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Aula 2

Profa. Me. Flávia Amélia Costa Faria


Conteúdo desta aula
• Princípios Mecânicos: Cinemática
• Classificação Planar da Posição e do
Movimento (Osteocinemática)
• Artrocinemática
• Posição Anatômica
• Planos e Eixos
Cinesiologia Clínica
Princípios Mecânicos
Cinética
A cinética lida com as forças que produzem,
param ou modificam o movimento dos corpos
como um todo ou de segmentos individuais.
Para realizar um estudo cinesiológico precisa-se
então entender que as forças existem interna e
externamente.

Externamente, estamos falando da


gravidade, da inércia, da força contra
o solo.
Internamente leva-se em consideração
especialmente os músculos, que são os propulsores
da força no
organismo vivo.
Princípios Mecânicos
A Cinemática é subdividida em
OSTEOCINEMÁTICA, que se ocupa com
movimentos dos ossos e ARTROCINEMÁTICA,
que trata dos movimentos que ocorrem entre
superfícies articulares.
Princípios Mecânicos
• Podemos citar a osteocinemática como os
próprios movimentos corpo, como
flexão/extensão, adução/abdução, as rotações
internas/externas, e circundução.
Em relação a artocinemática, podemos relacionar
os movimentos que ocorrem no interior das
articulações e facilitam a distensibilidade na
cápsula articular permitindo que os movimentos
fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de
movimento sem lesar as estruturas articulares.
Os movimentos da artro incluem
movimentos de deslizamento, tração,
compressão, giro e rolamento. Sem uma
boa atrocinemática, não há osteocinemática
eficiente.
Artrocinemática
• Concentra especificamente nos movimentos mínimos
dentro de uma articulação e entre as superfícies
articulares.
• Movimentos não voluntários intra-articulares.
• Giro: é um movimento rotatório, ou angular, no qual
um ponto de contato em cada superfície permanece
em contato constante com um local fixo da outra
superfície.
• O osso faz uma rotação sobre um eixo mecânico
estacionário.
• O giro dificilmente ocorre sozinho, mas geralmente
em combinação com o deslizamento.
Rolamento: é um movimento rotatório. Durante o rolamento
um osso rola sobre o outro com a seguintes características :
– As superfícies são incongruentes.
– Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na
superfície oposta.
– Nas articulações com a biomecânica normal o rolamento só
ocorre em combinação com os movimentos.
– Quando o rolamento ocorre sozinho causa compressão na
articulação, o que pode provocar uma lesão.
Movimentos Artrocinemáticos

Deslizamento: é um movimento translacional ou


linear, paralelo ao plano da superfície articular
adjacente.
Durante o deslizamento um osso desliza sobre o outro com as
seguintes características:
– As superfícies articulares são congruentes.
– O mesmo ponto em uma superfície faz contato com novos
pontos na superfície oposta.
– O deslizamento não ocorre sozinho devido as superfícies
articulares não serem totalmente planas, ou seja,
completamente congruente.
Compressão articular
• A maioria dos movimentos articulares normais
possui alguma combinação de rolamento,
deslizamento e giro.
• Ex: articulação do joelho.
Movimentos Artrocinemáticos
Os movimentos artrocinemáticos são muito
utilizados pelos fisioterapeutas no tratamento
das disfunções articulares; além de restaurar a
biomecânica articular proporcionam efeitos
fisiológicos benéficos no tecido articular e nas
estruturas periarticulares, tais como :
• Mantém a extensibilidade e a força de tensão nos
tecidos articulares e periarticulares.
• Movimenta o líquido sinovial levando nutrientes para
as partes avasculares da articulação.
Planos de orientação do corpo
Planos cardinais:
três planos perpendiculares
imaginários de referência
que dividem o corpo pela
metade em termos de massa.
Este é um bom vídeo explicativo sobre o
assunto:
https://www.youtube.com/watch?
v=onfdMYxLSXU&t=431s
Posição Anatômica
• A posição anatômica é uma posição de referência, que
dá significado aos termos direcionais utilizados na
descrição nas partes e regiões do corpo.
• Deste modo, os anatomistas, quando
escrevem seus textos, referem-se ao objeto
de descrição considerando o indivíduo como
se estivesse sempre na posição padronizada.
Posicionamentos do corpo
• Posição SUPINA e PRONA são expressões
utilizadas na descrição da posição do corpo,
quando este não se encontra na posição
anatômica.
• POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo
está deitado com a face voltada para cima.
POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado
com a face voltada para baixo.

DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado


Centro de Gravidade
Ponto no qual está concentrado todo o peso do corpo,
gerando assim um equilíbrio de todas as partes, sendo
ponto de interseção dos três planos: sagital, frontal e
transverso. Sua localização irá depender da estrutura
anatômica do individuo, mas geralmente podemos
encontrá-lo mais ou menos a 4 centímetros da frente
da primeira vértebra sacra.
Plano Frontal ou Coronal
Passa através do corpo dividindo-o em porções
anterior e posterior. Os movimentos que
ocorrem neste plano são Abdução e Adução.
Plano Sagital ou Mediano
Divide o corpo em porções direita e esquerda.
Os movimentos permitidos neste plano são
flexão e extensão.
Plano Transverso ou Horizontal
Passa horizontalmente pelo corpo dividindo-o
em partes superior e inferior. O movimento que
ocorre neste plano é o de rotação
Eixos de Movimentos do Corpo
Correspondem as linhas perpendiculares que
atravessam os planos anatômicos no centro do
movimento. Classificam-se em:
•Eixo Bilateral ou Latero-Lateral: Estende-se
horizontalmente de um lado para o outro,
perpendicular ao plano sagital.
• Eixo Anteroposterior: Estende-se no sentido
anterior para posterior, perpendicular ao
plano frontal.
• Eixo Vertical: Estende-se no sentido de cima
para baixo, perpendicular ao solo e ao
plano transversal
Vídeos
• Assistir
https://www.youtube.com/watch?v=yIzz0iq3Z
qA
e
https://www.youtube.com/watch?v=ngrsBhZa
LZ4
e
https://www.youtube.com/watch?v=ATCld_F
1n2c
Referências Bibliográficas
HOUGLUM, Peggy A.; BERTOTI, Dolores B.
(Ed.). Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 6. ed.
São Paulo: Manole, 2014. 706 p.
LIPPERT, Lynn S. Cinesiologia clinica para
fisioterapeutas. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003. 272 p

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