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UnB – FCE (Semiologia e Semiotécnica 1)

Leandro Machado

PACIENTE SENTADO NA CADEIRA


• Anamnese: incluir eliminação e genitálias, pois não tem exame físico específico para isso.
• Sinais vitais: T, FC, FR, PA e escala de dor (todos na técnica correta).

EXAME FÍSICO – CABEÇA E PESCOÇO (SENTADO NA MACA)


CABEÇA
• Inspeção da pele: coloração, umidade, textura, espessura, mobilidade, turgor,
temperatura, lesões pigmentares, manchas e máculas.
• Crânio: mensurar perímetro encefálico.
• Couro cabeludo: técnica de corrida, inspeciona cabelos e palpa crânio (pediculose,
foliculite, sujidade).
• Face: inspeciona simetria.
• Olhos: inspeciona e palpa pálpebras, cílios, sobrancelhas, conjuntiva, esclera, córnea, íris e
pupila (fazer fotorreação pupilar e classificar as pupilas em isso/anisocóricas).
• Nariz: inspeciona pele, palpa pirâmides nasais, palpa seios nasais, inspeciona interior do
nariz em busca de lesões, edema e faz teste de desvio de septo.
• Orelha: inspeciona implantação, faz pressão pré-auricular/tração auricular (se doer, otite),
com o otoscópio inspeciona canal auditivo, cerume, lesões, perfurações e tímpano.
• Cavidade oral: lábios e cavidade bucal
» Lábios: cianose, palidez, queilose, queilite, edema, leporino.
» Dentes: cárie, higiene.
» Bochecha/gengiva: tártaro, estomatite.
» Mucosa oral: aftas.
» Língua: saburrosa, glossite (avalia em repouso, tocando palato duro e para fora).
» Palato duro e palato mole: rósea.
» Amigdalas: purulenta, faringite, halitose.
» Úvula: rósea, linha média (PCT fala AHHH e a úvula e palato mole se erguem).
PESCOÇO
• Forma e volume: cilíndrica, sem alterações de volume.
• Mobilidade: amplitude de 180º (torcicolo).
• Traqueia: língua média.
• Tireoide: avalia volume, consistência, mobilidade, superfície (de frente e de trás).
• Linfonodos: palpa para identificar se estão presentes.
• Turgência de jugular: sentado ausente, deitado visível, mas não pulsátil (se visível com o
paciente sentado, estase jugular → insuficiência ventricular direita).
• Carótidas: ausculta para identificar sopros.

EXAME FÍSICO – NEUROLÓGICO (SENTADO NA MACA)


AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
• Senhor? (Se responder, pergunta abaixo). Se não responder, estímulo tátil.
• O senhor sabe onde estamos? Que dia é hoje?
• Orientado no tempo e no espaço.

AVALIAÇÃO PUPILAR
• Diâmetro: 1 a 9 mm (isocóricas, anisocóricas).
• Forma: ovoide, buraco de fechadura, irregular.
• Fotorreação pupilar: midríase ou miose.

AVALIAÇÃO MOTORA
• Tônus: palpa músculos e verifica flacidez, rigidez.
• Força: aperta mãos e levanta pernas (paresia, hemiparesia, plegia, para/tetraplegia).

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO SENSITIVA


• PCT fecha os olhos e enfermeiro pesquisa sensibilidade nos MMSS e MMII com algodão ou
objeto pontiagudo.
• Anestesia, analgesia.
AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS
• Abaixo da paleta, o normal é a extensão da perna ao toque com martelo.

AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS


1. Olfatório: testa olfato com álcool e faz teste de desvio de septo.
2. Óptico: testa campo visual com caneta/lanterna.
3. Oculomotor, 4. Troclear e 6. Abducente: testa movimentos oculares com caneta/lanterna.
5. Trigêmio: testa sensibilidade da face com algodão.
7. Facial: testa força motora e simetria dos movimentos (sorri, cerra pálpebras, assovia).
8. Vestíbulo-coclear: testa acuidade auditiva com diapasão.
9. Glossofaríngeo: testa reflexo de deglutição.
10. Vago: testa reflexo do vômito com espátula.
11. Acessório: testa capacidade de encolher os ombros.
12. Hipoglosso: testa força da língua contra a mão do enfermeiro na bochecha.

EXAME FÍSICO – RESPIRATÓRIO (SENTADO NA MACA)


INSPEÇÃO
• Estática: forma (normal, barril, escoliótico, cifótico, escavado e peito de pombo), pele,
abaulamentos e depressões.
• Dinâmica:
» Tipo respiratório: torácica ou abdominal.
» Frequência: 12 a 20 rpm.
» Ritmo: eupneia, bradipneia, taquipneia, hiperpneia, apneia.
» Amplitude: superficial ou profunda.
» Tiragem: depressão dos espaços intercostais se houver impedimento da respiração.
» Expansibilidade dos pulmões: uniforme ou não uniforme (uni/bilateral).
PALPAÇÃO
• Parede torácica: mão espalmada verifica parede torácica, abaulamentos, depressões.
• Expansibilidade torácica: faz prega cutânea, pct respira, prega deve se desfazer.
• Frêmito toracovocal: enfermeiro sente vibrações nas mãos quando pct fala 33. Pode estar
diminuída (afastamento do pulmão da parede torácica) ou aumentada (consolidação
pulmonar).

PERCUSSÃO
• Técnica: dígito-digital seguindo o S.
• Anterior: 5 pontos.
• Posterior: 9 pontos.
• Som normal: claro pulmonar.
• Sons anormais: hiperressonância pulmonar, maciço ou timpânico.

AUSCULTA
• Técnica: PCT inspira profundamente com boca aberta, com estetoscópio segue o S.
• Anterior: 5 pontos.
• Posterior: 9 pontos.
• Sons normais:
» Murmúrios vesiculares: mais na inspiração em todos os campos de ausculta.
» Som traqueal/brônquico: mais na expiração na traqueia.
» Som broncovesicular: inspiração e expiração nos ápices do coração.

• Sons anormais:
» Crepitações: mais na inspiração, é a abertura súbita das pequenas vias aéreas, não
some com a tosse.
» Roncos: mais na expiração, canais com secreções, some com a tosse.
» Sibilos: inspiração e expiração, broncoespasmo/asma.
» Atrito pleural: inspiração e expiração, pleurite.
EXAME FÍSICO – CARDÍACO (DEITADO NA MACA)
INSPEÇÃO
• Pele.
• Ictus cordis: 1 a 2cm de diâmetro no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular.

PALPAÇÃO
• Ictus cordis: palpa com as polpas digitais e calcula quantas polpas são necessárias para
cobrir o ictus. Acima de 3cm → hipertrofia do VE.
• Precórdio: palpa com a face palmar dos dedos no ápice cardíaco, borda esternal e base
cardíaca. Identifica frêmitos (vibrações, sopros).

AUSCULTA
• Enfermeiro à direita do paciente.
• Focos:
» FOCO AÓRTICO: 2º E.I.C paraesternal direito.
» FOCO PULMONAR: 2º E.I.C paraesternal esquerdo.
» PONTO DE ERB: 3º E.I.C paraesternal esquerdo.
» FOCO MITRAL: 5º E.I.C na linha hemiclavicular esquerda.
» FOCO TRICÚSPIDE: borda esquerda do processo xifoide.

• Sons normais: B1 (tum - fechamento das valvas AV) e B2 (tá - fechamento das valvas S).

• Sons anormais: B3 (tum-tá-tá) e B4 (tum-tum-tá).


» Sopros inocentes: ausência de cardiopatias.
» Sopros patológicos: abertura de septos intratrial/ventricular, estenose valvar.
EXAME FÍSICO – ABDOMINAL (DEITADO NA MACA)
INSPEÇÃO
• Inspeciona tipo: plano, arredondado, protuberante e escavado.
• Inspeciona pele: integridade, cicatrizes, lesões, estrias.
• Inspeciona cicatriz umbilical: plana ou protusão (protusão pode indicar hérnia).
• Inspeciona peristaltismo e pulsações: observar peristaltismo visível e pulsação da aorta.

AUSCULTA
• Ruídos hidroaéreos: movimentos peristálticos – enfermeiro à direita do PCT.
• RHA presentes hipoativos (pós-operatório) ou hiperativos (hipermotilidade).

PERCUSSÃO
• Forma: direta e indireta (dígito-digital).
• Som: timpânico (vísceras ocas) ou maciço (massas, líquidos, fígado).

PALPAÇÃO
• Superficial: mão espalmada sem pressão → verifica sensibilidade a dor e condições gerais
do abdome (olhando expressões faciais do paciente).
• Profunda: mãos sobrepostas com pressão → verifica tamanho, forma, consistência,
localização, sensibilidade, mobilidade de órgãos e palpa massas.

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
SINAL DE SINAL DE SINAL DE SINAL DE SINAL DE
BLUMBERG ROSVING MURPHY PIPAROTE GIORDANO
Compressão Palpação Bimanual, pct Mão do Enf golpeia com
profunda e profunda e inspira e enf paciente no a borda ulnar da
descompressão contínua do QIE palpa umbigo. Enf mão os flancos
brusca no ponto em direção ao profundamente aplica do pct.
de McBurney. QID. vesícula piparotes. Dor: inflamação
Dor: apendicite Dor: apendicite Dor: colecistite Ondas e renal
transmissão:
ascite
FÍGADO
• Estimar tamanho: percutir na linha hemiclavicular direita descendo o tórax e subindo o
abdome até o som timpânico mudar para maciço. Normal é 6 a 12 cm, acima disso é
hepatomegalia.
• Palpação bimanual: uma mão eleva e outra palpa borda inferior do fígado quando o
paciente inspira.
• Palpação em gancho: mãos em gancho palpa borda inferior do fígado quando o paciente
inspira.
• O fígado deve estar liso, macio, borda fina e sem nódulos.

PACIENTE EM PÉ
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBELAR (CONCLUI EXAME NEUROLÓGICO)
• Teste de Roomberg, teste de coordenação motora (tocar nariz) e teste de marcha.

DEMAIS PROCEDIMENTOS
• Mede circunferência da cintura e quadril.
• Mede a altura e peso do paciente.
• Finaliza o exame dando um feedback ao paciente sobre se foi encontrado alguma alteração
no exame, se está tudo bem e etc.

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