerda), e flexão anterior.

ALONGAMENTO  Paciente deitado em decúbito dorsal, faz-se a


flexão do pescoço para o lado oposto que eu quero alongar,
estabilizo o ombro com a mão e “empurro” a cabeça (bilateral).
Quatro séries de 20 seg.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente sentado, apoia a


cabeça do paciente com a mão do lado direito para fortalecer
escaleno direito e vice-versa...demonstrar o paciente o movimento
que ele deverá fazer... na flexão anterior apoia a testa do paciente.
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO 
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

TRAPÉZIO FIBRAS SUPERIORES


AÇÃO  Extensão cervical e elevação de ombros.

ALONGAMENTO  Paciente deitado em decúbito dorsal, cruzo as


mãos embaixo do pescoço estabilizando os dois ombros e fazendo a
flexão cervical. (4 séries de 20 seg)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente sentado, apoio a


cabeça atrás e o paciente tenta fazer o movimento pra traz.
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em pé pisando no


Thera Band fazendo a elevação do ombro, com o braço estendido
junto ao corpo. Ou com halter.....
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

DELTÓIDE ANTERIOR
AÇÃO  Flexão de ombro

ALONGAMENTO  Paciente sentado estabiliza o ombro do lado


oposto e faz-se a extensão (leva o braço em extensão para trás).
4 séries de 20 seg

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em pé ou sentado,


apoio o braço acima do punho em frente impedindo-o de fazer o
movimento (levar o braço pra frente e pra cima) a palma da mão
voltada pra frente...
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em pé, pisando no


Thera Band e fazendo a flexão do ombro (levando o braço para
frente).... pode ser feito da mesma forma com o halter
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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DELTÓIDE MÉDIO
AÇÃO  Abdução de ombro

ALONGAMENTO 

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em pé, apoio o


braço acima do punho do lado do corpo impedindo-o de fazer o
movimento de abdução (levar o braço pro lado e pra cima)...
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em pé, pisando no


Thera Band e fazendo a abdução do ombro (levando o braço para o
lado).... pode ser feito da mesma forma com o halter
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

DELTÓIDE POSTERIOR
AÇÃO  Extensão de ombro

ALONGAMENTO  Paciente sentado estabiliza o ombro do lado


oposto e faz-se a flexão (leva o braço em extensão para frente).
4 séries de 20 seg.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em pé, apoio o


braço acima do punho atrás impedindo-o de fazer o movimento de
extensão (levar o braço pra traz e pra cima)... braço do lado do corpo
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em pé, pisando no


Thera Band e fazendo a extensão do ombro (levando o braço para
traz).... pode ser feito da mesma forma com o halter
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

BÍCEPS BRAQUIAL
AÇÃO  Flexão de cotovelo

ALONGAMENTO  Paciente sentado, faz-se a extensão do


cotovelo levando o braço todo estendido para traz, segurando o
ombro que será movimentado. (4 séries de 20 seg.)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em pé ou sentado,


apoio o braço acima do punho em frente impedindo-o de fazer o
movimento de flexão (elevar o braço pra frente e pra cima)... 10
repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em pé, pisando no


Thera Band com o cotovelo flexionado próximo ao corpo fazendo o
movimento de flexão de cotovelo.... pode ser feito da mesma forma
com o halter
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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TRÍCEPS BRAQUIAL
AÇÃO  Extensão do cotovelo e extensão de ombro

ALONGAMENTO  Paciente sentado, faz-se a flexão de cotovelo e


flexão de ombro levando o braço flexionado para traz e puxando;
estabilizando a escápula com a outra mão. (4 séries de 20 seg.)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em pé, apoio o


braço acima do punho atrás impedindo-o de fazer o movimento de
extensão (levar o braço pra traz)... 10 repetições de 10 segundos
(contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em pé, segurando


uma ponta do Thera Band atrás das costas e o outro braço em
elevação acima da cabeça, fazendo o movimento de extensão do
cotovelo (vai e volta).... pode ser feito da mesma forma com o halter
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

FLEXORES DO CARPO
AÇÃO  Flexão de punho e abdução da mão (desvio radial)

ALONGAMENTO  Paciente com o braço estabilizado com o


cotovelo em flexão fazendo a extensão do punho, com a palma da
mão pra frente pegando os dedos e puxando para baixo e pra traz.
(4 séries de 20 seg)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO Paciente em pé ou sentado.


Apoio a mão na palma da mão do paciente resistindo a força que ele
fará para baixo. 10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente sentado, braço


apoiado na maca... punho pra baixo, com o halter fazendo o
movimento de flexão... 03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de
10, 4 de 10 até 6 de 10...)

EXTENSORES DO CARPO
AÇÃO  Extensão de punho e adução da mão (desvio ulnar)

ALONGAMENTO  Paciente com o braço estabilizado com o


cotovelo em flexão fazendo a flexão do punho com a mão fexada,
levando a mão para baixo. (4 séries de 20 seg)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em pé ou sentado.


Apoio a mão no dorso da mão do paciente resistindo a força que ele
fará para cima. 10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente sentado, braço


apoiado na maca... punho pra cima, com o halter fazendo o
movimento de extensão...
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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PEITORAL MAIOR
AÇÃO  Adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do
ombro
ALONGAMENTO  (Miofacial) Paciente deitado em decúbito dorsal,
com uma mão na região supra mamária e a outra no ombro,
cruzando as mãos e empurrando... (4 séries de 20 seg)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO 

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Com o halter, braço em


abdução, cotovelo estendido, fazendo o movimento para frente e
para o lado.....
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)
RETO DO ABDÔME
AÇÃO  Flexão de tronco
ALONGAMENTO  Feito com auxílio da bola Suíça ou do flex table,
paciente em decúbito dorsal, pernas esticadas, tronco estendido e
braços estendidos por cima da cabeça como se fosse tocar o chão
com a palma da mão... o terapeuta pode esticar as fibras com as
mãos ao mesmo tempo (miofacial) estabilizando a crista ilíaca... para
retornar o terapeuta que “sobe” o paciente...

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em cima da maca,


apoia os cotovelos na maca e a ponta dos pés, erguendo a barriga e
sustentando o tronco (tem que ficar alinhado, reto) – prancha.
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Abdominal normal, ou, com


uma bola menor embaixo dos joelhos segurando a bola e subindo a
perna com os joelhos flexionados, ou, sentado na bola Suíça...
03 séries de 10 repetições
PARAVERTEBRAIS (semi-espinhais, multifidos, rotadores,
interespinhais, intertransversários)
AÇÃO  Extensão da coluna
ALONGAMENTO  Feito com auxílio da bola Suíça ou do flex table,
paciente em decúbito ventral (deitado de barriga para baixo), pernas
esticadas, tronco flexionado e braços estendidos por cima da cabeça
como se fosse tocar o chão com a palma da mão ... o terapeuta pode
esticar as fibras com as mãos ao mesmo tempo (miofacial)
estabilizando a crista ilíaca. Na bola o paciente ajoelha primeiro no
chão e “rola” sobre a bola.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Com o auxílio da bola Suíça,


o paciente ajoelha e “rola” sobre a bola, colocando as mãos atrás da
cabeça e “forçando” a coluna para traz... 10 repetições de 10
segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Com o auxílio da bola Suíça, o


paciente ajoelha e “rola” sobre a bola, colocando as mãos atrás da
cabeça e “forçando” a coluna para traz (subindo e descendo).
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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QUADRADO LOMBAR
AÇÃO  Estende e flete lateralmente a coluna para o seu lado
ALONGAMENTO  Paciente em pé, para alongar o quadrado
lombar direito inclina o corpo para o lado esquerdo elevando o braço
direito por cima da cabeça. Pode ser feito no espaldar cruzando a
perna direita.........alonga o lado direito e cruzando a perna
esquerda.... alonga o lado esquerdo. *Paciente deitado em decúbito
dorsal, eleva os dois braços em extensão para cima da cabeça,
flexiono os joelhos e levo para lateral da maca (paciente permanece
com as “costas” na maca) alongando o lado desejado.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito lateral,


apoia o cotovelo na maca erguendo o tronco.... pode depois erguer o
braço oposto e depois a perna....... 10 repetições de 10 segundos
(contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO Paciente em pé, com auxílio do


Thera Band, pisando em uma ponta e segurando a outra, fazendo o
movimento de flexão lateral, com o outro braço para trás.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)
ILÍO PSOAS
AÇÃO  Flexão de quadril (junto com Reto femoral)
ALONGAMENTO  Paciente em decúbito lateral, flexiono o joelho,
estabilizo a crista ilíaca e puxo para traz.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO Paciente em decúbito dorsal,


pernas estendidas, apoio as mãos no joelho resistindo o movimento
(levantar a perna)
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em decúbito dorsal,


com uma caneleira... a perna que fará o movimento fica estendida
com a ponta do pé sempre pra cima (dorsiflexão) enquanto a outra
fica com o joelho flexionado apoiando o pé na maca.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)
GLÚTEO MÁXIMO
AÇÃO  Extensão de quadril
ALONGAMENTO  Paciente deitado em decúbito dorsal, flexiono o
joelho e flexiono o quadril puxando por baixo do joelho. (o próprio
paciente puxando uma perna “Williams 1”, as duas pernas “Williams
2”).

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito ventral,


o terapeuta apoia atrás do joelho impedindo o paciente de fazer o
movimento de estender a perna. 10 repetições de 10 segundos
(contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em decúbito ventral,


com uma caneleira... a perna fica estendida com a ponta do pé pra
baixo fazendo o movimento de extensão.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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ÍISQUIO TIBIAIS (Bíceps Femural, Semitendinoso e
Semimembranoso)
AÇÃO  Extensão do quadril e flexão do joelho
ALONGAMENTO  Paciente decúbito dorsal coma perna pra cima e
o pé voltado pra frente....

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito ventral,


o terapeuta apoia próximo ao tornozelo impedindo o paciente de
fazer o movimento de flexão do joelho.
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em decúbito ventral,


com uma caneleira... a perna fica estendida com a ponta do pé pra
baixo e o joelho flexionado fazendo o movimento de extensão do
quadril e flexão do joelho, levantando o halter...
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

QUADRÍCEPS (Reto femoral, Vasto Lateral, Medial e Intermédio)


AÇÃO  Flexão de quadril e extensão de joelho.

ALONGAMENTO  Paciente em decúbito lateral, flexiono o joelho a


90º, estabilizo o quadril e puxo para traz

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito dorsal,


coloco um travesseiro embaixo dos joelhos e ele aperta o travesseiro
para baixo. 10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em decúbito dorsal,


com os joelhos apoiados na cuia (travesseiro triangular) com halter
faz o movimento de flexão do quadril e extensão do joelho –
levantando a perna...
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

ABDUTORES DE QUADRIL (Glúteo médio e Tensor da fáscia lata)


AÇÃO  Abdução do quadril

ALONGAMENTO  Paciente em decúbito lateral, puxa a perna para


traz em extensão segurando o joelho e estabilizando no quadril
empurrando a perna para baixo em adução do quadril.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO Paciente em decúbito lateral, o


terapeuta apoia próximo ao joelho – na região lateral, resistindo ao
movimento de abdução (levantar a perna). Pode amarrar uma corda.
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em decúbito lateral,


com uma caneleira... a perna que fará o movimento fica estendida
com a ponta do pé pra frente enquanto a outra fica com o joelho
flexionado na maca.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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ADUTORES DE QUADRIL
AÇÃO  Adução de quadril
ALONGAMENTO  Paciente deitado em decúbito dorsal levo a
perna com o pé sempre pra cima, sem fazer rotação, para fora da
maca ficando no meio das pernas do paciente, estabilizando com a
outra mão a crista iliaca.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito lateral,


o terapeuta apoia próximo ao joelho – na região medial, resistindo ao
movimento de adução (abaixar a perna). Pode ser com um
travesseiro no meio das pernas.
10 repetições de 10 segundos (contrai 10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Paciente em decúbito lateral,


com uma caneleira... a perna de baixo fará o movimento fica
estendida com a ponta do pé pra frente enquanto a perna de cima
fica com o joelho flexionado apoiando em um travesseiro.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

TRÍCEPS SURAL (Gastrocnemio e Sóleo)


AÇÃO  Flexão do joelho e flexão plantar
ALONGAMENTO  Paciente em pé com auxílio da “rampinha”, o
lado que quero alongar o pé faz uma dorsiflexão e o joelho em
extensão, levando a outra perna para frente flexionando levemente o
joelho.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito dorsal,


o terapeuta segura em baixo do pé e o paciente tentará fazer o
movimento de flexão plantar. 10 repetições de 10 segundos (contrai
10 relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Com o Thera Band no pé,


paciente faz o movimento de flexão plantar segurando o Thera band,
indo e voltando.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

TIBIAL ANTERIOR
AÇÃO  Dorsiflexão

ALONGAMENTO  Paciente em decúbito dorsal, levo o pé para


flexão plantar (pé de bailarina)

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente em decúbito dorsal,


o terapeuta segura em cima do pé e o paciente tentará fazer o
movimento de dorsiflexão. 10 repetições de 10 segundos (contrai 10
relaxa 10)

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO  Com o Thera Band no pé,


paciente faz o movimento de dorsiflexão, indo e voltando.
03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

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FÍBULARES (Fibular Terceiro, Longo e Curto)
AÇÃO  Eversão do pé e faz uma pequena flexão plantar

ALONGAMENTO  Paciente em decúbito ventral, flexiono o joelho,


para cima e para frente, dobrando e puxando os pés para baixo e
forçando a perna para frente.

FORTALECIMENTO ISOMÉTRICO  Paciente deitado tenta "jogar"


o pé para fora e eu vou resistir com a mão...

FORTALECIMENTO ISOTÔNICO 

03 séries de 10 repetições (Evoluindo: 3 de 10, 4 de 10 até 6 de 10...)

PATOLOGIAS / TESTES / TRATAMENTO DE OMBRO

Luxação de ombro
É quando a articulação perde sua congruência; quando
perde a relação normal entre os ossos que a compõem.
É quando o ombro "sai do lugar". Quando há um retorno
espontâneo para a situação normal, trata-se de
uma subluxação.

Testes para Instabilidade Anterior de GU


1º. Carga e Desvio
Paciente sentado, terapeuta se posiciona atrás e estabiliza a glenóide e gera uma carga
anterior na cabeça do úmero e observa se irá ocorrer algum desvio do úmero (para frente).
+ quando aumenta o movimento da cabeça do úmero para frente, se houver dúvida faz
comparação bilateralmente (lado bom com lado ruim).

2º. Apreensão de Ombro


Paciente em decúbito dorsal com o ombro posicionado pra fora da maca, ombro abduzido a
90º com flexão de cotovelo a 90º e eu vou forçar uma rotação externa de ombro.
+ quando o paciente fica apreensivo e não deixa realizar o teste, com a outra mão ele
segura a mão do terapeuta, ele se trava por que se o terapeuta forçar o movimento ele sabe
que o úmero irá sair da cavidade glenóide ou o paciente vira o corpo todo em direção ao
lado testado.

3º. Instabilidade Anterior em Decúbito Ventral


Terapeuta se posiciona ao lado do paciente que se encontra em decúbito ventral com o
ombro bem pra fora da maca, abdução de ombro a 90º e flexão de cotovelo a 90º, com um
braço o terapeuta faz uma “bandeja” no antebraço do paciente e a outra mão na região
posterior da cabeça do úmero do paciente empurrando-o para baixo. + quando sair.
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4º. Gaveta Anterior de Ombro
Paciente em decúbito dorsal, ombro em extensão, terapeuta estabiliza a região do peitoral e
da glenóide, segura com a outra mão no terço médio do úmero e faz força para região
anterior do úmero (para cima). + quando sair.

Testes para Instabilidade Posterior de GU


1º. Carga e Desvio
Paciente sentado, terapeuta se posiciona na frente e estabiliza a glenóide e gera uma carga
posterior na cabeça do úmero e observa se irá ocorrer algum desvio do úmero (para trás).
+ quando aumenta o movimento da cabeça do úmero para trás, se houver dúvida faz
comparação bilateralmente (lado bom com lado ruim).

2º. Empurra e puxa


Paciente em decúbito dorsal com o ombro para fora da maca, abdução de obro a 90º e
flexão de cotovelo a 90º, uma mão do terapeuta vai anteriormente à cabeça do úmero e a
outra mão segura o terço distal do antebraço, com a mão que estiver na cabeça do úmero
eu empurro e a mão que estiver no antebraço eu puxo para cima.
+ quando sair. posteriormente.

Testes para Instabilidade Inferior de GU


Teste - Sinal do Sulco
Paciente sentado, braço bem relaxado, terapeuta segura com uma mão na região supra
escapular e glenóide, pega com a outra mão no terço distal do úmero e puxa o úmero para
baixo.
+ quando fica um sinal (buraco) entre a articulação. (“sinal da dragona militar”)

Teste de Feagin ("Fíguin")


Terapeuta sentado ao lado do paciente coloca o braço do paciente no seu ombro, pega na
cabeça do úmero e empurra para baixo, e observa se a cabeça do úmero sai. + Quando a
cabeça do úmero desce – hipermobilidade.

Obs.: os dois testes de Carga e Desvio e Feagin podem ser usados como técnica de
mobilização articular.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade

Micro Ondas - Pulsado


Ciclo Ativo - 50%
FASES INTENSIDADE FREQUENCIA TEMPO
Aguda 10 a 30 W 16 Hz 12' A 20'
Sub aguda 40 a 60 W 48 Hz "Quanto mais nova a lesão
Crônica 70 a 90 W 96 Hz menor será o tempo"

Ultra-Som - Pulsado
Ciclo Ativo - 20%
FASES FREQUENCIA INTENSIDADE TEMPO
Aguda 16 Hz 0,1 / 0,2 w/cm² 5' para cada Era (cabeçote)
Sub aguda 48 Hz 0,3 w/cm² "Tamanho do Local"
Crônica 100 Hz 0,4 / 0,5 w/cm²
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*Tratamento para Fase Inicial da patologia:
- Fortalecimento do Grupo Muscular oposto a Luxação, Isometricamente.
# 10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10)

*Tratamento para Fase Intermediária da patologia:


- Se gerou instabilidade após a fase inicial, repete o teste para conferir a evolução... e passa
de isometria para isotonia.
# 03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta
o peso.

*Tratamento para Fase Final da patologia:


- Propriocepção Articular.

Tendinite de ombro

Inflamação que ocorre nos tendões do ombro. Esta


inflamação apresenta como principais sintomas a dor
localizada intensa, dificuldade para levantar o braço,
sensação de que a dor se espalhou por todo o braço
e formigamento. Pode ser causada por traumas
(pancada direta no tendão), movimentos repetitivos
em cima de uma musculatura mal preparada.
- Mais comuns no ombro: Infra-espinhoso,
Subescapular e Bíceps porção longa.

*Tendinite de Supra Espinhoso:


-Teste de Jobe
Paciente em pé o terapeuta faz a rotação interna do ombro pede o
paciente pra fazer a abdução no eixo escapular e o terapeuta resiste o
movimento (força...força...força). + quando tiver dor e ausência do
movimento quando o Supra espinhoso estiver rompido (grau 3).

*Tendinite de Infra Espinhoso:


-Teste Patte
Paciente em pé com abdução do ombro a 90º e flexão do cotovelo a
90º, terapeuta coloca a mão por cima da mão do paciente e ele terá que
fazer o movimento de rotação externa enquanto o terapeuta faz uma
leve resistência. + quando tiver dor e ausência do movimento
quando o Infra espinhoso estiver rompido (grau 3).

*Tendinite de Bíceps porção longa:


-Palm Up test (Teste de Palma para Cima) ou Speed.
Paciente em pé, o terapeuta palpa o tendão da porção longa do bíceps do
paciente, o paciente irá fazer uma flexão anterior de ombro com o cotovelo
estendido e a palma da mão aberta para cima e o terapeuta faz uma
resistência (força...força...força). + quando o paciente sentir dor no
tendão do bíceps, onde o terapeuta está palpando ou ausência do
movimento.

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-Yergason (para luxação da porção longa do bíceps e para tendinite na fossa cubital – inserção do
bíceps)
Paciente em pé com o cotovelo em flexão de 90º e antebraço pronado, o terapeuta irá palpar
o tendão da cabeça longa do bíceps e irá pedir ao paciente que faça o movimento de
supinação de antebraço mais rotação externa enquanto o terapeuta resiste ao movimento (o
tempo todo do teste o terapeuta tem que sentir o tendão do
paciente na mão, se parar de sentir é que ele está saindo do
sulco biciptal – sinal de luxação do tendão da cabeça longa do
bíceps)
 Depois com o mesmo movimento o terapeuta irá palpar a
fossa poplítea (cordão grosso no cotovelo)... + quando o
paciente sentir dor onde o terapeuta estiver palpando.

*Tendinite de Sub Escapular:


-Lift Off Test (Teste de Retirada).
Paciente em pé com a mão atrás das costas ele irá retirar a mão do
terapeuta pra trás. + dor ou ausência do movimento
Obs.: para paciente que não consegue colocar a mão nas costas
faz MODIFICADO, terapeuta com a mão na barriga do paciente e
ele empurra a mão do terapeuta contra a barriga.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Led ou Laser - 1 a 6J

- Manobras Conjuntivas;
- Fricção Transversa (quebrar a fibrose);
- Alongamento do músculo inflamado (para realinhar as fibras);
- Fortalecimento Excêntrico (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta
o peso)
- Crioterapia / gelo (diminui o metabolismo).

Fraturas
Liberação de energia armazenada no osso.
- Dor a palpação no foco da fratura, edema e hemorragia.
- Fraturas mais comuns: Clavícula, Diáfise umeral,
Tubérculo Maior, Tubérculo menor, Colo Anatômico e Colo
Cirúrgico.
* Independente da fase, NÃO pode fazer mobilização
articular.
* Não tem teste específico.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade na fase de formação de calo ósseo.
- Eletro de Alta intensidade na fase de remodelação.
- Avaliar o RX do paciente, não tendo o RX, faça eletro de baixa - Ultra Som.
*Tratamento para Fase Inicial da fratura:
- Isometria ( Leve - 20 a 30% da força) - 10 repetições de 10 seg (contrai 10 e relaxa 10)

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*Tratamento para Fase Intermediária da fratura:
- Realizar movimentação Ativa/Assistida ou Ativa.
- Continua a Isometria.

*Tratamento para Fase Final da fratura:


- Reforço Isotônico Global e Propriocepção Articular.

Síndrome do Desfiladeiro Torácico


Conjunto de sinais e sintomas resultante da compressão de
estruturas neurovasculares* do pescoço à axila, que suprem o
membro superior. *Feixe Vasculonervoso (veia, artéria e nervo).
O espaço costoclavicular é formado pela clavícula, 1ª costela,
músculos e banda fibrosa.

Possíveis causas: Formação de calo ósseo na clavícula;


Costela Cervical (um osso que nasce entre a clavícula e a 1ª
costela); espasmo, contratura, rigidez da musculatura escalena;
elevação do 1º arco costal (pacientes com DPOC); Hipertrofia
da banda fibrosa.

TESTES:
Teste de Roos
Paciente sentado faz abdução de ombro a 90º e flexão de cotovelo a
90º, abre e fecha a mão durante 1’. + quando ao realizar este
movimento o paciente começa a sentir parestesia, queimação,
formigamento, dor latejante, dor irradiada (do ombro até a mão –
sintomas neurológicos)

Teste de Adson
Paciente em pé, terapeuta atrás palpa a artéria Radial do
paciente, faz uma leve extensão do ombro, fala para o paciente
respirar fundo e segurar o ar e pede para que ele vire o rosto
olhando pra você. + quando o terapeuta para de sentir o
pulso da artéria Radial.

Teste de Hawstead
Paciente em pé, terapeuta atrás palpa a artéria Radial do paciente, faz uma leve extensão
do ombro, fala para o paciente respirar fundo e segurar o ar e pede para que ele vire o rosto
olhando para o lado oposto.
+ quando o terapeuta para de sentir o pulso da artéria Radial.

Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Ondas Curtas - Modulação Contínua * Tempo de Aplicação 15'

- Alongamento e liberação miofacial de Escalenos;


- Mobilização céfalo caudal da primeira costela;
3 a 5 Séries de 30 oscilações
- Mobilização Neural: Nervo Mediano, Ulnar e Radial (alivia sintomas);
3 a 5 Séries de 30 oscilações

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Fase Final do tratamento:
- Fortalecimento de todas as articulações (Ombro, cotovelo e Mão) ISOTÔNICO.
(03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta o peso)
- Alongamento de Peitoral Maior (dependendo do caso)
Obs.: em caso de cirurgia, fazer somente mobilização Neural.

Bursite de ombro

Inflamação das bursas: Sub acromial e Sub deltóidea.


- Trauma direto ou indireto...
- Dor e limitação de movimento.
- Infiltrações: Acetato de Dexametasona, Ácido Hialurônico (Estimula
a membrana sinovial).
- Cirurgia: Burcectomia (retirada da burça)
* Não tem teste específico.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Ultra-Som - Pulsado
Ciclo Ativo - 20%
FASES FREQUENCIA INTENSIDADE TEMPO
Aguda 16 Hz 0,1 / 0,2 w/cm² 5' para cada Era (cabeçote)
Sub aguda 48 Hz 0,3 w/cm² "Tamanho do Local"
Crônica 100 Hz 0,4 / 0,5 w/cm²
- Mobilização articular de Gleno Umeral (Céfalo Caldal - de cima para baixo);
- Alongamento de: Trapézio fibras superiores, Escalenos e Esternocleidomastóideo;
- Exercício de Códman ("Pêndulo com o membro a ser tratado");
- Sempre com o paciente deitado - decúbito ventral (relaxado);
- Fortalecimento de Manguito Rotador, para estabilizar a cabeça do úmero inferiormente.

Artrose de Glenoumeral

Doença articular, que ocorre o desgaste progressivo da


cavidade glenóide e/ou da cabeça do úmero. A dor é o principal
sintoma, que no início ocorre apenas com a movimentação da
articulação afetada e melhora com repouso, mas que progride
para uma dor profunda até mesmo em repouso. Pode ocorrer
também diminuição dos movimentos, creptações, edema,
deformidades e falta de firmeza ao realizar movimentos. (Falta
de congruência articular, devido ao desgaste)

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Micro Ondas - Pulsado
Ciclo Ativo - 50%
FASES INTENSIDADE FREQUENCIA TEMPO
Aguda 10 a 30 W 16 Hz 12' A 20'
Sub aguda 40 a 60 W 48 Hz "Quanto mais nova a lesão
Crônica 70 a 90 W 96 Hz menor será o tempo"

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Ultra-Som - Pulsado
Ciclo Ativo - 20%
FASES FREQUENCIA INTENSIDADE TEMPO
Aguda 16 Hz 0,1 / 0,2 w/cm² 5' para cada Era (cabeçote)
Sub aguda 48 Hz 0,3 w/cm² "Tamanho do Local"
Crônica 100 Hz 0,4 / 0,5 w/cm²
*Tratamento para Fase Inicial da patologia:
- Tracionar e se não houver crepitação mobilizar;
- Exercícios de Códman;
- Fortalecimento de toda musculatura que envolve o complexo do ombro, ISOMÉTRICO;
(10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10))
*Tratamento para Fase Intermediária da patologia:
- Passar para ISOTÔNIA, quando não houver crepitação.
(03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta o
peso)
*Tratamento para Fase Final da patologia:
- Propriocepção (Paciente com grau 4 e 5, sem dor e com ADM completa).

Tendinite Calcária
Uma das mais comuns afecções do manguito rotador - tendão do supra espinhoso, tem
etiologia desconhecida. (O tendão inflama / calcifica / remodela)
* Não tem teste específico.
Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Laser e Led (7 a 10J) / Ultra-som (Contínuo - 00Hz)
- Manobras Conjuntivas;
- Fricção Transversa (quebrar a fibrose);
- Alongamento do músculo inflamado (para realinhar as fibras);
- Fortalecimento Excêntrico (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia)
- Crioterapia / gelo (diminui o metabolismo).

Síndrome do Impacto
Degeneração progressiva do tendão do supra espinhoso
devido a diminuição do túnel do supra espinhoso e
consequente compressão do tendão contra o acrômio e arco
coracoacromial.

Estágios evolutivos segundo Neer:


- Estágio I: Edema e hemorragia do tendão.
- Estágio II: Tendinite e fibrose do tendão.
- Estágio III: Ruptura do tendão.
Possíveis causas:
1. Fraqueza do Manguito Rotador; 5. Protuberância da Articulação AC;
2. Acrômio tipo 3 (ganchoso); 6. Espessamento do Ligamento
3. Calo ósseo em acrômio; Coracoacromial;
4. Bursite sub acromial; 7. Movimentos repetitivos com abdução
do ombro + rotação interna.

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TESTES: *testes passivos para não confundir com tendinite de supra espinhoso.

1º. Teste de Neer


O terapeuta fica atrás do paciente, pega por dentro do braço do paciente
e força uma rotação interna de ombro e faz uma abdução no eixo
escapular (na diagonal) + quando o paciente relata dor no espaço
subacromial e na região lateral da cabeça do úmero (região do supra
espinhoso).

2º. Teste de Yocum


O paciente apóia a mão no ombro contralateral enquanto passivamente
o terapeuta eleva o membro pelo cotovelo. + quando ao realizar o
movimento o paciente relata dor no espaço subacromial.

3º. Teste de Hawkins ou Hawkins Kennedy (melhor)


Paciente em pé ombro relaxado em neutro com cotovelo fletido a 90º, o
terapeuta faz movimentos oscilatórios de abdução do ombro com rotação
interna e ir perguntando ao paciente se doeu (gradativamente) em todo
arco do movimento – 15º, 45º, 90º, 120º, 180º.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade (cicatrizar o
tendão) Tratar Inflamação
Led ou Laser - 1 a 6J / Ultra-som. - Fricção transversa do Supra espinhoso
Caneta 904 – 108 (Tecido profundo) (quebrar fibrose);
- Mobilização céfalo caudal de Gleno umeral; - Alongar tendão do supra espinhoso; 4 de
3 a 5 Séries de 30 oscilações 20”
- Exercícios de Códman; -Fortalecimento isotônico excêntrico de
- Alongamento de Trapézio fibras superiores Supra espinhoso (para realinhar as fibras)
4 séries de 20” ; (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia);
- Fortalecimento de Manguito rotador; - Crioterapia / Gelo 15 a 20’

3 de 10...4 de 10...

*Obs.: No atleta, na fase final do tratamento (ao final da seção), realizar propriocepção e
pliometria.

Capsulite Adesiva

Etiologia desconhecida, mais comum em mulheres (40 a 70 anos),


Diabetes, Tireoideopatias... Imobilização prolongada: - Colabamento
do recesso axilar... Capsulite adesiva traumática.
Fases:
1º. Inflamatória (3 meses) - dor e atrofia;
2º. Congelamento (7 a 10 meses) - fibrose e aderência;
3º. Descongelamento: Recuperação espontânea e progressiva das
ADM.
Diagnóstico:
- Perda de rotação lateral com o braço aduzido;
- Limitação da elevação com compensação da articulação escapulo
torácica.

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Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Ondas Curtas - Modulação Contínua
Tempo mínimo de 20'
*Tratamento para Fase Inicial do tratamento:
- Mobilização articular de Gleno umeral em todos os sentidos (3 a 5 Séries de 30 oscilações);
- Mobilização articular de Escapulo torácica em abdução, adução e rotação escapular.
- Alongamento miofacial de Peitoral maior (4 de 20”).
- Movimentações passivas de ombro (Gleno umeral) - Abdução, adução, flexão, extensão e
rotação externa de ombro.

*Tratamento para Fase Intermediária do tratamento:


- Sai de Passiva para Ativo assistida.

*Tratamento para Fase final do tratamento:


- Evoluir o paciente para movimentação ativa;
- ADM Completa.
- Isotônia (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta o peso)

PATOLOGIAS / TESTES / TRATAMENTO DE COTOVELO E PUNHO

Teste para instabilidade de Cotovelo (Ligamentos Colateral do Rádio e Colateral da Ulna)

- Colateral da Ulna: O terapeuta testa colocando a mão cefálica na região lateral do braço e a
mão caudal na região medial do punho e força um stress em valgo na região do cotovelo.

- Colateral do Rádio: O terapeuta testa colocando a mão caudal na região lateral do braço e a
mão cefálica na região medial do punho e força um stress em varo na região do cotovelo.

+ quando sentir dor (grau 1), dor e instabilidade (grau 2), só instabilidade (grau 3).

Epicondilite Medial e Lateral

MEDIAL - Tendinite Flexora (Flexores do punho e dedos)


-Teste para Epicondilite Medial
Terapeuta coloca o cotovelo do paciente fletido a 90º e punho e dedos em extensão (mão
aberta), faz a palpação do epicôndilo medial e resiste o movimento do paciente de flexão de
punho e dedos. + quando gera dor no epicôndilo medial.

LATERAL - Tendinite Extensora (Extensores do punho e dedos)


-Teste para Epicondilite Lateral
Terapeuta coloca o cotovelo do paciente fletido a 90º e punho e dedos em flexão (mão fechada),
faz a palpação do epicôndilo lateral e resiste o movimento do paciente de extensão de punho e
dedos. + quando gera dor no epicôndilo lateral.

- Sinais e sintomas: dor no epicôndilo na movimentação ativa.


- causas: trauma direto no ventre do tendão; movimentos repetitivos em cima de uma musculatura
não preparada.

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Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade - Led ou Laser - 1 a 6J

Epicondilite Medial:
- Fricção Transversa;
- Alongamento dos flexores de punho e dedos (4
de 20”);
- Fortalecimento EXCÊNTRICO dos flexores de
punho e dedos;
- Crioterapia - Gelo

Epicondilite lateral:
- Fricção Transversa;
- Alongamento dos extensores de punho e dedos (4 de 20”);
- Fortalecimento EXCÊNTRICO dos extensores de punho e
dedos;
- Crioterapia - Gelo
* Isotônico Excêntrico (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada
dia. Até 06 de 10 depois aumenta o peso)

Síndrome do Pronador - Compressão do Nervo Mediano.


-Teste para Síndrome do Pronador
Cotovelo do paciente fletido a 90º partindo de uma supinação e o terapeuta resiste ao movimento
de pronação do paciente.
+ quando ao realizar a contração o paciente sentir dor irradiada, parestesia, formigamento na
borda medial do indicador, dedo médio todo e borda lateral do anelar.

Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Ondas Curtas - Modulação Contínua / Infra Vermelho.
* Aquecer

- Digito pressão do músculo pronador;


- Alongamento dos pronadores (4 de 20”);
- Liberação miofacial dos pronadores;

- Mobilização Neural do Nervo Mediano (ao final da seção)


abdução de ombro (90º) + extensão de punho + supinação do antebraço +
rotação externa de ombro + extensão de cotovelo (como um sinal de pare, só que com a extensão de
punho). 4 a 5 séries de 30 bombeamentos.

Síndrome do Supinador - Compressão do Nervo Radial.


-Teste para Síndrome do Supinador
Cotovelo do paciente fletido a 90º partindo de uma pronação e o terapeuta resiste ao movimento de
supinação do paciente. + quando ao realizar a contração o paciente sentir dor irradiada, parestesia
e formigamento na borda lateral do cotovelo e antebraço, dedo polegar todo, borda lateral do dedo
indicador.

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Tratamento
- Eletro de Alta intensidade : Ondas Curtas - Modulação Contínua / Infra Vermelho.
* Aquecer
- Digito pressão do músculo supinador;
- Alongamento dos supinadores;
- Liberação miofacial dos supinadores;
- Mobilização Neural (ao final da seção).
depressão de ombro + extensão de cotovelo + rotação interna de ombro + flexão de punho e dedos + desvio
ulnar de punho (a mão fica igual ao teste de finkelstein)

Síndrome do Interósseo Anterior - Ramo do Nervo Mediano.

Teste de Preensão em Pinça.


Pede ao paciente pra fazer o sinal de OK
+ quando o paciente não consegue fazer e toca polpa com
polpa do dedo, por não conseguir fazer a flexão...perde o
flexor profundo.

Tratamento

Ondas Curtas
- Liberação miofacial dos músculos da região anterior do ante-braço;

- Mobilização neural do Nervo Mediano


abdução de ombro (90º) + extensão de punho + supinação do antebraço + rotação externa de ombro +
extensão de cotovelo (como um sinal de pare, só que com a extensão de punho). 4 a 5 séries de 30
bombeamentos.

Síndrome do Canal Cubital - Compressão do Nervo Ulnar.


Causa: Quina viva e calo ósseo.

Teste: Sinal de Tinel no cotovelo


Terapeuta faz uma abdução de 90º no braço do paciente e flexão de cotovelo a
90º e segura somente no braço e no sulco por onde passa o nervo Ulnar e fica
percutindo durante 30” em cima do sulco do nervo ulnar.
+ quando o paciente sente dor irradiada e parestesia na região medial do
cotovelo, borda medial do antebraço e punho, quinto dedo e borda medial do
anelar.

Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Ultra-som (Contínuo - 00Hz)
- Mobilização articular do cotovelo;

- Mobilização Neural do Nervo Ulnar;


abdução de ombro + flexão de cotovelo + extensão punho + pronação de antebraço + rotação externa de
ombro (é como se colocasse a mão na orelha só que com os dedos apontado para baixo).

- Propriocepção articular de Cotovelo (para estabilizar totalmente a articulação).

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Síndrome do Canal de Guyon - Compressão do Nervo Ulnar.
Causa: Quina viva e calo ósseo.
Teste: Sinal de Tínel no punho.

Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Laser ou Led - 7 a 10 J
- Tração articular de punho;
- Mobilização articular do punho;
- Mobilização neural do Nervo Ulnar;
abdução de ombro + flexão de cotovelo + extensão punho + pronação de antebraço + rotação externa de
ombro (é como se colocasse a mão na orelha só que com os dedos apontado para baixo).
- Mobilização miofacial dos retináculos flexores do punho.
* Orientar o paciente para diminuir a sobrecarga tanto no cotovelo quanto no punho

Síndrome de De Quervain
* Tendinite do abdutor longo e extensor curto do polegar.
* Dor na região da Tabaqueira Anatômica.

Teste de Finkelstein
Pede o paciente para segurar o polegar dentro da mão e
forçar o desvio radial. + dor no polegar (abdutor longo e
extensor curto do polegar)

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Led ou Laser - 1 a 6J
- Fricção transversa;
- Alongamento do músculo transverso (4 séries de 20”);
- Fortalecimento EXCÊNTRICO;
(03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta o peso)
- Crioterapia - Gelo.

Síndrome do Túnel do Carpo - Nervo Mediano.


Causas: Tendinite Flexora; Edema no punho (gestante); Expessamento
dos retináculos; Quina viva.

Teste de Tínel do Punho: Terapeuta segura a


mão do paciente bem solta e relaxada e percuti
na região intermédia do punho. + quando o
paciente sente dor irradiada e parestesia do
punho para a mão, borda medial do indicador,
dedo médio todo e borda lateral do anelar.

Teste de Phalen : O paciente faz uma elevação dos cotovelos na altura


dos ombros e encosta a região dorsal das mãos uma na outra na altura
do queixo por 1’. + quando o paciente sente dor irradiada e parestesia
do punho para a mão, borda medial do indicador, dedo médio todo e
borda lateral do anelar.

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Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada
Led ou Laser - 1 a 6J / Ultra-som dia. Até 06 de 10 depois aumenta o peso)
- Tração e mobilização articular do punho;
- Drenagem do edema; - Mobilização neural do mediano;
- Fricção transversa dos flexores; - Crioterapia - Gelo
- Alongamento dos flexores (4 séries de 20”); *Orientar o paciente quanto a pressão no
- Exercícios isotônicos EXCENTRICOS dos punho.
flexores;

Sinovite de Punho

Processo inflamatório que ocorre na articulação sinovial, no líquido sinovial.


Sinais e sintomas: Dor periarticular intensa, com restrição de movimentos, edemas, derrame
articular, presença de estalidos articulares.
* Pode evoluir para uma artrose.
Causas: Trauma, Corpo estranho, aumento de ácido úrico, defeito de membrana...

-Teste de levantar da cadeira com as mãos apoiadas


Paciente sentado, o terapeuta pede para ele levantar o corpo da cadeira fazendo
força com o punho. + Quando o paciente sentir dor

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Micro Ondas - Pulsado
Ciclo Ativo - 50%
FASES INTENSIDADE FREQUENCIA TEMPO
Aguda 10 a 30 W 16 Hz 12' A 20'
Sub aguda 40 a 60 W 48 Hz "Quanto mais nova a lesão
Crônica 70 a 90 W 96 Hz menor será o tempo"
Ultra-Som - Pulsado
Ciclo Ativo - 20%
FASES FREQUENCIA INTENSIDADE TEMPO
Aguda 16 Hz 0,1 / 0,2 w/cm² 5' para cada Era (cabeçote)
Sub aguda 48 Hz 0,3 w/cm² "Tamanho do Local"
Crônica 100 Hz 0,4 / 0,5 w/cm²
- Drenagem linfática do punho;
- Mobilização articular do pnho;
- Exercícios ISOMÉTRICOS de extensores e flexores de punho (para estabilizar a articulação)
(10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10))
- Crioterpia - Gelo (Método Praes - com elevação de membro)

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Fraturas
 Fratura dos ossos do Carpo (Escafóide) - 60 dias imobilizado.
 Fratura de Colles (Rádio e Ulna) - 45 dias imobilizado.
 Estilóide.
Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Led ou Laser - 1 a 6J
NÃO fazer mobilização articular.
Fase Inicial
- Movimentação passiva de flex extensão de punho;
-Movimentação passiva de prono supinação do ante braço;
- Exercícios ISOMÉTRICOS: Flexão e Extensão do punho, Flexores e extensores dos dedos,
Desvio ulnar e radial. (10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10))
- Trabalho de Pinça fina (catar feijão)
Fase Intermediária
- Evolução para Isotônia (acima de grau 3 - ADM total)
(03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta o peso)
Fase Final
- Alongamento FNP; (04 contrações de 10 segundos, na 5ª vez que voltar sustenta 20 segundos)
- Propriocepção Articular (Grau 4 ou 5 e ausência de dor / ADM total)

Fratura Olecraneana

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Micro Ondas - Pulsado
Ciclo Ativo - 50%
FASES INTENSIDADE FREQUENCIA TEMPO
Aguda 10 a 30 W 16 Hz 12' A 20'
Sub aguda 40 a 60 W 48 Hz "Quanto mais nova a
Crônica 70 a 90 W 96 Hz lesão menor será o
tempo"

NÃO fazer mobilização articular.


Fase Inicial
- Movimentação passiva de flex extensão de cotovelo;
- Isometria de Bíceps e Tríceps; (10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10))
Fase Intermediária
- Evolução para Isotônia. (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10 depois aumenta o
peso)
Fase Final
- Alongamento FNP de extensão de cotovelo; (04 contrações de 10 segundos, na 5ª vez que voltar
sustenta 20 segundos)
- Propriocepção Articular.

Tendinite de Bíceps porção curta e Tendinite de Tríceps

Inflamações que ocorrem nos tendões, decorrentes de pancada direta, esforços repetitivos ou de
eventos traumáticos (torção).
O sintoma principal é a dor ao movimento ativo. *Dor em cima do olecrano.

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Tendinite de Bíceps:
Teste Yergason para o Tendão do Bíceps
Paciente em pé com o cotovelo em flexão de 90º e antebraço pronado, o terapeuta irá palpar o
tendão da cabeça longa do bíceps e irá pedir ao paciente que faça o movimento de supinação de
antebraço mais rotação externa enquanto o terapeuta resiste ao
movimento (o tempo todo do teste o terapeuta tem que sentir o tendão
do paciente na mão, se parar de sentir é que ele está saindo do sulco
biciptal – sinal de luxação do tendão da cabeça longa do bíceps)
 Depois com o mesmo movimento o terapeuta irá palpar a fossa
poplítea (cordão grosso no cotovelo)... + quando o paciente sentir dor
onde o terapeuta estiver palpando.

Tendinite de tríceps:
Dor ao movimento resistido

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade (cicatrizar o tendão)
Led - 1 a 6J
Ultra-Som - Pulsado
Ciclo Ativo - 20%
FASES FREQUENCIA INTENSIDADE TEMPO
Aguda 16 Hz 0,1 / 0,2 w/cm² 5' para cada Era (cabeçote)
Sub aguda 48 Hz 0,3 w/cm² "Tamanho do Local"
Crônica 100 Hz 0,4 / 0,5 w/cm²

- Fricção transversa (Bíceps e Trícceps)


- Alongamento; (04 séries de 20” de sustentação)
- Exercícios isotônicos Excêntricos; (03 séries de 10 repetições buscando evoluir a cada dia. Até 06 de 10
depois aumenta o peso)

- Crioterapia / Gelo.

PATOLOGIAS / TESTES / TRATAMENTO DE QUADRIL

Artrose Coxofemural

Teste Patrick Faber (Para diagnosticar rigidez da coxofemoral)


Paciente em decúbito dorsal, cruza uma perna sobre a outra como
se fosse fazer um 4, com uma das mãos o terapeuta estabiliza a
pelve e força o joelho oposto (da perna que está cruzada) para
baixo.
+ Dor na sacroíliaca do lado em que está testando (disfunção na
articulação sacroíliaca)

Tratamento FASES INTENSIDADE FREQUENCIA TEMPO


- Eletro de Baixa Aguda 10 a 30 W 16 Hz 12' A 20'
intensidade Sub aguda 40 a 60 W 48 Hz "Quanto mais nova a
Micro Ondas - Pulsado Crônica 70 a 90 W 96 Hz lesão menor será o
Ciclo Ativo - 50% tempo"

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Ultra-Som - Pulsado
Ciclo Ativo - 20%
FASES FREQUENCIA INTENSIDADE TEMPO
Aguda 16 Hz 0,1 / 0,2 w/cm² 5' para cada Era (cabeçote)
Sub aguda 48 Hz 0,3 w/cm² "Tamanho do Local"
Crônica 100 Hz 0,4 / 0,5 w/cm²

-Tração da Articulação (4 séries de 20”)


-Mobilização Articular (quando não há crepitação)
-Alongamento de Flexores e extensores (Reto femoral e Ílio Psoas; Glúteo Máximo e Glúteo
Médio; Tensor da Fascia Lata)
-Alongar Adutores de quadril (com menos intensidade) - (04 séries de 20” de sustentação)
- Fortalecimento isométrico de Flexores, Extensores, Adutores e Abdutores de Quadril.
(10 repetições de 10 seg. (contrai 10 e relaxa 10))

EVOLUÇÃO: -Sai da isometria para a isotonia quando não houver crepitação.


-Propriocepção (Grau 4 ou 5 de força, ADM completa, ausência de dor)

Bursite Trocantérica (Trocanter Maior – Lateral)

Teste Ober (Para diagnosticar a contratura e/ou


encurtamento do Tensor da Fáscia Lata)
Paciente em decúbito lateral, com quadril fletido, o
terrapeuta faz abdução e uma extensão do quadril,
depois solta a perna. + quando o paciente mantêm a
perna elevada, encurtamento do músculo tensor da
fáscia lata.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Led ou Laser - 1 a 6J / Ultra-som.
Caneta 904 – 108 (Tecido profundo)
-Alongamento do Tensor da Fáscia Lata (4 séries de 20”)
-Fortalecer Adutores (para compensar a sobrecarga nos tensores da Fáscia Lata)
-Liberação miofacial do Tensor da Fáscia Lata.
-Crioterapia/Gelo

Síndrome do Píriforme (Nervo Ciático)


A síndrome do piriforme se refere à inflamação do nervo
ciático, quando este passa pelo músculo piriforme.
O músculo piriforme, localizado na região profunda da
nádega, permite a rotação externa da coxa e o nervo
ciático, que sai da coluna e vai até a perna, passa dentro
deste músculo.

Teste para Síndrome do Piriforme - Paciente em decúbito dorsal,


flete um joelho, o fisioterapeuta faz força para adução e solicita ao
paciente que faça a abdução contra a resistência manual do
fisioterapeuta. + se o paciente sentir dor na região do piriforme.

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Tratamento
- Eletro de Alta intensidade
Ondas Curtas (para soltar o músculo) – Modulação contínua
-Liberação miofacial do Piriforme.
-Alongamento FNP do Piriforme (para melhor resultado)
04 contrações de 10”, na 5ª vez que voltar sustenta 20”
-Fortalecimento isotônico dos rotadores internos do quadril
(para contrabalancear)
-Mobilização Neural do Nervo Ciático

Pubalgia
Desequilíbrio entre Adutor e Oblíquo ou trauma.

Também conhecida como pubeíte, doença pubiana ou osteíte


púbica, consiste em uma condição dolorosa da sínfise púbica ou
na origem adutora que se agrava gradativamente com o esforço
físico e melhora com realização de repouso e exercícios
fisioterápicos.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade Fase intermediária:
Led ou Laser - 1 a 6J / Ultra-som -Sai de isometria para isotônia (quando
Teste de Força (Adutor ou Oblíquo do houver ausência de dor)
Abdome) Faze final:
-Liberação miofacial do músculo forte -Fortalecimento global
-Alongamento do músculo forte (04 séries de -Propriocepção (cama elástica – intercalando)
20” de sustentação) -Pliometria (“garrote”, Thera Band – Chute pra
-Fortalecimento isométrico do músculo fraco frente)

Sacroileite
Fraqueza de Glúteo Máximo, Médio e Grande Dorsal ou trauma.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade
Led ou Laser - 1 a 6J
Fase Inicial:
-Liberação miofacial do músculo forte (Grande dorsal)
-Alongamento do músculo forte (04 séries de 20” de sustentação)
-Fortalecimento isométrico do músculo fraco (10 repetições de 10” –contrai 10 e relaxa10)
-Mobilização Articular da sacroiliaca “travada”
Fase Intermediária
-Evolução de isometria para isotonia (Quando não houver dor)
Fase Final:
-Fortalecimento Global
-Propriocepção
-Pliometria

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TESTE DE THOMAS - para avaliar a contratura e
encurtamento de Reto Femoral e Íliopsoas.

Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta pede para ele


abraçar uma das pernas, dessa forma avaliaremos o músculo
do lado oposto. + quando há uma flexão do quadril do lado
oposto do teste, paciente que não tem encurtamento a perna
oposta fica reta.

TESTE DE KENDALL - para avaliar e confirmar se é o Reto femoral ou o Íliopssoas que está
encurtado ou contraturado.

TESTE DE TRENDELEMBURG - Paciente em pé, irá retirar uma


perna do chão, flete o quadril e o joelho, deverá se estabilizar em
uma só perna, se quando o paciente retirar o pé do chão a pelve se
manter alinhada o teste é negativo. Se ao retirar a perna o lado
oposto tombar então o teste é positivo para fraqueza dos músculos
glúteo médio e mínimo do lado oposto, ou seja, estaremos testando
a perna que está apoiada e não a que fez a flexão.

TESTE DE ELY - Serve para avaliar a contratura e encurtamento de Reto Femoral e Íliopsoas.

Paciente em prono, o examinador flexiona o joelho do paciente trazendo o tornozelo até a


nádega contralateral se puder faça a hiperextensão do quadril, ao cruzar o membro ocorre o
estiramento adicional do íliopsoas.
O teste é positivo se houver incapacidade de realizar o movimento.

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PATOLOGIAS / TESTES / TRATAMENTO DE MEMBROS INFERIORES

Artrose de Joelho
Doença de caráter inflamatório e degenerativo das articulações do
organismo, marcada pelo desgaste das cartilagens que revestem as
extremidades ósseas, causando dor e podendo levar a
deformidades.

Evolução: Infiltração de Acetato de Dexametazona - Ácido


Hialurônico. (Artroscopia, Artrodese , Artroplastia)

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade - Micro ondas - Ultra-som.

Fase Inicial:
- Tração da articulação (4 de 20) com Mobilização (4 de 30 oscilações). Quando não houver
crepitação.
- Alongamento do lado da lesão e fortalecimento do lado oposto.
- Alongamento de Quadríceps e Ísquio tibiais (para abrir o espaço articular).
- Isometria de Quadríceps e Ísquio.

Fase Intermediaria:
- Sai de isometria para isotônia de Quadríceps e Ísquio.

Fase Final:
- Fortalecimento Global (isotônico). - Propriocepção. -Pliometria

Síndrome do Ciclista - Trato Ílio tibial


Dor no Côndilo lateral do fêmur.
Inflamação que acomete o tecido fibroso localizado na parte externa
da coxa, que se estende da Crista ilíaca ao joelho e atua na
coordenação da função muscular e estabilização da articulação. *Essa
inflamação se dá com o atrito do trato iliotibial com a parte lateral do
fêmur (Epicôndilo lateral) durante o movimento repetitivo de flexão e
extensão do joelho.

Causas:
 Fraqueza muscular, causando desíquilibrios entre agonistas e antagonistas
 Falta de alongamento muscular
 Joelho em valgo ( pra dentro )
 Pé em pronação
 Aumento súbito tempo corrida,
 Treinar em terrenos irregulares, subidas e descidas
 Selim da bike muito alto
 Sapatilha da bike com rotação interna

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Teste de Compressão de Nobler: Paciente em decúbito ventral fazendo 90º de flexão de
quadril e o terapeuta irá pegar no côndilo lateral do fêmur estabilizando a perna e pedi ao
paciente que estenda o joelho pra cima (2x)
+ quando a 30º de extensão de joelho o paciente relatar dor... ponto de maior tensão do tensor
da fáscia lata. (dor que sente ao pedalar)

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade na região inflamada - Infra vermelho.

- Alongamento do Tensor da Fascia Lata.


- Fortalecimento de Quadríceps e Adutores de quadril.
- Fricção Transversa.
- Fortalecimento Excêntrico do Tensor da Fascia Lata.
- Crioterapia - Gelo.

Condromalácia Patelar
Diminuição do espaço entre a patela e o fêmur (Côndilo
Femoral). =Amolecimento da cartilagem.
O fator mais comum é o traumatismo crônico - Traumas
únicos como pancadas ou traumas mais crônicos, por
fricção entre a patela e o sulco patelar do fêmur.
É mais frequente em mulheres (joelho valgo)
Sintomas: Dor Peri patelar e crepitação.
Causas:
 Encurtamento dos retináculos (tendão patelar)
 Encurtamento dos ísquio tibiais (principal causa)
 Fraqueza ou alongamento do Quadríceps (Vasto medial, intermédio, lateral e Reto Femoral)

Teste de Zohler: Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta irá


tracionar a patela inferiormente (para baixo) e pedir ao paciente
que faça uma contração de quadríceps.
+ dor peripatelar – em toda patela.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade: Laser e Led / Ultra-som.

Fase inicial:
- Tração de Patela.
- Alongamento dos retináculos patelares.
- Alongamento de Ísquio tibiais e Tríceps Sural.
- Fortalecimento isométrico de Quadríceps.

Fase Intermediária:
- Sai de Isometria para isotônia e continua alongando Ísquio tibiais.

Fase Final:
- Propriocepção e Pliometria do joelho (para estabilizar)

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Síndrome Patelo femoral
Desgaste da face lateral da Patela e do Côndilo Lateral.
Sintomas: Dor na região anterior do joelho, entre a patela e o
fêmur. Instabilidade do joelho.
Raramente é acompanhado de edema. (Dor lateral - Crepitação)
Causas:
 Encurtamento do Retináculo Lateral.
 Desequilíbrio muscular (Quadríceps) - VI, RF, VL
 Excesso de valgismo no joelho.

Teste - Sinal de Clark: Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta irá comprimir a patela
(empurrando pra baixo) e pedir ao paciente que faça uma contração de quadríceps (a patela
tende a subir)... se o paciente estiver com desgaste na patela irá sentir muita dor.
+ dor na região lateral da patela... relacionando com a história do paciente.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade: Laser e Led.

Fase inicial:
- Mobilização patelar no sentido latero-medial. Fase Intermediaria: (depois que a patela já
- Alongamento dos retináculos laterais. estiver centralizada)
Liberação miofacial do Vasto Lateral. - Fortalecimento de Quadríceps.
- Fortalecimento isotônico do Vasto Medial e
Oblíquo (Tíbia com rotação externa e faz-se a Fase Final:
flexão do joelho 0 a 30º). - Propriocepção e Pliometria.

Luxação de Patela - Trauma ou contração vigorosa de Quadríceps

Teste de Apreensão de Patela: Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta


irá pegar na borda medial da patela e empurrar para lateral.

+ quando empurrar e o paciente ficar apreensivo (segurar a mão do


terapeuta...) ou contrai o quadríceps pra segurar a patela.

Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade: Ultra-som ou Micro ondas (alívio de dor, processo inflamatório)

Fase Inicial: Fase intermediária:


- Mobilização no sentido oposto ao da - Extensão terminal (0 a 30º) com rotação
luxação. externa de Tibia.
- Alongamento dos retináculos patelares no - Isometria de Ísquio Tibiais.
sentido da luxação.
- Fortalecimento isométrico de Quadríceps Fase Final:
e Ísquio tibiais. - Fortalecimento isotônico de Ísquio tibiais
- Propriocepção e Pliometria.

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Sinovite de Joelho
Inflamação da membrana sinovial, um tecido que reveste internamente o joelho que promove o
aumento da quantidade de líquido sinovial, gerando sintomas como dor, inchaço e dificuldade no
movimento.
Teste da Tecla de Piano
Tratamento
- Eletro de Baixa intensidade: Micro ondas.
- Drenagem linfática.
- Isometria do joelho todo (para aumentar a pressão intra articular).
- Método Praes (Posição / Compressão / gelo)

Osgood Schlatter
Doença osteo-muscular, comum em adolescentes de 12 a 16 anos;
caracterizada por uma patologia inflamatória que ocorre na
cartilagem e no osso da Tíbia, devido ao esforço excessivo sobre o
tendão patelar. (predomínio no sexo masculino)
A condição e geralmente auto-limitante e é causada pelo stress no
tendão patelar que liga o músculo Quadríceps na parte da frente da
coxa para a tuberosidade tibial anterior, que ocorre na fase de
estirão do crescimento do adolescente.

Tratamento
- Eletro de Alta intensidade, para remodelar o osso: Laser, Led ou Ultra-som.
- Liberação miofacial do Quadríceps.
- Alongamento do Quadríceps preconizando Reto Femoral.
- Alongamento de Ísquio Tíbiais.

Lesões de Meniscos
Os meniscos podem ser lesionados em diversas situações, ocorrendo de
forma mais frequente nos movimentos de giro sobre o joelho.
O menisco medial lesiona mais (por desgaste pela descarga e peso; mais
fixo; maior; contem fibras de LCA)

Sintomas: Dor na interlinha articular do joelho,


Edema, Instabilidade articular, Bloqueios
articulares, Estalidos, Lesão em Alça de Balde.

Teste de Apley:
MENISCO MEDIAL (ROTAÇÃO EXTERNA) / MENISCO LATERAL (ROTAÇÃO INTERNA)
Paciente em decúbito ventral, o terapeuta irá fazer no paciente
uma flexão de joelho a 90º, irá empurrar a tíbia do paciente para
baixo e irá rodar o pé simultaneamente para rotação interna,
testando menisco lateral e depois para rotação externa, testando
menisco medial...
+ quando o paciente sentir dor no compartimento medial (menisco
medial) e no compartimento lateral (menisco lateral) ... Na
interlinha articular do joelho.

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Teste de Mac Murray: Paciente em decúbito ventral. Durante o movimento
de flexão e extensão de joelho que é feito o teste ... pega não tíbia próximo
ao calcanhar e faz movimento de rotação interna durante todo o arco do
movimento de flexão e extensão(para testar o menisco lateral) e depois faz
movimento de rotação externa durante todo o arco do movimento de flexão e
extensão (para testar o menisco medial).
+ dor na interlinha articular do joelho.

Teste de Rebote (para lesão em alça de balde): Paciente em decúbito


dorsal, o terapeuta irá fazer o movimento de flexão e extensão, umas 3
vezes, mas não irá conseguir chegar ao final da amplitude do
movimento porque ele volta como efeito de mola...vem e volta sozinho.

Tratamento
- Eletro de baixa intensidade: Led ou Ultra-som.
Fase Inicial:
-Tração articular.
- Alongamento (Ísquios, Quadríceps, Tríceps Sural)
Alongar a musculatura do lado da lesão - Adutores ou Abdutores
Fortalecimento isotônico da musculatura contra lateral - Abdutores ou Adutores
Fase Intermediária:
Continua...
-Extensão Terminal (0º a 30º) "com auxílio da cunha"
Fase Final:
- Alongamento e Fortalecimento global da Articulação em angulação livre.
- Propriocepção.

Lesões Ligamentares
Ligamentos são estruturas estabilizadoras de
qualquer articulação, logo suas lesões podem
determinar instabilidade e disfunção articular.

Grau 1: Estiramento (Dor e Edema)


Grau 2: Ruptura Parcial (mais Dor e Frouxidão)
Grau 3: Ruptura Total (Edema, Instabilidade Total)

Ligamento Cruzado Anterior (LCA) - insere-se


na eminência intercondilar da tíbia e vai se fixar na
face medial do côndilo lateral do fêmur. O LCA
apresenta um suprimento sangüíneo relativamente
escasso. Impede o movimento de deslizamento
anterior da tíbia ou deslizamento posterior do
fêmur (Movimento de gaveta anterior), além da
hipertensão do joelho.

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Lesão de LCA: O mecanismo de trauma mais comum do LCA
é a entorse do joelho associada a uma rotação externa da
perna... o paciente ouve um estalo no momento da entorse,
que vem seguido de forte dor incapacitante.
Lesões associadas: lesão dos meniscos, da cartilagem
articular e lesão do LCM.
Sintomas: Inchaço, dor persistente, bloqueio e perda da
confiança no joelho.
*Tratamento Cirúrgico.

Teste – Gaveta Anterior de Joelho: Paciente em decúbito dorsal,


terapeuta irá sentar em cima do pé do paciente, para uma melhor
estabilização, coloca as duas mãos na fossa poplítea, segura a tíbia e
traciona anteriormente (puxa a tíbia pra frente).
+ frouxidão ligamentar (hipermobilidade).... dor não é sinal positivo ....
comparar bilateralmente.

Teste – Slocum 15º (Rotação externa da Tíbia): Paciente em decúbito dorsal, terapeuta irá
fazer uma rotação externa da tíbia (pé pra fora), sentar em cima do pé do paciente, coloca as
duas mãos na fossa poplítea, segura a tíbia e traciona anteriormente (puxa a tíbia pra frente).
+ Anteriorização de tíbia associada com rotação externa de tíbia ... dor não é sinal positivo ....
comparar bilateralmente.

Teste – Slocum 30º (Rotação interna da Tíbia): Paciente em decúbito dorsal, terapeuta irá
fazer uma rotação interna da tíbia (pé pra dentro), sentar em cima do pé do paciente, coloca as
duas mãos na fossa poplítea, segura a tíbia e traciona anteriormente (puxa a tíbia pra frente).
+ Hipermobilidade. Anteriorização de tíbia associada com rotação interna de tíbia ... dor não é
sinal positivo....comparar bilateralmente.

Teste – Lachman: Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta irá


forçar a anteriorização da tíbia e posteriorização do fêmur, estabiliza
o pé embaixo da axila e vou empurrar a tíbia pra frente e o fêmur pra
traz (aproximadamente 30º / semiflexão de joelho).
+ quando perde o contato do ligamento (frouxidão ligamentar)

Tratamento
Fase Inicial Com Pontos: - Mobilização patelar látero-lateral e céfalo-
- Eletro de baixa intensidade: Ultra-som. caudal.
- FES em Quadríceps. - Movimentação passiva de flex-extensão de
- Nícolas em flexão de quadril. joelho.
- Isometria de adutores e abdutores de quadril
e Ísquio tibial. Fase Intermediária: Se inicia no
- Exercício isotônico de Tibial anterior e Tríceps segundo mês.
sural. - Ultra-som (Ísquio tibiais)
- Crioterapia, gelo ao final da sessão. - Nícolas em todas as direções.
- Exercícios isotônicos de Ísquio tibiais.
Fase Inicial Sem Pontos: - Exercícios isotônicos de Quadríceps
- Led na cicatriz.  1 de quadríceps, 3 de ísquios.
- Movimentação flexão de joelho.

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Fase Final: 3º mês.
- Forçar os últimos graus de flexão de joelho, passivamente.
- Exercícios de cadeia cinética fechada (agachamento).
- Cadeira extensora e flexora 3/1.
- Treinamento funcional (corrida no jump).
- Pliometria.
 Todo final de sessão – Gelo.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ligamento Cruzado Posterior (LCP) - é mais robusto, porém mais curto e menos oblíquo em
sua direção quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e na
extremidade posterior do menisco lateral e dirige-se para frente e medialmente, para se fixar na
parte anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado durante a flexão da
articulação joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento
anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior).

Lesão de LCP: A forma mais comum em que o LCP é lesado deve-se ao


impacto direto na face anterior da Tíbia, geralmente quando o joelho
apresenta-se flexionado 90º. (Trauma esportivo ou acidente automobilístico)
* Queda com o joelho hiper-fletido.
* Trauma em hiper-extensão associado a varo ou valgo.

Teste – Gaveta Posterior de Joelho: Paciente em decúbito dorsal,


terapeuta irá sentar em cima do pé do paciente, para uma melhor
estabilização, coloca as duas mãos na fossa poplítea, segura na
tuberosidade da tíbia e traciona posteriormente (empurra a tíbia pra traz).
+ frouxidão ligamentar (hipermobilidade)........dor não é sinal positivo
....comparar bilateralmente.

Teste – Lachman Reverso: Paciente em decúbito ventral, terapeuta irá segurar a perna do
paciente e vai posteriorizar a tíbia e anteriorizar o fêmur (angulação de 30º - tíbia pra cima e
fêmur pra baixo).
+ frouxidão ligamentar (hipermobilidade)........dor não é sinal positivo....comparar bilateralmente.

Tratamento:

Fase Inicial Com Pontos:


- Eletro de baixa intensidade: Ultra-som.
- FES em Quadríceps. Fase Inicial Sem Pontos:
- Nícolas em flexão de quadril. - Led na cicatriz.
- Isometria de adutores e abdutores de quadril - Mobilização patelar látero-lateral e céfalo-
e Ísquio tibial. caudal.
- Exercício isotônico de Tibial anterior e Tríceps - Movimentação passiva de flex-extensão de
sural. joelho.
- Crioterapia, gelo ao final da sessão.

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Fase Intermediária: Se inicia no segundo mês.
- Ultra-som (Ísquio tibiais)
- Nícolas em todas as direções.
- Exercícios isotônicos de Ísquio tibiais.
- Exercícios isotônicos de Quadríceps
 3 de quadríceps, 1 de ísquios.
- Movimentação flexão de joelho.

Fase Final: 3º mês.


- Forçar os últimos graus de flexão de joelho, passivamente.
- Exercícios de cadeia cinética fechada (agachamento).
- Cadeira extensora e flexora 3/1.
- Treinamento funcional (corrida no jump).
- Pliometria.
 Todo final de sessão – Gelo.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ligamento Colateral Medial (Tibial) - é um feixe membranáceo, largo e achatado que se


prolonga para parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo
medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Impede o movimento de
afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia.

Teste – Stress em Valgo: Paciente em decúbito dorsal, terapeuta


com a mão cefálica na região lateral do joelho (no fêmur distal) e a
mão caudal no maléolo medial.... o fêmur empurra pra dentro e
tíbia e fíbula pra fora.
Tem que fazer o teste comparando bilateralmente.
+ Grau 1 = Dor
+ Grau 2 = Dor e instabilidade
+ Grau 3 = Grande instabilidade / frouxidão
Dor no sentido do ligamento, no côndilo medial e no platô tibial.

Teste – Slocum de 15º: Paciente em decúbito dorsal, terapeuta irá fazer uma rotação externa
da tíbia (pé pra fora), sentar em cima do pé do paciente, coloca as duas mãos na fossa poplítea,
segura a tíbia e traciona anteriormente (puxa a tíbia pra frente).
+ Anteriorização de tíbia associada com rotação externa de tíbia ... dor não é sinal positivo ....
comparar bilateralmente.

Tratamento: Alongamento do lado contra lateral e fortalecimento do lado lesado.


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ligamento Colateral Lateral (Fibular) - é um cordão fibroso, arredondado e forte, inserido no


côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. Não se insere no
menisco lateral. Impede o movimento de afastamento dos côndilos
laterais do fêmur e tíbia.

Teste: Stress em Varo: Paciente em decúbito dorsal, mão cefálica


na região medial do joelho e a mão caudal na lateral da tíbia. O
fêmur empurra pra fora e a fíbula e tíbia pra dentro.

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+ Grau 1 = Dor + Grau 2 = Dor e instabilidade
+ Grau 3 = Grande instabilidade / frouxidão
Dor no sentido do ligamento, no côndilo lateral e na cabeça da fíbula.

Teste – Slocum 30º: Paciente em decúbito dorsal, terapeuta irá fazer uma rotação interna da
tíbia (pé pra dentro), sentar em cima do pé do paciente, coloca as duas mãos na fossa poplítea,
segura a tíbia e traciona anteriormente (puxa a tíbia pra frente).
+ Hipermobilidade. Anteriorização de tíbia associada com rotação interna de tíbia ... dor não é
sinal positivo....comparar bilateralmente.

Tratamento
- Eletro de baixa intensidade: Led ou Ultra-som.
Fase Inicial:
- Alongamento (Ísquios, Quadríceps, Tríceps Sural)
- Alongar a musculatura do lado da lesão
- Fortalecimento isotônico da musculatura contra lateral
Fase Intermediária:
Continua...
-Extensão Terminal (0º a 30º) "com auxílio da cunha"
Fase Final:
- Alongamento e Fortalecimento global da Articulação em angulação livre.
- Propriocepção.

Entorse de Tornozelo

INVERSÃO: Ligamento Talo Fibular Anterior


Teste – Gaveta Anterior de Tornozelo: O ligamento talofibular anterior previne a anteriorização
do talus em relação a fíbula e tíbia, previne o talus ir pra frente.
Paciente em decúbito dorsal com o pé pra fora da maca, o terapeuta irá estabilizar na tíbia e na
fíbula e coloca a mão por baixo do calcâneo e faz a pressão pra cima... “segura a perna e puxa o
pé pra cima” (mobiliza). + se houver instabilidade, comparar bilateralmente.

Teste – Stress em Varo de Tornozelo: (Ligamentos Laterais)


Ligamentos talofibular anterior, talofibular posterior e calcâneo fibular.
Paciente em decúbito dorsal, a mão cefálica do terapeuta irá estabilizar
a fíbula e a mão caudal na região externa do pé forçando o pé para
fora.
+ dor na região infra maleolar (em baixo do maléolo)
Grau 1 = Dor Grau 2 = Dor e instabilidade
Grau 3 = Grande instabilidade / frouxidão

Tratamento:
- Eletro de baixa intensidade: Led. Fase Intermediária:
Fase Inicial: - Sai de isometria para isotônia.
- Drenagem Linfática. Fase Final:
- Alongamento de Tríceps Sural. - Fortalecimento Global e Propriocepção.
- Fortalecimento isométrico de Fibulares e  Finalizar a sessão sempre com crioterapia –
Tibial anterior. Gelo.
- Método Praes (Compressão, Elevação, Gelo)

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EVERSÃO: Ligamento Deltóide
Teste – Stress em Valgo de Tornozelo:
Paciente em decúbito dorsal, a mão cefálica do
terapeuta irá estabilizar a fíbula e a mão caudal
na região externa do pé forçando o pé para
dentro.

Tratamento:
- Eletro de baixa intensidade: Led. Fase Intermediária:
Fase Inicial: - Sai de isometria para isotônia.
- Drenagem Linfática. Fase Final:
- Alongamento de Fibulares e Tibial anterior. - Fortalecimento Global e Propriocepção.
- Fortalecimento de Tríceps Sural.  Finalizar a sessão sempre com crioterapia -
- Método Praes (Compressão, Elevação, Gelo) Gelo.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TESTE PARA RUPTURA DE TENDÃO DE AQUILES
*Triceps sural = flexão plantar
Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta irá comprimir / apertar em
cima do gastrocnemio (panturrilha) e observar o movimento de flexão
plantar... + se o tendão estiver rompido não irá haver movimento.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TESTE DE PERCUSSÃO PATELAR - DERRAME ARTICULAR
Paciente em decúbito dorsal com a perna estendida, o terapeuta ira fazer uma compressão na
patela de baixo pra cima e de cima para baixo e com o indicador irá bater em cima patela do
paciente.
+ quando a patela faz um efeito de flutuação caso haja acúmulo de líquido.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Fasceite Plantar

Ocorre quando há muita tensão ou uso excessivo da fáscia plantar, o que pode provocar dor e
dificuldade para caminhar. A fáscia é uma banda fibrosa e firme que sustenta e mantém o arco
plantar do pé.
As queixas mais comuns são dor, rigidez e queimação na sola do pé.
A dor pode ser aguda ou crônica e ela costuma ser pior:
 Pela manhã, ao dar os primeiros passos
 Após ficar em pé por muito tempo
 Ao subir escadas
 Após atividades físicas intensas.
A dor pode se desenvolver lentamente com o passar do tempo, mas
também pode ocorrer repentinamente após atividade intensa .

Tratamento:
- Eletroterapia de baixa intensidade: Ultra-som.
- Alongamento (4 de 20) e Mobilização (4 de 30) da Fáscia Plantar.

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- Alongamento de Tríceps Sural.
- Fortalecimento de Tibial Anterior.
- Crioterapia, Gelo no final da sessão (método Praes)

Esporão de Calcâneo (Exostose) – Posterior e Inferior


Esporão de calcâneo é uma espícula óssea que cresce no
calcâneo (osso do calcanhar), no local onde a fáscia plantar se
prende. Normalmente está relacionado com a fasceíte plantar.

Tratamento:
- Liberação miofacial da Fáscia Plantar e de Tríceps Sural.
- Alongamento da Fáscia Plantar e de Tríceps Sural.
- Eletroterapia de alta intensidade – Ultra-som.

Neuroma de Morton
É um espessamento do nervo interdigital, que passa entre os dedos do pé, normalmente entre o
3º e o 4º dedos, causando dormência e dor na ponta do pé (nos metatarsos).

Tratamento:
- Eletroterapia de baixa intensidade - Led.
- Alongamento da Fáscia Plantar.
- Mobilização Articular do 3º e 4º metatarso.
- Mobilização Neural do Nervo Ciático.

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Dermátomos – Via Aferente – Avaliação da raiz nervosa Sensitiva.

Denomina-se dermátomo o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. O
dermátomo recebe o nome da raiz que o inerva. O estudo da topografia dos dermátomos é muito
importante para a localização de lesões radiculares ou medulares. Normalmente, os nervos
periféricos contribuem com fibras sensitivas de várias raízes dorsais da medula espinhal

Miótomos – Via Eferente – Avaliação da raiz nervosa Motora.

As raízes nervosas motoras de cada seguimento medular.


 Hérnia de disco, tumor, osteófito e espondilolistese pode alterar um dermátomo ou miótomo.

MIÓTOMOS Movimentos para testar – 5” de resistência


C1 e C2 Flexão anterior de pescoço
C3 Flexão lateral do pescoço (cervical)
C4 Elevação de ombro
C5 Abdução de ombro
C6 Flexão de cotovelo e extensão de punho
C7 Extensão de cotovelo e flexão de punho
C8 Desvio ulnar
T1 Abdução dos dedos (testa todos os dedos)

L1 e L2 Flexão de quadril (anterior) paciente faz flexão e eu resisto 5”


L3 Extensão de joelho
L4 Dorsiflexão
L5 Extensão dos dedos
Flexão plantar / Eversão (pé pra fora) / Extensão de quadril (DV – joelho
S1
fletido e eu empurro o pé 5”)
S2 Flexão de joelho (DV – faz flexão e eu resisto 5”)

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MÚSCULOS DO CORE

O “core” é o centro do nosso corpo. É o conjunto de músculos responsável pelo


nosso equilíbrio e pela adequação postural do tronco em qualquer movimento.
O core – em inglês, centro – está localizado nas regiões mais profundas do tronco e da
pelve. Esses músculos formam um centro de força que mantém a estabilidade da coluna
lombar e a flexibilidade. A maioria dos exercícios de Pilates, por exemplo, trabalham o
fortalecimento do core, pois é na área abdominal que se convergem os movimentos de todo
o corpo.
Os músculos do core, quando fortalecidos e acionados de forma correta, dão suporte
para a coluna e quadris evitando o estresse nessa região, além de joelhos e tornozelos. Os
exercícios focados no core definem o abdômen e modelam a cintura, além de auxiliar no
funcionamento dos órgãos internos.

Os músculos mais comumente citados


do CORE são:
Região Frontal - Reto abdominal, oblíquos
interno e externo, transverso abdominal;
Região Lombar - Eretores da espinha e
multífido;
Pelve Frente - Psoas Ilíaco, Reto
femoral,pectíneo e sartório;
Pelve Atrás - Glúteos (médio, máximo e
mínimo), piriforme, ísquiotibiais;
Região Medial - Adutores;

Esses músculos tem três funções:


1. Manter um adequado alinhamento da coluna lombar contra a ação da gravidade;
2. Estabilizar a coluna e pélvis durante os movimentos;
3. Gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.

Fortalecer o CORE reduz as dores lombares


Os abdominais levam todo o crédito de proteger a coluna lombar, porém eles são apenas
parte de um sistema maior que envolve o CORE. De fato, a fraqueza e desequilíbrio dos
músculos do CORE estão ligados a boa parte das dores lombares pois resultam em
desequilíbrio da lordose lombar fisiológica aumentando o esforço sobre essa região e
levando ao desconforto.

Fortalecimento do CORE e performance atlética


Como citado acima, se temos músculos do tronco e dorso estabilizando melhor a coluna
desde a pelve até o pescoço e ombros, temos portanto movimentos mais eficientes e
poderosos braços e pernas com todos os movimentos se originando do centro (como ponto
de apoio) e não dos membros isoladamente. Isto é, quanto mais sólido for o centro (CORE),
mais poderosas serão as extremidades e seus movimentos.
O treinamento dos músculos do CORE também auxilia no balanço postural ajudando a
prevenir lesões, sendo o maior benefício do treinamento do CORE, o desenvolvimento do
funcional fitness, que é o treinamento essencial para todas as atividades regulares de cada
indivíduo.

Fortalecendo o CORE
Existem muitas maneiras de fortalecer o CORE e alguns equipamentos ou atividades podem
ajudar. Dentre os equipamentos podemos citar: medicine Ball, Bosu, pranchas de equilíbrio,
etc., ou mesmo atividades que não requeiram equipamentos específicos e dentre elas posso

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destacar um esporte que vem se tornando febre entre atletas de diversas modalidades
esportivas, o SUP - Stand up paddle, onde o atleta rema em pé sobre uma prancha e
trabalha de forma muito efetiva todos os músculos do CORE.

EXERCÍCIOS DE CORE

Abdominal tradicional
Deitado de barriga para cima e com os joelhos flexionados
coloque as mãos na nuca e realize o movimento de flexão de
tronco contraindo a musculatura abdominal. Tome cuidado para
não forçar muito o pescoço.

Abdominal na bola
Posicione-se deitado na bola de uma forma que a região lombar
fique 100% apoiada e realize o mesmo movimento do exercício
anterior. Esse já é um exercício um pouco mais complexo e que
vai gerar desequilíbrios, se achar muito difícil faça com a bola
apoiada em algum lugar para se movimentar menos.

Elevação do quadril com bola


Deitado de barriga para cima coloque as duas pernas estendidas
sobre a bola e realize o movimento de elevação do quadril. Para
iniciantes uma dica é deixar as duas mãos apoiadas no chão para
melhorar a estabilidade.

Elevação isométrica do quadril


Deitado de de barriga para cima e com os joelhos flexionados
realize o movimento de elevação de quadril. Permaneça na
posição por 30 segundos.

Prancha lateral isométrica


Permaneça deitado com o tronco na lateral, o cotovelo apoiado no
chão e as pernas estendidas. Tire quadril do chão e permaneça por
30 segundos.

Rolamento na bola
Deitado na bola com a região lombar bem apoiada e os joelhos
flexionados, realize um movimento fazendo a flexão do tronco e
contração abdominal até ficar na posição sentada e depois volte
a posição inicial.

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Estabilização Central

Também conhecida como estabilização segmentar, é um mecanismo de proteção e


manutenção da zona neutra corporal durante movimentos das extremidades, que é realizado
pelos músculos da unidade interna do complexo lombopélvico de forma automática, que é
extremamente útil para a prevenção de lesões e o tratamento delas. Por mais que se
enfatize a necessidade de se trabalhar a estabilidade central, a maior parte das evidências
entre a estabilidade core e as lesões músculo-esqueléticas são empíricas (WILLSON et al.,
2005). Por isso, há necessidade de que mais pesquisas sejam realizadas, controlando-se
bem as variáveis com uma análise estatística pormenorizada. Com efeito, a estabilidade
central é uma ferramenta importante e fácil, que o fisioterapeuta pode utilizar para o
tratamento e a prevenção de lesões, já que não utiliza recursos caros e depende
principalmente da criatividade do fisioterapeuta, que deverá seguir a evolução do
treinamento
A estabilização central serve para a manutenção da saúde da coluna lombar até a
prevenção de lesões de ligamentos do joelho. Nem sempre a lesão dos membros inferiores
pode ser associada com a deficiência da musculatura responsável pela estabilidade central
(WILLSON et al., 2005). Porém, talvez a grande influência da estabilidade central fora de
seu cerne (complexo lombopélvico) esteja no joelho, relacionada com lesões como a
síndrome da dor femoropatelar, lesões dos ligamentos cruzados do joelho (WILLSON et al.,
2005; IRELAND et al., 2003)

Método Mckenzie

É uma abordagem abrangente da coluna e articulações periféricas, baseada em


princípios sólidos, que, quando bem compreendidos e aplicados, levam a um diagnóstico
mecânico preciso, que determina o tratamento específico, adequado para cada paciente. De
fato, o mais extraordinário, embora menos conhecido, é que o Método McKenzie é antes de
mais nada um sistema de avaliação.
Avaliação
Exclusiva do Método McKenzie®, a avaliação mecânica é um algorítimo bem definido
que leva a uma classificação simples de distúrbios relacionados com a coluna e
extremidades. Ela se baseia em uma relação consistente de causa e efeito verificada, tanto
a partir da história do comportamento da dor, quanto da resposta da dor ao teste de
movimentos repetidos e posições mantidas. Aplicando uma progressão sistemática de forças
mecânicas (causa), o fisioterapeuta utiliza a resposta da dor (efeito) para monitorar as
mudanças no movimento e na função. O distúrbio subjacente pode então ser identificado
rapidamente através dos achados objetivos do exame de cada paciente.
A resposta sintomática mais comum e
significativa é a Centralização, fenômeno em que a
dor irradiada, originária da coluna, move
progressivamente em direção à linha média da coluna
e é eliminada, em resposta à aplicação deliberada de
estratégias de carga. Se só estiver presente dor
lombar, ela move de uma área mais espalhada para
uma área mais central e é então abolida.
A centralização indica que o gerador subjacente
da dor é reversível, num processo normalmente rápido, independente de a dor do paciente
ser aguda ou crônica ou do rótulo diagnóstico aplicado previamente. A centralização indica a
chamada "direção de preferência", ou seja, aquela em que se deve aplicar o movimento
terapêutico. Esse movimento pode ser flexão, extensão, inclinação lateral ou rotação, ou
uma combinação desses.

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O fenômeno inverso, isto é, o movimento da dor
em direção à periferia em resposta à aplicação de
carga é chamado Periferilização. A direção que
periferiliza a dor é contra-indicada como tratamento.
Eventualmente, a Periferilização ocorre com a
aplicação de carga em qualquer direção. Isso
indentifica um subgrupo de pacientes cujo prognóstico
é ruim e abre a porta para uma variedade diferente de
testes específicos e outras opções de tratamento. Esse
tipo de paciente pode ser identificado em até cinco visitas.

O Diagnóstico Mecânico de McKenzie, determinado a partir da avaliação, classifica os


pacientes com apresentações mecânicas similares em subgrupos bem definidos (síndromes)
para determinar o tratamento adequado. McKenzie identificou três síndromes mecânicas a
que chamou: Síndrome de Desarranjo, Síndrome de Disfunção e Síndrome Postural.

 Síndrome de Desarranjo - deformação mecânica causada por ruptura anatômica ou


deslocamento dentro do segmento do movimento e resultando em dor e limitação
funcional
 Síndrome de Disfunção - deformação mecânica de tecidos moles limitados
estruturalmente (cicatriz, fibrose, aderência, encurtamento adaptativo) causando dor e
limitação funcional
 Síndrome Postural - deformação mecânica de tecidos moles normais causada por
stress postural prolongado e resultando em dor

Essas três síndromes mecânicas são observadas nas regiões lombar, torácica e
cervical da coluna, bem como nas extremidades.
Cada síndrome é abordada de acordo com sua natureza única, com procedimentos
mecânicos específicos, utilizando movimentos repetidos e posições mantidas. A Síndrome
de Desarranjo, em que o fenômeno da Centralização ocorre, é a mais comum.
Fisioterapeutas bem treinados no Método McKenzie® são capazes de identificar, entre
os casos mais difíceis, os pacientes que necessitam de técnicas avançadas de McKenzie e
aqueles cujo diagnóstico é de natureza não-mecânica. Estes pacientes são então
rapidamente encaminhados para outras opções de tratamento, evitando assim períodos
desnecessários de tratamento inadequado.

Tratamento
O tratamento McKenzie compreende a definição, implementação e supervisão das
estratégias a serem aplicadas a cada caso específico.

Os achados da história e do exame físico permitem enquadrar o paciente em uma das


síndromes mecânicas ou em um diagnóstico não-mecânico. A partir dessa classificação, é
definido o princípio de tratamento, ou seja, a direção da força a ser utilizada: flexão,
extensão ou lateral. Cada princípio de tratamento é aplicado seguindo uma progressão de
forças geradas inicialmente pelo paciente e, se necessário, pelo terapeuta.

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A abordagem McKenzie enfatiza a educação e o envolvimento ativo do paciente. O
componente educacional dá ao paciente informação sobre o seu problema, de acordo com
suas preocupações e necessidades; e sobre o papel que o exercício tem na restauração da
função normal. No componente de terapia mecânica ativa, ensina-se ao paciente como fazer
os exercícios específicos, as posições e as correções da postura estática e dinâmica que se
mostraram, durante a avaliação mecânica, como tendo efeito terapêutico direto. Os
pacientes também aprendem a evitar, durante o tratamento, os movimentos, posturas e
atividades que claramente pioram a sua condição.
A maioria dos pacientes, quando bem orientada sobre seu problema, pode se tratar com
sucesso. Para problemas mais complexos, o autotratamento pode não ser suficiente. Nesse
caso, o fisioterapeuta treinado no Método McKenzie aplica técnicas complementares de
terapia manual (mobilização e manipulação) para acelerar o processo de recuperação.

Síndrome Postural

De acordo com McKenzie, os pacientes portadores da síndrome postural, em geral,


têm menos de 30 anos de idade e, por definição, não apresentam barreiras restritivas. Esses
pacientes desenvolvem sintomas locais e, em geral, adjacentes à coluna vertebral. A dor é
provocada por deformação mecânica do tecido sadio normal, quando os segmentos
vertebrais são submetidos a uma carga estática durante períodos prolongados. A dor
resultante desaparece, quando a estrutura submetida à carga é liberada de qualquer tensão.
A dor da síndrome postural não é induzida pelo movimento e nunca se irradia para
um local distante. Por não existir qualquer inflamação associada, elas jamais é constante. O
exame desses pacientes não consegue revelar um comprometimento, pois não existe
patologia tecidual subjacente. O único achado consistente é o desencadeamento da dor com
uma sobrecarga estática na amplitude final. Simplesmente a dor postural se manifesta
gradativamente quando os tecidos normais são submetidos a um estiramento excessivo.
A intervenção mais útil consiste em corrigir o alinhamento defeituoso sempre que este
for encontrado (i. e., na posição sentada, ereta, deitada, ao caminhar etc.). Isso pode
envolver também uma avaliação ergonômica dos móveis, colchões, travesseiros etc., assim
como uma análise das condições de trabalho do paciente.
A complicação em longo prazo da síndrome postural é que ela pode levar a
alterações patológicas dos tecidos moles, o que resulta em comprometimento. Entretanto, é
provável que isso não ocorra a partir de uma orientação apropriada acerca da postura
correta, da intervenção ergonômica e da mecânica corporal apropriada.

Síndrome da Disfunção

Um problema postural não corrigido causará alterações patológicas com o tempo. Por
exemplo, um operador de computador com 35 anos de idade que passa 8 horas por dia em
uma posição com a cabeça deslocada para a frente acabará desenvolvendo um
encurtamento adaptativo dos músculos extensores occipitais. Da mesma forma, um
motorista de caminhão com 40 anos de idade que passa 10 horas por dia em uma posição
sentada e encurvada acabará descobrindo uma incapacidade de adotar uma lordose lombar
normal na posição ereta, em virtude do encurtamento adaptativo dos flexores do tronco.
De acordo com o Modelo de Limitações Funcionais de Nagi, essas alterações
adaptativas no tecido conjuntivo (i. e., aderências, diminuição de ácido hialurônico etc.)
representam eventos fisiopatológicos que levam a uma alteração tecidual macroscópica,
como mobilidade articular diminuída, fraqueza muscular e alinhamento defeituoso que está
frequentemente associado a um desequilíbrio no sistema músculo-esquelético. Se o
paciente não corrige seu comprometimento com intervenções apropriadas, poderá

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desenvolver limitações funcionais e incapacidade, que podem afetar negativamente o
desempenho no trabalho, em casa etc.
Uma característica diferencial do paciente com a síndrome da disfunção inclui os
sintomas dolorosos que tendem a se manifestar mais ao final da amplitude do que durante o
movimento. Esse paciente queixa-se de dor intermitente semelhante àquela do paciente com
síndrome postural, porém a diferença está no fato de seus tecidos moles estarem
anormalmente retraídos. Os sintomas, em geral, são adjacentes à coluna vertebral e nunca
se irradiam distalmente, exceto no caso de uma raiz nervosa pinçada. Pode-se dizer
simplesmente que a dor da síndrome da disfunção é produzida imediatamente, quando os
tecidos encurtados são alongados
À semelhança da síndrome postural, a síndrome da disfunção também apresenta uma
complicação em longo prazo. Se não for tratada com uma intervenção apropriada (i. e.,
manipulação terapêutica), pode causar uma patologia mais destrutiva e resultar na última
das três síndromes de McKenzie, ou seja, a síndrome do desarranjo.
Entretanto, em alguns casos um evento traumático, na ausência da disfunção
preexistente, é suficiente para causar desarranjo do disco intervertebral.

Síndrome do Desarranjo

As características dessa síndrome podem incluir sinais e sintomas neurológicos, dor


durante o movimento, deformidade aguda (p. ex., torcicolo, cifose lombar, fenômenos de
desvio lateral), além de dor intensa e incapacitante. Os pacientes com a síndrome do
desarranjo (derangement) relatam frequentemente uma história de má postura e rigidez
progressiva. Acredita-se que a falta de nutrição induzida pelo movimento, em combinação
com as cargas aplicadas fora do centro e que agem sobre o disco intervertebral, causa o
deslocamento do material discai. É mais provável que os jovens tenham um deslocamento
nuclear, enquanto aqueles com mais de 50 anos de idade desenvolvam lesões anulares.
Com o início da doença discal degenerativa, os pacientes podem desenvolver instabilidade
segmentar, que exige o treinamento de estabilização do(s) segmento(s) hipermóvel(eis)
associado à terapia manual para os segmentos rígidos e hipomóveis acima e/ou abaixo.
Os pacientes com a síndrome do desarranjo (que ocorre principalmente nas colunas
cervical e lombar) descrevem com frequência que seu pescoço e/ou costas estão "fora". É
imperativo que esses pacientes sejam diagnosticados corretamente, pois do contrário serão
privados da intervenção correta. O disco lesionado exige uma abordagem bastante diferente
daquela da síndrome da disfunção e não responderá a menos que seja corretamente
tratado. Os objetivos da intervenção são:

1. O desarranjo deve ser devidamente reduzido.


2. A redução deve ser estabilizada.
3. Depois que o desarranjo se torna estável, a função perdida deve ser recuperada.
4. Deve ser enfatizada a prevenção de recidiva
do desarranjo.

A classificação da deficiência vertebral em uma das três síndromes de McKenzie


(Quadro abaixo) constitui apenas o início do estabelecimento de uma intervenção correta.
Existem outras subclassificações das síndromes tanto da disfunção quanto do desarranjo.
Essas são feitas durante o processo de avaliação e são necessárias para estabelecer o
diagnóstico correto. A teoria responsável pela abordagem de McKenzie pode e deve ser
apresentada em toda e qualquer referência sobre terapia manual vertebral, porém somente
após frequentar um curso intensivo sobre as teorias de McKenzie que o terapeuta terá uma
compreensão real sobre essa abordagem ímpar baseada em problemas para os pacientes
com patologias vertebrais.

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1 - Tecidos sadios e normais;
Síndrome 2 - A dor é induzida por uma carga estática ao final da amplitude do
Postural movimento e não pelo movimento;
3 - A dor nunca se irradia nem é constante.

1 - Os tecidos moles encurtados apresentam uma elasticidade reduzida;


Síndrome
2 - A dor ocorre ao final da amplitude de movimento, quando as estruturas
da
encurtadas são colocadas sob tensão;
Disfunção
3 - A dor nunca é percebida durante o movimento nem é irradiada.

1 - O alinhamento inadequado do material do disco intervertebral (anel ou


núcleo) causa bloqueio;
2 - Os sintomas são agravados ou minorados por movimentos específicos,
Síndrome
podem irradiar-se distalmente e tendem a ser constantes e frequentemente
do
intensos;
Desarranjo
3 - O paciente pode apresentar uma deformidade vertebral aguda (p. ex..
cifose, torcicolo ou desvio lateral), que cede rapidamente com frequência
através de terapia manual e exercício terapêutico.

REGRA DO CÔNCAVO E DO CÔNVEXO

O movimento articular é uma combinação variável de movimentos acessórios (rolamento,


deslizamento ou giro). E a variação dessa combinação depende da direção em que ocorre o
movimento, da área de superfície do osso estacionário ou em movimento.

"Se um osso da convexidade move-se sobre o osso que apresenta a


concavidade, a superfície convexa move-se em sentido oposto ao do
segmento ósseo." (Lehmkuhl, 1997)

Explicação: Quando um osso convexo move-se sobre um côncavo, ele


deve primeiro realizar um movimento de rolamento anterior e
deslizamento posterior. Portanto, as direções são opostas.

"Se o osso com a concavidade for movido sobre o osso com a


convexidade, a estrutura côncava se moverá no mesmo sentido do
segmento ósseo."

Explicação: Quando um osso côncavo for movido sobre um osso convexo,


a estrutura côncava deve primeiro rolar anterior e deslizar anterior.
Portanto, as direções dos dois movimentos são para o mesmo sentido.

 O deslizamento é na direção oposta do movimento angular quando a superfície
articular que se move é convexa.

 O deslizamento é na mesma direção do movimento angular quando a superfície


que se move é côncava.

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