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Alterações Congênitas

Dr. Juliano A. Romani


Espinhais
Dr. Juliano A. Romani CREFITO 3 – 57852-F
Esp. Quiropraxia COFFITO
Esp. Acupuntura COFFITO
Dip. FMO ANAFIQ 1
Classificação das
Anormalidades
• Assimetria de Facetas
• Escoliose Congênita
• Espinha Bífida
• Síndrome de Klippel-Feil

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• Espondilolistese Congênita
• Costela Cervical

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Alterações de Facetas
• Megapófise transversa
• Costela cervical
• Hipoplasia de processo odontóide

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Megapófise Transversa
Trata-se do aumento do processo transverso da L5 com aspecto
de vértebra transicional, conhecida também como Vertebra de
transição ou “Síndrome de Bertolotti” onde ocorre a
possibilidade desta vertebra se articular com o ilíaco e sacro.

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Quadro Clínico:
Dor Lombar
Incidência:
10-20% da população

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Megapófise Transversa
Evolução clínica:
Devido a falha na biomecânica normal da coluna lombo-sacra
devido a fusão vertebral ocorre uma sobrecarga de L4/L5
podendo acarretar em discopatias degenerativas

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Diagnóstico: RX / Tomografia computadorizada

Achados Clínicos: Presença de Nódulos de Schmorl .

Tratamento: AINES e Fisioterapia Quiropráxica


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Síndrome de Klippel-Feil
Descrição:
A Síndrome de Klippel-Feil é uma anomalia congênita rara
caracterizada por uma segmentação defeituosa ou a fusão de 2 ou
mais vértebras cervicais, com ou sem fusão similar envolvendo
vértebras dorsais e/ou lombares.

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Descrita pela primeira vez em 1912 por Maurice Klippel e Andre Feil.
Etiologia:
• De causa desconhecida (idiopática), apresenta várias manifestações
clínicas tais como: instabilidade cervical, escoliose, malformação na
coluna lombar e hérnia discal.
• Ocorre entre a 3° a 8° semanas da gestação
Incidência:
Tracy et alli (2004), McGaughran et alli (1998), David et alli (1999) e 6
Lagravère et alli (2004) a incidência é de 1: 40.000
Síndrome de Klippel-Feil
Classificação:
• Tipo I (40%): fusão cervical completa;
• Tipo II (45%): fusão de 1 ou 2 interespaços vertebrais, geralmente C2-C3 ou C5-C6;
• Tipo III (12%): fusão cervical e fusão torácica ou lombar baixa, associada
freqüentemente com anomalias neurológicas e múltiplas de órgãos;
• Tipo IV (3%): envolvimento sacral

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Possíveis Sintomas

Ausência ou diminuição aparente do pescoço;


Alterações posturais: Occipital proeminente; hipercifose dorsal; escápulas elevadas;
Escoliose (presente em 60% dos pacientes);
Surdez (presente em 50% dos pacientes);
Anomalias cardíacas;
Deficiência de Sprengel (presente em 40% dos pacientes);
Desordens respiratórias do sono;
Distúrbios genitourinário (presente em 64% dos pacientes); distúrbios gastrointestinal;
hiperlordose; hemivértebra;
Anomalia renal (presente em 35% dos pacientes); 7
Hérnia discal; hipermobilidade C1-C2;
Instabilidade cervical; malformação na coluna lombar;
Síndrome de Klippel-Feil
• Tratamento:
A indicação cirúrgica irá depender do grau de acometimento e
da evolução do quadro neurológico
progressivo.(Compressões, instabilidades crânio-cervicais)

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Para Rodriguez et all (2005) a cirurgia como método de
tratamento é o mais indicado para casos em que a
compressão tenha um caráter progressivo e invalitante.

• Fisioterapia Quiropráxica
Contraindicação de ajustes HVLA na coluna cervical
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Analgesia e melhora da mobilidade em articulações hipomóveis
Espondilolistese congênita
A espondiloslistese congênita é caracterizada pelo escorregamento da
vértebra superior.

Etiologia:
• Displasia das facetas articulares é responsável pela perda de

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estabilidade primária.
Sintomas e Sinais clínicos:
• Compressão da cauda equina ou nervos espinhais, gerando sintomas
radiculares irradiados para os membros inferiores.
• Dor
• Instabilidade segmentar
• Estenose do canal vertebral

Tratamento: Cirúrgico x Conservador? 9


Costela Cervical
Descrição:
É uma má formação congênita
óssea ou fibrosa do processo
transverso da vértebra C7
(vértebra proeminente)

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Pode ser assintomática ou
sintomática com distúrbios
neurológicos ou vasculares.
Incidência
0,45- 1,5% na população em geral
• Faixa etária dos 20 aos 45 anos
• Ocorrência 3 vezes maior no
sexo feminino 10
• Bilateral em 60% dos casos
Costela Cervical

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Costela Cervical
• Sinais e sintomas:
Normalmente assintomática os neurológicos correspondem à
90%:
• Sintoma mais comum é a Síndrome do desfiladeiro torácico

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• Dor cervical irradiada para o MS
• Parestesias 4 e 5 dedo
• Diminuição da força das mãos (para segurar objetos)
• Cefaléia
Circulatórios 10%:
• Cianose e edema das mãos
• Fenômeno de Raynaud (desordem da vasoconstrição) 12
Costela Cervical
Exame físico
• Teste de Allen +
• Teste de Adson +
• Palpação da apófise de C7 – Sinal de Morley : provocativo

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Exames Complementares : RX e Tomografia Computadorizada
EMG
Tratamento:
Lesões neurais progressivas como o acometimento do nervo
frênico exigem o tratamento cirúrgico (cervicotomia)
Pacientes que não possuem lesões neurais progressivas são
tratados com a Fisioterapia Quiropráxica. 13
Escoliose Congênita
Definição:
Mal formação óssea da vértebra que pode resultar em
deformidades severas da coluna vertebral
Classificação:

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Hemivértebra ou vértebra em cunha
Falha de segmentação
Fusão vertebral
Etiologia :

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Escoliose Congênita
A presença de uma barra não segmentada unilateral está
associada a mau prognóstico.
A vértebra em bloco alia-se ao melhor prognóstico.

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Tratamento:

Apesar de o tratamento ortótico permanecer controverso, a


possibilidade de atraso da progressão da curvatura escoliótica,
permitindo a cirurgia mais tardia, justificam-no como opção
terapêutica, em casos selecionados. O tratamento é cirúrgico
nas curvaturas escolióticas curtas, rígidas e progressivas. 15
Espinha Bífida
• Mal formação congênita causada por defeitos no fechamento da
coluna vertebral caracterizada por herniação ou exposição da
medula espinhal/ e ou meninge através da coluna fechada
incompletamente
Inclui:

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• Meningocele
• Mielo meningocele
• Raquisquise
Fisiopatologia: Ocorre na fase embrionária por defeito no
fechamento do tubo neural, onde o mesmo se torna incompleto.
Incidência: 1/8000 gestações
Etiologia: Insuficiência de Ác. Fólico, Genética e medicação anti 16
epilética.
Classificação
• E.B. cística ou Mielo meningocele
• E.B. Oculta
• Meningocele
• Lipo meingocele
Grupos de risco : Disrafismo

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Sinais e Sintomas:
• Rigidez e dor na coluna
• Dor e perda de função
• Parestesia de MMII
• Constipação intestinal
• Deformidade anatômica em coluna , MI
• Oculta: Sinais de pilosidade na parte inferior das costas. 17
Complicações
• Estiramento medular
• Diástomielia (septo ósseo)
• Lipoma subcutâneo
• Lesões neurais

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Tratamento:
Cirúrgico
E.B. Oculta: Conservador
Pode-se controlar a dor lombar com a Fisioterapia
Quiropráxica em segmentos suprajacentes com ajustes para
normalizar a mobilidade
Fortalecimento em segmento instáveis
Orientações de AVD´s 18
Referências Bibliográficas
1. Rodríguez N, López J, Rubio J. Deformidad de Klipper-Feil com anomalia
de Arnold-Chiari tipo I y siringomielia. Rev Cubana Med Milit 2005; 34(1).
2. Ibañez-Valdés L, Foyaca-Sibat H. Renovascular Hipertension Due to
Renal Artery Stenosis in Klipper-Feil Syndrome. Rev Electron Biomed 2003;
1(2): 95-100.
3. Senosian E, Tellez-Zenteno J, Garcia-Ramos G, et al. Síndrome de
klipper-Feil. Imágenes por tomografia em tercera dimensíon. Gac Méd

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Méx, nov/dez. 2001, vol 137, n6.
4. Weinstein JN, Lurie JD, Tosteson TD, Hanscom B, Tosteson ANA, Blood
EA, et al. Surgical versus nonsurgical treatment for lumbar degenerative
spondylolisthesis. N ENGL J Med. 2007 May 31;356(22):2257–70.
5.Acosta FL Jr, Ames CP, Chou D. Operative management of adult high-
grade lumbosacral spondylolisthesis. Neurosurg Clin N Am. 2007
Apr;18(2):249–54.
6. Cervical rib with stroke as the initial presentation.
Leve Joseph, Subhash Kumar, Sandeep Sharma, and Vikas Singhal.
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Neurology India. 58.4 (July-August 2010) p645.

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