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REPÚBLICA DE ANGOLA

DIREÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO/SAÚDE DE TALATONA


INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE C.A.C
CURSO DE ENFERMAGEM

TRABALHO DE PSICOLOGIA

A TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DOS 5 A 12 ANOS


NO HOSPITAL DAVID BERNADINO NO II TRIMESTRE DO
ANO DE 2022

Classe:11º
Sala: 01
Turno: tarde
Grupo:

DOCENTE
______________________

LUANDA 2023
LISTA NOMINAL

Elaborados por: Agnaldo Camufingo


Carlos Dos Santos
Cedinha Domingos
Conceição Cadete
Inês Vinhemba
Isabel Baptista
Joana Ventura
Maria De Oliveira
Mariana Da Silva
Paulo Vicente
AGRADECIMENTO

Viemos por este meio, agradecer em primeiro lugar a Deus o criador dos céus e
da terra, pela vida que nos concedeu, em seguida agradecemos também pelo tema de
elevada importância, que vai mas uma vez contribuir na nossa vida acadêmica e aos
colegas pela atenção e pôr fim aos nossos pais pelo apoio financeiro e carinho que têm
por nós.
Sumário
AGRADECIMENTO ....................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
O QUE É A TUBERCULOSE ............................................................................. 6
A Tuberculose em crianças ................................................................................... 6
Principais Sintomas .............................................................................................. 6
Como a infecção se manifesta .............................................................................. 6
Diferentes tipos de Tuberculose ....................................................................... 7
Diagnóstico ........................................................................................................... 8
Formas de tratamento ........................................................................................... 8
CONCLUSÃO .................................................................................................. 9
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 10
ANEXOS ........................................................................................................ 11
INTRODUÇÃO

Estudos epidemiológicos sobre TB em crianças e adolescentes são escassos, o que


prejudica a identificação e o monitoramento de intervenções mais adequadas ao controle
da epidemia. O objetivo do presente estudo é descrever as características epidemiológicas
das crianças com TB atendidas em hospital pediátrico de referência David Bernadino.
Médicos e enfermeiros da província do Cuando Cubango estão a ser capacitados,
desde terça-feira, na cidade de Menongue, para melhorar o diagnóstico e tratamento de
casos de tuberculose em crianças.
A acção formativa, que termina quinta-feira, vai munir os participantes de
conhecimentos sobre a situação da tuberculose no mundo e em Angola, principais
directrizes do controlo da doença, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento da
tuberculose sensível, pulmonar e extra-pulmonar nas crianças, tuberculose latente,
quimioprofilaxia, vacinação com BCG, entre outros temas.
O formador do programa nacional de controlo da tuberculose, José Suca, explicou
que a formação tem como objectivo geral promover o envolvimento de todos os
profissionais na saúde no controlo e combate à doença. José Suca acrescentou que é
urgente melhorar a notificação de casos de tuberculose em crianças, envolvendo todas as
redes sanitárias, com realce para os hospitais ou serviços de pediatria. “Temos de
melhorar a gestão de casos de tuberculose em crianças na rede hospitalar e serviços de
pediatria, no sentido de se garantir um acolhimento humanizado, adesão e qualidade no
tratamento desta doença que tem vitimado muitas pessoas e em particular os menores”,
disse José Suca que salientou que muitos dos casos de tuberculose que são diagnosticados
nas unidades hospitalares, sobretudo em crianças, estão associados com o VIH/Sida.

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O QUE É A TUBERCULOSE
A Tuberculose, também conhecida como TB, é uma doença altamente contagiosa
que pode ser transmitida pela via aérea ou através da saliva e contato com secreções de
indivíduos contaminados.
A bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK) pode causar
infecções severas em diversas partes do corpo, como nos ossos, pele, rins, coluna
vertebral e cérebro.
A tuberculose é considerada uma doença grave, não apenas no Brasil, mas no
mundo todo, e estima-se que 10% dos pacientes sejam crianças e adolescentes.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a doença chega a atingir 70 mil
pessoas por ano, além de levar à morte 4.5 mil pacientes.
A Tuberculose em crianças
As crianças são consideradas paucibacilíferas, e isso pode dificultar o diagnóstico
bacteriológico de certeza tornando a anamnese fundamental, uma vez que ela pode
fornecer o diagnóstico epidemiológico e elementos da História Natural da Doença.
Geralmente, a tuberculose não é contagiosa em crianças com menos de 12 anos,
pois na tosse são eliminados poucos bacilos, isso sem contar que as lesões pulmonares
costumam ser menores do que as em adolescentes e adultos.
Principais Sintomas
Entre os sintomas mais comuns da tuberculose podemos notar febre alta insistente,
falta de ar, sensação de mal-estar, dores na região do tórax, palidez, irritabilidade e perda
de peso considerável. Sendo assim, é possível que os sintomas possam ser confundidos
com Pneumonia. Esse é um dos motivos que reforça a importância da busca por um
especialista, a qual avaliando o tempo e surgimento de cada sintoma saberá distinguir os
fatores da doença e qual o tratamento mais indicado para a criança.
Como a infecção se manifesta
O quadro de infecção se inicia nos pulmões do paciente com a inflamação local
causada pelas bactérias que pode se estender para outras partes do corpo, tendo risco de
se multiplicar e afetar diretamente todo o sistema imunológico. Diante desse quadro três
situações podem ocorrer:
Desenvolvimento da doença Tuberculose Pulmonar: Quando o sistema
imunológico do paciente está debilitado e entra em contato direto com as bactérias;
Infecção latente: Todo indivíduo tem chances de ter a bactéria alojada ao corpo
durante um longo período, sendo ativa apenas quando sua imunidade cai;
Eliminação: Quando o organismo consegue eliminar a bactéria mesmo em contato
direto, sem causar nem um sintoma da doença ao paciente.

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Diferentes tipos de Tuberculose
A Tuberculose pode afetar o paciente de diversas formas, sendo divididas pelas
seguintes categorias:

Tuberculose Extrapulmonar
Quando a bactéria afeta outros órgãos que não sejam os pulmões;
Tuberculose Pleural
Quando a bactéria afeta uma membrana do pulmão chamada pleura. Onde
apresentam sintomas como falta de ar e dor na região do tórax;
Tuberculose Óssea
Quando a bactéria afeta a região da coluna vertebral e causa dores nas costas;
Tuberculose Ganglionar
Quando o paciente possui o vírus HIV e a bactéria ganglionar afeta os linfonodos
da região do pescoço, causando o aumento da região (inchaço). Onde mesmo não
causando dor ou desconforto, pode gerar o desenvolvimento de fístulas na pele;
Tuberculose Urinária
Quando a bactéria pode causar insuficiência renal, sendo facilmente confundida
com infecção urinária;
Tuberculose Ocular
Nesse caso a bactéria afeta no primeiro momento os pulmões e com a evolução da
doença a infecção chega ao globo ocular. É considerado um tipo raro de tuberculose, e
mais comum em homens e negros. Além de afetar com frequência pessoas diabéticas,
soropositivas ou com câncer;
Tuberculose Cutânea
Quando a bactéria afeta a pele do paciente. Mais frequente em países tropicais e
com pouca umidade, tendo a população de baixa renda social e imunodeprimidos como
maior alvo;
Tuberculose no Coração (Pericardite)
Quando a bactéria afeta a membrana que fica em volta do coração, conhecido
como pericárdio, causando inflamação (Pericardite);
Tuberculose do Peritônio
É um dos problemas mais raros e graves, com pouco índice de sobrevivência, é de
difícil diagnóstico e tratamento. Nesse caso é muito importante o paciente realizar exames
como a laparoscopia para que se possa localizar uma possível tuberculose gastrointestinal
e do peritônio;

Tuberculose Cerebral
Riscos de evolução para meningite e formação de tumores no sistema nervoso
central do paciente. No caso desta Tuberculose, é necessária atenção redobrada.

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Diagnóstico
O diagnóstico da doença é dividido em Baciloscopia do escarro, Radiologia e
Teste Tuberculínico. Em crianças, há um desafio maior, uma vez que há a dificuldade em
demonstrar o bacilo Mycobacterium tuberculosis. Para as crianças menores de 10 anos
é utilizada uma escala de pontuação onde é levado em conta os sinais clínicos,
radiológicos e epidemiológicos para fazer o diagnóstico.
Baciloscopia do escarro
Coleta de escarro para diferenciar sintomas de doenças como pneumonia,
coletadas diretamente da tosse do paciente antes de iniciar qualquer medicamento;

Radiológico
Diagnóstico relatado através do raio-x do tórax do paciente, o qual ajuda a
reconhecer as modificações nas estruturas dos pulmões dos pacientes;

Teste Tuberculínico
Esse teste identifica crianças que entraram em contato com a tuberculose, mas não
necessariamente aquelas que estejam com a doença ativa. Ele é realizado através da
reação de Mantoux, que utiliza 2 unidades de PPD RT 23, em injeção intradérmica com
leitura tardia, dentro de 48 a 72 horas. Essa leitura é realizada com uma régua milimetrada
no diâmetro transverso da enduração encontrada na pele do antebraço.

Formas de tratamento
O tratamento da tuberculose em crianças é feito em regime ambulatorial, sendo
totalmente supervisionado e tendo, pelo menos, 3 observações semanais a partir da
tomada dos medicamentos nos primeiros 2 meses e 1 observação por semana até o final.
Já a hospitalização só é admitida em casos considerados especiais, como intolerância aos
medicamentos, meningite tuberculosa e complicações graves da tuberculose.
Os medicamentos utilizados em casos de tuberculose nas crianças menores de 10
anos são: Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida. Para maiores de 10 anos
acrescentamos ao esquema de tratamento também o Etambutol.
A vacina contra tuberculose se chama BCG e é oferecida para crianças de 0-6
anos (não sendo válido para portadores do vírus HIV).
Esse e outros temas de maior prevalência nos exames médicos podem ser
conferidos nos nossos livros especiais de preparação. Desenvolvemos uma metodologia
de ensino baseada em estatísticas e objetos de aprendizagem que favorecem a absorção
do conteúdo estudado.

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CONCLUSÃO

A tuberculose (TB) é importante causa de morbimortalidade infantil no mundo.


Segundo a Organização Mundial de Saúde, o percentual estimado de TB em menores de
15 anos de idade varia de 3 a 25% em diferentes nações1. Corbett et al.2 estimaram que,
no ano 2000, tenha havido 23.520 casos de TB em crianças de 0 a 12 anos de idade no
Brasil, representando 20% do total de casos, enquanto Sant'Anna et al.3 estimam 15%
para o mesmo período. Em estudos locais, observou-se o acometimento por TB nessa
faixa etária de 5% em unidade de Ribeirão Preto4, 6,7% na cidade do Rio de Janeiro5, 9%
em unidade de Salvador6 e 13,3% no Vale do Paraíba7.
O diagnóstico da TB infantil comumente baseado em critérios clínicos permanece
um desafio. Até o momento, não foi incorporada à prática clínica as novas abordagens
diagnósticas (testes moleculares ou cultura em meio líquido) que têm sido utilizadas na
avaliação da TB entre adultos, devido à grande variabilidade da acurácia e baixa
positividade naquele grupo8. Em 2002, o Ministério da Saúde (MS) incluiu no Manual de
Recomendações para Controle da Tuberculose um sistema de pontuação com o objetivo
de auxiliar o diagnóstico da TB pulmonar em crianças com baciloscopia negativa nos
serviços de baixa complexidade, especialmente em nível ambulatorial3, que foi atualizado
em 20108. Variáveis consideradas relevantes receberam pontos individuais que, somados,
classificam da seguinte forma os pacientes suspeitos: diagnóstico muito provável de TB
(> 40 pontos), permitindo o início do tratamento anti-TB; diagnóstico possível (30 a 35
pontos), em que o tratamento pode ser iniciado a critério clínico; diagnóstico pouco
provável (< 25 pontos), devendo a criança suspeita continuar sob investigação clínica8.
Esse escore clínico foi avaliado em alguns estudos com sensibilidade variando de 89 a
99%, e especificidade de 70 a 87%6,9,10.
Nessa faixa etária, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é
fator complicador para o diagnóstico da TB. Crianças portadoras do vírus são mais
sujeitas à exposição ao bacilo Mycobacterium tuberculosis em nível intradomiciliar, ao
desenvolvimento de formas clínicas mais graves, à não reatividade à prova tuberculínica,
ao baixo peso, além da possibilidade de associação a demais comorbidades pulmonares,
como bronquiectasias ou pneumonias11,12. No que tange à coinfecção TB com o HIV na
infância, Oliveira et al.5 encontraram associação em 4,1% dos casos.

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REFERÊNCIAS

1. Colditz G, Brewer T, Berkey C, Wilson M, Burdick E, et al. Efficacy of BCG


vaccine in prevention of tuberculosis: meta-analysis of the published literature. JAMA
1994; 271: 698-702.

2. Daniel T, Debane S. The serodiagnoses of tuberculosis and other mycobacterial


diseases by enzyme-linked immunosorbbent assay. Am Rev Respir Dis 1987; 135: 1137-
51.

3. Schluger N, Kinney D, Harkin T, Rom W. Clinical utility of the polymerase


chain reaction in the diagnosis of infections due to mycobacterium tuberculosis. Chest
1994; 105: 1116- 1121.

4. Stamos JK, Rowley AH. Pediatric tuberculosis: na update. Curr Probl Pediatr
1995; 25(4): 131-136.
5. Tuberculose Infantil: saiba os sintomas, tratamento e mais (medcel.com.br)
6. A tuberculose em criancas dos 5 a 12 anos toda materia - Pesquisar (bing.com)
7. Jornal de Angola - Notícias - Tuberculose em crianças junta profissionais de
saúde

10 | P á g i n a
ANEXOS

Imagens de crianças com de 5 a 12 anos com tuberculose

11 | P á g i n a

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