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ULBRA Torres

Curso de Fisioterapia
Disciplina de Cinesioterapia
Prof. Ms Tiago Sebastiá Pavão
Mobilização Articular

A mobilização articular é uma forma


de intervenção manual usada para
modular a dor e restabelecer a
mobilidade articular acessória e
fisiológica.
Mobilização Articular

A mobilização articular refere-se às


técnicas que são usadas para tratar
disfunção articular como rigidez,
hipomobilidade, hipermobilidade e
(ou) desconfortos...
Mobilização Articular
 A mobilização articular também refere-se aos
movimentos acessórios passivos que visam à
recuperação da artrocinemática, ou seja, dos
movimentos de giro, rolamento e deslizamento
entre as superfícies articulares.

Denegar CR, Hertel J , Fonseca J. The effect of lateral ankle sprain on dorsiflexion range of motion,
posterior talar glide, and joint laxity. Journal Orthopaedics Sports Physical Therapy 2002; 32:
166-173.
Green T, Refshauge K, Crosbie J, Adams R. A randomized controlled trial of a passive accessory
joint mobilization on acute ankle inversion Physical Therapy 2003; 81 (4): 984-994.
Mobilização
 Deve ser um movimento passivo de
velocidade baixa ou não, porém o
suficiente para que o paciente possa
interromper o movimento.

 Pode ser um mov. oscilatório ou um


alongamento mantido de modo a diminuir
a dor ou aumentar a mobilidade.
Movimentos fisiológicos

 São aqueles que o paciente consegue


fazer voluntariamente.
Movimentos acessórios
 Movimentos intra-articulares e nos tecidos
vizinhos, mas que não podem ser
executados pelo paciente:
 Movs. Intra-articulares: ocorrem dentro da
articulação e demonstram a
distensibilidade na cápsula articular e
permite que os ossos se movam mais em
diferentes eixos.
 Pode ser descrito como:
 separação/tração, deslizamento,
compressão, rolamento e giro.
Manipulação
 Utiliza movs. passivos fisiológicos ou acessórios
aplicados através de um THRUST (tranco) ou
sob anestesia.
 Utilizado na osteopastia, quiropraxia, tuiná...
 Anestésico Clínico: Geralmente local,
procedimento Médico
Manipulação
 Realizado ao final do limite patológico da
articulação e propõe-se a alterar as
relações de posicionamento,soltar
adesões ou estimular receptores
articulares.
Movimento Articular
 Rolamento: um osso rola sobre outro, mas
sempre, dentro da normalidade, podendo
ocorrer conjuntamente com deslizamento e giro;
 Deslizamento: um osso desliza sobre o outro, as
superfícies deve ser congruentes, planas ou
curvas;
Mov. articular
 Rolamento/deslizamento: juntos e evita
compressão do rolamento;
 Giro: é a rotação de um osso sobre outro,
em torno de um eixo estático, raramente
ocorre isoladamente, pois geralmente em
combinação com rolamento e
deslizamento.
 Compressão: há diminuição do espaço
articular. Ocorre mais nos MSIS e coluna.
Ex:sustentação do peso, contração
muscular.
 Obs: cargas compressivas intermitentes
sem exageros, contribuem com a nutrição
da cartilagem articular e mobilização do
líquido sinovial.
 Tração: é a separação das superfícies
ósseas entre dois componentes de uma
articulação.
 Obs: também é chamada de separação
articular.
Mobilização Articular-tração
 Ainda,
o seu estabelecimento promove a
congruência articular, diminui o atrito
mecânico na articulação, melhora a dor,
edema e, conseqüentemente, a função do
segmento corporal comprometido.
Mobilização Articular

 ...temefeitos fisiológicos que podem ser


muito benéficos .
 Dose certa!
Fatores que permitem a utilização da
manipulação, com técnicas rítmicas ou
oscilatórias, para:
 auxiliar na reorganização do tecido,
 facilitar o processo de reparo,
 influenciar a estrutura e comportamento
mecânico de tecidos,
 afetar a dinâmica dos fluidos,

Lederman E. Fundamentals of manual therapy: physiology, neurology and psychology. London


 Estimular atividade biológica
movimentando o líquido sinovial nutrindo
cartilagem e meniscos,
 Combater atrofia condral,
 Manter a extensibilidade e força de tensão
nos tecidos articulares e periarticulares,
 Favorecer o feedback proprioceptvo.
Indicações
 Espasmo muscular e dor: trata-se também com
mobilização intra-articular leve e curta (sem
tração de tecidos reativos);
 Efeitos Neurofisiológicos: pela inibição da
transmissão de estímulos nociceptivos;
 Efeitos Mecânicos: Aumenta a congruência
articular, promovendo uma melhora na
circulação do líquido sinovial nutritivo e
lubrificante, a troca de nutrientes e assim evolui
quadros álgicos e degenerativos de estase com
aumento de edemas/Biomecânica
Limitações
 Dificilmente poderão, isoladamente,
transformar o processo de artrite
Reumatóide/ Artroses, processos
inflamatórios ou lesões crônicas;

A habilidade do fisioterapeuta em
diagnosticar, indicar e executar as
manobras são determinantes no resultado
da cura!
Mobilização Articular
 Influencia também na dinâmica dos
fluidos, que ajudaria a reduzir o acúmulo
de subprodutos da inflamação, e, assim,
modulando o processo de dor.

Maitland GD. Peripheral manipulation. 3rd ed. Oxford: Butterworth-


Heinemann, 1991.
Sentido da manobra...
2003...
A técnica de mobilização articular
proposta por Maitland, baseia-se em um
sistema graduado de avaliação e
tratamento, através de movimentos
passivos oscilatórios, rítmicos, graduados
em quatro níveis que variam de acordo
com a amplitude dos movimentos
acessórios normalmente presentes nas
articulações.
Maitland desenvolveu seu método,
fundamentando-se na regra côncavo-
convexa. Esse princípio aborda a
combinação dos movimentos que ocorrem
nas articulações conforme a sua
superfície.

Green T, Refshauge K, Crosbie J, Adams R. A randomized controlled trial of a passive


accessory joint mobilization on acute ankle inversion sprains. Physical Therapy 2003;
81 (4): 984-994.
A superfície convexa móvel desliza no
sentido oposto ao movimento
osteocinemático.

 Ex:No caso da articulação talocrural, o


tálus é convexo e a tíbia é côncava.
graus I e II
 Os graus I e II da mobilização de Maitland
correspondem à aplicação dos
movimentos oscilatórios, com ritmo lento
no início da amplitude do movimento
acessório da articulação, livre da
resistência oferecida pelos tecidos e são
indicados nos casos de processos
dolorosos articulares.
graus III e IV
A carga imposta durante a manobra grau
III e IV promove a adaptação viscoelástica
dos tecidos conectivos e, portanto, é
indicada para recuperar os movimentos
acessórios quando existir uma restrição a
esse mesmo movimento
C

A:tábua de quadríceps adaptada; B: miniplataforma de força; C:


manobra de mobilização articular, grau III e IV de Maitland.
Mobilização articular

 Durante o movimento de dorsiflexão do


tornozelo, ocorre o deslizamento posterior
do tálus em relação à tíbia.
É preciso frisar que, a consistência e a
capacidade de reproduzir a força aplicada
durante a mobilização articular, é um
parâmetro que garante a padronização do
procedimento na clínica e nos estudos
experimentais.
Mobilização articular
Australian Journal of
Physiotherapy
A eficiência da manobra de mobilização
articular depende da intensidade e da
reprodutibilidade da força aplicada durante
a mobilização, por um ou por diferentes
examinadores.

Matyas TA, Bach TM. The reliability of selected techniques in clinical arthrometrics. The
Australian Journal of Physiotherapy 1985; 31(5):175-199.
Mobilização articular
Mobilização articular
Mobilização articular
Mobilização articular
Contra-indicações ou Precauções
 Hipermobilidade:mobilizações leves, grau
I e II,
 Malignidades,
 Doenças ósseas com risco de fraturas,
 Fraturas não consolidadas,
 Artroplastias(ATQ),
 Distensões ou rupturas ligamentares,
 Patologias meniscais...
Mobilizações
 Ombro
 Cotovelo
 Punho
 Mão
 Dedos
 Coluna
 Escápula
 Processos Espinhosos
 Quadril
 Joelho
 Patela
 Tornozelo
 Dedos
“ Que Deus nos conceda esperança e
nos encha de poder de cura, dando-
nos paz pela sua virtude ”
Rm 15,13

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