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Profa.

Patrícia Garcia
20.1
EXAME FÍSICO GERAL

Fundamentação teórico-prática que permite ao enfermeiro


relacionar os sinais e sintomas.

Sinal= tudo o que podemos verificar através dos nossos


sentidos – objetiva. Ex.: hipertermia, vômito...

Sintoma= queixas do paciente relativas a doença – subjetivo.


Ex.: dor de ouvido, dor abdominal...

Requer habilidade, destreza e


experiência anterior
• Dados de identificação
• Queixa Principal
• História da Doença Atual (medicamentos, alergias,
tabagismo, álcool, drogas)
• História patológica Pregressa (doenças próprias da
infância, cirurgias, antecedentes ginecológicos ou
obstétricos, psiquiátricos e manutenção de saúde)
• Histórico familiar
• História pessoal e social
• Fontes e confiabilidade da anamnese
A importância do exame físico:
- comprovação dos dados obtidos na entrevista;
- estabelecimento do relacionamento terapêutico e,
- fornecimento de subsídios para a formulação do
julgamento clínico.
• Permitem a individualização das intervenções de
enfermagem.
• sequência lógica, da cabeça aos pés (céfalo-podálico).
• Estabelece vínculo afetivo – Relacionamento
Enfermeiro X Cliente
FUSÃO ENTRE:

Inspecionar  ver
Palpar  tocar
Auscultar  ouvir
Percussão  Traduz em
sons a aplicação de uma
força física
Instrumentos utilizados durante o
Exame Físico

Termômetro Lanterna
Estetoscópio Esfigmomanômetro oftalmoscópio

Abaixador Fita Balança com


Relógio ou Otoscópio
de língua métrica régua
cronômetro
antropométrica
Posições Anatômicas possíveis durante o
Exame Físico

Paciente em decúbito dorsal. Os braços


repousam sobre o leito em mínima
abdução.

Paciente em decúbito lateral direito, com


um dos braços repousando sobre seu corpo
e com o outro em abdução. As pernas são
levemente fletidas, para maior comodidade
do paciente.

Anamnese e Exame Físico. Alba L. B. L. Barros. Artmed. 2016.


Posições Anatômicas possíveis durante o
Exame Físico

Paciente em decúbito lateral direito, com


ambos os braços em abdução, para permitir
a visualização da face lateral do tórax.

Paciente em decúbito ventral. Os braços e o


rosto estão sobre o travesseiro.

Anamnese e Exame Físico. Alba L. B. L. Barros. Artmed. 2016.


Posições Anatômicas possíveis durante o
Exame Físico

Paciente em posição sentada.


As mãos repousam sobre as Paciente em posição ortostática. Os
coxas. Neste caso, o paciente pés encontram-se moderadamente
está sentado na beira do leito. afastados um do outro, e os
membros superiores caem
naturalmente junto ao corpo.
Anamnese e Exame Físico. Alba L. B. L. Barros. Artmed. 2016.
PREPARO DO DOENTE E DO CENÁRIO
Doente
Constrangido
Desconfortável, vulnerável e ansioso
Medo

ENFERMEIRO
Deixá-lo mais a vontade
Minimizar a ansiedade
Transmitir confiança
Atentar para o estado emocional
Higienize as mãos antes do contato com o paciente

Ambiente
Tranquilo Individualizado; Boa iluminação - de preferência natural;
Aquecido; Limpo para evitar contaminação; Reduzir ruído; Remover
objetos que possam provocar distração.
1) INSPEÇÃO → Primeira etapa do exame físico –
observação inicial

1º contato com o doente (sentido – visão)

•Observar → postura, estatura, padrão de fala,


temperatura corporal, estado aparente de saúde,
consciência, hidratação, coloração da pele, higiene,
humor.
• Preferencialmente: doente despido coberto por
lençol (privacidade).
• Atentar aos detalhes da observação.
Através do tato e da pressão.
Tato →impressões sobre a parte mais superficial.
Pressão→ impressões das partes mais profundas.
• Confirma dados da inspeção e permite a obtenção de
novas alterações orgânicas. Ex: queixa de dor abdominal =
localização exata
•Percepções da palpação: Modificações de textura,
espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza e
percepção de frêmitos (sons “sentidos” pelo tato)
Palpação superficial Palpação Profunda

Usada para avaliar Utilizada para definir massas


estruturas imediatamente abdominais e ou órgãos.
abaixo da pele.

Exame Físico na Prática Clínica da Enfermagem. PAULA, Maria ; SANTOS, Eduarda. Elsevier. 2015
Mãos em Garra →
palpação ganglionar
(gânglios submandibulares).

Digitopressão →
perfusão periférica
Dorso da mão →
calor da pele

Dedos em Pinça
→ pregueamento
cutâneo.
Traduz em sons a aplicação de
uma força física.
Princípio: colocar em vibração a
parede torácica ou abdominal
através de golpes firmes: dedo
médio da mão dominante, bate
na falange terminal do dedo
médio da mão não dominante.
Timpânico: cavidades fechadas que contém ar, como
estômago.
Maciço: regiões sólidas, desprovido de ar, como baço,
fígado, rins e músculos
Sub-maciço: regiões relativamente densas, ar restrito,
como a transição entre o parênquima pulmonar e um
órgão sólido.
Claro pulmonar: percussão da área dos pulmões,
depende do ar existente nos nas estruturas pulmonares.
Pulmonar
•O som é produzido no corpo
Nos pulmões escutamos o ar (movimento do ar por estruturas
passando pela árvore ocas ou movimento de líquidos
traqueobrônquica até chegar pelas estruturas sólidas)
aos alvéolos. •Caracteriza-se pela intensidade,
tom, duração e qualidade.
•Ruídos: normais ou patológicos.
•Deve ser realizada em
ambiente sem ruído externo e
sossegado
Pulmonar
• Na ausculta pulmonar, os sons:
- normais são chamados de murmúrios vesiculares (MV).
- anormais são chamados de ruídos adventícios.

RUÍDOS ADVENTÍCIOS.
Roncos;
Sibilos;
Estertores (finos e grossos);
Outros sons (crepitações, estridores e atrito
pleural).
Cardíaca
Ao realizar a ausculta cardíaca, pretendemos
ouvir as bulhas, consideradas sons normais.
O sopro seria um som de anormalidade.

Abdominal
Ao realizar a ausculta abdominal, pretendemos
ouvir os ruídos hidroaéreos, consideradas sons
normais.

Os ruídos hidroaéreos podem apresentar-se


como aumentados, diminuídos ou ausentes,
seria um sinal de anormalidade.
Ausculta
Dicas

• Saber o que se quer escutar;


• Onde e como devo posicionar o diafragma do estetoscópio;
• Distinguir os sons;
• Evite falar com o paciente/cliente neste momento;
• Não ausculte sobre as roubas;
• Mantenha o ambiente tranquilo, livre de ruídos;

Mantenha seu estetoscópio sempre limpo


EXAME FÍSICO GERAL
Constitui-se no exame externo do paciente, devendo
incluir suas condições gerais como:
➢ Estado mental – orientação, memória e cálculo
➢Tipo morfológico – mulitas patologias estão associadas
ao biótipo do paciente:
Brevilíneo,
Normolíneo
Longilíne
-> relação de proporcionalidade entre o pescoço, os
braços, os ossos frontais, as mãos e os dedos.
Tipo morfológico
EXAME FÍSICO GERAL
➢Dados antropométricos – peso e altura
➢Postura e Locomoção – observar o posicionamento
preferencial do paciente no leito, bem como o ritmo,
amplitude e a natureza dos movimentos = ativo ou
passivo, e a natureza da marcha.
➢Expressão facial – formato do rosto e fisionomias
podem indicar algumas patologias.
TABELA DE IMC DA OMS PARA ADULTOS DE 20 A 59 ANOS
Peso Sobrepeso Obesidade
Baixo peso
adequado
≥ 25 e < 30 ≥ 30
< 18,5 ≥ 18,5 e < 24,9
EXAME FÍSICO GERAL
Sinais vitais → pressão arterial, pulso, frequência
respiratória, temperatura corporal e nível de dor (se
existe) = 5º sinal vital!!

Pele – cor, umidade, temperatura, textura, turgor e a


preença de lesões e edemas
Mucosas – coloração e hidratação
Anexos – pelos, unhas
Específico: é realizado avaliação nos diversos sistemas:

• Pele e anexos
• Avaliação Neurológica
• Cabeça e Pescoço
• Sistema Respiratório
• Sistema Cardiovascular
• Sistema Digestório
• Sistema Geniturinário
• Sistema Músculo-esquelético
Vamos assistir!

goo.gl/J5xzWk

Tempo: 10 min
Referências:

1. Carneiro ABM, Meneghini A, Chagas ACP et al. Manual de exame físico. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2019.
2. Barros, A.L.B. & Cols. Anamnese e exame físico. 3ª ed. São Paulo: Artemed, 2016.
3. Jarvis, C. Exame físico e avaliação de saúde. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
4. Monteiro CR, Ferreti-Rebustini REL, Mohallen AGC. Exame clínico na prática da
enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

5. Bates, B. Propedêutica médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
Acesso na biblioteca virtual da UNINOVE – Plataforma E-volution

6. Laplaca DV, Petenusso M. Manual para realização do exame físico. 2ª ed.


São Caetano do Sul: Yendis, 2012.
Acesso na biblioteca virtual da UNINOVE – Plataforma Biblioteca virtual Pearson
Nada de
descanso...

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