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Doenças causadas por

“PROTOZOÁRIOS”
Rosimeyre Correia Costa
Data:28.02.23
Microbiologia/Parasitologia
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado
“Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que
pode se hospedar em humanos e outros animais.
É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e é uma das
zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o
mundo.
Os casos agudos são, geralmente, limitados e com baixas
incidências.
A fase aguda da infecção tem cura, mas o parasita persiste por toda a vida
da pessoa e pode se manifestar ou não em outros momentos, com
diferentes tipos de sintomas.
TOXOPLASMOSE
• A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não
apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos
específicos.
• No entanto, a doença pode trazer complicações, como
sequelas pela infecção congênita (transmitida da gestante para
o bebê), toxoplasmose ocular, toxoplasmose grave e
toxoplasmose cerebral.
• Em indivíduos que estejam com o sistema imunológico
comprometido: transplantados, pacientes infectados com o HIV
ou em tratamento oncológico a doença pode evoluir para
gravidade.
Complicações clínicas
TOXOPLASMOSE
• Os sinais e sintomas da toxoplasmose são variáveis e
associados ao estágio da infecção (agudo ou crônico).
• Os sinais e sintomas normalmente são leves, similares à gripe
e podem incluir:
• Dores musculares, fadiga, falta de apetite, febre e alterações
nos gânglios linfáticos.
PESSOAS COM BAIXA IMUNIDADE

• Pessoas com imunidade comprometida podem apresentar


sintomas mais graves, incluindo confusão mental, falta de
coordenação e convulsões.
GESTANTES

• As gestantes com toxoplasmose podem permanecer sem sinais


e sintomas, por isso é importante a realização das consultas de
pré-natal e ações de prevenção da doença, seu diagnóstico e
tratamento.
RECÉM-NASCIDOS

• MINISTÉRIO DA SAÚDE NOTA TÉCNICA Nº 33/2018-CGSCAM/DAPES/SAS/MS (ASSUNTO


1.1. Técnica sobre Toxoplasmose e Amamentação.)
• Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado:
• Mães infectadas pelo HIV;
• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2;
• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação.
• Alguns fármacos são considerados contraindicados absolutos ou relativos ao aleitamento
materno, como por exemplo, os antineoplásicos e radiofármacos. Como essas
informações sofrem frequentes atualizações, recomenda-se que previamente à
prescrição de medicações a nutrizes o profissional de saúde consulte o manual
“Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias” do Ministério da Saúde.
• Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite
humano ou qualquer outro que contenha lactose.
RECÉM-NASCIDOS
• Em relação a toxoplasmose, o Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC), dos Estados Unidos da América, também recomenda
a manutenção da amamentação em casos de toxoplasmose,
conforme disponível em:
https://www.cdc.gov/parasites/toxoplasmosis/gen_info/pregnant.ht
ml 3. CONCLUSÃO 3.1. Portanto, a luz dos conhecimentos científicos
atuais, não dispomos de evidências para alterar as condutas
assistenciais e técnicas no que concerne a suspensão da
amamentação em casos de toxoplasmose.
PREVENÇÃO

• A principal medida de prevenção da toxoplasmose é a


promoção de ações de educação em saúde, principalmente
para mulheres que estão em idade fértil e gestantes. É
fundamental manter boas práticas higiene pessoal e higiene
dos alimentos.
TRANSMISSÃO

• Via oral (ingestão de alimentos e água contaminados)


• Congênita (transmitido de mãe para filho durante gestação)
• Formas raras: por inalação de aerossóis contaminados,
inoculação acidental, transfusão sanguínea e transplante de
órgãos.

• É importante saber que o contato com gatos e felinos não


causa a doença. O risco está no contato com as fezes
contaminadas de felinos, no consumo de água contaminada ou
alimentos mal lavados ou mal cozidos.
Água
• Consumo de água tratada: uma das principais formas de prevenção
da doença é consumir água que tenha recebido o tratamento
adequado. Por isso, é essencial dar preferência ao consumo de
água 100% potável;
• Fervura da água: quando não há garantia do tratamento adequado
da água para consumo e limpeza de alimentos, é indicado o uso de
filtros ou a fervura, por 5 minutos, como tratamento adicional,
principalmente em situações de surto;
• Limpeza de caixas de água: é importante realizar periodicamente a
limpeza de reservatórios e caixa d’águas para a manutenção da
potabilidade da água, assim como se deve manter a caixa-d’água
bem vedada para minimizar os riscos de contaminação.
Meio ambiente

• Aquecer cortes inteiros de carne de porco, cordeiro, vitela ou vaca a pelo


menos 65,6°C, com 3 minutos de repouso após o cozimento; carne moída
e carne de caça selvagem a 71,1º C e aves a 73,9º C.
• O cozimento de microondas não é confiável para matar o protozoário nem
inativar o oocisto.
• Congelar carne a uma temperatura interna de -12º C.
• Evitar a contaminação cruzada para outros alimentos lavando as mãos
completamente após o manuseio de carnes cruas ou frutos do mar, assim
como as tábuas de corte, pratos, bancadas e utensílios.
• Frutos do mar, incluindo mariscos, devem ser bem cozidos.
• Evite comer qualquer carne crua ou malpassada e carne crua curada;
• Evite beber leite não pasteurizado e produtos lácteos feitos com leite não
pasteurizado.
Alimentos de origem animal e vegetal

• Cobrir as caixas de areia das crianças quando não estiverem jogando para evitar que os
gatos as utilizem;
• Não alimente gatos com carne crua ou malpassada;
• Mude a caixa de areia dos gatos de estimação diariamente;
• Mulheres grávidas e indivíduos com baixa imunidade devem evitar manusear as caixas
de areia;
• Ao trocar a areia de caixa ou realizar jardinagem, usar, quando possível, máscaras no
rosto e luvas, além de lavar bem as mãos com sabão;
• A indústria de carne deve empregar boas práticas de produção, como manter gatos e
roedores fora das áreas de produção de alimentos e usar fontes de água com qualidade
e adequadamente tratadas para os animais;
• A indústria agrícola deve empregar boas práticas de produção para reduzir ou prevenir a
contaminação.

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