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TOXOPLASMOSE

Centro Técnico Profissional – CETEP.


Enfermagem da Criança e do Adolescente / Vitor Rodrigues.
Discentes- Anderson Cruz, Alice Lima, Mirineide Mattos, Denise Quadros, Andressa
Santana.
A toxoplasmose é uma doença infecciosa
não contagiosa provocada pelo Toxoplasma
gondii, um protozoário intracelular obrigatório
e parasita de humanos e animais.

Congênita ou adquirida, o T. gondii é


facilmente encontrado na natureza, sobretudo
nas regiões de clima temperado e tropical e
apresenta grande distribuição geográfica
mundial com alta prevalência sorológica,
podendo atingir mais de 80% da população
em determinados países. De modo geral,
essa é uma doença de caráter infeccioso.

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Arraste e solte a sua
Foto de plano de fundo aqui

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Vias de transmissão:
Via Oral
Uma pessoa pode adquirir a doença por meio da ingestão de oocistos em água e alimentos
contaminados (frutas e vegetais), ingestão de carne crua ou mal cozida infectada com
cistos (principalmente carne de suínos, bovinos, equinos), ou a ingestão de oocistos
provenientes do solo, areia e latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados.
Esses parasitos também podem ser disseminados pelo ambiente por meio de baratas.
Cães com o hábito de se esfregar em fezes de gatos podem ter seus pelos contaminados
com oocistos.

Via transplacentária
Gestantes que apresentam a doença podem transmiti-la para o feto (o que pode levar à
toxoplasmose congênita). A infecção transplacentária ocorre em 40% dos fetos de mães
que adquiriram a infecção durante a gestação. Há um número menor de casos, por
transfusão de sangue e pelo transplante de órgãos, se os doadores estiverem infectados.
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A toxoplasmose acomete cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo. É uma zoonose de
ampla distribuição geográfica, afetando cerca de um terço da população mundial.

BRASIL TEM 35,3% DOS SURTOS DE TOXOPLASMOSE


NOS ÚLTIMOS 50 ANOS.

 Foi motivo de preocupação no Brasil em 2019 por causa dos quatro surtos que ocorreram
em São Paulo, mas uma revisão de literatura mostra que o país se destaca pela
quantidade de relatos e o grande número de pessoas afetadas, especialmente gestantes.

 As décadas de 60 e de 90, os casos de toxoplasmose ocorreram principalmente por


ingestão de cistos em carnes e derivados, na década de 80, por cistos no leite. Todavia,
nos anos 2000, a doença foi causada principalmente devido à presença de oocistos na
água, na areia e no solo. Em 2010, começou a década dos oocistos em frutas e legumes
crus.

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 Nos últimos 20 anos, o consumo de alimentos saudáveis, como vegetais,
aumentou. E há cada vez mais notificações de casos de toxoplasmose
relacionados com o consumo de alimentos geralmente contaminadas nas
etapas de produção.

 Em até 90% dos casos, a toxoplasmose não manifesta sintomas e a


pessoa pode nem tomar conhecimento de estar infectada. Em algumas
pessoas os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe. No
entanto, uma vez contaminado, o parasita permanece no organismo em
estado de latência podendo ser reativado nos casos de imunossupressão.

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Qual é a relação entre a toxoplasmose e o gato?

O gato e outros felídeos são os únicos hospedeiros definitivos do T.gondii.


Ou seja, nesses animais o ciclo reprodutivo do parasita se completa nas
células da mucosa intestinal, e eles eliminam ovos (oocistos) nas fezes
durante a fase aguda da infecção.

Somente 1% dos gatos tem a doença


e pode transmiti-la, sendo que essa
transmissão ocorre apenas uma vez
durante sua vida. Eles contraem o
parasita quando caçam e se alimentam
de outros animais infectados, como
ratos e pássaros.

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TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

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A toxoplasmose congênita é uma forma potencialmente grave da
doença, resultado da transmissão do parasita da mãe para o feto
através da placenta durante a gravidez.

Para que ocorra a transmissão, a mãe precisa adquirir a


infecção durante a gestação, acometendo 40% dos recém-natos
nesses casos. No primeiro trimestre, o risco de transmissão é
menor, porém a probabilidade de aborto é maior e os danos ao
organismo da criança são mais graves. À medida que a gravidez
evolui, o risco de transmissão materno-fetal aumenta, mas as
lesões na criança costumam ser menos agressivas.

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Cerca de 70% dos RN com infecção congênita são assintomáticos
ao nascimento. Se a infecção se der durante a gravidez (o que
ocorre em 0,5% das gestações), os parasitas podem atravessar
a placenta e infectar o feto, o que pode levar a abortos e a
malformações como hidrocefalia, oftalmopatias, défices
neurológicos e cegueira, mas se a infecção tiver sido antes do
início da gravidez não há qualquer risco, mesmo que existam cistos.

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Coriorretinite
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Hidrocefalia 12
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O Ministério da Saúde do Brasil recomenda a realização da triagem
sorológica para a detecção de anticorpos, principalmente em lugares
onde a prevalência é elevada.

O diagnóstico é pela sorologia, ou seja, detecção dos anticorpos


específicos contra o parasita, como as imunoglobulinas IgM, que só
existem nas fases agudas da infecção , e IgG que está aumentada na fase
crônica da doença. Por isso, toda mulher grávida deve realizar o exame
durante o acompanhamento pré-natal.

O objetivo principal da realização do exame é identificar gestantes


suscetíveis para acompanhamento durante a gestação, além de identificar
casos positivos para tratamento. O parasita pode ser identificado por
métodos parasitológicos, mas os métodos sorológicos são os mais
utilizados no diagnóstico. 14
A prevenção da toxoplasmose congênita é de fundamental importância
para um melhor controle da infecção evitando as graves sequelas que
podem ocorrer no feto e no RN. A doença normalmente evolui sem
sequelas em pessoas com imunidade adequada, desta forma não se
recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os
sintomas.

O tratamento e acompanhamento da doença estão disponíveis, de forma


integral e gratuita, no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de
toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e
a prática das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde.

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O tratamento mais comum para a toxoplasmose é feito com a utilização de antibióticos,
que ajudam a evitar que a doença seja transmitida para o bebê. Em cada fase da
gestação há um tipo de antibiótico específico e o tempo de duração do tratamento vai
depender do estágio em que a gestação se encontra. Se a toxoplasmose for
diagnosticada no bebê, o tratamento deve ser feito logo após o seu nascimento, sendo
realizado também com o uso de antibióticos.

Os medicamentos que podem ser indicados pelo médico para o tratamento da


toxoplasmose são:

 Pirimetamina
 Clindamicina
 Sulfadiazina
 Espiramicina
 Ácido folínico
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Meio
Alimentos de
Água ambiente origem animal e
vegetal

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Referencias bibliográficas

Toxoplasmose — Ministério da Saúde (www.gov.br).

Toxoplasmose | Drauzio Varella - Drauzio Varella (uol.com.


br)
.

Toxoplasmose em recém-nascidos - Problemas de saúde i


nfantil - Manual MSD Versão Saúde para a Família (msdm
anuals.com) 18

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