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Patologias do

sistema
osteoarticular
Fta. Erica Martinez
ARTROSE / OSTEOARTRITE /
OSTEOARTROSE
DEFINIÇÃO.
• É uma perturbação crônica
das articulações caracterizada
pela degeneração da
cartilagem.

CAUSA.
• Ainda incerta, porém, o
excesso de uso e sobrecarga
articular tem forte influência.
ARTROSE / OSTEOARTRITE /
OSTEOARTROSE

INCIDÊNCIA.

• Doença articular mais freqüente.

• Sua incidencia é alta em ambos os sexos. Contudo, a doença


tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce.

• A idade mais comum é em média 70 anos.


• QUADRO CLÍNICO

• Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas
radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso (como o quadril e
joelho), mas relativamente poucas apresentam sintomas.

• Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente.

• afetam inicialmente uma ou várias articulações (as dos dedos, a base dos polegares, o
pescoço, a zona lombar, o dedo grande do pé (hálux), o quadril e os joelhos).

• A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício.

• Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra
forma de inatividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se
iniciar o movimento da articulação.
• A articulação pode perder a mobilidade e inclusive ficar completamente rígida
numa posição incorreta à medida que piora a lesão provocada pela artrose.

• O novo crescimento do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das


articulações.

• A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se.

• Em algumas articulações (como o joelho) os ligamentos que rodeiam e sustentam


a articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou
mover a articulação pode ser muito doloroso.

• Em contraste, o quadril se torna rígido, perde o seu raio de ação e provoca dor ao
mover-se.

• A artrose afeta com freqüência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma


mais freqüente.
• Resumo do quadro
clínico:

• Dor;
• Rigidez matinal;
• Creptação;
• Edema;
• Instabilidade, eventualmente.
• RADIOGRAFIA

• ↓ do espaço articular.
• Esclerose subcondral.
• Osteófitos marginais.
• TRATAMENTO

• Analgesicos.

• Atividade física de baixo impacto.

• Hipertermoterapia.

• Artroplastia.
ARTRITE SÉPTICA / PIOGÊNICA /
INFECCIOSA
DEFINIÇÃO.

• A artrite séptica decorre de uma reação inflamatória resultante de uma invasão


direta da articulação por microorganismos patogênicos, ou seja, é uma infecção
articular.

• CAUSA:

• É provocada por algum microorganismo (estafilococo, pneumococo, estreptococo,


etc) que contamina a articulação por diversas vias:

• Hematogênica.

• Introdução local (infiltração).

• Por osteomielite.
• QUADRO CLÍNICO

• Surgimento insidioso de:

• Dor articular severa, edema, calor e rubor.

• Febre.

• Aspiração revela liquido purulento.

• É quase sempre uma monoartrite.


• RADIOGRAFIA

• ↓ espaço articular.

• Erosão subcondral.

• Zonas escleróticas irregulares


no osso subcondral.
• TRATAMENTO

• Antibióticoterapia.

• Repouso.

• Imobilização (eventualmente)
GOTA (ARTRITE GOTOSA)
• DEFINIÇÃO
• Gota é uma doença metabólica caracterizada pela elevação de
ácido úrico no sangue podendo provocar depósito de cristais
de monourato de sódio nas articulações e tecidos
periarticulares.

• Obs: A concentração normal de ácido úrico no sangue é 7,0


mg/100ml.
• TIPOS DE GOTA (CAUSA)

• Gota primária - causa desconhecida e tem algum componente


genético (hereditário).

• Gota secundária - desenvolve em consequência de outra doença ou


alguns medicamentos.
• Doenças – doenças hemolíticas (anemia falciforme, talassemia, etc),
doenças mieloproliferativas (leucemia), psoríase, insuficiência renal,
obesidade, hipertensão arterial, hipotireoidismo, etc.

• Medicamentos - diuréticos, aspirina em dose baixa, warfarina, assim


como tratamentos naturais como a utilizacao do Oleo de Copaiba. O
ingestão de bebida alcoólica é também uma causa comum de
hiperuricemia, podendo causar a gota.
• INCIDÊNCIA.

• Sua maior incidência ocorre entre os 30-50 anos de idade,


com predomínio do sexo masculino (95%).

• No sexo feminino ocorre geralmente após a menopausa.


Fisiopatologia
HIPERPRODUÇÃO DE AU (10- • HIPOEXCREÇÃO DE AU (80-
20% dos casos) 90% dos casos)

ACÚMULO DE AU

SATURAÇÃO E CRISTALIZAÇÃO

NFLAMAÇÃO
• Quadro Clinico

• Geralmente manifesta-se como uma artrite iniciada durante a


madrugada, caracterizada por uma inflamação articular
evidenciado com:

• Calor, rubor, edema (inchaço) e extrema dor.

• Mais frequentemente acomete uma única articulação,


principalmente primeira metatarsofalangeana (hálux), dorso
do pé e tornozelo, mas com a evolução da doença qualquer
articulação pode ser acometida.
• A "crise" de gota geralmente tem duração de 5 a 7 dias com
resolução espontânea, entrando num período intercrítico
(assintomático), até a próxima crise (período 3 meses a 2 anos).

• Nos pacientes sem tratamento esse período intercrítico tende a se


tornar progressivamente menor e as crises mais duradouras;
podendo haver acometimento de mais de uma articulação,
podendo se tornar crônica.

• Com a evolução da doença, formam-se congromerados de cristais


de ácido úrico depositados em alguns tecidos, principalmente na
borda da orelha (pavilhão auricular), ponta do nariz e nas
superfície das articulações, principalmente dos cotovelos, dos
joelhos, das mãos e dos pés; são os chamados tofos.
• RADIOGRAFIAS

• Verificam-se múltiplas erosões ósseas como se fossem as


valvas de uma concha (imagem em "concha").

• Os tofos podem ser vistos como uma opacificação ao raio X e,


às vezes, tornam-se calcificados.

• Com o evoluir da doença surgem lesões líticas ósseas


disseminadas, perda do espaço articular osteófitos e numa
fase terminal anquilose e osteopenia
• TRATAMENTO

• Orientar a dieta,

• Tratar as doenças associadas,

• Tratar as crises e normalizar os níveis de ácido úrico no sangue.

• Quanto a dieta, deve-se diminuir a ingesta de alimentos ricos em proteínas, tais como
carnes vermelhas, frutos do mar, miúdos, embutidos, além da abstinência alcoólica.

• Orientar a redução do peso.

• Na crise, indica-se o uso de analgésicos, colchicina e compressa de gelo local.

• A redução dos níveis de ácido úrico é feita com fármacos específicos tais como alopurinol
e benzobromarona.
ARTRITE REUMAÓIDE
• DEFINIÇÃO:

• Doença inflamatória sistêmica


na qual as alterações são mais
acentuadas no tecido sinovial
(membrana e bainha sinovial).

• É caracterizada por uma


poliartrite simétrica crônica

• CAUSA:
• É uma doença autoimune de
causa desconhecida. Existe
predisposição genética para a
doença.
• EVOLUÇÃO PATOLÓGICA:

• As alterações seguem 3 fases:

• 1º) Inflamatória – Ocorre inflamação com espessamento da


membrana sinovial das articulações e tendões.

• 2º) Destruição – A inflamação persiste, causando destruição de


articulações e tendões. A cartilagem articular é erosada assim como o
osso subcondral. Os tendões também podem amolecer e se romper.

• 3º) Deformidade – Ocorrem deformidades nas articulações,


evidenciadas ao olho, devido a destruição do osso subcondral e
rupturas tendinosas ocorridas na
• QUADRO CLÍNICO:

• Manifesta-se inicialmente através do surgimento insidioso de mal


estar, febre eventual, cansaço, perda de peso, dor e enrijecimento
muscular, seguido de dor e edema nas articulações periféricas
(predominantemente articulações proximais das mãos e pés).

• Gradualmente mais articulações são comprometidas.

• Pode haver sintomas menos graves e períodos de exacerbação ou


até enquietação.

• Em alguns casos o inicio pode ser explosivo (geralmente idoso).


Normalmente com bom prognóstico.
• MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS:

• 1º) Nódulos reumatóide – Lesão granulomatosa subcutânea


especialmente sobre proeminências ósseas.

• 2º) Linfedemas – Pode afetar os linfonodos que drenam as


articulações inflamadas.

• 3º)Vasculite – Manifesta-se através de Fenômeno de Raynaud.

• 4º) Fraqueza muscular – causadas por miosites ou neurites


reumáticas.
• 5º) Alterações sensitivas – Causadas por neurites ou
compressões dos nervos pela sinovia espessada.

• 6º) Doenças viscerais – Pulmão (pleurite), coração (cardite e


pericardite), rins (insuficiência renal), tracto gastrointestinal
(ulceras), olhos (conjuntivite) e cérebro (muito rara).

• 7º) Lesões tendinosas – tendinites, tenossinovite e rupturas


tendinosas.
• PRINCIPAIS DEFORMIDADES
ARTICULARES:
• 1º Dedo em ventania – Desvio
ulnar dos dedos devido à
subluxações das articulações
metacarpo-falangianas.

• 2º Dedo em botoneira –
Flexão da interfalangeana
proximal e extensão da distal.

• 3º Dedo em pescoço de cisne


– Extensão da interfalangeana
proximal e flexão da distal.
• CRITÉRIOS BÁSICOS PARA O DIAGNÓSTICO:

• 1º Poliartrite simétrica crônica.


• 2º Acometimento das articulações proximais das mãos e pés.
• 3º Duração de pelo menos 6 semanas.

• ASPECTOS LABORATORIAS:

• FR (+) em 80% dos casos.


• Anemia com diminuição do ferro sérico.
• Aumento do VHS.
• Líquido sinovial – turvo e aquoso.
• ASPECTOS
RADIOLÓGICOS:

• Diminuição do espaço
articular.

• Erosão do osso subcondral.

• Subluxações .
• TRATAMENTO:

• Corticoesteróides.
• Imobilização na fase de destruição.
• Artrodese.
• Artroplastia.
Espondilite anquilosante
• DEFINIÇÃO:

• Caracteriza-se por anquilose,


inicial, das articulações sacro-
ilíacas, artrite inflamatória das
articulações da coluna, e
ossificações dos ligamentos
espinhais.

• Por vezes acomete as


articulações periféricas, e
produz irite e aortite.
• CAUSA:

• Desconhecida, porem existe uma predisposição genética.

• INCIDÊNCIA:

• Afeta 0,6% da população com maior predominância em


homens (5:1) jovens (30 a 40 anos) brancos.
• QUADRO CLÍNICO

• Início – Tipos graves

• Dor lombar: É clássico em uma pessoa jovem se queixa de início gradual de


uma dor lombar, que piora a noite e de rigidez ao se levantar pela manhã.
A dor se irradia freqüentemente para as nádegas e face posterior das
coxas.

• Dores referidas às faces posteriores das coxas, até os joelhos, algumas


vezes relacionada periostite isquiática ou ossificação nas origens dos
tendões poplíteos (chamado de entesopatia).

• Dor torácica: Se irradia a partir da coluna torácica, ou das articulações


costovertebrais ou manubrioesternal.
• Dor cervical: Algumas vezes nos pacientes mais idosos.

• Acometimento das grandes articulações periféricas (raro


inicialmente): Pode ser o primeiro sinal da espondilite
anquilosante, principalmente nas crianças, quando os joelhos
tumefeitos e dolorosos podem simular artrite tuberculosa ou
febre reumática.
• Fase intermediaria
• Coluna: Rigidez e dor progressiva
que se propaga a coluna cervical.

• Movimentos (flexão, extensão,


flexão- lateral, rotação) limitados
com achatamento lombar e
espasmos dos músculos
paravertebrais.

• Desenvolve- se cifose
toracolombar, com a cabeça
projetada para a frente.

• A rotação da coluna cervical é


limitada.
• Acometimento da coluna torácica, das articulações costovertebrais
e manubrioesternal que levam a redução da expansão torácica, do
volume residual funcional e finalmente da capacidade vital.

• Articulações periféricas: A artrite é menos simétrica do que na AR e


não há nódulos subcutâneos. Freqüentemente há rigidez de ombros
e o acometimento do quadril pode levar a grande incapacidade.

• Manifestações cardíacas: Insuficiência aórtica em 2 a 5% dos casos.

• Manifestações pulmonares: Fibrose crônica do lobo superior em


poucos casos, causando dispnéia, tosse expectoração.
• RADIOGRAFIA

• Sacroileíte bilateral com esclerose e contornos irregulares da


articulação;

• ↓ do espaço articular;

• Retificação lombar;

• Corpos vertebrais quadrados;

• Sindesmófitos;

• Anquilose vertebral “Coluna em bambu”.


OSTEOPOROSE
• DEFINIÇÃO
• É uma doença matabólica do tecido ósseo, caracterizada pela perda
gradual de massa óssea, fazendo com que os ossos se tornem mais
susceptíveis às fraturas.
OSTEOPOROSE

• CAUSA

• É incerta, mas muitos fatores podem contribuir.

• FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE

• História familiar;
• “Raça branca”;
• Menopausa precoce;
• Alcoolismo;
• Tabagismo;
• Sedentarismo; má nutrição (ingestão de cálcio)
• Não exposição ao sol.
• TIPOS DE OSTEOPOROSE:
• 1. Primária ou idiopática Osteoporose Pós-menopausa
(tipo I)

• Osteoporose Senil (Tipo II)

• 2. Secundária – Secundária a outros fatores como:

• Hipertiroidismo;
• Diabetes;
• Uso de corticóides;
• Tumores ósseos.
PÓS-MENOPAUSA SENIL

+ mulher 6/1 + mulher 2/1

↑ da atividade osteoclástica ↓ atividade osteoblástica

Evolução rápida Evolução lenta

Cortical óssea mantida ↓ do osso cortical

Cortical óssea mantida ↓ do osso trabecular


• QUADRO CLÍNICO

• A osteoporose é normalmente assintomática. Sua manifestação se dá atraves das


fraturas patológicas.

• PREVENÇÃO

• Fazer exercícios físicos regularmente: os exercícios resistidos são os mais recomendados;

• Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e
repolho), camarão, salmão e ostras.

• Reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério consegue


evitar a osteoporose.

• Sua prevenção eficaz só é possivel quando feita durante a fase de predominancia de


formação óssea, ou seja, até aproximadamente 40 anos.
• EXAME COMPLEMENTAR
• O Exame recomendado é a Densitometria óssea. A
radiografia não é capaz de mostrar a osteoporose.
Osteomielite
 A osteomielite é uma infecção óssea geralmente causada por
bactérias, micobactérias ou fungos que podem infeccionar os
ossos, disseminando-se através da corrente sanguínea ou a
partir de tecidos próximos infectados ou de uma ferida aberta
contaminada.

 As pessoas sentem dor em uma parte do osso, bem como


febre e perda de peso.

 A osteomielite ocorre mais comumente em crianças pequenas


e em pessoas idosas, porém, todas as faixas etárias estão em
risco. A osteomielite também é mais frequente em pessoas
com quadros clínicos graves.
• Quando um osso se torna infectado, a parte mole e interna
(medula óssea) muitas vezes incha.

• À medida que o tecido inflamado pressiona a rígida parede


externa do osso, os vasos sanguíneos da medula óssea podem
ser comprimidos, o que reduz ou corta o fornecimento de
sangue ao osso, que pode necrosar e morrer.

• É difícil curar a infecção dessas áreas de osso morto, pois é


difícil para as células que combatem infecções naturais do
corpo e para os antibióticos alcançarem essa região.

• A infecção também pode se espalhar para fora do osso e


formar coleções de pus (abscessos) nos tecidos moles
adjacentes, como músculos. Abscessos ocasionalmente
drenam através da pele.
Causas da osteomielite
Os ossos, que normalmente estão bem protegidos de infecções,
podem ser infectados por três vias:

• Pela corrente sanguínea (que pode levar uma infecção de outra


parte do corpo até os ossos)

• Invasão direta (via fraturas expostas, cirurgia ou objetos que


perfuram o osso)

• Infecções em estruturas próximas, como articulações naturais


ou artificiais e tecidos moles. Lesões, um corpo estranho (como
uma articulação artificial infectada) e redução do fornecimento de
sangue a órgãos ou tecidos (isquemia) podem causar osteomielite.
• A osteomielite pode se formar sob úlceras de decúbito profundas.

 A maioria das osteomielites resulta de invasões diretas ou


infecções em tecidos moles adjacentes (como uma úlcera no pé
causada por má circulação ou diabetes).
Condiçõ es e circunstancias que
podem aumentar o risco de
osteomielite

Problemas decorrentes de DM, que afetam o fornecimento de


sangue para os ossos:

• Uso de drogas intravenosas


• Hemodiálise, doenças renais
• Trauma no tecido que circunda o osso
• Protese ou membros artificiais que introduzem bactérias.
Disseminação através do sangue

 Quando os organismos que causam a osteomielite


disseminam-se pela corrente sanguínea, a infecção
geralmente ocorre:

• Nas extremidades dos ossos da perna e do braço em


crianças
• Na co­luna vertebral (vértebras) em adultos,
particularmente em idosos
Invasão direta

• As bactérias ou sementes fúngicas (chamadas esporos)


podem infectar o osso diretamente através de fraturas
expostas, durante uma cirurgia óssea ou através de objetos
contaminados que perfuram o osso.

• A osteomielite pode ocorrer após uma peça de metal ter


sido ligada cirurgicamente a um osso, como ocorre na
reparação de fraturas do quadril ou outras fraturas.

• Além disso, bactérias ou esporos fúngicos podem infectar o


osso no qual uma articulação artificial (prótese) está
implantada.
Disseminação a partir de estruturas adjacentes

• A osteomielite também pode resultar de uma infecção nos


tecidos moles adjacentes.

• Esse tipo de disseminação ocorre particularmente em pessoas


idosas.

• Tal infecção pode começar em uma área danificada por uma


lesão ou cirurgia, radioterapia ou câncer ou em uma úlcera
cutânea (particularmente uma úlcera no pé) causada ​por má
circulação ou diabetes.

• Uma infecção nos seios nasais, gengivas ou dentes pode se


espalhar para o crânio.
Sinais e sintomas
 Na osteomielite aguda disseminada pelo sangue, infecções dos
ossos das pernas e dos braços podem causar:

• Febre e dor no osso infectado.


• A área sobre o osso pode ficar dolorida, avermelhada, quente ou
inchada e o movimento pode ser doloroso.
• A pessoa pode perder peso e sentir-se cansada.

 Quando a osteomielite resulta de infecções nos tecidos moles


adjacentes ou da invasão direta por um organismo:

• A área sobre o osso incha e fica dolorida.


• Podem se formar abscessos no tecido circundante.
• Essas infecções podem não provocar febre.
• Infecções ao redor de uma articulação artificial ou membro
infectados normalmente provocam dor persistente na área
Diagnó stico
• Exames de sangue
• Exames de imagem, como radiografias, tomografia
computadorizada (TC), ressonância magnética (RM),
cintilografia óssea ou cintilografia de leucócitos

• Uma radiografia pode mostrar alterações


características de osteomielite, mas às vezes, essas
alterações só aparecem duas a quatro semanas após
os primeiros sintomas.
Diagnó stico

• A TC e a RM podem identificar as áreas ou


articulações infectadas e revelar infecções próximas,
como abscessos.

• Alternativamente, uma cintilografia óssea (imagens do


osso realizadas após a injeção de uma substância
chamada tecnécio radioativo) pode ser realizada.

• A área infectada quase sempre parece anormal em


varreduras ósseas, exceto em bebês, pois as
varreduras podem não indicar anormalidades em
ossos em fase de crescimento de forma confiável.
Tratamento
• Antibióticos ou antifúngicos

• Às vezes, cirurgia

• Para abscessos, geralmente drenagem


Poliomelite

• É uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um


vírus de gravidade extremamente variável: o Poliovírus.

• Essa doença pode afetar tanto adultos quanto crianças, mas por
ser mais contraída na infância, ficou conhecida
como “paralisia infantil”.

• Esse é o principal motivo do Ministério da Saúde reforçar o


apelo para a vacina contra poliomielite nos primeiros anos
de vida.

• Não há registro de casos de Poliomielite no país desde 1989.


Transmisão
• O contágio do Poliovírus acontece via oral, por meio de água
ou alimentos contaminados. O contato com fezes ou secreções
expelidas pela boca de pessoas infectadas também transmite o
vírus.

• Após entrar em contato com o organismo, o vírus ataca o


sistema nervoso, onde faz a degradação dos neurônios motores.

• Assim, o poliovírus causa paralisia flácida de algum membro


do corpo e, em casos mais raros, levando a óbito o indivíduo
contaminado.
sintomas
• Em alguns casos, a Poliomielite se apresenta de
forma assintomática, ou seja, não demonstra nenhum sintoma.

• Entretanto, mesmo assintomático, o Poliovírus pode ser transmitido,


o que reforça a importância da vacina contra poliomielite.

• A poliomielite pode se apresentar em dois tipos, a não-paralítica e


a paralítica, sendo que seus sintomas podem variar.
Não-paralítica
 Forma mais comum da Poliomielite. Quando infecta o indivíduo,
muitas das vezes os sintomas demoram para surgir e quando
surgem são similares ao de outras doenças, como a gripe.

Os sintomas da poliomielite não-paralítica podem ser por


exemplo:

• Dor de cabeça;
• Febre;
• Fadiga;
• Fraqueza muscular ou sensibilidade;
• Dor nas costas ou rigidez muscular;
• Garganta inflamada;
• Meningite;
• Dor ou rigidez nos braços e nas pernas.
Poliomielite paralítica

• Essa forma da doença pode receber outros nomes, dependendo


do “local” afetado, como a Poliomielite espinhal (quando afeta
a espinha) e a bulbar (quando afeta o cérebro)

 Os sintomas da poliomielite paralítica podem ser similares à


da não-paralítica, como dores de cabeça frequentes. Em casos
específicos, há novos sintomas, como:

• Dores musculares graves ou fraqueza;


• Perda dos reflexos;
• Membros soltos e flácidos, muitas vezes pior em um lado do
corpo
Diagnó stico
• O diagnóstico da poliomielite pode ser feito por meio de
exames laboratoriais de fezes para a identificação do vírus.

• É importante que o paciente também realize o exame de líquor


(que analisa o líquido cefalorraquidiano) ou a
eletroneuromiografia (que avalia a existência de lesões no
tecido nervoso).

• E por fim, o teste dos anticorpos IgM (que identifica infecção


no sistema sanguíneo).
Síndrome Pós-Poliomielite

• A Síndrome Pós-Poliomielite se trata de uma desordem


cerebral que surge, geralmente, em pessoas por volta dos 40
anos de idade e que contraíram a doença aproximadamente 15
anos antes.

• O motivo da síndrome não é a reativação do vírus no corpo,


mas sim o desgaste dos neurônios que estavam próximos
daqueles que foram destruídos pelo vírus anteriormente.
Síndrome Pós-Poliomielite
• Os sintomas da Síndrome Pós-Poliomielite podem ser:

• Cãibras;
• Dor de cabeça;
• Cansaço excessivo;
• Hipersensibilidade ao frio;
• Dores musculares e nas articulações;
• Dificuldade de deglutição e distúrbios do sono;
• Controlar os esfíncteres;
• Depressão;
• Problemas respiratórios.
Diagnóstico da Síndrome Pós-
Poliomielite

• Pode ser feito após o prazo de um ano que o paciente tenha


sofrido poliomielite, ao observar a persistência dos sintomas
citados acima.

• Um dos exames que pode identificar a doença é


a eletroneuromiografia, que detecta lesões no sistema
nervoso e ajuda a encontrar sintomas de outras doenças
degenerativas.
Tratamento
• Assim como muitas outras doenças virais, não existe um tratamento
específico para poliomielite. Porém, é possível realizar alguns
procedimentos que ajudam no controle das complicações e redução dos
riscos de mortalidade pelo poliovírus.

• Por isso, é importante que a pessoa debilitada pela doença seja


hospitalizada para que seu quadro clínico seja avaliado e, assim, receba as
devidas orientações e tratamento.

 Recomendações:

• Repouso absoluto para reduzir o risco de paralisia;


• Tratamento sintomático de dores por meio de analgésicos receitados pelo
médico;
• Internação em casos de paralisia e alterações respiratórias;
• Procurar um acompanhamento ortopédico.
Prevenção
 O único meio de prevenção para essa doença é a vacina contra poliomielite,
que pode ser de dois tipos:

• Vacina contra Poliomielite VIP ou Salk


• Vacina Inativada Poliomielite (VIP) é uma vacina aplicada de forma
intramuscular que contém amostras “mortas” desse vírus.

 A vacinação VIP também está incluída na caderneta de vacina e é indicada


para gestantes, pessoas que possuem a imunidade baixa e quem pretende
viajar para o exterior.

 Vacina contra poliomielite VOP (Gotinha)

• Vacina oral poliomielite é administrada nos primeiros anos de vida e que


também faz parte da caderneta de vacina.
• É importante que as crianças a partir dos 2 meses até os 5 anos de vida recebam
doses anuais dessa vacina.

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