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EPIDEMIOLOGIA
o Prevalência aumenta com a idade (pico – 50 anos) -> o grau de atividade metabólica da cartilagem
articular diminui progressivamente com o passar do tempo e deficiência de ET
o Impacto socioeconômico significativo: a maior causa específica de dias de trabalho perdidos e pelo
alto custo de seu tratamento
o Mulher
FATORES DE RISCO
Obesidade (Sobrecarga -> joelhos; processo inflamatório geral - adipocinas)
Predisposição genética
Fatores mecânicos: esforço, dano ao menisco, trauma prévio, lesão ligamentar, malformações como
displasia do quadril e doença de Legg-Perthes (osteonecrose da cabeça femoral na infância)
Envelhecimento: sarcopenia + danos estruturais -> sobrecarga articular
Alteração biomecânica
Atividade profissional e/ou esportiva
Articulações de preferência: quadril e joelhos, seguida das mãos, com predileção pelas interfalangeanas
distais e proximais e carpometacarpiana do primeiro quirodáctilo (polegar), coluna cervical e lombar e as
primeiras metatarsofalangeanas (Hálux valgo, “joanetes”).
CLASSIFICAÇÃO
Primária/idiopática -> OA nodal de mãos, joelhos, coluna cervical/lombar, rizartrose, hálux valgo
Secundária -> jovem e sítio atípico. Ex: punho, um joelho.. Normalmente associado a atividades esportivas.
E doença por deposição de pirofosfato de cálcio.
PATOGENIA
Cartilagem articular (hialina) -> tecido avascular e aneural que propicia uma superfície lisa e suave que
recobre o osso subcondral, presente em articulações diartrodiais
Matriz extracelular -> composta sobretudo por água, colágeno predominantemente do tipo II e
proteoglicanos
Condrócitos -> principais células na cartilagem
A renovação da matriz depende, em parte, da atividade de enzimas específicas, como colagenase e
agrecanase, que são metaloproteinases (MMP), cuja ativação é regulada por fatores tissulares inibidores de
MMP (TIMP).
Processo patológico na cartilagem da OA => alteração dessa homeostase, a degradação é maior do que a
síntese. Motivada principalmente por fatores mecânicos e inflamatórios, levando à desorganização da
matriz.
→ Perda de condrócitos superficial, enquanto na zona mais profunda, adjacente ao osso, existem focos
de regeneração celular
Casos avançados se acompanham por formação de cristais microscópicos de fosfato e pirofosfato de cálcio
dentro do líquido sinovial -> induzem a liberação de enzimas proteolíticas e citocinas, participando do
processo inflamatório crônico que acompanha a OA "terminal".
QUADRO CLÍNICO
✓ Dor crônica que MELHORA com repouso (Casos avançados -> dor no repouso ou noturna)
OA dos joelhos pode produzir dor na fossa poplítea após algum tempo sentado, fruto de acúmulo de líquido
sinovial inflamatório ocasionando aumento da pressão local, como no caso dos cistos de Baker
de onde vem a dor da OA??? Seu mecanismo depende de vários fatores, tais como: (1) instabilidade articular,
levando ao estiramento de ligamentos e da cápsula articular, ambas estruturas muito sensíveis à dor; (2)
pressão intraóssea elevada, principalmente na placa subcondral, secundária à inflamação (vista na RM como
edema de medula óssea); (3) sinovite; (4) dor muscular; (5) síndromes periarticulares secundárias – bursite,
tenossinovite.
Geno vago/valgo
EXAMES LABORATORIAIS
→ VHS/PCR normal
→ FR negativo (Alguns idosos possuem FR + sem AR)
→ Exame do Líquido sinovial -> amarelo citrino, viscoso, 200 – 2000 leuc./mm³, glicose normal
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
✓ Osteófitos -> – proeminências ósseas nas bordas da articulação
✓ Redução do espaço articular
✓ Esclerose do osso subcondral -> acentuação da hipotransparência na região subcondral
✓ Cistos subcondrais – imagens radiolucentes arredondadas na região subcondral.
✓ Colapso do osso subcondral.
Grau 2: osteófitos
Grau 3: diminuição do espaço
Grau 4: diminuição acentuada ou perda; deformidade
TC: superior à radiografia convencional na avaliação da articulação do ombro
RM: diagnóstico de várias condições associadas à OA
Artrocentese de alívio e infiltração articular de corticosteroides para alívio da dor e do desconforto para
deambular por 3 semanas +/-
Protocolos recentes mostraram que a associação de sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina reduziu
a perda de espaço articular medida por radiografia em pacientes com OA de joelhos e teria preservado a
cartilagem avaliada por ressonância magnética, comparada ao uso de placebo