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EXAME FISICO DO COTOVELO

O cotovelo é uma articulação que complementa a do ombro. Contém três


articulações dentro de uma cápsula articular: a articulação umeroulnar, a
articulação radioumeral e a radioulnar proximal
 Exame físico do cotovelo (inspeção)
O paciente é inicialmente posicionado em ortostatismo, com os membros
superiores pendentes. Deve ser observado o ângulo de carregamento do cotovelo.
Observa-se que o antebraço supinado desvia-se lateralmente do braço, em torno
de 7º. A diminuição do ângulo é chamada de cúbito varo e o aumento do ângulo
de cúbito valgo. Na inspeção, devem-se procurar também sinais de aumento de
volume, tumorações, cicatrizes prévias e escoriações.
 Exame físico do cotovelo (palpação)
O examinador deve palpar estruturas específicas à procura de pontos dolorosos.
Assim, deverão ser palpados o olecrano, tendão tricipital, tendão do bíceps
braquial, epicôndilo lateral, epicôndilo medial, ligamentos colaterais, artéria
ulnar, musculatura e nervo ulnar. A dígito-percussão do nervo ulnar pode gerar
sensação de choque no V dedo e metade ulnar do IV dedo, em paciente com
compressão no túnel cubital. Esse é o teste de Tinel
 Amplitude do momento
O cotovelo tem uma extensão de 0-10 graus e uma flexão de 145 graus. O
antebraço normal tem uma pronação de 80-90 graus e uma supinação de 80-90
graus. Entretanto, as amplitudes de movimento consideradas funcionais por
Moore são de 30 a 130 graus de flexão e de 50 graus de supinação e pronação
 Manobras especiais:
Teste de estresse em varo: Com o paciente em decúbito dorsal, o paciente é
mantido com o cotovelo em aproximadamente 15 graus de flexão. Em seguida,
com o úmero em rotação interna, um estresse em varo é realizado, com a
finalidade de avaliar a integridade do complexo ligamentar lateral. Existindo
lesão, uma frouxidão lateral será evidenciada
Teste de estresse em valgo: Com o paciente em decúbito dorsal, o paciente é
mantido com o cotovelo em aproximadamente 15 graus de flexão. Em seguida,
com o úmero em rotação externa, um estresse em valgo é realizado, com a
finalidade de avaliar a integridade do complexo ligamentar medial. Existindo
lesão, uma frouxidão medial será evidenciada.
Teste de Cozen. Realizado com o cotovelo fletido a 90o e o antebraço pronado,
enquanto o examinador palpa o epicôndilo lateral. O paciente é orientado a fazer
uma extensão do punho contra resistência. A presença de dor na região da origem
da musculatura extensora-supinadora indica epicondilite lateral do cotovelo.
Teste de Mill. Tem a mesma finalidade que o teste de Cozen e é feito de forma
semelhante, porém o cotovelo do paciente é mantido em extensão
Teste para epicondilite medial. O cotovelo e o punho do paciente são estendidos,
e o antebraço é supinado. O paciente é orientado a fazer uma flexão do punho
contra resistência. A presença de dor na região da musculatura flexo-pronadora
indica esse diagnóstico.
Teste do pivô. Indicado para diagnosticar as instabilidades posterolaterais
rotatórias. Com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o antebraço em
supinação total. O examinador segura o punho do paciente e, iniciando em uma
posição de semiflexão, realiza lentamente a extensão, mantendo a supinação,
exercendo também uma força de compressão. Com a outra mão, realiza um
espresso em valgo do cotovelo. O teste será positivo quando, próximo da extensão
total, a cabeça do rádio subluxar para posterior.

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