Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objetivos
Conteúdo programático
Aula 1 – Abdome I – Incidências de rotina e complementares, anatomia radiológica,
pontos topográficos e posicionamento radiográfico do Abdome.
Aula 2 – Abdome II – Posicionamento radiográfico pediátrico. Imagenologia e
patologias do Abdome.
O abdome é uma região corporal que contém a maior cavidade, servindo como um recipiente
dinâmico e flexível, o qual serve de abrigo para a maioria dos órgãos do sistema digestório e
parte dos sistemas urinário e genital. Seu limite superior é constituído pelo músculo diafragma,
que se estende sobre as vísceras abdominais como uma cúpula; seu limite inferior é formado
pelos do diafragma pélvico (músculos levantador do ânus e coccígeno).
Abdome superior – Formado pela região abdominal e contem maior parte do sistema
digestório, abriga também baço e parte do sistema urinário.
Abdome inferior – Formado pela região pélvica e abriga parte do sistema urinário bexiga e
ureteres e o sistema reprodutor.
Fonte: Primeira imagem BONTRAGER, Kenneth L. 2009. Segunda imagem Standring, Susan. Gray’s
Anatmia. 2010.
Para relembrar da anatomia radiológica do abdome podemos começar falando pelos músculos
abdominais, sendo que os que tem interesse na radiografia são: diafragma e psoas maior
direito e esquerdo. Diafragma: Músculo que separa a cavidade abdominal da cavidade
torácica. Psoas: Estão localizados ao lado da coluna vertebral e esse musculo deve ser
observado nas radiografias do abdome, sendo indicativo que foram utilizados bons parâmetros
técnicos para a radiografia.
O sistema urinário é compreendido por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. É
nele que ocorre a filtragem das excretas do nosso sangue e são eliminado do organismo. Um
dos exames mais indicado para se analisar o Sistema urinário é a Urografia excretora.
Indicação de Leitura
Vou deixar dois links abaixo para vocês baixarem o app de Anatomia, com eles vocês poderem
fixar um pouco mais do conteúdo em casa, no trabalho.
https://itunes.apple.com/br/app/virtual-human-body/id470890348?mt=8
https://www.microsoft.com/pt-br/p/organs-
3danatomy/9nblggh07sp2?activetab=pivot:overviewtab
Marcos Topográficos
• Trocânter maior
• Processo Xifoide
O conteúdo abdominal pode ser dividido em vísceras ocas e vísceras maciças. Vísceras maciças:
Apresentam na radiografia simples de abdome e na TC como áreas de densidades de partes
moles, ex: fígado, baço e rins. Vesícula biliar e pâncreas têm como estudo baseado na presença
de calcificações.
Tomografia corte axial. Na primeira TC temos um corte do abdome superior, já na segunda um corte do
abdome inferior. Fonte: Atlas de Anatomia por Imagem Seccional. DURÉ, Tomas Sempere. 2008.
Videoaula 1
Utilize o QRcode para assistir!
Agora, assista ao vídeo onde
retomaremos alguns pontos
importantes referente à anatomia
radiológica.
Incidências
AP em Decúbito Dorsal
AP em Decúbito Dorsal
Paciente em decúbito dorsal, com o plano médio sagital (PMS) alinhado à linha central da
mesa, braços levemente abduzidos ao longo do corpo. Raio central perpendicular entrando ao
ponto médio entre as cristas ilíacas e saindo no centro do receptor de imagens. Filme 30 cm X
40 cm ou 35 cm X 43 cm longitudinal.
Incidência conhecida também como RUB – Rins, Ureteres e Bexiga. Podemos observar o
contorno dos rins, fígado, baço, estômago e alças intestinais preenchidas por ar, observamos
também o arco da sínfise púbica na região da bexiga. Para que não haja rotação verificar se o
EIAS (Espinha ilíaca antero superior) encontra-se equidistante (mesma distância da mesa)
Fonte: BONTRAGER, Kenneth L. 2009.
Fonte: Atlas de Anatomia por Imagem Seccional. DURÉ, Tomas Sempere. 2008.
Para analisar se a imagem ficou com bons parâmetros de exposição ela deve ter ausência de
movimentos, os arcos costais e as bolhas gasosas devem ter contorno nítido.
AP em Decúbito Lateral
Incidência indicada para demonstrar massa abdominal, níveis hidroaéreos e possíveis acúmulos
de ar intraperitoneal. Filme 35X43cm na longitudinal em relação ao paciente. Paciente em
Decúbito Lateral esquerdo, pois visualiza melhor o ar livre intraperitoneal na área hepática.
Raio 5 cm acima do nível das cristas ilíacas, e horizontal. Distância foco filme de 100 cm.
Realizar a exposição ao fim da expiração (para movimentos involuntários pararem)
Videoaula 2
Utilize o QRcode para assistir!
Agora, assista ao vídeo do
posicionamento do Abdome.
Indicação de Leitura
No link abaixo o CONTER firma convênio com Ministério da Saúde e, agora, técnicos e
tecnólogos em Radiologia passam a ter acesso ao melhor conteúdo científico do mundo. Veja
como usar!
http://conter.gov.br/site/noticia/portal-saude-baseada-em-evidencias
AP em Ortostase
Para esta incidência o paciente deve estar em ortostase, com raio central incidindo em AP e 5
cm acima da cristas ilíacas. Distância foco receptor de 100 cm. Filme 35 cm X 43 cm na
longitudinal. Realizar a exposição ao fim da expiração (para movimentos involuntários
pararem). Estruturas mostradas: Ar preenchendo o estômago e alças intestinais e níveis
hidroaéreos quando estiver presente.
A respiração é importante para esse estudo, sendo que o exame deverá ser realizado ao final
da expiração profunda para cessar os movimentos involuntários do intestino.
Abdome Agudo
Abdome agudo é o termo utilizado para afecções que acometem a região abdominal causando
dor intensa localizada ou difusa e, geralmente, conduzem a uma intervenção cirúrgica. Há uma
série de patologias que podem ocasionar dores abdominais simulando um abdome agudo.
Perfurativo: Úlcera péptica, tumores com perfuração, amebíase, doença de Crohn, megacólon,
perfuração de apêndice.
Alguns sinais que devem ser buscados nas radiografias quando da suspeita de abdome agudo:
Velamento da borda do psoas, apagamento da gordura pré-peritoneal, penumoperitônio,
ausência de gás na ampola retal, sinal de Riegler (presença de ar entre as alças intestinais).
Sinal de Riegler – PA tórax com perfuração de víscera. Fonte: Atlas de Anatomia por Imagem
Seccional. DURÉ, Tomas Sempere. 2008.
Algumas indicações patológicas podem incluir: íleo mecânico, Ascite, perfuração de víscera
oca, massa intra-abdominal e pós-operatório.
Videoaula 3
Utilize o QRcode para assistir!
Agora, assista ao vídeo do
posicionamento do Abdome
Abdome II
Imagenologia
Como falamos o abdome é composto principalmente por tecido mole, a densidade desse
tecido se compara com a densidade da água, e na radiografia simples não dá para verificar a
diferença entre sólido (tecido) e o líquido (água).
Fonte: Atlas de Anatomia por Imagem Seccional. DURÉ, Tomas Sempere. 2008.
O fígado aparece em uma radiografia como densidade de partes moles no hipocôndrio direito,
podendo ser visualizado sua borda devido a gordura pararrenal posterior.
Pâncreas geralmente não é visualizado, podendo em alguns casos ser identificado calcificações.
Os rins podem ser visualizados pela gordura perirrenal, já as glândulas supra-renais normais
não são visíveis. (serão visíveis com a presença de calcificações).
A distribuição de gases é de grande valia, pois ajuda a identificas as estruturas onde podemos
encontra-las, como exemplo: bolha gástrica, bulbo duodenal, flexura hepática, flexura
esplênica e ampola retal. Uma massa abdominal pode deslocar uma estrutura abdominal.
Um paciente com boas condições ou uma condição não patológica, apresenta pouco gás
(rápida absorção), se de alguma forma forem encontrados gases em maior concentração ou
líquido pode indicar problemas.
Como já abordamos, o músculo psoas deve aparecer com boa nitidez, se isso não ocorrer pode
indicar relação com massa tumoral retroperitoneal, abscesso ou líquido.
Quando Nos referimos ao padrão gasoso no abdome, ele apresenta em menor proporção,
podemos observar no estômago e no cólon e raramente no intestino delgado (o ar passa por
esse órgão com rapidez), se for identificado gases acima do normal, podemos considerar o
padrão abdominal anormal. Há presença também de feculito, ou seja, presença de material
sólido, podemos nomear esse feculito como aparência mosqueada.
Cálculo renal, contornos renais bem definidos e concentração cálcica na metade do rim esquerdo.
Fonte: Introdução à Radiologia. MARCHIORI, Edson. 2009.
Na imagem abaixo temos uma radiografia abdominal e o diagrama das respectivas estruturas.
1 – cúpula do diagragma, 2 – recesso costodiafragmático, 3 – espaço subfrênico, 4 – fundo
gástrico, 5 – ar na flexura esquerda, 6 – ar no colo transverso, 8 – margem inferior do fígado, 9
– margem do músculo psoas, 10 – ar no intestino delgado, 11 – crista ilíaca, 12 – ilío, 13 – sacro
e 14 – bexiga.
Fonte: Atlas de Anatomia Radiológica, Moller.
Na imagem abaixo temos uma ressonância magnética, com corte coronal demonstrando as
estruturas abdominais, fígafo, rin, baço, músculo psoas, rim esquerdo.
Indicação de Leitura
A revista do conter é de grande valia para os tecnólogos estarem em contato com a profissão,
e com profissionais de outras regiões do Brasil. Segue o link.
http://www.conter.gov.br/uploads/revistas/revistaconter34.pdf
Radiologia Pediátrica
Imobilização – Para os lactantes e crianças ate 12 anos devem-se levar em conta vários
critérios para realização das radiografias. O primeiro seria a quantidade de Kv, uso de
protetores e principalmente a exposição.
Usar sempre tempos de exposição mais curto e mAs mais alto. Isso evitará o borramento da
imagem.
Para abdome pode-se utilizar como forma de imobilização os sacos de areia, esparadrapo,
fraldas, faixas de compressão e fiadores de cabeça.
AP – Abdome
Paciente em decúbito dorsal, braços para fora do corpo e usar apoio para fixa-los, assim como
nas pernas. Usar protetor gonodal. Lactantes e crianças menores o raio central deve entrar 2,5
cm acima do umbigo. O tamanho do filme varia de acordo com a criança.
Patologias Abdome
O abdômen começa na porção final do esôfago abaixo do músculo diafragma e é formado por
estômago intestino delgado intestino grosso e orgãos anexos como pâncreas e fígado,
abordados algumas das doenças do abdome.
https://www.google.com/search?q=ascite&safe=active&rlz=1C1GCEU_pt-
BRBR824BR824&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi9nuDrh4fgAhVzI7kGHUl2DhUQ_AUIDigB
&biw=1366&bih=657#imgrc=z8ZqCKnnh7eKnM:.
Hérnia de hiato por deslizamento: O estômago desliza para dentro do esôfago, é a hérnia de
hiato mais comum, com cerca de 95% dos casos.
Fonte: BONTRAGER, Kenneth L. 2009.
Estômago
É dotado de glândulas produtoras de muco que protege contra acidez produzida pelo suco
gástrico, que geralmente possui PH ácido e é responsável pela digestão das proteínas.
A gastrite aguda é um processo inflamatório caracterizado por uma agressão a mucosa gástrica
em um curto período de tempo. As principais causas da gastrite aguda são uso de
medicamentos anti-inflamatórios consumo excessivo de álcool tabagismo.
Gastrite crônica a gastrite que persiste por um longo período, ou seja por um tempo
prolongado e tem diversas causas sendo a mais comum por infecção da bactéria Helicobacter
pylori.
Diverticulite - Existem pequenas bolsas que se projetam para fora da parede do intestino,
essas bolsas podem ser obstruídos levando à sua informação: a diverticulite. Acontece mais
comumente no colo sigmóide e acredita-se que dois fatores estejam associados: o aumento da
pressão no interior do intestino e o consequente enfraquecimento da sua parede. É mais
comum em indivíduos com mais de 50 anos de idade. O exame indicados para o diagnóstico é
o Enema Opaco.
Indicação de Atividade
No blog abaixo você terá acesso a um artigo de radiologia abordando sobre a diverticulite
aguda.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010039842017000200126&lng=pt&n
rm=iso&tlng=pt
Doença de Crohn: Inflamação da parede intestinal, sendo mais comum em adultos, sua causa
na maioria das vezes é desconhecida. Alça do intestino delgado unidos por fístulas.
Indicação de Leitura
Na revista e-radiologia, você terá acesso a vários artigos do mundo da Radiologia, fique por
dentro.
https://e-radiologia.org/
Videoaula 3
Utilize o QRcode para assistir!
Agora, assista ao vídeo sobre radiologia
pediatra e patologias do abdome.
Encerramento