■ A toxoplasmose trata-se de uma importante zoonose, de grande interesse em saúde
pública pois pode provocar sérios danos aos fetos tanto em humanos quanto nos animais. Seu agente etiológico é um protozoário denominado Toxoplasma Gondii. Acomete todos os animais homeotérmicos, sendo que os ferídeos são os únicos hospedeiros definitivos. A transmissão pode ocorrer pela ingestão de leucócitos contidos nas fezes dos gatos através da ingestão de carne crua ou mal cozida infectadas, ou por via transplacentária. A doença é comum mas os sinais clínicos são raros, sendo que nos gatos os órgãos mais afetados são os pulmões e os olhos, enquanto que nos cães é comum manifestações neurológicas. Formas de transmissão
As principais vias de transmissão da toxoplasmose são:
■ Via tópica: ingestão de alimentos e água contaminados. ■ Congênita: transmitido de mãe para filho durante gestação. ■ Sendo casos raros de transmissão por inalação de aerossóis contaminados inoculação acidental, transfusão sanguínea e transplante de órgãos. É importante saber que o contato com os gatos não causa a doença o perigo está no contato com as fezes contaminadas do felino e no consumo de água contaminada e alimentos mal lavados ou mal cozidos! Sinais Clínicos ■ A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos. A doença entre outros estágios, no entanto, pode trazer complicações, como sequelas pela infecção congênita (Gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido, como transplantados pacientes infectados com o HIV ou o tratamento oncológico. ■ Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves, incluindo febre e dor de cabeça. ■ Gestantes: mulheres infectadas durante a gestação podem ter abortamento ou nascimento da criança com icterícia macrocefálica microcefalia e crises convulsivas. Diagnósticos ■ Uma vez que os sintomas da toxoplasmose são bastante inespecíficos, o diagnóstico implica a realização de exames de sangue para pesquisar a presença de anticorpos que caracterizam infecção recente pelo toxoplasma. Como a doença passa desapercebida na maioria das vezes as pessoas só acabam sabendo que tiveram contato com a gente infeccioso quando precisam fazer algum check-up específico, seja em urgências, seja em rotina, seja em situações especiais, como na gestação. Nesses casos, porém, o achado ou é de uma categoria de anticorpos relacionada com infecção pregressa e que, portanto, indica imunidade contra a toxoplasmose. Tratamento ■ Existem medicamentos que agem contra a toxoplasmose – não curam a doença, mas impedem a multiplicação do protozoário – e, assim, contribuem para a redução das complicações da toxoplasmose congênita e das formas mais agressivas da doença no adulto, desde que o tratamento seja instituído rapidamente. Para as formas leves que cursam somente com febre e gânglios, não há necessidade do uso de medicações, pois a doença acaba regredindo espontaneamente. A prevenção da toxoplasmose é particularmente importante para a gestantes e imunodepremidos que nunca tiveram contato com esse agente. Para evitar o Contágio recomenda-se não comer carne crua ou mal passada e usar luvas na hora de manipular qualquer tipo de carne antes do cozimento além de lavar muito bem legumes e verduras que serão consumidos em saladas. O convívio com gatos também precisa ser evitado assim como a visita a locais que possam ter fezes desses animais – como tanques de areia de parques. Prognóstico
■ A toxoplasmose congênita contém os seguintes prognósticos:
■ Algumas crianças têm evolução fulminante com morte precoce ao passo que outras apresentam sequelas neurológicas a longo prazo. Ocasionalmente, manifestações neurológicas por exemplo coriorretinite, retardo mental, surdez, convulsões. Surginhamos mais tarde em crianças que, ao nascimento pareciam normais. Consequentemente, crianças com toxoplasmose congênita devem ser monitoradas habitualmente além do período neonatal.