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Resumo de Semiologia
Abdominal: inspeção, palpação,
percussão e mais!
Carreira Médica
" 9 min • há 503 dias

# Índice

1. Regiões abdominais

2. Inspeção na semiologia abdominal

3. Ausculta abdominal

4. Palpação abdominal

5. Percussão na semiologia abdominal

6. Outros sinais do exame abdominal

7. Exame do abdome normal

8. Confira o vídeo: (

A semiologia abdominal, assim como a cardíaca,


é fundamental na prática clínica. Portanto,
dominar esse campo é essencial para sua
prática no dia-a-dia.

Neste resumo, abordaremos os principais


conceitos e técnicas que envolvem a semiologia
abdominal.

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Regiões abdominais
A cavidade abdominal é divida por quatro
planos: dois horizontais e dois verticais,
delimitando as seguintes regiões:

Hipocôndrio direito (HCD): fígado, vesícula


biliar, rim direito;
Epigástrio: lobo esquerdo do fígado, piloro,
duodeno, cólon transverso e cabeça e corpo
do pâncreas;
Hipocôndrio esquerdo: baço, estômago,
rim esquerdo, cauda do pâncreas;
Flanco direito (ou região lateral): cólon
ascendente, rim direito e jejuno;
Mesogástrio (ou região umbilical):
duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal,
mesentério, linfonodos;
Flanco esquerdo (ou região lateral): cólon
descendente, jejuno, íleo;
Fossa ilíaca direita (ou região inguinal):
ceco, apêndice, ovário e tuba uterina direita;
Hipogástrio: bexiga, útero, ureter;
Fossa ilíaca esquerda (ou região inguinal):
cólon sigmoide, ovário e tuba esquerda.

A cavidade abdominal também pode ser divida


em quatro quadrantes, a partir do plano
mediano (vertical), seguindo o trajeto da linha
alba e o plano transumbilical (horizontal) entre
L3 e L4.

A partir do exame físico minucioso e história


clínica do paciente, é possível estabelecer
suspeitas diagnósticas de acordo com a região
acometida. Abaixo veremos passo a passo como
realizar o exame físico do abdome.

OBS: diferente do sistema cardiovascular e


respiratório, a ausculta deve ser o primeiro
elemento a ser avaliado após a inspeção. A
explicação é que a palpação ou percussão do
abdome pode alterar os movimentos
peristálticos.

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Inspeção na semiologia
abdominal
Deve ser realizada com o paciente em decúbito
dorsal com pernas estendidas. São observadas,
forma, volume e alterações cutâneas do
abdome.

Forma: avaliar se há presença de assimetria,


como pode ocorrer na
hepatoesplenomegalia, hérnias de parede
abdominal, neoplasias e obstruções. Globoso
(panículo adiposo ou líquido ascítico),
escavado (emagrecimento ou síndrome
consuptiva), pendular (gravidez).

Abaulamentos: presença de massas


abdominais, como neoplasias ou hérnia da
parede abdominal.
Retrações (depressões): bridas pós-
cirúrgicas, caquexia.
Circulação colateral: pode ser visível em
caso de obstrução do sistema venoso porta
(cabeça de medusa) ou veia cava.

Ondas peristálticas: em geral não são


observadas em indivíduos normais, mas
pode estar presente quadros obstrutivos.
Lesões cutâneas: sinal de Cullen e sinal de
Turner, presentes na pancreatite aguda.

Ausculta abdominal
Deve ser realizada nos quatro quadrantes de
forma superficial para avaliar os ruídos
hidroaéreos. Para avaliar alterações do fluxo
aórtico (sopros ou aneurismas), aprofunda-se o
estetoscópio ao longo do trajeto da aorta.
Principais alterações a serem pesquisadas na
ausculta:

Presença de ruídos hidroaéreos (descrever


intensidade ++++/IV);
Peristaltismo de luta: obstrução;
Íleo paralítico: silêncio abdominal;
Sopros: sugerem aneurismas e compressões
arteriais.

Palpação abdominal
Palpação superficial: Avaliar sensibilidade,
integridade anatômica e grau de distensão da
parede abdominal. Os pacientes com dor
abdominal devem ser solicitados a localizá-la.
Só então inicia-se a palpação da área mais
distante da região dolorosa, deixando esta por
último. Deve ser feita com uma mão a 45 graus
ou duas mãos superpostas.

Pontos dolorosos:

Ponto epigástrico: sensível na úlcera péptica


em atividade;
Ponto cístico: situa-se no ângulo formado
pelo rebordo costal direito com a borda
externa do músculo reto abdominal, na
interseção da linha hemi clavicular com o
rebordo costal direito. Deve ser palpado em
busca do Sinal de Murphy que pode estar
presente na colecistite aguda.

Ponto de McBurney: união do terço externo


com dois terços internos da linha que une a
espinha ilíaca ântero-superior à cicatriz
umbilical. Dor nessa região sugere apendicite
aguda. O Sinal de Blumberg , dor a
descompressão, pode ser pesquisado na
palpação profunda.

Palpação profunda: tem como objetivo palpar


órgãos abdominais em busca de
visceromegalias e tumorações.

Palpação do fígado: o método mais


utilizado na prática é o de Lemos Torres, em
que o examinador com a mão esquerda na
região lombar direita do paciente tenta
evidenciar o fígado para frente e com a mão
direita espalmada sobre a parede anterior,
tenta palpar a borda hepática anterior
durante a inspiração profunda.

https://pt.slideshare.net/wesleyenfer/exame-fisico-
abdome

Deve ser avaliado a borda hepática, se tem


borda fina ou romba; regularidade da superfície,
sensibilidade, consistência, presença de
nodulações.

Palpação do baço: normalmente não é


palpável, exceto quando atinge duas ou três
vezes seu tamanho normal. Para palpá-lo, o
examinador posiciona-se à direita do
paciente e com a mão direita em garra tenta
sentir o polo esplênico inferior durante a
inspiração profunda próximo ao rebordo
costal esquerdo.

Causas de esplenomegalia: hipertensão portal,


infecção, anemia hemolítica, linfomas,
esquistossomose.

Percussão na semiologia
abdominal
A partir da percussão é possível identificar
presença de ar livre, líquidos e massas intra-
abdominais. A técnica é digito-digital, em que o
examinador posiciona uma das mãos sobre o
abdome e percute com o dedo indicador.

Som normal: maciço (baço e fígado),


timpânico (vísceras ocas);
Percussão normal: macicez hepática no
hipocôndrio direito; timpanismo no espaço
de Traube, timpanismo nas demais regiões.
Massas abdominais sólidas ou líquidas
(ascite) são maciços.
Timpanismo generalizado pode indicar
obstrução

Algumas manobras são fundamentais para


avaliar o paciente com suspeita de ascite, que é
o acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
Essa avaliação baseia-se justamente na
percussão como veremos nas duas principais
manobras abaixo:

Macicez móvel: ocorre em casos de ascite


de médio volume. Quando o paciente está
em decúbito dorsal o líquido acumula-se na
região lateral do abdome, revelando
timpanismo na região anterior, quando o
paciente posiciona-se em decúbito lateral, o
líquido desloca-se para o mesmo lado, onde
fica maciço e a região acima fica timpânica.
Semi-círculo de Skoda: com o paciente em
decúbito dorsal percute-se a regiçao
periumbilical do meio para as extremidades.
Em casos de ascite, observa-se alteração do
timpanismo.

Outros sinais do exame


abdominal

Sinal de Giordano: punho-percussão das


lojas renais. Se o paciente sentir dor, é
positivo e pode indicar pielonefrite aguda.
Sinal de Jobert: percussão do hipocôndrio
direito com detecção de timpanismo. É
indicativo de pneumoperitôneo (ar na
cavidade abdominal).
Sinal de Corvoisier-Terrier: vesícula biliar
palpável. Pode ser indicativo de neoplasia.

Exame do abdome normal


ABDOME: plano, sem lesões de pele, cicatrizes,
circulação colateral, retrações ou
abaulamentos. Peristalse não identificável à
inspeção. Ruídos hidroaéreos presentes nos
quatros quadrantes (+/IV). Ausência de
timpanismo difuso e macicez em flancos.
Traube livre. Fígado e baço não palpáveis.
Abdome indolor à palpação profunda e
superficial.

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Referências:

Semiologia Médica – Celmo Celeno Porto – 7ª


Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.

Semiologia Médica – Celmo Celeno Porto – 7ª


Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.

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