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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


CAMPUS PROFESSOR ANTONIO GARCIA FILHO
CHECK LIST
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Nº 09
HABILIDADES E ATITUDES EM SAÚDE II

EXAME FÍSICO DO ABDÔMEN


MATERIAL QUANTIDADE
Álcool a 70% 5-10 ml
Algodão 03 bolas
Biombo 01 Unidade
Fita métrica 01 Unidade
Lanterna 01 Unidade
Luvas de procedimento. 01 Par
Lupa 01 Unidade
Régua 01 Unidade
Relógio 01 Unidade
PASSO A PASSO CONTEXTUALIZAÇÃO
1. Realizar acolhimento do paciente/família.
2. Verificar o prontuário.
3. Preparar material.
4. Lavar as mãos.
5. Dirigir-se até o paciente e realizar
apresentação pessoal.
6. Explicar o procedimento a ser realizado.
7. Fechar portas janelas e posicionar o biombo.
8. Realizar anamnese e investigar queixa
principal: investigar áreas dolorosas – Dor
abdominal: localização da dor, como e
quando a dor começou, a dor é constante ou
intermitente, quais as características da dor,
Está associada a menstruação, estresse,
medicamentos ou atividades; Presença de
azia eructação, distensão abdominal ou
indigestão.
9. Investigar alterações no apetite, alterações no
peso, presença de disfagia, intolerância
alimentar. Presença de Náusea ou êmese:
com qual frequência? Quanto é o debito?
Coloração ou aspecto? Tem dor? É
sanguinolento? Está associada à cólica,
diarreia, febre ou calafrios? Alimentos
ingeridos nas ultimas 24h?
10. Realizar anamnese e investigar história
pregressa: Perguntar se apresentou algum
problema gastrointestinal – úlcera, doença da
vesícula biliar, hepatite, icterícia, apendicite,
colite, hérnia? Cirurgias abdominais?
Complicações pós operatórias?
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11. Realizar anamnese e investigar história


familiar. Alguém na família apresenta
história de doença abdominal, dor
epigástrica, náuseas, êmese, eructação,
cirurgias, hepatite, colite, úlcera, gastrite.
12. Realizar anamnese e investigar estilo de vida
– hábitos intestinais: Frequência das
evacuações? Qual a cor e consistência das
fezes, presença de diarreia ou constipação;
utilização de bebidas alcoólicas e tabagismo:
Utilização de medicamentos: quais
medicamentos está tomando, uso de laxantes,
antiácidos ou outros medicamentos.
13. Solicitar ao paciente para esvaziar a bexiga.
14. Calçar luvas.
15. Posicionar paciente em decúbito dorsal, com
a cabeça sobre o travesseiro, joelhos
dobrados ou sobre um travesseiro e os braços
paralelos ao tórax.
16. Localizar os nove quadrantes com os
respectivos órgãos: Hipocôndrio direito,
flanco direito, fossa ilíaca direito, epigástrico,
mesogástrico, hipogástrico, hipocôndrio
esquerdo, flanco esquerdo, fossa ilíaca
esquerda.
17. Dividiu o abdômen em quatro quadrantes:

17.1 Quadrante superior Direito: Fígado,


Vesícula biliar, Duodeno, Cabeça do pâncreas,
Rim suprarrenal direita, Parte do colón
transverso a ascendente.
17.2 Quadrante superior Esquerdo:
Estômago, Baço, Lobo esquerdo do fígado,
Corpo do pâncreas, Rim e suprarrenal esquerda,
Parte do colón transverso e descendente.
17.3 Quadrante inferior direito: ceco,
Apêndice, Ovário e trompas direito, Ureter
direito.
17.4 Quadrante inferior Esquerdo: Parte do
colón descendente, Cólon sigmoide, Ovário e
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trompa esquerdo, Ureter esquerdo.


17.5Linha Média: Aorta, Útero (quando
aumentado), Bexiga (quando distendida).
18. Realizar inspeção Estática: Observar
simetria do abdômen.
18.1 Classificar abdômen quanto ao tipo:
plano, globoso, escavado, tábua, escafóide,
saliente e avental).
18.2 Observar abaulamentos ou retrações:
(hérnias: inguinais, femorais).
18.3 Avaliar pele e anexos incluindo: cor,
hidratação, cicatrizes, estrias, veias dilatadas,
erupções, cicatriz umbilical na linha média, é
invertido (sujidade e posição), sinais flogísticos,
nevos pigmentados
18.4 Analisar distribuição de pelos pubianos:
em triângulo invertido nas mulheres e em
losango nos homens (formato de diamante).
18.5 Observar turgência venosa.
19. Realizar inspeção dinâmica: Observar
Hérnias (importância da expiração e
expiração forçada); Respiração abdominal;
Movimentos peristálticos e Pulsações
(aortismo x dilatação aneurismática).
20. Nos casos de ascite, com a utilização da fita
métrica, mensurar a circunferência
abdominal.
21. Realizar sequência correta da ausculta
abdominal: início no colón ascendente,
colón transverso, colón descendente e
sigmoide. Identificou os RHA.

22. Realizar a percussão do abdome levemente


em todos os quadrantes, para avaliar a
distribuição do timpanismo e da macicez e
delinear especificamente o tamanho dos
órgãos abdominais, tais como o Estômago,
Intestino e Bexiga possuem som timpânico.
Fígado, Baço, Pâncreas, Rins e Bexiga
distendida possuem som maciço e curto.

Figura: Percussão abdominal Fonte:


Jarvis, 2012.
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Figura: Punho percussão. Sensação dolorosa nos rins


Fonte: Barros, 2010

Figura: Percussão com a borda da mão. . Sensação


dolorosa nos rins
Fonte: Barros, 2010.
23. Realizar palpação superficial (com os
quatro primeiros dedos juntos, comprima a
pele em cerca de 1 cm, faça movimentos
rotatórios e suaves, deslizando os dedos e a
pele, em seguida levante os dedos e
movimente-os no sentido horário até o
próximo ponto do abdome). Identificar
sensibilidade, integridade anatômica, tensão
da parede abdominal.

Figura: Palpação com mãos espalmadas.


Fonte: Barros, 2010.
24. Realizar palpação profunda: identificar
tamanho, forma, consistência, mobilidade de
tecidos, massas incomuns, sensibilidade.
Deixa os pontos dolorosos para serem
avaliados por último.
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25. Realizar palpação bimanual profunda:


com as mãos sobrepostas.

Figura: Palpação com mão sobrepondo a outra.


Fonte: Barros, 2010.
26. Realizar manobra de Lemos Torres:
Palpação bimanual do fígado.
27. Realizar técnica de Mathieu: Palpação do
fígado com as mãos em garra.
28. Realizar palpação profunda do baço: O
paciente deve ser posicionado em decúbito
dorsal ou DLE. O examinador posiciona-se
do lado direito realiza a palpação bimanual.
29. Realizar palpação da pulsação da aorta,
utilizando o polegar e indicador na região
superior do abdome, discretamente a
esquerda da linha media.
30. Realizar teste de iliopsoas: localizar região
dolorosa entre 12ª vértebra torácica até
trocanter menor do fêmur com a Flexão da
coxa sobre quadril.
31. Verificar o sinal de piparote ou teste da
onda líquida.

Figura: Percussão por piparote.


Fonte: Jarvis, 2012.
32. Verificar o sinal de Blumberg: Teste da
descompressão dolorosa – escolher um local
distante da área dolorosa e realize a palpação.
Com a mão em ângulo de 90º (perpendicular)
faça a compressão de forma lenta e profunda,
em seguida libere de forma rápida (paciente
irá apresentar dor intensa caso o resultado
seja negativo).
33. Verificar o sinal de Murphy: identifica
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colecistite, solicite que respire


profundamente, teste positivo quando o
paciente relata dor e não consegue concluir a
respiração.
34. Recompor o paciente e a unidade.
35. Retirar as luvas, descartar em lixo apropriado
e comunicar os principais achados ao
paciente.
36. Realizar a higienização das mãos após o
procedimento.
37. Registrar no prontuário.
REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L et al. Anamnese e Exame Físico Avaliação diagnóstica de enfermagem no
adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002.
JARVIS, C. Exame físico e avaliação em saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
PORTO, C.C. PORTO, A.L. (Ed.). Exame clínico: Porto & Porto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012. 522p.
SWARTZ, Mark H. Tratado de semiologia médica. 5ª ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2006.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
LYNN P. Manual de Habilidades de Enfermagem Clínica de Taylor. Porto Alegre: Artmed, 2012.
MARIA, V. L. R; MARTINS, I. PEIXOTO, M. S. P. Exame Clínico de Enfermagem no adulto. 1ª Ed.
São Paulo: Iátria, 2003.
POTTER PA, PERRY AG. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
TIMBY BK. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ª edição. Porto
Alegre: Artmed, 2007.

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