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exame físico do sistema músculo-esquelético é feito através de: inspecção e da palpação dos
segmentos ósseos e musculares, sempre complementados pelo estudo da mobilidade de cada
segmento.
A iluminação deve ser boa e as áreas a serem examinadas bem descobertas, sempre visualizando a
área homóloga para poder fazer uma comparação dos achados. A palpação deve incluir os tecidos
adjacentes ao osso.
Sentado com as mãos repousadas sobre as coxas em estado de relaxamento é a mais adequada para
avaliar:
Andando:
Em caso de paciente com dor em uma ou mais articulações/segmentos ósteo-articulares, vai ser
difícil um exame físico completo na sequência ideal; portanto é preciso:
Ajudar o paciente na execução dos movimentos, sem forçar ou provocar mais dor.
É importante medir a circunferência da articulação com fita métrica. O aumento de volume pode ser
devido a várias causas:
edema das partes moles, aumento do líquido sinovial, crescimento localizado do osso.
Deformidades: pode ser congênita, ou por patologia como o raquitismo, a tuberculose óssea;
após um trauma.
Massas musculares
Avaliar o trofismo dos músculos próximos das juntas: patologias que não permitem o
músculos.
artrite:
Estruturas circunjacentes:
impotência funcional. A movimentação deve ser feita com delicadeza, devem-se pesquisar
A posição com o paciente sentado com as mãos que repousam sobre as coxas em estado de relaxamento é a
mais adequada para:
superiores
A palpação: o clínico põe as polpas dos 2º, 3º e 4º dedos das mãos acima da protuberância que se encontra
anterior à orelha, encontrando o côndilo da mandíbula, apalpa o côndilo e avalia como esse se encaixa e
movimenta-se dentro da articulação temporomandibular. O clínico pede para o paciente abrir e fechar a boca,
mantendo os dedos acima da articulação,acompanhando os movimentos e podendo avaliar se há uma eventual
sub-luxação da articulação.
Flexão
Extensão
Rotação ou torção da cabeça
Lateralidade direita ou esquerda
O clínico põe-se de lado ou em frente do paciente e pede que movimente espontaneamente o pescoço
lateralmente para a direita e para a esquerda até o máximo da rotação possível;
que flicta a cabeça tentando tocar com a região mentoniana a região da fossa supraesternal e que estenda o
pescoço para trás ao máximo possível. A movimentação deve ser feita também passivamente pelo clínico que
agarra com as palmas das mãos a cabeça e levemente movimenta-a nas direcções acima descritas, avaliando a
amplitude e eventual limitação dos movimentos.
Manobra de Spurling: consiste em efectuar uma inclinação lateral forçada da coluna cervical que desperta dor
se houver envolvimento radicular; essa manobra alivia a dor devido a espasmos musculares do mesmo lado. Ao
contrário, as manobras de tracção cervical aliviam a dor causada por compressão das raizes cervicais .
A avaliação da mobilidade da coluna cervical é seguida pela palpação das apófises
contracturas.
A inspecção avalia a forma, contornos, simetrias dos ombros. Na luxação da articulação gleno-umeral
a região deltóidea não apresenta a sua regular convexidade.
A palpação avalia pontos de dor, edema, alterações da pele. A avaliação da mobilidade é feita com
manobras diferentes dependendo da articulação em questão e do tipo de patologia suspeita.
Avaliação da mobilidade: através de movimentos activos e passivos de flexão, extensão, pronação e supinação.
Esses movimentos são dolorosos ou limitados em caso de processos inflamatórios como por exemplo a
sinovite. Os primeiros movimentos a serem afectados são os de extensão e supinação. Em caso de artrite, o
cotovelo fica “obrigatoriamente” flexionado para diminuir a dor e é impossibilitado de efectuar a extensão
completa.
Avaliação das articulações da mão e punho: inclui o exame das seguintes articulações:
Mão e dedos:
carpo-metacárpica
Metacarpofalângicas
Interfalângicas.
Punho:
Rádio-cárpica: flexão-extensão
Intercárpica
Rádio-ulnar distal: movimentos de pronação e supinação.
Inspecção: observar a forma das mãos, das articulações dos dedos; eventuais nódulos interfalângicos, o edema,
observando se eventuais aneis estão a apertar os dedos;lesões da pele dos dedos e da palma; desvio ulnar dos
dedos; malformações como dedos em gancho Palpação: avaliar dor, tumefação, nódulos, edema Mobilidade:
avaliam-se os movimentos de flexão, extensão, pronação, supinação e circundação do punho pedindo ao
paciente para fazer os movimentos que o clínico mostrará primeiro; avaliar a mobilidade da articulação usando
provas simples como avaliar a capacidade de o paciente segurar uma caneta, um papel, de fechar a chave
numa fechadura; pedir ao paciente para fechar e abrir os dedos, abduzir os dedos abrindo bem a palma,
abduzir e aduzir o polegar.
Da anca
Joelho (também na posição de decúbito ventral)
Tíbio-társica
Do pé
avaliada com o paciente em pé observando o alinhamento das cristas ilíacas e a posição da bacia,
a simetria das nádegas e das pregas glúteo-femorais; em decúbito dorsal com as pernas estendidas e
relaxadas para a inspecção, palpação e avaliação da motilidade; em decúbito ventral para avaliar o
grau de extensão da anca.
Inspecção: em decúbito dorsal, observar se os membros inferiores estão alinhados com o tronco e se
têm o mesmo comprimento.
Avaliação da dismetria (ou seja a diferença em comprimentos) dos membros inferiores:
Mobilidade: em decúbito dorsal, o clínico pede ao paciente para fazer os movimentos de flexão,
extensão, abdução, adução, rotação interna e externa da coxa com o membro esquerdo e com o
membro direito primeiro com a perna estendida e, depois, com o joelho flexionado; o clínico pode
acompanhar esses movimentos e efectuá-los passivamente. Serão avaliados a amplitude dos
movimentos, eventual dor e limitação funcional.
abduzir e girar ao máximo a anca de maneira a tentar tocar o plano da marquesa com a
quando há suspeita de comprometimento do nervo ciático. O paciente está em decúbito dorsal com
o membro inferior em extensão e o clínico eleva o membro do paciente apoiando a região aquiliana;
a manobra é positiva quando causa dor na região posterior da coxa ou nádega; ao flexionar o joelho
e a anca, a dor desaparece. Se a dor persistir, a causa é outra.
Inspecção: feita em decúbito dorsal e de pé. Permite avaliar a forma, volume, eventuais tumefações,
malformações. A presença de contracturas pode determinar uma posição do joelho em flexão. As
malformações mais frequentes (geneticamente determinadas ou por patologias como raquitismo,
osteomalacia) são:
joelhos se tocam.
Palpação: é possível avaliar a presença de nódulos, líquido intra-articular (hidratrose). Existem várias
manobras para isso. Com o paciente em decúbito dorsal e o membro inferior em extensão, o clínico
com dois dedos exerce pressão acima da rótula que, caso haja hidrartrose, irá tocar os côndilos
femorais subjacentes, isso é o sinal de flutuação da rótula.
A mobilidade: é avaliada pedindo ao paciente para efectuar movimentos de flexão, extensão e
rotação. A seguir, o clínico faz os mesmos movimentos passivamente Lesões de ligamentos: são avaliadas com
o paciente sentado com o joelho flexionado e o clínico exerce movimentos ântero-posteriores e laterais do
joelho (manobras da gaveta e de lateralidade).
Inspecção do pé: permite avaliar a forma e eventuais nódulos, calosidades, ulcerações, alterações da forma dos
dedos, do arco plantar. Em posição de pé, é possível avaliar os pontos de apoio do pé, alterações morfológicas;
durante a deambulação olha-se para a funcionalidade do pé.
tendão de Aquiles
Mobilidade da articulação tíbio-társica: avaliar os movimentos de flexão plantar e dorsal, eversão e inversão do
pé pedindo ao paciente para executar esses movimentos; em seguida, o clínico faz os mesmos movimentos
passivamente com o paciente em decúbito dorsal, segurando a perna a uns centímetros acima da articulação
tíbio-társica com uma mão e, com a outra, segurando a planta do pé e fazendo os movimentos acima descritos.
Frontal anterior
Frontal posterior
Sagital
Os movimentos
retroprojecção ou ântero-projecção
Palpação: o clínico deve apalpar as apófises espinhosas e as articulações IAP dorsais e lombares, os espaços
intervertebrais, a massa musculare, procurando eventual dor.
Mobilidade: existe uma reduzida mobilidade fisiológica ao nível das colunas torácica e lombosacral. Os
movimentos a serem avaliados são:
Exame neurológico: com o exame dos reflexos (ver Aula de Sistema nervoso).
Teste para pesquisar uma eventual escoliose: permite diferenciar uma atitude escoliótica de uma escoliose
estrutural.
O paciente está de pé, de costas para o clínico, que lhe pede para flectir anteriormente o tronco. No caso se
tratar de atitude escoliótica, a curvatura da coluna em flexão anterior é harmoniosa; no caso de escoliose
estrutural, a flexão põe em evidência uma assimetria da coluna com visualização de uma gibosidade/corcunda
dorsal.
As alterações da coluna vertebral são descritas abaixo, podem ser estruturais, ou ter uma origem não
estrutural, ou seja, aparecer para compensar determinadas situações como posturas defeituosas e dor.
Escoliose: é a deformidade da coluna vertebral caracterizada por encurvamento lateral da coluna vista no
plano frontal, e como gibosidade no lado do encurvamento (convexidade).
Cifose: é o contrário de lordose. A deformidade da coluna vertebral é caracterizada pela presença de curvatura
de convexidade posterior (plano sagital). Em condições normais, as regiões torácica e sagrada apresentam um
grau de cifose.