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Sistema hemolinfopoiético

Exame físico hepatoesplenomegalia:


Baço: é um órgão ímpar, localizado no quadrante superior esquerdo (hipocôndrio esquerdo), posteriormente
ao estômago e abaixo do diafragma.

Um baço normal trabalha no corpo para manter imunidade com linfócitos B e T, hemocaterese retirando
eritrócitos antigos e substituindo por novos por ter capacidade de armazenar sangue.
Exame físico: normalmente o baço não é palpável, para ser palpado é preciso que ele esteja aproximadamente
2 vezes maior do que normalmente é. Quando ele cresce, ele vaiem direção à fossa ilíaca direita.
Percussão: realizada no espaço de traube (delimitado pelo 6° espaço intescostal esquerdo e vai até o 9-10°
espaço intercostal. Ao percurtir espera-se um som timpânico. Caso o som esteja maciço, demarca alguma
anormalidade, não sendo necessariamente esplenomegalia (derrame pleural, neoplasias hepáticas).
Palpação: devemos começar a palpar na fossa ilíaca direita, até chegar ao rebordo costal esquerdo, pois ainda
que o baço esteja localizado no quadrante superior esquerdo, o sentido de crescimento é anterior, inferior e
medial (no sentido da fossa ilíaca direita). Na posição de Schuster o paciente deve estar em decúbito lateral
direito com o membro inferior esquerdo fletido a 90° e o joelho serve como ponto de apoio sobre a mesa do
exame, garantindo equilíbrio ao paciente. O membro inferior direito deve estar estendido. O membro superior
direito fica estendido enquanto o membro esquerdo fica fletido sob a cabeça. Essa posição induz a
movimentação do baço em direção ao rebordo costal, o que facilita a palpação.
Existem duas técnicas de palpação do baço
1. Palpação na posição de Shuster: examinador sempre do lado direito do paciente posiciona a mão
direita com a palma voltada para cima e levemente encurvada inicialmente da fossa ilíaca até a região
do rebordo costal esquerdo ao encontro do baço
Para avaliar o grau de esplenomegalia é usado a classificação de BOYD:
1. Baço palpável no rebordo costal
2. Baço palpável logo abaixo do rebordo costal, entre o rebordo costal e a cicatriz umbilical
3. Baço palpável até o plano horizontal ao nível da cicatriz umbilical
4. Baço palpável abaixo do plano horizontal ao nível da cicatriz umbilical

Descrição fisiológica: a palpação do baço realizada no paciente X apresenta baço não palpável
Descrição patológica: A palpaçõa do baço realizada no paciente x apresenta baço palpável ao longo
do rebordo costal esquerdo, caracterizando um baço tipo 1 pela classificação de BOYD.
2. Palpação bimanual do baço: nesta, com o paciente em decúbito dorsal, o examinador localizado a
direita do paciente posiciona sua mão esquerda na região lombar esquerda do paciente, de modo a
promover um rechaço para frente, em direção à parede abdominal. Com a sua mão direita palpa-se da
crista ilíaca esquerda até o rebordo costal esquerdo em busca do baço.

Hepatimetria e palpação do fígado


Percute-se na linha hemiclavicular direita, iniciando-se do segundo espaço intercostal direito em
sentido podálico até se delimite a borda superior do lobo hepático que é percebida quando há mudança do
som claro pulmonar (atimpanico) para maciço. O mesmo é feito no sentido caudal craniano a partir da fossa
ilíaca direita que deixará de ser timpânico para maciço. Faça as marcações com uma caneta. A normalidade é
de 6 a 12 cm. Da mesma forma, a delimitação do lobo hepático esquerdo, percutindo-se desde a cicatriz
umbilical em sentido cefálico até que se delimite a borda inferior do lobo hepático a normalidade para o lobo
esquerdo é de 4 a 8 cm.
Descrição fisiológica: “A hepatimetria do paciente “X” apresenta fígado fisiológico.”
Descrição patológica: “A hepatimetria do paciente “X” apresenta fígado com aumento de tamanho,
com o lobo hepático direito presente a 3 cm do rebordo costal direito e o lobo hepático esquerdo a 8 cm do
rebordo costal direito.”

Palpação do fígado:
Manobra de lemos-torres: permite determinar as características da borda hepática, quando a sua
consistência, regularidade de sua parede e forma de sua borda, presença de pontos dolorosos e determinação
de massas palpáveis.
Com o paciente em decúbito dorsal e o examinador à direita do mesmo, este coloca sua mão esquerda na
região dorsal direita do paciente e faz uma tração anterior desta, a mão direita é colocada sobre o abdome,
iniciando-se a palpação com movimentos ondulantes, desde a crista ilíaca direita.
Fisiologicamente, a borda hepática é lisa, de consistência fibroelástica e fina

Descrição fisiológica: “A Manobra de Lemos-Torres do paciente X apresenta borda hepática inferior com
superfície lisa, fina, consistência fibroelástica e indolor.”
Descrição patológica: “A Manobra de Lemos-Torres do paciente X apresenta borda hepática inferior com
superfície irregular, grossa, consistência endurecida e dolorosa.”
Manobra de Mathiew
Outra técnica utilizada para palpação do fígado.
 Nesta, o examinador posiciona-se para à direita e de frente para os pés do paciente, estando este em
decúbito dorsal.
 Com as mãos em garra faz-se a busca da borda hepática desde a crista ilíaca direita em direção ao
rebordo costal direito, os dedos tentam entrar por baixo do rebordo costal.
 Também nesta manobra, procura-se determinar as características da borda hepática citadas
anteriormente.

Busca avaliar na palpação hepática:

 Borda hepática: deve ser delimitada, avaliara sua espessura: fina ou romba. Avaliar a sua superfície:
se é lisa ou irregular
 A sensibilidade hepática: o examinador deve realizar a compressão da borda hepática e questionar
ao paciente a presença de dor.
 Consistência do fígado: O normal é que seja uma consistência elástica (rígida: fibrose hepática,
amolecida: esteatose hepática).
 Refluxo hepatojugular: realizado por meio de uma compressão firme e contínua da superfície
hepática utilizando a palma da mão. Durante a compressão, deve observar-se ocorre o aumento do
volume e turgência da veia jugular externa, e se presente indica a congestão sistêmica.

Arboviroses:
Dengue:

 Causas: picada de inseto fêmea Aedes aegypti infectado com o flavivírus que pode ser de 5 tipos de
sorotipos, sendo 4 presentes no Brasil DENV1, 2, 3 e 4. O 2 é o mais comum no país.

Sintomas e sinais:

 Mialgia
 Febre com início súbito
 Dor retro orbitária
 Artralgia
 Exantema
 Vômitos
 Hemorragia (sangue na urina) G
 Edema G
 Dor abdominal G
 Letargia (lentidão) G
 Sangramentos G
 Derrame pleural G
 Derrame pericárdico G
 Hepatomegalia G

Exame físico:
Inspeção: estado da pele, hidratado, lúcido, presença de edema e Rash como na imagem:

Palpação: pulso fraco e filiforme, enchimento capilar lento, extremidades distais frias

Diagnóstico:
Prova do laço: mostra a fragilidade dos capilares. Para realizar, mede-se a PA e faz-se uma média entre a
sistólica e a diastólica. Com esse valor no manguito deve-se esperar 5 minutos no adulto e 3 na criança. Com
um quadro demarcado de 2,5 cm x 2,5 cm conta-se o número de petéquias sendo prova do laço positiva
acima de 10 na criança e 20 no adulto.
imunocromatografia :Nos primeiros 3 dias é possível pedir o NS1 que é um produto da replicação do vírus
e o teste é feito com imunocromato usando fita de nitrocelulose.
A partir do quinto dia, pode-se solicitar o IgG e o IgM, ELISA.

Exame físico hemolinfopoiético:


Inspeção:
 Analisar a pele (coloração, icterícia, petéquias, equimoses), mucosas, fâneros (unhas), cavidade oral
(avaliar se a língua está lisa, gengivas, presença de sangramento, hipertrofia, inflamação, lábios)
Palpação:
 Preauricular, retroauricular, occipitais, mandibular, submandibular, submentoniano, cervical anterior,
cervical posterior, supraclavicular, infraclavicular, axilar anterior, médio e posterior, inguinais,
poplíteos (paciente com perna semifletida)
 Busca-se avaliar: localização, tamanho, bordas (regulares ou irregulares), consistência (fibroelástico,
endurecido, mole), mobilidade (móvel ou imóvel), sensibilidade (doloroso ou não) e cor da pele local.

Características benignas dos gânglios:


 Palpáveis em lugar habitual;
 Móveis;
 Consistência fibroelástica;
 Únicos ou em cadeias;
 Superficiais;
 Não aderidos a planos profundos;
 Indolores;
 Sem sinal de comprometimento sistêmico.

Características malignas dos gânglios:


 Grandes;
 Palpáveis em lugar não habitual;
 Aderido a planos profundos;
 Sintomas associados;
 Não móveis;
 Consistência rígida;
 Podem ser doloridos.

Faz-se também o exame físico do baço e fígado como já explicado no começo do arquivo.

Anemias:
Anemia ferropriva:

 Causas: Dieta inadequada, perda crônica de sangue (sangramento menstrual excessivo, parasitoses
intestinais, úlcera gástrica ou duodenal, pólipo gástrico e no cólon, câncer de estômago, câncer de
cólon), Gastrectomia, doença celíaca, entre outras.
 Definição: O ferro é um componente necessário para formação da hemoglobina, quando encontrado
em baixas concentrações no organismo, devido diminuição do consumo, excesso de perda
(hemorragias) ou má absorção, a síntese dessa proteína é prejudicada. É uma situação bastante
frequente em recém-nascidos, crianças e adolescentes, já que nesses grupos há incremento da
necessidade de ferro, e a ingesta média apresenta-se inferior à recomendada, mesmo nos países
desenvolvidos.
Sinais e sintomas:
 Fraqueza
 Fadiga
 Dor nos membros inferiores
 Sonolência
 Dispneia aos esforços
 Palpitações
 Tonturas
 Zumbidos
 Parestesia nas extremidades
 Perversão do apetite (PICA)
 Cabelos finos e quebradiço
Achados laboratoriais:
Esfregaço sanguíneo: hipocromia e microcitose, poiquilocitose
Hemograma: pode haver leucopenia, contagem plaquetária normal, elevada ou diminuída (crianças), índice
de anisocitose eritrocitária (RDW) aumentado
Ferritina sérica diminuída, ferro sérico diminuído, transferrina sérica elevada, capacidade total de ligação do
ferro aumentado, índice de saturação da transferrina diminuído.

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