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PROPÓSITO
Compreender a anatomia com base na análise radiográfica e identificar alterações e
achados
de suspeita patológica são fundamentais para o profissional de radiologia. Para
isso,
inicialmente, é necessário revisitar a anatomia osteoarticular, entender o aspecto
radiográfico
normal e classificar os achados anormais como falhas técnicas ou traços
suspeitos de lesões
ou patologias específicas.
PREPARAÇÃO
Consulte livros de anatomia humana ou um atlas de anatomia para revisar posição anatômica
padrão, planos e eixos anatômicos, assim como os termos de posição e de movimento.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Radiografias do esqueleto apendicular são frequentes em atendimentos de emergência, visto
que respondem pela maior parcela das demandas em ortopedia e traumatologia. Radiografias
simples são úteis à maioria das necessidades clínicas e têm suprido outra demanda
crescente:
a avaliação de doenças reumáticas.
A proposta é que você se familiarize com a visualização da anatomia por meio das imagens
radiográficas, reconhecendo seu aspecto normal para que seja capaz de identificar
aspectos
anormais durante sua análise.
MÓDULO 1
CARPO
METACARPO
FALANGES
Falanges são ossos longos que dão forma e sustentação aos dedos. Cada dedo possui três
falanges, com exceção do polegar, com apenas duas falanges.
Imagem: Shutterstock.com
Divisão anatômica dos ossos da mão
DICA
Imagem: Shutterstock.com
As articulações são compostas por cartilagem, menos densas que os ossos. Por isso, os
espaços articulares são vistos como áreas escuras e bem-definidas entre as falanges.
Veja na
imagem radiográfica a seguir.
Imagem: Shutterstock.com
Os cinco metacarpos formam a região palmar das mãos. São ossos longos, maiores que as
falanges. A identificação e a contagem são feitas de forma semelhante às dos dedos. A
estrutura anatômica também é bem similar, destacando-se apenas a cabeça metacarpiana
mais protuberante. Essa estrutura é vulgarmente conhecida como “nó” dos dedos, muito
lesionados em fraturas do boxeador.
Imagem: Pixabay
Identificação e contagem dos metacarpos.
Imagem: Shutterstock.com
Modelagem
3D evidenciando fraturas metacarpais.
Imagem: Shutterstock.com
Na fileira proximal
Escafoide
Semilunar
Piramidal
Pisiforme
Na fileira distal
Trapézio
Trapezoide
Capitato
Hamato
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
MODELAGEM 3D COM OS
OSSOS DA MÃO DISSOCIADOS.
Imagem: Shutterstock.com
PROJEÇÃO PA
A radiografia em incidência PA mostra a sobreposição entre pisiforme e piramidal, e,
entre
trapézio e trapezoide.
Imagem: Shutterstock.com
DICA
Imagem: Shutterstock.com
Estrutura interna de composição dos ossos longos
Imagem: Shutterstock.com
Rotina
radiográfica do antebraço, projeções AP e lateral.
ATENÇÃO
Imagem: Shutterstock.com
Os acidentes anatômicos da ulna que realizam o encaixe com a porção distal do úmero não
são visualizados, salvo em casos de luxação. A sobreposição é o principal motivo que
leva à
necessidade de se realizar as imagens em duas projeções opostas:
anteroposterior (AP)
(frente) e
perfil (lateral).
Na projeção lateral, a região proximal do rádio e da ulna ficam sobrepostas. Mesmo assim,
conseguimos ver a cabeça do rádio e o processo coronoide ulnar. Ainda assim, conseguimos
ver bem o encaixe da incisura troclear com a tróclea umeral.
Imagem: Shutterstock.com
Diagrama ilustrado da composição anatômica do úmero.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (CC Attribution-Share Alike 3.0
Unported).
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (CC Attribution-Share Alike 3.0
Unported)
Imagem: Shutterstock.com
OMBRO
Imagem: Shutterstock.com
ESCÁPULA (VISTA ANTERIOR E POSTERIOR)
Imagem: Shutterstock.com
Clavícula
A rotina radiográfica para ombro é composta por três exames: anteroposterior com
rotação
neutra, rotação interna e rotação
externa. Note que é a posição do tubérculo maior (úmero) que
define o tipo
de rotação. Quando ele está em posição lateral, temos a rotação neutra. Quando
sua
posição é anterior e a cabeça totalmente medial, temos a rotação interna. Por fim,
quando
o tubérculo maior está medial, temos a rotação externa.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia commons / Licença (CC Attribution-Share Alike 3.0
Unported)
imagem: Nevit Dilmen/ Wikimedia commons/ Licença (CC Attribution-Share Alike 3.0 Unported)
Na imagem, você verá uma incidência em perfil axilar do ombro, conhecida como
incidência em
Y da escápula, pois a vista da escápula forma a imagem de
um “Y”. O acrômio está à esquerda
da imagem, cavidade glenoide ao centro e o processo
coracoide à direita.
Aqui, vamos estudar a classe de lesões reumáticas mais recorrentes no sistema apendicular
e
visíveis por técnicas radiográficas: as artrites.
OSTEOARTRITE
Imagem: Shutterstock.com
Radiografia bilateral das mãos, projeção
PA, evidenciando artrites interfalangianas.
ARTRITE REUMATOIDE
A seguir, veja uma fotografia que mostra o desalinhamento típico da região e imagens
radiográficas com diferentes casos dessa lesão.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Bernd Brägelmann Braegel Mit freundlicher Genehmigung von Dr. Martin
Steinhoff/Wikimedia commons/licença (Creative Commons Attribution 3.0 Unported license)
De acordo com o grau de desalinhamento das falanges, a funcionalidade das mãos pode ser
drasticamente comprometida.
Veja, a seguir, uma fotografia de dedos acometidos pelos dois tipos de nódulos e imagens
radiográficas demonstrando esse tipo de lesão.
Foto: Drahreg01 / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons Attribution 3.0 Unported
license)
ATENÇÃO
TRAUMA
É a aplicação de uma energia externa sobre uma estrutura anatômica de modo
que sua força
vença a resistência do tecido. No caso das articulações,
traumas produzem entorses e
luxações. Nos ossos, são produzidas
fissuras e fraturas. Já nos músculos,
traumas produzem
contusões e estiramentos.
Estes últimos não são visíveis por meio de exames radiográficos.
Portanto,
vamos discutir apenas as lesões traumáticas ósseas e articulares.
LUXAÇÃO
É a perda da congruência total ou parcial de uma articulação. Em outras
palavras, é o
desencaixe entre os ossos de determinada articulação. As
luxações são eventos dolorosos e
geralmente ocorrem em traumas de alto
impacto. Não confunda entorse com luxação.
ENTORSE
É o estiramento de tendões ou ligamentos sem desencaixe articular. Quando a
desarticulação é
total, a lesão é caracterizada como
luxação. Porém, quando ocorre a perda parcial do encaixe, o
evento é chamado de subluxação. Existem, ainda, lesões
decorrentes da associação de
fraturas e luxações em um mesmo evento. Um bom
exemplo disso é a fratura-luxação de
Monteggia, que
abordaremos na seção de lesões epônimas.
EXEMPLO
A primeira imagem mostra uma subluxação na articulação IFD do segundo dedo. Veja como
os
ossos ainda mantêm alguma relação e possivelmente ainda estão dentro da cápsula
articular.
Já a segunda radiografia revela uma luxação na articulação IFP do 4º dedo. Veja que,
na
imagem de frente, não é possível determinar se a luxação é completa ou não por
aparecer um
pequeno acavalamento entre as extremidades ósseas. Já na imagem oblíqua
fica mais nítido
que ocorreu a dissociação total.
As luxações de ombro merecem um pouco mais de atenção, pois podem ocorrer em duas
posições diferentes: anterior e posterior.
Focalize sua atenção na cavidade glenoide, pois a escápula é a estrutura mais fixa do
ombro.
Quando a borda da cabeça umeral está sobreposta à cavidade glenoide, temos um
indicativo
para luxação anterior do ombro.
Na luxação posterior não acontece da mesma forma. A cabeça umeral volta-se para trás e
ficam em evidência apenas as bordas dos tubérculos. Não há sobreposição do úmero com a
cavidade glenoide.
Imagem: Shutterstock.com
FRATURAS
São processos não naturais de descontinuidade óssea, de todo o tecido cortical ósseo ou
de
parte dele.
FRATURA INCOMPLETA
Chamamos de fratura incompleta quando uma parte do tecido
cortical se rompe.
FRATURA COMPLETA
Quando a estrutura cortical sofre ruptura total, dividindo o osso em dois ou
mais segmentos, a
lesão é classificada como fratura
completa. Esta é mais recorrente em ossos menos densos,
como no
caso dos ossos infantis, sendo conhecidas como fraturas em galho
verde.
Imagem: Shutterstock.com
Tipos de fraturas.
FRATURAS TRANSVERSAIS
São as mais comuns e rompem o eixo mais curto do osso.
FRATURAS LINEARES
São pouco comuns e acompanham o maior eixo do osso.
Imagem: Shutterstock.com
Fratura oblíqua nos
segundos metacarpos.
FRATURA COMINUTIVA
Por fim, quando a fratura divide o osso em mais de dois fragmentos, é
chamada de fratura
cominutiva.
É muito comum em acidentes de alto impacto e em perfurações por arma
de fogo.
Imagem: Shutterstock.com
Fratura cominutiva
provocada por arma de fogo.
LESÕES EPÔNIMAS
São aquelas que receberam o nome ou sobrenome de seu descobridor.
Geralmente não se
enquadram em nenhum dos tipos de fratura
já citados ou se trata de lesão com aspecto muito
específico, que
merece destaque. Os membros superiores têm uma vasta lista de
fraturas
epônimas,
que serão discutidas a seguir.
FRATURA DE BARTON
Imagem: Mikael Häggström, M.D./ Wikimedia Commons / Licença (CC0 1.0 Universal Public
Domain Dedication)
FRATURA DE COLLES
FRATURA DE COLLES
(intensidade leve)
FRATURA DE COLLES
(intensidade moderada)
FRATURA DE COLLES
(anamnese física)
FRATURA DE SMITH
FRATURA DO BOXEADOR
É uma lesão transversal no colo do metacarpo, desalinhando sua cabeça das demais.
Geralmente acomete o 4º ou o 5º metacarpo, sendo decorrente de traumas por impacto nas
mãos ocasionados por socos – por isso o nome. Pode ocorrer também no corpo do
metacarpo.
FRATURA DE BENNETT
FRATURA DE GALEAZZI
É uma fratura-luxação em que ocorre uma fratura no rádio distal, com luxação da cabeça
ulnar,
também distal. Nesse tipo de lesão, a ulna tende a permanecer íntegra e o
desalinhamento dos
segmentos fraturados podem ser mais bem percebidos em projeções
laterais. Nome dado em
homenagem ao médico Riccardo Galeazzi.
FRATURA DE MONTEGGIA
Também é uma fratura-luxação. No entanto, a fratura ocorre na ulna, com luxação da cabeça
do
rádio, podendo a fratura ocorrer no terço médio ou proximal. Em grau mais avançado,
pode
ocorrer também a fratura do rádio. Nome dado em homenagem ao médico
Giovanni Battista
Monteggia.
Imagem: Shutterstock.com
FRATURA DE MONTEGGIA.
LESÃO DE BANKART
É uma fratura nas bordas da cavidade glenoide. Esse tipo de lesão é comum em luxações
anteriores do ombro. A fratura produz um fragmento em avulsão. Nome dado em homenagem
ao
cirurgião britânico Arthur Sydney Blundell Bankart.
Imagem: RSatUSZ / Wikimedia Commons/ Licença (Creative Commons Attribution – shared 4.0
international license)
FLesão
de Bankart.
LESÃO DE HILL-SACHS
É uma fratura na região posterior da cabeça umeral, decorrente de seu impacto sobre a
cavidade glenoide. Por esse motivo, a Medicina geralmente associa uma lesão de
Hill-Sachs a
uma lesão de Bankart, pois decorrem de um mesmo evento traumático. Nome
dado em
homenagem aos médicos Harold Arthur Hill e Maurice
David Sachs.
Imagem: Mikael Häggström, M.D. / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 1.0
Universal Public Domain Dedication)
LESÃO DE HILL-SACHS
DOENÇA DE PAGET
A seguir, o especialista abordará a patologia
“doença de Paget”, explicando sua fisiopatologia,
incidência, aspectos demográficos e
geográficos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) II e III
GABARITO
2. Trauma é toda e qualquer lesão em células ou tecidos provocada por um agente externo, de
natureza física ou química. O traumatismo pode gerar disfunção ou deformação da estrutura
de forma temporária ou permanente. Com base nessa informação, analise a radiografia a
seguir.
Após sua análise radiográfica, marque a opção que mais bem caracteriza o caso clínico
proposto.
Listar
as estruturas anatômicas de interesse nas radiografias de membros inferiores e
patologias associadas
Assim como nos membros superiores, radiografias simples evidenciam a maioria das lesões,
desde edemas em partes moles, luxações, fraturas simples e até fraturas complexas, como
fraturas cominutivas.
Os pododáctilos são contados de forma diferente, uma vez que o dorso do pé é anterior em
posição anatômica e a contagem passa a ser mediolateral.
Imagem: Shutterstock.com
Divisão dos ossos do pé.
ATENÇÃO
Imagem: Shutterstock.com
Posição anatômica.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
RADIOGRAFIA DO PÉ
Projeção dorsoplantar
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
RADIOGRAFIA DO PÉ
Projeção oblíqua
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
RADIOGRAFIA DO PÉ
Projeção lateral
Imagem: Shutterstock.com
Dedos
em posição hallux valgus.
JOANETE
Imagem: Shutterstock.com
FORMAÇÃO PATOLÓGICA DO JOANETE
Imagem: Shutterstock.com
Nos pés, os ossos tarsianos são maiores, mais densos e têm menos mobilidade, uma vez que
a principal função é suportar peso durante o movimento da perna. São eles:
tálus, calcâneo,
navicular,
cuboide e três ossos cuneiformes (medial, intermédio e
lateral).
Imagem: Shutterstock.com
Anatomia dos pés, divisão das partes.
O calcâneo aparece sobreposto no exame dorsoplantar (anteroposterior – AP), uma vez que é
necessário inclinar a perna, que fica sobreposta ao calcanhar. Por isso, são realizadas
incidências específicas para o calcanhar: axial de calcâneo e lateral. Veja as
radiografias de
demonstram esses casos a seguir.
Imagem: Shutterstock.com
RADIOGRAFIA DORSOPLANTAR
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
RADIOGRAFIA LATERAL DO PÉ
ATENÇÃO
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
RADIOGRAFIA AP DO TORNOZELO.
A tíbia é o maior osso da perna e essa afirmação confunde muitos estudantes. De acordo
com
o conhecimento popular, o maior osso da perna é o fêmur, pois as pessoas chamam todo
o
membro inferior de perna. No entanto, o fêmur está localizado na
coxa.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
Rotina
radiográfica para os ossos da perna: AP e lateral.
ATENÇÃO
Imagem: Doado pelo paciente, sem informação sobre o autor/ Wikimedia Commons / Licença
(Creative Commons CC0 3.0 unported)
Imagem: Shutterstock.com
RADIOGRAFIA DA PERNA, COM OSTEOMIELITE NA TÍBIA.
Imagem: Shutterstock.com
OSTEOMIELITE
É importante saber que osteomielite é uma infecção óssea causada por bactérias, que
destroem a medula e a matriz cortical, produzindo zonas circunscritas e transparentes
nos ossos. Quando as bactérias são eliminadas, os ossos sofrem remodelação e as
bordas
corticais ficam exageradamente dilatadas e radiopacas.
Na imagem ao lado, temos uma lesão osteolítica (transparente), circunscrita, solitária,
na
direção do terço inferior da tíbia, deformando a borda periosteal (externa). Esses
traços são
típicos de tumores benignos de origem cartilaginosa, denominados
osteocondromas.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
Radiografia da perna, com osteocondroma
no terço proximal da tíbia.
Apenas fêmur e tíbia se articulam diretamente, estando a fíbula mais associada à fixação
dos
músculos da panturrilha. A patela tem uma função acessória, funcionando como
proteção para
os ligamentos.
A porção proximal da fíbula é composta por ápice e cabeça, que se articula diretamente
com a
tíbia. Em sua porção proximal, a tíbia não tem formato esferoide como na maioria
das epífises
proximais. A região é chamada de platô (planalto, em francês) e tem forma
achatada com duas
depressões denominadas facetas articulares, onde o
fêmur se articula. Anteriormente, a tíbia
tem uma protuberância chamada
tuberosidade tibial, onde se fixa o ligamento patelar.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia commons/ Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
Radiografia do joelho em lateral.
Imagem: Hellerhoff / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 unported
license)
Imagem: Mikael Häggström, M.D. / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 1.0
Universal Public Domain Dedication)
Radiografia do terço proximal do fêmur,
em projeção AP.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
A diáfise do fêmur está mais sujeita a processos de fratura e lesões que afetam
diretamente o
tecido cortical ou medular do osso. Veja, por exemplo, essa fratura
decorrente de um disparo
por arma de fogo. Note que o terço inferior está rodado
lateralmente e identificamos os
estilhaços como formas irregulares e radiopacas na
imagem.
Imagem: Nevit Dilmen / Wikimedia Commons / Licença (Creative Commons CC0 3.0 Unported
license)
Fratura na diáfise femoral.
Imagem: Mikael Häggström, M.D. / Wikimedia commons / Licença (Creative Commons CC0 1.0
Universal Public Domain Dedication)
RADIOGRAFIA DO QUADRIL.
Embora já tenhamos conceituado fratura e luxação no módulo anterior, essas lesões são
muito
frequentes nos membros inferiores. Uma das principais causas é a tensão aplicada
em razão
do peso corporal.
LESÃO DE LISFRANC
É uma fratura-luxação na região dorsal do pé. Nesse caso, a lesão ocorre entre os ossos
do
tarso e metatarso. É mais comum entre o cuboide e
os dois últimos cuneiformes. Quando
ocorre a ruptura ou o estiramento do ligamento de
Lisfranc, os metatarsos podem ser
deslocados lateralmente ou ainda sofrer fratura em
suas bases. Nome dado em homenagem
ao médico Jacques Lisfranc de St.
Martin.
FRATURA DE JONES
É uma lesão na base do 5º metatarso. Está geralmente associada a torções no pé, em que
todo
o peso do corpo é projetado sobre a região lateral do pé. Nome dado em homenagem ao
médico Robert Jones.
A seguir, veja três radiografias com três graus diferentes de fratura. Na primeira,
apenas o ápice
da base fraturou e sofreu avulsão. Na segunda, além do ápice, parte da
base sofreu fratura
transversal. Na terceira, a fratura está localizada bem mais acima
do terço inferior do
metatarso.
FRATURA DE JONES
FRATURA DE JONES
FRATURA DE JONES
MALÉOLO LATERAL
MALÉOLO MEDIAL
REGIÃO POSTERIOR DO MALÉOLO MEDIAL
SAIBA MAIS
Fratura bimaleolar
Nas primeira imagem, temos uma fratura bimaleolar, uma vez que a
porção posterior ficou
preservada. Note o fragmento avulso do
maléolo medial e a laceração total do terço distal da
fíbula.
PATOLOGIAS INFECCIOSAS
Infecções ósseas acometem áreas com maior quantidade de tecido cortical, geralmente o
terço distal do fêmur, platô tibial e as
diáfises ósseas. A infecção pode começar com um
processo inflamatório,
que evolui para processo infeccioso ou até mesmo decorrer de um
trauma de partes moles.
Porém, nem toda inflamação tem origem infecciosa, como no caso
das artrites, por
exemplo.
OSTEOMIELITE
É um processo infeccioso que ocorre a partir da medula óssea. É causado pelas
bactérias
Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes,
que destroem o tecido medular, migrando
para o osso pela região endosteal.
Imagem: Shutterstock.com
Radiografia da perna, evidenciando osteomielite na tíbia.
ATENÇÃO
Todos os seres humanos sofrem perda de massa óssea ao longo da vida. No entanto, a taxa
de
redução de massa óssea é estimada conforme a faixa etária. Quando a perda se acentua,
o
quadro é denominado osteopenia. Nessa fase, reposição hormonal,
suplementação de cálcio e
vitamina D contribuem para retardar a perda. No entanto, é
impossível interrompê-la
definitivamente, por ser um processo natural.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Artroplastia no quadril
Imagem: Shutterstock.com
OSTEOMALÁCIA
SAIBA MAIS
A retrata um caso específico de osteomalácia, induzida por uso abusivo de drogas. Alguns
medicamentos, como glicocorticoides, podem causar aos ossos se usados em doses
inadequadas e por tempo prolongado.
Foto: Wellcome Images / Wikimedia Commons / Licença Atribuição 4.0 International (CC BY
4.0)
Imagem: Shutterstock.com
ASPECTO RADIOGRÁFICO DO RAQUITISMO
ATENÇÃO
PATOLOGIAS ENDÓCRINAS
Ainda falando sobre o metabolismo ósseo, surge uma pergunta: quem controla tudo
isso?
RESPOSTA
HIPERPARATIREOIDISMO
Uma consequência dessa doença também é a formação dos tumores marrons, que são lesões
benignas, císticas, de grandes proporções, nos ossos longos.
Imagem: Anish A. Patel, Rohit Ramanathan, Joshua Kuban, and Marc H. Willis/Wikimedia
commons/licença (Creative Commons 3.0 unported license)
Embora a imagem a seguir seja de membro superior, conseguimos ter uma boa visualização da
lesão osteolítica, localizada no segundo metacarpo da mão esquerda.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DURANTE A REALIZAÇÃO DO EXAME RADIOGRÁFICO DE TORNOZELO, O
QUE PRECISAMOS FAZER PARA QUE A ARTICULAÇÃO TALOCRURAL FIQUE
TOTALMENTE ABERTA, SEM NENHUM TIPO DE SOBREPOSIÇÃO?
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) II e III
GABARITO
1. Durante a realização do exame radiográfico de tornozelo, o que precisamos fazer para que a
articulação talocrural fique totalmente aberta, sem nenhum tipo de sobreposição?
II – A osteoporose é uma doença endócrina, pois é diretamente afetada pela ação da hipófise
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, o estudo da anatomia radiológica é de suma importância para monitorar o padrão
de qualidade dos exames radiográficos, bem como para auxiliar na análise radiográfica e
interpretação dos achados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia
associada. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
GREENSPAN, A.; BELTRAN, J. Radiologia ortopédica: uma abordagem prática. 6. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
SZEJNFELD, J.; ABDALA, N.; AJZEN, S. Diagnóstico por imagem. 2. ed. Barueri: Manole, 2016.
EXPLORE+
Radiopaedia: É uma enciclopédia médica com vasto material sobre Radiologia, Anatomia e
Patologia. Além disso, você encontrará muitos casos clínicos para estudar.
Anatomia Papel e Caneta: É um site educativo, bem-humorado, que trata sobre anatomia
humana. O site tem conteúdos sobre imaginologia, história da anatomia e um canal no
YouTube com vídeos educativos.
3D Bones and Organs: É um app 100% gratuito, com um modelo 3D para estudo do corpo
humano. Disponibiliza várias ferramentas e opções de visualização.
CONTEUDISTA
Raphael de Oliveira Santos
CURRÍCULO LATTES