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ESPONDILITE ANQUILOSANTE

Prof. Dr. Tiago Tsunoda Del Antonio


INTRODUÇÃO
• Doença descrita em 1695 por B.
Connor, médico irlandês;

• Foi descrita como uma


enfermidade que conduzia à
imobilidade e à rigidez;

• O termo espondilite anquilosante


deriva do grego – ankilos que
significa fusão articular, e
spondylos, que significa vértebra;
INTRODUÇÃO

Doença inflamatória, crônica, progressiva, auto-imune, que


acomete as articulações sacroilíacas, coluna vertebral em graus
variáveis e, em menor extensão, as articulações periféricas,
causando eventual fusão das articulações axiais envolvidas.
EPIDEMIOLOGIA
• A incidência é de 7,3 para cada 100 mil pessoas por ano;

• Acomete de 2 a 4 homens para cada mulher;

• No Brasil dez homens para cada mulher;

• A maioria dos pacientes desenvolve os sintomas entre 20 a


35 anos;

• Em brancos americanos é de 197 por 100 mil;

• É rara em negros africanos e asiáticos.


ETIOLOGIA
• Estreita relação com o antígeno leucocitário humano – HLA
B27;

• Identidade da resposta imunológica a um gene suscetível;

• Influência genética.

Um agente exógeno modificaria as superfícies


celulares HLA-B27 positivas, induzindo um estado de
auto-imunidade e propagando uma auto-agressão.
ETIOLOGIA
• O desenvolvimento da doença é mais comum entre parentes
de primeiro grau e em indivíduos positivos para HLA-B27;

• Essa doença sistêmica ocorre em uma população


predominantemente jovem, geneticamente predisposta e
exposta a agentes específicos do meio ambiente.
PATOGÊNESE

O principal tecido agredido é o fibrocartilaginoso que se


associa a uma osteíte do osso subcondral adjacente, outros
tecidos atingidos são a cápsula articular, uniões ligamentosas
ósseas periarticulares e o periósteo.
PATOGÊNESE
PATOGÊNESE
• Inicialmente a um infiltrado de linfócitos e macrófagos,
sugerindo uma possível lesão inflamatória auto-imune,
seguida de resposta fibroblástica proliferativa ativa.

• Assim a formação de cicatrizes fibrosas e densas com


tendência à calcificação e à ossificação;

• O processo inflamatório envolve as ênteses.


QUADRO CLÍNICO
• Os sintomas iniciais são de febre, fadiga e perda de peso,
além de queixa de dor surda, insidiosa na região lombar
baixa e na parte inferior da região glútea, rigidez matinal ou
após o repouso e que melhora com o exercício ou movimento;

• Com a evolução da doença existem alterações evidentes na


marcha e postura;

• Retificação da lordose lombar com atrofia dos músculos da


região glútea, acentuação da cifose torácica, e envolvimento
cervical, pode haver um deslocamento anterior do pescoço;
QUADRO CLÍNICO
• Se houver contratura do músculo iliopsoas os joelhos se
flexionam para compensar – postura de esquiador;
QUADRO CLÍNICO

• A redução da mobilidade da coluna pode provocar dor aguda,


espasmos musculares, contratura do tecido mole ou
anquilose de áreas da coluna;

• Em alguns meses ocorrem frequentes exacerbações e


remissões na atividade da doença;

• A articulação sacroilíacas são as mais acometidas,


apresentando condrite, sendo observado radiologicamente
como um pseudo-alargamento da interlinha articular, isso
pode progredir para lesões erosivas.
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
• Formação de sindesmófitos – ossificação gradual das
camadas superficiais do anel fibroso;

• A fusão das articulações interapofisárias e a calcificação


dos ligamentos espinhais, associado a formação bilateral de
sindesmófitos – “coluna em bambu”.
QUADRO CLÍNICO
• Acometimento articular – dor, edema, calor e limitação nas
grandes articulações;

• Restrições respiratórias;

• Aumento de risco de osteoporose;

• Manifestações extra-articulares: olhos, coração, pulmão,


rins e neurológicas.
DIAGNÓSTICO
• Realizado pelos critérios clínicos (Critérios diagnósticos
modificados de New York, 1985), além da associação de
sintomas, história familiar e descobertas articulares e
extra-articulares;

• As alterações radiológicas é necessária para o fechamento


do diagnóstico.
DIAGNÓSTICO
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA EA MODIFICADOS DE
NEW YORK, 1995.

Critérios Clínicos
- Dor lombar e rigidez por pelo menos 3 meses, que é aliviada
com o exercício e não melhora com repouso;
- Limitação da coluna lombar nos planos sagital e frontal;
- Expansibilidade torácica reduzida em relação a valores
normais para idade e sexo;
DIAGNÓSTICO
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA EA MODIFICADOS DE
NEW YORK, 1995.

Critérios Radiológicos
- Sacroileíte bilateral (graus 2 a 4);
- Sacroileíte unilateral (graus 3 a 4).

Grau 0 – normal; Grau 1 – Suspeito; Grau 2 – Sacroileíte


mínima; Grau 3 – Sacroileíte moderada; Grau 4 – Anquilose
óssea.
DIAGNÓSTICO
• Exames laboratoriais;

• Testes específicos:
- Sinal da Seta;
- Sinal de Schober;
- Sinal de Stibor;
- Distância mão-chão;
- Sinal da corda;
- Cirtometria.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
“Cuidemos do nosso coração, porque é de lá
que sai o que é bom e ruim, o que constrói
e destrói.”

(Jorge Mario Bergoglio)

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