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PROPÓSITO
Compreender a anatomia com base na análise radiográfica e identificar alterações e
achados
de suspeita patológica. Para isso, inicialmente, é necessário revisitar a
anatomia da cavidade
abdominal para a correta localização das vísceras digestórias e
urogenitais. Em seguida, é
preciso entender o aspecto radiográfico normal e classificar
os achados anormais como falhas
técnicas ou traços suspeitos de lesões ou patologias
específicas.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar, procure nas bibliotecas virtuais de sua universidade livros ou manuais
de
Anatomia Humana, para revisar os conceitos gerais e melhorar sua compreensão do
conteúdo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 1
Reconhecer a
anatomia observada nas
radiografias de abdome, e os achados relevantes
para a investigação de doenças e
alterações na estrutura digestiva
Digestório
Urinário
Genital
Linfático (baço)
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
O exame AP em decúbito dorsal deve mostrar toda a cavidade abdominal. Para isso, o
tecnólogo deve observar do 10º par costal até a articulação coxofemoral. Como recomenda
a
literatura técnica, o ideal é usar a placa de imagem 35 x 43cm, em sentido
longitudinal
(Retrato) para mostrar todas as estruturas. Nessa posição, as
vísceras aparecem
espalhadas, o que facilita a visualização da anatomia. No entanto, níveis hidroaéreos
não são
bem-vistos.
Imagem: Shutterstock.com
Radiografia simples do abdome,
projeção AP em ortostase, mostrando o aumento difuso da
opacidade na
cavidade abdominal com os cólons intestinais ao centro. Esse caso revela
um
quadro de ascite decorrente de obstrução intestinal.
VOCÊ
SABIA
Quando a sombra dos cólons ou do estômago aparece definida e bem contornada à frente dos
gases extraluminais, temos o sinal de Rigler.
Radiografia
abdominal, projeção AP em decúbito lateral, evidenciando
nível aéreo
aprisionado (setas azuis e verdes) próximo à
borda lateral do fígado (setas vermelhas), típico
em
pneumoperitônio causado por perfuração de vísceras ocas.
Radiografia
abdominal, projeção AP em decúbito lateral, evidenciando
nível aéreo amplo
causado por perfuração do colón
sigmoide. Veja o quanto a massa de ar aprisionado
comprime
as demais vísceras da cavidade abdominal.
Radiografia
abdominal, projeção AP em ortostase, evidenciando grande
volume de gás
extraluminal comprimindo as bordas do
fígado, estômago e baço, típico em casos graves de
pneumoperitônio por perfuração intestinal.
Imagem: Shutterstock.com
Radiografia
abdominal, projeção AP em ortostase, evidenciando o
sinal de Rigler. Perceba
que não há gás aprisionado
dentro dos cólons. Na verdade, o gás está posicionado
posteriormente, o que realça o contorno e enegrece todas
as alças e cólons.
VOLVO OU VÓLVULO
Volvo ou vólvulo é um termo mais amplo e relacionado à torção do
intestino em
torno do
mesentério e região vascular abdominal. A torção provoca distensão dos
vasos e do intestino,
provocando uma estrutura denominada megacólon. Na imagem
radiográfica, volvos são
visualizados como grandes áreas radiolucentes com
contornos bem definidos. Um dos
aspectos importantes é o sinal de grão
de café,
quando ocorreu um vólvulo no colón sigmoide.
Radiografia abdominal
em AP, com alças do intestino grosso dilatadas e ponto
de torção
(seta), o que indica obstrução mecânica
causada por vólvulo.
Radiografia abdominal
em AP, com alças do intestino grosso e delgado
dilatadas.
Radiografia abdominal
em AP com volvo sigmoide, formação de megacólon e sinal
do grão
de café.
Imagem: Shutterstock.com
Fotografia de grãos
de café, para comparação com o sinal radiográfico. Veja
a semelhança
com o volvo sigmoide.
ACALASIA
A acalasia é uma falha da peristalse esofágica que, em razão de
um relaxamento
diminuído do
esfíncter esofágico inferior, produz estágios de estenose distal e
de acentuada dilatação
superior do esôfago. A acalasia raramente é vista no
segmento abdominal do esôfago. Por
isso, a patologia será demonstrada por
radiografias de tórax.
Imagem: Shutterstock.com
Diagrama ilustrativo de um esôfago
normal e do processo de acalasia.
HÉRNIAS DE HIATO
As hérnias de hiato ocorrem quando há herniação (deslizamento)
do conteúdo
abdominal
através do hiato diafragmático para a cavidade torácica. A maioria dos
pacientes é
assintomática e a lesão é um achado acidental em exames de rotina.
Porém, o paciente pode
apresentar dor epigástrica ou torácica, dispneia, náusea
e vômito. Às vezes, as hérnias de hiato
podem ser indícios ou estágio avançado
da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Alguns casos podem ser identificados até mesmo sem o uso de contraste, apenas pelo nível
hidroaéreo sobreposto à margem cardíaca, como pode ser visto nas imagens a seguir:
Nos exames baritados, são visualizadas numerosas dobras gástricas grossas dentro da bolsa
supra-hiatal. Veja nas imagens a seguir:
DOENÇA DE CROHN
A doença de Crohn, ou enterite regional, é uma patologia inflamatória idiopática
e não
infecciosa do intestino, caracterizada por inflamação generalizada do
trato gastrintestinal. O
íleo terminal e o cólon proximal são os mais afetados.
Com o tempo, a inflamação leva à
alteração fibrótica crônica e à formação de
estenoses.
Radiografias simples são pouco sensíveis para avaliar ulcerações enterais, uma vez que a
ulceração continuada destrói a parede interna do órgão. Um dos sinais comuns
visualizados é
o sinal de corda: um estreitamento tubular que mostra as alças
intestinais mais próximas,
similar a uma corda naval. Como se trata de um
processo
crônico, o uso de duplo contraste
fica a critério médico, para melhor caracterizar a
doença.
Imagem: Shutterstock.com
Ilustração mostrando a irritação do
tecido interno dos cólons e o aspecto estriado devido
ao processo
inflamatório.
VESÍCULA
A vesícula é uma estrutura anexa ao fígado e aos ductos biliares, cuja função é
armazenar a
bile produzida pelo fígado. O líquido é coletado pelos ramos
hepáticos, conduzido à vesícula
pelo ducto cístico e encaminhado ao pâncreas e
duodeno pelo ducto colédoco. A conexão com
o duodeno é feita pela ampola de
Vater e, pelo ducto pancreático, atravessa todo o corpo do
pâncreas.
(14) estômago,
(15)
pâncreas: (16) ducto pancreático acessório, (17) ducto pancreático. (18)
intestino delgado:
VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar pode sofrer lesões secundárias a outros
distúrbios digestórios.
Excesso de
gordura no fígado (esteatose) pode causar acúmulo de gordura dentro
da vesícula. Esse
acúmulo causa o espessamento das paredes ou a obstrução do
ducto, causando a colecistite
(inflamação).
Imagem: Herbert L. Fred, MD, Hendrik A. van Dijk / Wikimedia commons / CC BY 2.0
Radiografia abdominal, projeção AP,
mostrando vesícula aumentada no canto superior
esquerdo da imagem. As
bordas radiopacas sugerem sinal da vesícula de
porcelana, o que
indica quadro severo de inflamação.
Imagem: Rebekah M. Padilla, Paul C. Hulsberg, Erik Soule, Taylor S. Harmo , Erik Eadie, Preston
Hood, Michael Shabandi, Jerry Matteo/ Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0
Colangiografia por dreno (seta
amarela), realizada com angiografia (imagem em negativo)
mostrando
cálculos opacos na vesícula pelo defeito de preenchimento do contraste
(vermelha).
Existem evidências de cálculos no ducto cístico (azul),
dilatação do ducto colédoco (verde). O
encaixe da papila duodenal (seta
branca) aparece estreito e o contraste segue pelo duodeno
(laranja)
normalmente.
Foto: Shutterstock.com
Dissecção de vesícula removida por
cirurgia, mostrando quatro cálculos de grandes
proporções.
O especialista Raphael Santos vai abordar como o
sulfato de
bário contribui para a visualização
das vísceras digestivas e como deve ser o modo de
preparo para a correta administração ao
paciente.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I apenas
B) II apenas
C) I e II apenas
D) II e III apenas
E) I e III apenas
GABARITO
As principais causas da ascite são as doenças hepáticas e do pâncreas, tais como pancreatite,
cirrose hepática e hepatite causada por alcoolismo. Logo, apenas (I) está incorreta.
2. No estudo contrastado do trato digestivo, os sinais de corda, grão de café e bico de pássaro
estão associados a quais doenças? Marque a opção que contenha as três patologias, na
sequência correta:
O sinal de corda está associado à doença de Crohn, que produz inúmeras contrações das
paredes internas dos cólons. O grão de café é oval com uma fenda no meio e, por isso, está
associado à torção entre dois segmentos do intestino grosso, o que sugere volvo
retossigmoide. Por fim, o bico de pássaro é formado pela estenose do segmento inferior do
esôfago com dilatação do segmento acima da estenose, sinal comum na acalasia.
MÓDULO 2
Listar
as estruturas anatômicas apresentadas nas radiografias de abdome para avaliação
urogenital, em comparação aos aspectos normais com sinais típicos de processos
patológicos
Neste módulo, você irá conhecer os exames realizados para a avaliação dos sistemas
urogenitais masculino e feminino com e sem contraste, bem como as rotinas básicas mais
recorrentes em ambiente ambulatorial. É fundamental que o estudante revise a anatomia
para
compreender a imagem radiográfica, reconhecer estruturas anatômicas típicas e
atípicas em
radiografias com aspecto normal e identificar os padrões radiográficos das
lesões mais
recorrentes.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
(3) pelve renal, (4) ureteres, (5) bexiga e (6) uretra. Para completar
as
legendas, veja as
Imagem: Shutterstock.com
Urografia
excretora intravenosa padrão. Veja os cálices renais,
ureteres e bexiga
com
fluxo natural de contraste.
Para começar o estudo radiográfico, é realizada uma radiografia simples antes da injeção
do
contraste (topograma) cujo objetivo é verificar se a posição do paciente e do
receptor estão
adequadas e se os fatores de exposição estão de acordo com o biotipo do
paciente. Nesta
imagem, geralmente não temos alto contraste entre as estruturas e
delimitações de borda dos
órgãos, uma vez que os órgãos são estruturas radiolucentes, ou
seja, possuem densidades
baixas.
A terceira imagem
representa uma radiografia padrão, pois mostra a silhueta do fígado, rins e
músculo psoas sem manchas transparentes.
Após a injeção intravenosa (IV) do iodo, são realizadas projeções em sequência de minutos
(seriadas).
Na terceira imagem, a porção pielocalicial (pelve e cálices renais) ainda tem contraste e
o
ureter distal e a bexiga começam a ser preenchidos.
Nas últimas imagens, vemos a bexiga em processo de repleção com rins e ureteres já
transparentes. Geralmente, os exames são realizados após 5, 15 e 30 minutos, a depender
da
solicitação médica.
Veja o exemplo a seguir, que mostra uma análise mais minuciosa, com cinco radiografias:
Urografia
excretora seriada em 5, 15,
30, 60 (1h) e 120 minutos (2h). Veja no rim esquerdo,
na parte superior,
uma massa sólida correspondente a cálculo coraliforme.
Uma segunda forma de realizar a urografia é por via anterógrada. No centro cirúrgico, é
introduzido um cateter para a injeção direta do contraste no ureter ou na pelve renal,
estudando
possíveis obstruções e estenoses ureterais ou nos rins. Esse procedimento é
conhecido como
pielografia anterógrada.
Esse procedimento é mais seguro para pacientes com insuficiência renal crônica ou
qualquer
outro mau comportamento da fisiologia renal.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem radiográfica sem contraste,
com o cateter pigtail (rabo de porco, por ser enrolado)
na
região pielocalicial.
Imagem: Erkan Efe, Murat Bakacak, Salih Serin, Eyüp Kolus, Önder Ercan, and Sefa Resim /
Wikimedia Commons / CC BY 4.0
Pielografia anterógrada por
cateterização do rim esquerdo, evidenciando severa distensão
no ureter e
da região pielocalicial em decorrência de obstrução por cálculo
impactado na
entrada da bexiga. Essa condição é conhecida como refluxo
vesicoureteral. Veja também um
cálculo solitário no rim direito.
Imagem: Bernd Brägelmann Braegel Mit freundlicher Genehmigung von Dr. Erika Kim /
Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0
Urografia excretora realizada por
fluoroscopia (imagem em negativo). Veja a distensão
ureteral esquerda.
Quando o exame é feito em homens, três etapas são realizadas após a radiografia simples
do
abdome.
Em seguida, é feita uma cistografia, uma vez que a bexiga
aparece cheia de contraste.
A última parte é o estudo da micção, com a uretrocistografia
miccional. Nesse
procedimento,
realiza-se uma projeção oblíqua durante a micção, devendo o
pênis estar totalmente estendido
para não gerar sobreposição na imagem.
A segunda
imagem foi realizada no momento miccional (veja a bexiga repleta de
contraste).
A primeira imagem
mostra a bexiga em processo de enchimento normal. A sombra circular
radiotransparente é o balão do cateter (evitar refluxo do contraste). A segunda
imagem mostra
estrutura cristalina de formação opaca, irregular e espiculada no
assoalho vesical, podendo
corresponder a litíase. A terceira imagem também mostra
cálculos vesicais, no entanto o
aspecto é mais circunscrito e homogêneo.
PATOLOGIAS E LESÕES ASSOCIADAS AO
SISTEMA URINÁRIO
Os procedimentos são classificados em função do método de aplicação do meio de contraste,
que pode ser introduzido no sistema circulatório ou diretamente na estrutura a ser
estudada. A
patologia mais comum do sistema urinário são as urolitíases (calculoses
renais), por serem
estruturas radiopacas, vistas até mesmo sem o uso do contraste.
Porém, quando não
visualizadas em radiografias simples, pode ser necessária a realização
de exames mais
complexos, como a tomografia. Vamos estudar as lesões mais comuns e bem
visualizadas em
exames radiográficos.
LITÍASES OU CÁLCULOS
Litíases ou cálculos são calcificações que ocorrem na parede
luminal do trato
urinário ou no
parênquima renal. As causas não são exatas, mas é provável que
pacientes que tenham urina
com pH alto (pH 5-6) e níveis de cálcio elevados
tenham maior probabilidade de desenvolver
cálculos renais.
Muito embora o exame de urografia seja capaz de identificá-las, é comum que o diagnóstico
inicial seja dado por uma ultrassonografia de abdome total e, quando necessário, o exame
tomográfico pode ser solicitado. Em radiografias simples, geralmente, esses são achados
acidentais. Na imagem, são visualizadas como massas radiopacas de variadas formas.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem de peça
renal dissecada em corte sagital (sistema pielocalicial aberto à esquerda),
Imagem: Shutterstock.com
Tipos de
cálculos de acordo com minerais envolvidos: oxalato, urato, fosfato, cistina,
xantina e estruvita. As pedras podem ser
CÁLCULOS URETERAIS
Os cálculos ureterais podem ocorrer no terço superior, médio ou
inferior do
ureter. Quando
ocorrem na parte superior, pode haver dilatação da pelve renal.
Quando ocorrem na porção
média ou inferior, observamos os ureteres distendidos e
irregulares em razão da sobrecarga de
líquido retido.
Imagem: Shutterstock.com
Diagrama com os
três estágios de obstrução ureteral: terço superior, médio e inferior.
Imagem: Shutterstcok.com
Diagrama com os
quadros de hidronefrose. Da esquerda para a direita: rim normal, grau
leve, grau
moderado e grau severo.
ESTENOSE URETRAL
Estenose uretral é um acometimento que ocorre principalmente em
homens adultos,
em
decorrência de traumas ou infecções. A estenosa uretral é uma cicatriz
fibrosa, resultante da
proliferação de colágeno e fibroblastos. A lesão provoca
a redução do fluxo urinário, podendo
vir acompanhado de hipertrofia e
trabeculação da bexiga em casos severos. As radiografias
auxiliam a definir a
localização, o comprimento e o grau da estenose.
SAIBA MAIS
Três procedimentos
iniciais para o estudo genital feminino. Primeiro, uma USG pélvica,
corte
longitudinal, mostrando a bexiga (escura) e o ovário na região posterior. A segunda
imagem é uma USG transvaginal (histerossonografia), mostrando o mesmo ovário. Por
fim,
uma histeroscopia da parede uterina, evidenciando um mioma submucoso.
RECOMENDAÇÃO
A histerossalpingografia é
contraindicada em casos de
gravidez confirmada, doença
inflamatória pélvica e sangramento uterino
abundante. O exame deve ser realizado entre o 7º e
o 10º dia após o início da
menstruação. Isso é um dos complicadores na hora da marcação,
pois o ciclo
menstrual varia para cada mulher. É feito um preparo prévio ao exame, com
laxantes e antiespasmódico, que visa reduzir as cólicas após o procedimento. A
paciente é
colocada em posição ginecológica (litotomia) e os utensílios para o
exame são introduzidos no
canal vaginal.
Imagem: Shutterstock.com
Paciente feminina em posição de
litotomia na mesa ginecológica.
Imagem: Shutterstock.com
Procedimento para a introdução do
cateter balão. É feita a abertura vaginal com o espéculo,
a pinça
pressiona o óstio externo do colo uterino para facilitar a entrada do
cateter. Dentro do
cérvix, o balão é inflado com uma das seringas e o
contraste é instilado com a outra seringa
(ou bomba infusora, a depender
da estrutura hospitalar disponível).
ESPÉCULO
O espéculo é instrumento utilizado para examinar o interior de uma cavidade
corporal, através
do orifício do instrumento.
A injeção de contraste iodado deve preencher todo o útero, chegando às tubas uterinas,
como
um pequeno filete de contraste, bem sutil. Nessa etapa do exame, obtemos a
Prova de
Cottè:
positivo, quando o contraste avança e extravasa para a região
peritoneal; ou
negativo, quando o
contraste não avança, caracterizando obstrução
tubária. Essa é uma
das causas de
infertilidade.
Imagem: Shutterstock.com
Procedimento
para histerossalpingografia: seringa conectada a um cateter balão,
introduzido
pelo colo uterino.
Imagem: Shuttestock.com
Radiografia seriada no procedimento
de histerossalpingografia.
A seguir, veja algumas imagens que apresentam a relação bexiga e próstata em aspectos
clínicos normais. Na primeira, temos a fase de enchimento vesical na urografia excretora
intravenosa.
Apesar de os exames tomográficos não serem usados para avaliação da próstata, é possível
encontrar a lesão de forma acidental.
Imagem: Shutterstock.com
TC
pélvica em corte coronal, mostrando a bexiga (cinza mais escuro) e a
próstata (cinza
mais claro, mesmo tom do tecido muscular). Veja a bexiga
com o assoalho abaulado, côncavo,
em razão do aumento de volume da
próstata.
A) Urografia anterógrada
B) Pielografia retrógrada
C) Urografia excretora
D) Uretrocistografia
E) Uretrocistografia retrógrad
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) Apenas I e III
GABARITO
1. Qual é o nome do exame urográfico que mostra o fluxo urinário em sentido natural?
O fluxo natural é rins - ureteres - bexiga - uretra. Portanto, podemos descartar os exames
retrógrados e anterógrados. Na uretrocistografia, observa-se o contraste em fluxo uretra-bexiga.
Logo, também se trata de um exame retrógrado.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo abdominal para avaliação digestiva e urogenital é de extrema importância para a
clínica médica, pois permite a localização e caracterização dos possíveis achados
radiológicos.
Embora a maioria das análises possa ser previamente realizada por
ultrassonografia, os
exames contrastados ainda merecem a atenção do estudante.
Radiografias com uso de meios
de contraste podem ser realizadas com o próprio
equipamento de raios X convencional, o que
facilita o acesso da população ao recurso.
Além disso, algumas técnicas ainda são definitivas
em estudos mais delicados, como é o
caso da pesquisa sobre infertilidade feminina. Aqui, você
aprendeu que a
histerossalpingografia é o único exame que mostra a estrutura genital feminina
completa.
No entanto, precisamos considerar os efeitos adversos, os meios de contrastes
iodados e
o incômodo causado à paciente durante a realização do exame. As urografias podem
ser
feitas com poucos recursos e mostrar lesões importantes para compor o diagnóstico
clínico de doenças no trato urinário. Logo, considere rever este material, caso ainda
tenha
ficado alguma dúvida ou dificuldade com algum dos tópicos abordados neste módulo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DAFFNER, R.H. Radiologia Clínica Básica. 3. ed. São Paulo: Manole, 2003.
EXPLORE+
Para aprofundar os seus conhecimentos a respeito do conteúdo estudado, acesse:
CONTEUDISTA
Raphael de Oliveira Santos
CURRÍCULO LATTES