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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


CAMPUS PROFESSOR ANTONIO GARCIA FILHO
CHECK LIST
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Nº 11
HABILIDADES E ATITUDES EM SAÚDE II

EXAME FÍSICO DO APARELHO LOCOMOTOR


MATERIAL QUANTIDADE
Álcool a 70% 5-10 ml
Algodão 03 bolas
Biombo 01 Unidade
Caneta dermatográfica 01 Unidade
Lanterna 01 Unidade
Luvas de procedimento. 01 Par
Lupa 01 Unidade
Régua 01 Unidade
PASSO A PASSO CONTEXTUALIZAÇÃO
1. Realizar acolhimento do paciente/família. Trigger points- pontos que na digito pressão
2. Verificar o prontuário. irradiam dor muscular.
3. Preparar material
4. Lavar as mãos;
5. Dirigir-se até o paciente e realizar apresentação
pessoal.
6. Explicar o procedimento a ser realizado.
7. Fechar portas janelas e posicionar o biombo.
8. Realizar anamnese e investigar as articulações:
presença de rigidez, edema, eritema ou calor,
limitação do movimento presença de dor:
Classifica-la quanto a localização? Intensidade?
Qualidade? Inicio? Horário do dia que aumenta? Cervicobraquialgia- dor na região cervical por
É agravada pelo repouso ou movimento? compressão neural, hernia discal, etc
9. Investigar músculos: Dor ou câimbras e em MANOBRA DE SPURLING- compressão
quais músculos? Os músculos parecem mais sobre a cabeça, irradiando dor para área
finos nesses locais? Estão associadas à febre afetada.
calafrios ou gripe, existe fraqueza muscular?
10. Investigar ossos: Dor óssea, deformidade,
acidente ou trauma, há quanto tempo, qual foi o
tratamento utilizado, existe dormência ou
parestesias?
11. Realizar anamnese e investigar avaliação
funcional: Problemas articulares (músculos e
ossos) levam a alguma limitação na atividade
diária (banho, higiene, vestuário, arrumação,
alimentação, mobilidade, comunicação.
12. Realizar anamnese e investigar história
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pregressa quanto a problemas musculares, Teste ombro


articulares ou ósseos, cirurgias previas, traumas e
Teste de Jobe é uma manobra usada no exame
tipo de tratamento.
físico para detectar força do manguito rotador,
13. Realizar anamnese e investigar história principalmente do tendão supraespinhoso ombro.
familiar: quanto a problemas musculares, tenta realizar uma adução do braço enquanto o
articulares ou ósseos, cirurgias previas e tipo de paciente resiste.
tratamento.
14. Realizar anamnese e investigar comportamento
e autocuidado: utilização de bebidas alcoólicas
e tabagismo, pratica de atividade física, sente
dor durante a realização da atividade? Houve
ganho de pesos. Utilização de medicamentos:
quais medicamentos esta tomando, aspirinas,
antiinflamatórios, analgésicos ou relaxantes
musculares
15. Calçar luvas. Manobra de Yergason: coloca-se o paciente com
o braço junto ao tronco, com o cotovelo flexionado
16. Inspecionar a pele e os tecidos sobre as a 90º e o ombro em posição neutra. Solicita-se ao
articulações, analisar a coloração, edema, massas paciente que faça supinação contra resistência. O
ou deformidades. Verificar o tamanho e contorno teste é positivo quando há surgimento de dor na
das articulações região do sulco bicipital.
17. Palpar cada articulação para avaliar a
temperatura, calor, áreas dolorosas, músculos,
articulações ósseas e áreas de capsula articular.
18. Verificar a amplitude de movimento (ADM),
solicitar ao indivíduo que realize movimentos
ativos (voluntários), para que possa identificar as
limitações do movimento,
19. Com o indivíduo sentado realizar a inspeção da
O arco doloroso de Simmonds (teste em que o
Articulação temporomandibular e a palpação paciente realiza abdução de ombro do plano
com a ponta dos dedos, posteriormente solicitar escapular e depois uma adução até a posição
para que abra a boca ao máximo, abertura parcial neutra, com o paciente relatando dor
com a protusão do maxilar inferior e movimento aproximadamente entre os 60º e 120º de
lateral direito/esquerdo. elevação). A abdução é dificultada na passagem
da grande tuberosidade do úmero sobre o acrômio.
20. Com o indivíduo sentado realizar a inspeção da Se dor suspeita-se de tendinopatia ou tendinite do
coluna cervical, verificar o alinhamento da supraespinhoso
cabeça e do pescoço, coluna deverá estar reta.
Palpar os processos espinhosos e músculos
esternocleidomastóideo, trapézio e
paravertebrais.
21. Solicitar ao cliente que realize a extensão e
flexão, inclinação lateral direita e esquerda,
rotação direita/esquerda da cervical,
22. Realizar inspeção do ombro e comparar
posterior e anterior. Verificar o contorno da
articulação glenoumeral e comparar para
identificar igualdade nos marcadores ósseos,
verificar presença de rubor, atrofia muscular,
edema ou deformidade.
23. De frente para o paciente realizar palpação dos
ombros, observando qualquer espasmo ou atrofia
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muscular, edema ou calor ou sensibilidade, Manobra de Yocum: dor referida quando paciente
explore primeiramente a articulação coloca a palma da mão no ombro oposto, enquanto
o examinador eleva o cotovelo para a posição
acromioclavicular, escápula, tubérculo maior do horizontal, provocando o atrito do SE sob o arco
úmero e bolsa subacromial, sulco do bíceps e coracoacromial e sob a articulação
face anterior da articulação glenoumeral acromioclavicular. Este teste também pode acusar
24. Solicitar que o paciente realiza quatro lesão da articulação acromioclavicular, região do
ombro, artite.
movimentos: Rotação interna e externa do
ombro, flexão anterior e hiperextensão posterior.
Abdução e Adução.
25. Verificar força muscular: Solicitar ao paciente
que encolha os ombros e flexione para frente e
para cima e abduza contra a sua resistência.
26. Realizar inspeção do cotovelo e compara-los
para identificar o contorno, igualdade nos
marcadores ósseos, verificar presença de rubor,
atrofia muscular, edema ou deformidade.
Verificar a bolsa do olecrano buscando
edema/tumefação anormal. Exame do cotovelo- sede de doenças sistêmicas e
localizadas, ex:
27. De frente para o paciente realizar palpação da Epicondilite lateral ou do tenista -dor aos movimentos de
articulação flexionada a cerca de 70º o mais extensão do punho)
relaxado possível. Usar mão esquerda para Epicondilite medial ou do golfista (dor aos movimentos
apoiar o antebraço esquerdo do indivíduo e palpe de flexão do punho),
Hanseníase(espessamento do nervo cubital).
a superfície extensora do cotovelo, olecrano,
Além de dor no movimento, tem dor na digitopressão do
bolsa do olecrano e epicôndilos medial e lateral, cotovelo, edema e calor.
observando qualquer espasmo ou atrofia
muscular, edema ou calor ou sensibilidade. Exame da mão – é possível identificar:
28. Solicitar que o paciente realize a flexão e Artrite reumatóide – aumento do volume das
articulações metacarpofalangianas.
extensão do cotovelo, movimento de 90º em
pronação e supinação.
29. Verificar força muscular: Estabilizar braço do
indivíduo com uma mão e solicitar que flexione
o cotovelo contra sua resistência.
30. Realize a inspeção da articulação do punho
(radiocarpal) direito e esquerdo, nos lados
dorsal e palmar, compare-os para identificar
igualdade nos marcadores ósseos, verificar
presença de rubor, atrofia muscular, edema ou
deformidade.
31. De frente para o paciente realize a palpação da Osteoartrite – aumento do volume interfalangianas
articulação radiocarpal apoie a mão dele com proximais e distais, podem sugerir nódulos de Heberden
seus dedos sob ela e palpe o punho firmemente e Bourchard
com ambos os polegares sobre o dorso da mão.
Certificar-se que está relaxada e alinhada, mover
os polegares de um lado para outro buscando
áreas deprimidas, normais que recobrem o
espaço, observar abaulamentos, edema, nódulos
ou sensação dolorosa.
32. Realizar a palpação das articulações
metacarpofalângicas com os polegares em
ambos os lados da articulação
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33. Realizar a palpação das articulações Sindrome do tuner do carpo - Formigamento ou


dormência nos dedos, na palma da mão e até
interfalângicas com os polegares e indicadores
mesmo no antebraço. causado pela compressão
em ambos os lados da articulação com do nervo mediano, sente dor e parestesia do
movimento de pinça primeiro até metade do quarto dedo, quirodáctilo.
34. Solicitar que o paciente realiza realize a flexão e Ocorre na LER, artrite reumatoide, trauma.
extensão do punho, flexão e hiperextensão dos
dedos, movimento de adução e abdução (desvio
ulnar e radial), tocar o polegar em cada dedo e na
base do dedo mínimo. Solicitar que feche e abra
o punho
35. Verifique a forção muscular, posicione o
antebraço do indivíduo supinado (palma para
cima)e apoie em uma mesa. Estabilize colocando
a sua mão na região media do antebraço do
individuo. Solicite que flexione o punho contra
uma resistência aplicada na palma.
36. Verificou o teste de Phalen - Solicitar que
mantenha ambas as mãos com seus dorsos
encostados, flexiona o punho a 90º (Verifica
entorpecimento e queimação na síndrome do
túnel do carpo)
37. Verificou o teste de Tienel – percussão direta do
nervo no punho não produz sintomas na mão
normal. A percussão produz queimação e
formigamento ao longo de sal distribuição
(resultado positivo). Tendinite de DeQuervein
38. Quando o paciente estiver em pé realizar a
inspeção a articulação do quadril com a coluna
vertebral, observar a simetria altura das cristas
ilíacas, pregas glúteas e o tamanho das nádegas,
tamanho dos membros.
39. Realizar a palpação da musculatura do quadril, as
articulações devem estar estáveis e simétricas,
com ausência de sensação álgica e crepitação.
40. Solicitar ao paciente que realize a
flexão/extensão do quadril com a perna reta,
flexão/extensão do quadril com o joelho fletido,
rotação interna e externa, abdução e adução.
41. Quando o paciente estiver em decúbito dorsal ou
sentado realizar a inspeção da articulação do
joelho, observar a simetria, alinhamento inferior
da perna característica da pele e lesões. Observar
contorno do joelho, concavidades, ou depressões.
42. Posicionar em decúbito dorsal o joelho com o
relaxamento do quadríceps, comece no alto da
região anterior da coxa, aproximadamente 10 cm
da patela, palpar com o polegar esquerdo e os
dedos forma de garra, prosseguir em direção ao
joelho (articulação tibiofemoral) observando
aumento da temperatura, sensação dolorosa
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espessamento ou presença de nódulos. Avaliação da Lombociatalgias é dor que inicia na região


lombar e que acompanha o trajeto do nervo ciático.
43. Solicitar ao paciente que realize a Muitas vezes é acompanhada de formigamento,
flexão/extensão/ hiperextensão do joelho. choques e até perda de força na perna ou no pé.
44. Verificar a força muscular solicitar ao paciente Sinal de Dejerine- ao tossir ou espirrar sente dor na
que realize a flexão do joelho enquanto você lombar que irradia para o membro acometido.
Sinal da campainha – percussão com martelinho na L5, ou
exerce força contraria.
vertebra acometida, ocorre dor irradiada para o ciático
45. Quando o paciente estiver sentado realizar a
inspeção da articulação do tornozelo e pé, Sinal de lasègue - Com a pessoa em decúbito dorsal
observar simetria, alinhamento, característica da e os braços e pernas esticadas, o profissional de saúde
pele e lesões. Observar calosidades reações nas realiza a flexão da coxa sobre a bacia, O sinal é
positivo se a pessoa sentir uma dor na face posterior
bolsas, alterações na sensibilidade ou do membro que está a ser examinado (atrás da perna)
espessamento. após elevação entre 80 a 90º.
46. Apoiar o tornozelo segurando a região calcânea
enquanto palpa com os polegares, deverá estar
macio e sem aumento de volume ou edema e
sensação dolorosa.
47. Realizar a palpação das articulações
metatarsofalângicas com os polegares sobre o
dorso e os dedos na superfície plantar. Quando o sinal for + invertido, ocorre em ´hernias de grande
48. Realizar a palpação das articulações tamanho, vc eleva a perna direita e ocorre dor irradiada para
interfalângicas com os polegares e indicadores esquerda
em pinça, palpar a região medial e lateral dos Lasègue posterior – avalia lombociatalgias altas L1 e
artelhos. L2- paciente em decúbito ventral (barriga para baixo)
49. Solicitar ao paciente que realize a flexão plantar flexiona o joelho e eleva a perna, é + se o paciente
e a dorsiflexão, movimento de inversão e eversão sentir dor da região lombar até a fossa poplítea.
50. Verificar a força muscular solicitar ao paciente
que realize mantenha a dorsiflexão e flexão
contra a resistência.
51. Com o paciente em pé realizar a inspeção da
coluna vertebral, observar no plano lateral e Lasègue sensibilizada – avalia radiculopatia, eleva-se a
parte dorsal se a coluna está em linha reta, paerna como no lasègue habitual, qdo o paciente sentir
observar alinhamento horizontal dos ombros, dor, para e desce um pouco, diminuindo a angulação e
hiper estende o pé, é + se sentir dor com a hiper
escapulas, crista ilíacas e pregas glúteas. extensão em menor angulação, devido estiramento da
Anormalidades: Escoliose, hipercifose raiz nervosa.
(acentuação na curvatura torácica), hiperlordose
(acentuação na curvatura lombar)

Sinal de Kernig -Com a pessoa em decúbito dorsal


(deitada de barriga para cima), o profissional de saúde
segura a coxa do paciente, fletindo-a sobre o quadril e
depois esticando-a para cima, enquanto a outra se
mantém esticada e depois faz o mesmo com a outra
perna.Se no movimento em que a perna é esticada
para cima, ocorrer a flexão involuntária da cabeça ou a
pessoa sentir dor ou limitações para executar este
movimento, pode significar que tem meningite.
52. Realizou a palpação da musculatura
paravertebral e processos espinhosos.
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53. Solicitar que o paciente tente alcançar os pés


com as mãos, mantendo as pernas extendidas,
observar que a curvatura lombar côncava deve
desaparecer.
Teste de Schober tem como finalidade avaliar a
flexibilidade da coluna lombar. O paciente permanece Sinal de Brudzinski - Também com a pessoa em
em posição ortostática e a sua coluna é marcada com decúbito dorsal, com os braços e pernas esticadas, o
uma caneta, tendo como ponto de referência a espinha profissional de saúde deve colocar uma mão no peito e
ilíaca posterossuperior. Um segundo ponto é mensurado com a outra tentar fletir a cabeça da pessoa em
10 cm acima. Se na mensuração for < 5 cm é schoober direção ao peito. Se ao realizar este movimento,
+. ocorrer a flexão involuntária das pernas e, em alguns
casos, dor, pode significar que a pessoa tem
meningite, o que se deve à compressão nervosa
causada pela doença.

Avaliação sacroilíaca – observar assimetria e atrafia de


nádegas, palpar de cima para baixo buscando pontos de
dor.

54. Realizar a flexão/extensão da coluna, inclinação


lateral direita/esquerda, rotação direita/esquerda.
55. Avaliar a mobilidade toráxica- coloque a fia
métrica no tronco logo abaixo dos mamilos e
peça para o paciente inspirar, deve medir a
diferença entre a inspiração e expiração. O valor
vai variar com sexo e idade. Normalmente é
>3cm MANOBRA DE LEWIS: testa a disfunção do ilíaco, -
56. Solicitar que caminhe sobre a ponta dos pés e compressão unilateral-. DL, acha a crista ilíaca e
comprime. (+ se for referida dor). Se tiver sacroilíte vai
depois sobre os calcâneos. ter dor em nádega após compressão.
57. Recompôs o paciente e a unidade.
58. Retirar as luvas, descartar em lixo apropriado e
comunicar os principais achados ao paciente.
59. Realizar a higienização das mãos após o
procedimento.
60. Registrar no prontuário
MANOBRA DE MENNEL: em DL o joelho de baixo
flexionado e a perna de cima em extensão, o
examinador estende a perna de cima para traz, é + se
sentir dor na nádega de cima, sugestivo de sacroilíte.

MANOBRA DE PATRICK FABERE- avalia as


coxopatias. Com o paciente em DD, ele flexiona o
joelho, sente dor na região anterior do quadril ou
posteriar em nadegas.
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Avaliação da região coxofemoral –


Observar MMII se em rotação interna ou externa.
Palpar 2 pontos:
Trocantérica- em pé pede para flexionar o joelho. Na bursite
e tendinite trocantérica ocorre dor na digitopressão.

Iliopectinea – região lateral a artéria femural, com o paciente


em decúbito dorsal, palpa-se a artéria femural e 1 cm
lateralmentente distal palpa-se a região iliopectínea, se o
paciente sentir dor pode ser tendinite iliopectínea,
coxofemoral, ou bursite de quadril.

REFERÊNCIAS
BARROS, A. L. B. L et al. Anamnese e Exame Físico Avaliação diagnóstica de enfermagem no
adulto. Porto Alegre: artmed, 2002.
JARVIS, C. Exame físico e avaliação em saúde.. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
PORTO, C.C. PORTO, A.L. (Ed.).Exame clínico: Porto & Porto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012. 522p.
SWARTZ, Mark H. Tratado de semiologia médica. 5ª ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2006.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
LYNN P. Manual de Habilidades de Enfermagem Clínica de Taylor. Porto Alegre: Artmed, 2012.
MARIA, V. L. R; MARTINS, I. PEIXOTO, M. S. P. Exame Clínico de Enfermagem no adulto. 1ª Ed.
São Paulo: Iátria, 2003.
POTTER PA, PERRY AG. Fundamentos de enfermagem. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
TIMBY BK. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8ª edição. Porto
Alegre: Artmed, 2007.

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