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TERAPIA MANUAL

INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS MANIPULATIVAS

FACULDADE GUAIRACÁ
Recursos Terapêuticos Manuais
Prof. Luiz Alfredo Braun Ferreira
AULA 4
DEFINIÇÃO DE OSTEOPATIA
“ Osteopatia é uma concepção diagnóstica e terapêutica manual
das disfunções de mobilidade articular e tecidual em geral, no
quadro de sua participação no aparecimento das
doenças.”(Korr)

“ Escola médica que se baseia na teoria de que o corpo é um


organismo vital no qual a estrutura e a função estão
coordenadas. A enfermidade é uma perturbação de uma ou
outra, e a terapia é uma restauração manipuladora dessas
anomalias.”(Comitê Americano da Terminologia Osteopática)
DEFINIÇÃO DE OSTEOPATIA
 A Osteopatia foi criada pelo médico americano Andrew Taylor
Still por alturas da guerra civil americana nos finais do séc. XIX.
Foi através da observação e investigação que fez uma correlação
entre as patologias e a sua manifestações físicas;
 Os tratamentos usam uma abordagem holística da saúde,
considerando que a capacidade de recuperação do corpo pode ser
aumentada pela estimulação das articulações;
 Nos países com legislação e regulamentação sobre Osteopatia,
como é o caso do Reino Unido, Austrália e EUA entre outros,
a Osteopatia é completamente independente e autónoma,
obedecendo à sua raíz e interpretação única do indivíduo, sendo a
formação académica ministrada em universidades, Institutos e
Escolas Superiores, com cursos de licenciatura e mestrado. No
Brasil é considerado como especialidade Fisioterapêutica.
PRINCÍPIOS OSTEOPÁTICOS
1º Estrutura determina a função
- A estrutura representa diferentes partes do corpo;
- O ser humano é todo único indivisível;
- A função é a atividade de cada uma das partes do
corpo;
- Enfermidades não desenvolvem se a estrutura está
em harmonia.
PRINCÍPIOS OSTEOPÁTICOS
2º Unidade do corpo
- O corpo humano tem capacidade de encontrar ou
reencontrar seu equilíbrio,(homeostasia);

- Still, situa esta unidade ao nível do sistema


miofascioesquelético, sendo este capaz de guardar
na memória os traumatismos sofridos.
PRINCÍPIOS OSTEOPÁTICOS
3º Auto-cura
- Still afirma que o corpo é capaz de autocurar-se;

- O corpo tem todos os meios necessários para


eliminar e evitar as doenças, desde que estes
meios estejam livres para funcionar
corretamente.
PRINCÍPIOS OSTEOPÁTICOS
4º Lei da Artéria
- O sangue é o meio de transporte de todos os
elementos,assegurando a imunidade natural;

- A artéria é primordial, uma deficiência na circulação


arterial, levará a um retorno venoso mais lento,
causando paralisações venosas, ou seja, acúmulo de
toxinas no local da lesão.
HIPOMOBILIDADE E HIPERMOBILIDADE
COMPENSATÓRIA

 A toda restrição de mobilidade haverá uma


hipermobilidade compensatória nas articulações
vizinhas;

 As hipomobilidades podem ser assintomáticas,


porém as hipermobilidades normalmente são a
queixa principal do paciente;

 Devemos tratar uma hiper somente após


restaurarmos uma hipo.
Terapia Manual
 Tração e decoaptação;

 Liberação miofascial;

 Mobilização articular.

(Maitland, 1977)
Movimentos Intra-articulares
(Artrocinemática)
 São movimentos que ocorrem dentro da articulação de
acordo com a distensibilidade da cápsula articular, que
permite que os ossos se movam;

 Esses movimentos são necessários para que ocorra a


ADM normal dos movimentos fisiológicos, porém o
paciente não tem controle voluntário sobre eles;

 Os movimentos intra-articulares são: a separação, a


compressão, o deslizamento, o rolamento e o giro das
superfícies articulares.
Tipos de movimentos articulares da
Artrocinemática
 Rolamento: um osso rola sobre o outro;
 Deslizamento: um osso desliza sobre o
outro;
 Giro: um osso gira sobre o outro;
 Compressão: diminuição no espaço articular
entre as partes ósseas;
 Separação/Tração: separação das superfícies
articulares.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Efeitos da mobilização articular
Artrocinemática
 Estimula a atividade biológica movimentando o
líquido sinovial que traz nutrientes para a
cartilagem;
 Mantém a extensibilidade e tensão nos tecidos
articulares e periarticulares;
 Emite impulsos nervosos aferentes através dos
receptores articulares para o SNC e assim promove
percepção de posicionamento e movimento articular
(propriocepção), inclusive regulação do tônus
muscular.
Mecanismos Neurofisiológicos da
Terapia Manual
 Como a Terapia Manual diminui a dor e
melhora o movimento????
1. Sistemas descendentes inibidores de dor;
 SPC-Substância Periaquedutal Cinza (Mesencéfalo);
2. Efeitos locais da Terapia Manual:
 Teoria das Comportas da dor (Melzack e Wall);
 Alteração reflexa da excitabilidade dos núcleos motores alpha (Reflexo de
Hoffman);
 Acomodação de mecanoreceptores (Grupo II).
EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DA
TERAPIA MANUAL
 SISTEMAS DESCENDENTES INIBIDORES DA
DOR – NÃO OPIÓIDE
 Estimulação sensorial aferente nas articulações,
músculos e pele → entram pelo corno posterior da
medula (altera a atividade dos núcleos motores
alpha) → ativam os ciclos neurais → ascendem aos
centros cerebrais superiores → ascendem ao
mesencéfalo (SPC) → analgesia não opióide.
 TEORIA DAS COMPORTAS (GATE CONTROL)
EFEITOS
NEUROFISIOLÓGICOS
DA TERAPIA MANUAL
SISTEMAS DESCENDENTES
INIBIDORES DA DOR:
– NÃO OPIÓIDE
DOR X RIGIDEZ DOMINANTE
 DOR DOMINANTE: Pacientes apresentam dor constante que é
facilmente provocada;
 RESPEITE A DOR!!!

 RIGIDEZ DOMINANTE: Pacientes apresentam desconforto


ocasional associado a certas posturas e atividades. O objetivo é
encontrar o movimento mais restrito.
Indicações para as mobilização
articulares Artrocinemáticas

 Dor;

 Defesa muscular e espasmo;

 Hipomobilidade articular;

 Limitação progressiva;

 Imobilidade funcional.
Contra-indicações para as mobilizações
articulares artrocinemáticas

 Hipermobilidade;

 Efusão articular (derrame articular);

 Fraturas e/ou disfunções osteometabólicas;

 Inflamação.
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR

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