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Microbiologia e

parasitologia
Prof.ª: Lorena Barbosa da Cunha
Morfologia bacteriana (formato da célula)
A maioria das bactérias são monomórficas, ou seja: mantém uma
forma única que é determinada pela hereditariedade.
- Condições ambientais podem alterar a forma das bactérias.
- Algumas bactérias ainda podem ser pleomórficas, ou seja; apresentar
várias formas.
Quanto a sua forma e arranjo podem ter forma de cocos (esféricas) ou
bastonetes.
As bactérias podem ser dividas em dois grupos baseado na composição das
suas paredes:

• – Gram positivas
Mais espessa e rígida
Relativamente simples
Ausência de membrana externa
Presença de proteínas, lipídeos e ácido teicóico.
• – Gram negativas
Menos espessa, mais complexa
Membrana externa
Barreira seletiva
Efeito tóxico
Composição: fosfolipídios, lipoproteínas, lipopolissacarídeos (LPSs)
Bactérias podem formar biofilmes!!!!

Os biofilmes são comunidades biológicas com um elevado grau de


organização, onde as bactérias formam comunidades estruturadas,
coordenadas e funcionais. Estas comunidades biológicas
encontram-se embebidas em matrizes poliméricas produzidas por
elas próprias.
Botulismo
O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação de uma
potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo, nas fezes
humanas ou de animais e nos alimentos. A doença pode levar à morte por paralisia da
musculatura respiratória.

Transmissão

Ocorre por ingestão de toxinas em alimentos contaminados e que foram produzidos ou


conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas
vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos,
curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura
– “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e,
raramente, em alimentos enlatados industrializados.
Sintomas
náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, que podem surgir antes ou ao
mesmo tempo em que os sintomas neurológicos: visão turva, queda
da pálpebra, visão dupla, dificuldade de engolir e boca seca. Com a evolução
da doença, a fraqueza muscular pode se espalhar, descendo para os músculos
do tronco e membros.

Tratamento
O tratamento imediato reduz significativamente o risco de morte do
paciente, mas é preciso acompanhamento médico. Além disso, o processo de
recuperação é lento e depende de como o sistema imunológico reage para
eliminar a toxina do corpo. Se tratada adequadamente, a doença tem cura e
não deixa sequelas.
O botulismo deve ser tratado em hospitais que tenham unidades de terapia intensiva (UTI) e consiste,
basicamente, em suporte das funções cardíacas e pulmonares e em medidas específicas para eliminar a
toxina e o bacilo, com o uso do soro antibotulínico (SAB) e de antibióticos.
Nas formas mais graves, o período de recuperação pode durar de 6 meses a 1 ano, embora os maiores
progressos ocorram nos primeiros três meses após o início dos sintomas.

Prevenção

A melhor prevenção está nos cuidados com o consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além, é
claro, da higiene com os alimentos e das mãos.
– evitar a ingestão de alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas, vidros embaçados,
embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e na aparência;
– produtos industrializados e conservas caseiras que não ofereçam segurança devem ser fervidos ou cozidos
por pelo menos 15 minutos antes de serem consumidos – altas temperaturas podem eliminar as toxinas do
botulismo;
– não conservar alimentos a uma temperatura acima de 15ºC;
– ao preparar conservas caseiras devem ser obedecidos, rigorosamente, os cuidados de higiene;
– ao consumir alimentos preparados fora de casa, certificar-se de que as medidas de higiene foram adotadas
pelo estabelecimento ou vendedor;
– lavar sempre as mãos;
O mel é um dos alimentos mais perigosos se for mal conservado. Nunca dar mel
para uma criança com menos de um ano de idade.
Todas as formas de botulismo podem matar, se não tratadas adequadamente, e
são consideradas emergências médicas. Por isso, com a presença de qualquer
sintoma é essencial procurar ajuda médica imediata. No Brasil, o botulismo está
diretamente relacionado à contaminação de alimentos.
Pneumonia
Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, órgãos duplos localizados
um de cada lado da caixa torácica. Pode acometer a região dos alvéolos
pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes,
os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são
provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus,
fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa.
Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir
o contato do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que é altamente
infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos
facilmente.
Sintomas
– febre alta;
– tosse;
– dor no tórax;
– alterações da pressão arterial;
– confusão mental;
– mal-estar generalizado;
– falta de ar;
– secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada;
– toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue);
– prostração (fraqueza).
Fatores de Risco
– fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes
infecciosos;
– álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do
aparelho respiratório;
– ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por
vírus e bactérias;
– resfriados mal cuidados;
– mudanças bruscas de temperatura.
Tratamento
O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora
costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode
fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta
alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como:
comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade
respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o
alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Recomendações
– não fume e não beba exageradamente;
– observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em
condições adequadas;
– não se exponha a mudanças bruscas de temperatura;
– procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para
diminuir a probabilidade de complicações.
Disenteria Bacteriana
• A disenteria bacteriana é uma doença intestinal causada por uma
bactéria da família Shigella. Essa bactéria é transmitida pela água,
alimentos contaminados ou pelo contato com fezes contaminadas.
A principal causa dessa contaminação é a ingestão da bactéria
Shigella, que pode acontecer nas seguintes situações:
Mão na boca (sem ter lavado as mãos), após ter trocado a fralda de
um bebê com disenteria bacteriana;
Ingestão de alimentos contaminados: Pessoas contaminadas que
manuseiam alimentos podem transmitir a bactéria para quem for
comê-los;
Ingestão de água contaminada: a água pode ser contaminada pelo
esgoto, por alguém que tenha a doença e nade no mesmo lugar que
você.
Além disso, alguns fatores de risco podem contribuir para a disenteria
bacteriana, como ser uma criança entre 2 e 4 anos, viver em
alojamentos ou em grupo, viajar ou viver em áreas que necessitam de
saneamento básico e a prática do sexo anal.
• A disenteria bacteriana tem cura e é extremamente importante
que o paciente inicie o tratamento logo após o diagnóstico, para
evitar complicações como desnutrição, desidratação, abscesso
no fígado ou megacólon tóxico.
• Para tratar a disenteria bacteriana leve, o paciente deve apenas
repor os líquidos e manter-se hidratado, bebendo muita água e
também o soro de reidratação oral.
• Em casos mais graves, pode ser recomendado o uso de
antibióticos e microbióticos para conter o agente causador da
disenteria. Em casos onde a desidratação do paciente é severa, a
internação para o recebimento de soro intravenoso é
imprescindível. 
Obrigada!!!!

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