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Ricardo Antônio Bezerra Costa - Cel BM

Alex Queiroz da Silva – Maj BM


Gustavo Corrêa da Silva Campos – 1º Ten BM
Beatriz Oliveira Castelli de Albuquerque – 1º Ten BM
ESTADO DE MATO GROSSO Seção: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edição: 6ª
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DIRETORIA OPERACIONAL Página: 1/13
Assunto:
Procedimentos Operacionais em Emergências Clínicas
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.4

SUMÁRIO

1. CRISE CONVULSIVA ................................................................................................... 2

2. DISTÚRBIOS METABÓLICOS ..................................................................................... 3

3. EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES .................................................................... 4

4. EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS .............................................................................. 6

5. INTOXICAÇÃO .............................................................................................................. 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 13

Procedimentos Operacionais em Emergências Clínicas


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Edição: 6ª
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Procedimentos Operacionais em Emergências Clínicas
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.4

1. CRISE CONVULSIVA

1.1 Realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE. Descartado trauma, atender


emergência clínica.
1.2 Na maioria dos casos, apresentam os seguintes sintomas durante a crise:
a) perda súbita da consciência;
b) contrações musculares bruscas e involuntárias;
c) sialorreia (produção excessiva de saliva ou hipersialose);
d) desvio ou tremores dos olhos;
e) cianose;
f) incontinência urinária e fecal;
g) trismo (constrição mandibular involuntária);
1.3 Sintomas após a crise:
a) alteração do nível de consciência;
b) flacidez muscular;
c) recuperação lenta do estado de consciência após a convulsão;
d) sensação de cansaço;
e) amnésia do episódio.
1.4 Ao se deparar com uma crise convulsiva, o socorrista deverá executar os seguintes
procedimentos:
a) avaliar a cena, gerenciar riscos, usar EPI;
b) retirar objetos próximos que possam causar lesão;
c) apoiar a cabeça do paciente a fim de evitar seu choque contra o chão ou objetos;
d) afrouxar roupas;
e) monitorar o tempo de duração da crise convulsiva;
f) lateralizar a cabeça do paciente em caso de sialorreia;
g) não introduzir nada na boca do paciente;
h) não conter os movimentos do paciente;
i) tranquilizar o paciente – promover suporte emocional e manter a privacidade do paciente;
j) avaliar o A e o B da vida;
k) inspecionar a cavidade oral e, se necessário, aspirar secreções;
l) iniciar oxigenoterapia; (10 – 15 L/min) se %SpO2 < 95%, ou se > 95%, mas com sinais
de dificuldade respiratória (2 – 5 L/min);
m) avaliação secundária, sinais vitais e AMPLA;

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n) transportar para hospital de referência.


1.5 Em crises que durem mais que cinco minutos, faça contato com o Centro de
Operações (médico regulador de APH, quando houver) informando os sinais e sintomas
encontrados.

2. DISTÚRBIOS METABÓLICOS

2.1 Suspeitar de hiperglicemia ao observar os seguintes sinais e sintomas:


a) sede;
b) dificuldade respiratória;
c) pulso rápido e fraco;
d) hálito cetônico;
e) pele quente e seca (desidratada);
f) astenia / fraqueza;
g) alteração do nível de consciência;
h) cefaleia, cansaço, sonolência e muita fome.
2.2 Nesses casos, o socorrista deverá:
a) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE. Descartado trauma, atender
emergência clínica.
b) avaliar da cena;
c) usar EPI;
d) transportar imediatamente.
2.3 Suspeitar de hipoglicemia ao observar os seguintes sinais e sintomas:
a) respiração superficial;
b) pele pálida e úmida;
c) pulso rápido e forte;
d) hálito sem odor característico;
e) cefaleia e náuseas;
f) desmaio, convulsões, desorientação ou coma.
2.4 Nesses casos, o socorrista deverá:
a) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE. Descartado trauma, atender
emergência clínica.
b) avaliar da cena;
c) usar EPI;
d) transportar imediatamente.

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2.4.1 Confirmada a hipoglicemia e estando o paciente consciente e orientado, e ainda


quando houver supervisão da Central de Operações (médico regulador de APH, quando
houver), o socorrista pode, com autorização médica, administrar glicose oral (20g açúcar /
1 colher de sopa rasa em 100 ml de água);

3. EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

3.1 Suspeitar de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), nas vítimas que apresentarem os
seguintes sinais e sintomas:
a) dor precordial (aperto, peso ou pressão, podendo ser do braço até o tórax);
b) dispneia;
c) náusea;
d) inquietação;
e) sudorese;
f) prurido.
3.1.1 Ao se deparar com vítima suspeita de IAM, o socorrista deverá:
a) realizar o X-ABCDE, com foco na manutenção de vias aéreas, respiração e circulação;
b) ministrar oxigênio a no máximo 4 L/min se a saturação estiver < 95% (oxigênio em
excesso pode causar vasoconstrição coronariana);
c) restringir ao máximo a movimentação da vítima (não a deixe caminhar);
d) afrouxar as vestes do paciente;
e) transportar em Fowler (decúbito dorsal com a cabeça mais alta que o restante do corpo).
3.2 Ao se deparar com vítima suspeita de Angina de Peito o socorrista deverá:
a) realizar o X-ABCDE, com foco na manutenção de vias aéreas, respiração e circulação;
b) restringir ao máximo a movimentação da vítima (não a deixe caminhar);
c) ministrar oxigênio de 10 a 15 L/min;
d) afrouxar as vestes do paciente;
e) transportar em Fowler (decúbito dorsal com a cabeça mais alta que o restante do corpo).
3.3 Suspeitar de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), nas vítimas que
apresentarem os seguintes sinais e sintomas:
a) ortopneia;
b) estase jugular;
c) edema de membros inferiores;
d) reenchimento capilar lento;
e) crépitos pulmonares.

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3.3.1 Ao se deparar com vítima suspeita de ICC, o socorrista deverá:


a) realizar o X-ABCDE, com foco na manutenção de vias aéreas, respiração e circulação;
b) restringir ao máximo a movimentação da vítima (não a deixe caminhar);
c) ministrar oxigênio de 10 a 15 L/min;
d) afrouxar as vestes do paciente;
e) avaliar sinais de choque;
f) transportar em Fowler (decúbito dorsal com a cabeça mais alta que o restante do corpo).
Obs. Em caso de PCR, o paciente deverá estar na posição horizontal para RCP.
3.4 Suspeitar de Crise Hipertensiva nas vítimas que apresentarem os seguintes sinais
e sintomas:
a) cefaleia;
b) tontura;
c) alteração visual;
d) dispneia;
e) náuseas;
f) formigamentos nas extremidades;
g) epistaxe (Sangramento Nasal);
h) dor torácica.
3.4.1 Ao se deparar com vítima suspeita de Crise Hipertensiva, o socorrista deverá:
a) realizar o X-ABCDE, com foco na manutenção de vias aéreas, respiração e circulação;
b) ministrar Oxigênio de 10 a 15 L/min;
c) manter o paciente em repouso;
d) afrouxar as vestes do paciente;
e) avaliar sinais de choque;
f) transporte imediato.
3.5 Suspeitar de Acidente Vascular Encefálico (AVE) nas vítimas que apresentarem os
seguintes sinais e sintomas:
a) confusão mental;
b) paresia ou paralisia e hemiplegia unilateral;
c) cefaleia intensa;
d) sudorese;
e) dispneia;
f) fraqueza súbita;
g) náuseas;
h) alteração visual;

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i) distúrbios da fala;
j) perda da coordenação motora.
3.5.1 Ao se deparar com vítima suspeita de AVE, o socorrista deverá:
a) realizar o X-ABCDE, com foco na manutenção de vias aéreas, respiração e circulação;
b) ministrar oxigênio a 15 L/min;
c) manter o paciente em repouso;
d) afrouxar as vestes do paciente;
e) avaliar sinais de choque;
f) transporte imediato.

4. EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS

4.1 Suspeitar de Insuficiência Respiratória nas vítimas que apresentarem os seguintes


sinais e sintomas:
a) inquietação;
b) fadiga;
c) tosse;
d) cefaleia;
e) dispneia;
f) falta de ar;
g) taquicardia;
h) cianose de extremidades;
i) sons respiratórios anormais.
4.1.1 Os sinais e sintomas podem evoluir para:
a) confusão mental;
b) letargia;
c) taquipneia;
d) cianose central;
e) sudorese;
f) parada respiratória.
4.1.2 Ao se deparar com vítima suspeita de Insuficiência Respiratória, o socorrista deverá:
a) acalmar o paciente;
b) colocar o paciente em posição confortável (Fowler ou semi-Fowler);
c) anamnese;
d) verificação dos sinais vitais, incluindo SpO2.

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e) fazer oxigenoterapia.
f) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
4.2 Suspeitar de Asma nas vítimas que apresentarem os seguintes sinais e sintomas:
a) tosse seca;
b) chiado no peito;
c) dificuldade para respirar;
d) respiração rápida e curta;
e) desconforto torácico;
f) ansiedade.
4.2.1 Ao se deparar com vítima suspeita de Asma, o socorrista deverá:
a) acalmar o paciente;
b) colocar o paciente em posição confortável;
c) realizar anamnese;
d) verificação dos sinais vitais, incluindo SpO2;
e) fazer oxigenoterapia;
f) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
4.3 Suspeitar de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) nas vítimas que
apresentarem os seguintes sinais e sintomas:
a) sibilância ou roncos;
b) diaforese (sudação, transpiração intensa);
c) tosse;
d) ortopneia;
e) dispneia;
f) taquipneia;
g) tiragem costal;
h) uso de musculatura acessória para respirar.
4.3.1 Ao se deparar com vítima suspeita de DPOC, o socorrista deverá:
a) acalmar o paciente;
b) manter permeabilidade das vias aéreas;
c) ministrar no nível mais baixo possível somente o O2 necessário para manter a SPO2 entre
88% a 92%;
d) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.

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5. INTOXICAÇÃO

5.1 Suspeitar de intoxicação ou envenenamento por ingestão nas vítimas que


apresentarem os seguintes sinais e sintomas:
a) queimaduras ou manchas ao redor da boca;
b) odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas vestes do paciente;
c) respiração anormal;
d) pulso anormal;
e) sudorese;
f) alteração do diâmetro das pupilas;
g) formação excessiva de saliva ou espuma na boca;
h) dor abdominal;
i) náuseas;
j) vômitos;
k) diarreia;
l) convulsões;
m) alteração do estado de consciência, incluindo a inconsciência.
5.1.1 Ao se deparar com vítima suspeita de intoxicação ou envenenamento por ingestão,
o socorrista deverá:
a) atentar para a segurança da cena;
b) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;
c) manter vias aéreas pérvias;
d) induzir vômito somente em vítimas conscientes e orientadas;
e) não proceder a indução de vômito nos casos de intoxicações por ingestão de substâncias
cáusticas ou corrosivas;
f) é possível proceder a indução de vômito nos casos iniciais de intoxicação por ingestão de
comidas estragadas ou em casos de intoxicação alérgica de uma determinada comida;
g) guarde em saco plástico a substância eliminada por meio de vômito pelo paciente;
h) transporte com monitoramento constante;
i) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
5.2 Suspeitar de intoxicação por inalação nas vítimas que apresentarem os seguintes
sinais e sintomas:
a) respirações superficiais e rápidas;
b) pulso rápido ou lento;

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c) dificuldade visual;
d) tosse;
e) secreção nas vias aéreas;
f) inconsciência.
5.2.1 Ao se deparar com vítima suspeita de intoxicação por inalação, o socorrista deverá:
a) atentar para a segurança da cena, verificando se não foi uma asfixia química, no caso de
intoxicação por monóxido de carbono ou outro hidrocarboneto, pois são extremamente nocivos à
saúde do socorrista, observando as orientações dos itens 5.2.2 e 5.2.3;
b) só adentrar no cenário quando tiver seguro ou com os EPIs recomendados, tais como
Equipamento de Proteção Respiratória Autônomo (EPRA);
c) remover o paciente para um local seguro e ventilado. Se necessário, remova as roupas
do paciente.
d) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;
e) manter as vias aéreas pérvias;
f) avaliar e, se necessário, realizar manobras de ressuscitação cardiopulmonar;
g) administrar oxigênio suplementar com fluxo de 10 a 15 L/min.
h) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
5.2.2 Suspeitar de contato com monóxido de carbono nas vítimas que apresentarem os
seguintes sinais e sintomas:
a) dificuldade visual;
b) cefaleia;
c) desmaio;
d) dores abdominais;
e) paralisia;
f) distúrbios respiratórios;
g) colapso circulatório;
h) bloqueio das funções respiratórias;
i) paciente inconsciente.
5.2.3 Ao se deparar com vítima suspeita de ter respirado monóxido de carbono, o
socorrista deverá:
a) avaliar a cena e garantir sua segurança;
b) utilizar EPI adequado e principalmente o EPRA;
c) retirada imediata do paciente do ambiente;
d) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;

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e) ministrar oxigênio a 100% de fluxo na proporção máxima de 15 L/min.


5.3 Suspeitar de intoxicação por absorção através da pele nas vítimas que apresentarem
os seguintes sinais e sintomas:
a) reações na pele que podem variar de irritação leve até o enrijecimento e queimaduras
químicas;
b) inflamação;
c) coceiras (pruridos) e ardência na pele;
d) aumento da temperatura da pele.
5.3.1 Ao se deparar com vítima suspeita de intoxicação por absorção através da pele, o
socorrista deverá:
a) garantir a segurança da cena e uso de EPIs que se façam necessários;
b) remover o paciente para local seguro, se houver condições de segurança para tal;
c) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;
d) remover as roupas e calçados contaminados e lavar a área de contato com água em
abundância (mínimo de 15 minutos), servindo também para a região dos olhos, com exceção
quando a contaminação tiver ocorrido por ácidos e bases fortes que reajam com água;
e) guardar os materiais e roupas em sacos plásticos próprios;
f) transportar com monitoramento constante;
h) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
5.4 Suspeitar de intoxicação por injeção nas vítimas que apresentarem os seguintes
sinais e sintomas:
a) picadas ou mordidas visíveis na pele que podem apresentar dor e inflamação no local;
b) ardor na pele e prurido (coceira);
c) choque anafilático;
d) hemorragias;
e) parada respiratória e/ou cardiorrespiratória.
5.4.1 Ao se deparar com vítima suspeita de intoxicação por injeção, o socorrista deverá:
a) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;
b) prevenir o choque;
c) nas picadas de inseto (com ferrão preso na pele), raspar no sentido contrário para evitar
a injeção no corpo;
d) monitorar constantemente o paciente e estar preparado para parada respiratória e/ou
cardiorrespiratória;
e) transportar de imediato para o hospital;

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f) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico


regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
5.4.2 É importante tentar identificar o agente ou substância que causou a emergência.
5.5 Suspeitar de acidentes envolvendo ofídios nas vítimas que apresentarem os
seguintes sinais e sintomas:
a) marca dos dentes na pele;
b) dor local e inflamação;
c) pulso acelerado e respiração dificultosa;
d) debilidade física;
e) problemas de visão;
f) náuseas e vômitos;
g) hemorragias;
h) inconsciência;
i) parada respiratória e/ou parada cardiorrespiratória.
5.5.1 Nos acidentes ofídicos o socorrista deverá considerar todas as picadas como
venenosas, até que se prove o contrário.
5.5.2 Ao se deparar com vítima suspeita de acidente ofídico, o socorrista deverá:
a) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;
b) manter o paciente calmo e deitado;
c) lavar com água ou soro fisiológico o local da picada;
d) retirar anéis, braceletes, cintos e outros materiais que restrinjam a circulação na
extremidade afetada;
e) manter o membro afetado elevado ou no mesmo nível do coração;
f) prevenir o choque;
g) realizar oxigenoterapia de 10 a 15 L/min;
h) transportar o mais rápido possível com monitoramento constante e, caso necessário,
realizar manobras de ressuscitação cardiopulmonar;
i) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
5.5.3 É importante tentar identificar ou, se possível, fotografar a cobra para repassar ao
médico e este proceder com o soro antiofídico apropriado ao caso.
5.6 Suspeitar de abuso de drogas nas vítimas que apresentarem os seguintes sinais e
sintomas:
a) excitação anormal quando ingeridas substâncias que excitam o sistema nervoso central;
b) quieta e depressiva quando ingeridas substâncias inibidoras do sistema nervoso central;

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c) apresentando alucinações e fala desconexa com a realidade;


d) olhos vermelhos e com excesso de lágrimas;
e) tremores;
f) palpitação;
g) taquicardia ou bradicardia, a depender da substância;
h) alterações na pressão arterial;
i) alterações no comportamento;
j) diminuição da sensibilidade à dor.
5.6.1 Ao se deparar com vítima suspeita de abuso de drogas, o socorrista deverá:
a) realizar atendimento conforme protocolo X-ABCDE;
b) ter muito cuidado e tato para lidar com esses pacientes;
c) induzir o vômito se a droga foi ministrada por via oral e nos últimos 30 minutos;
d) conversar para ganhar a confiança do paciente e mantê-lo consciente;
e) prevenir o choque;
f) se necessário, realize manobras de ressuscitação cardiopulmonar;
g) transportar com monitoramento constante.
h) avaliar a necessidade do Suporte Avançado comunicando Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver) os sinais e sintomas encontrados.
5.6.2 É importante tentar identificar ou perguntar para testemunhas qual a substância
utilizada pelo paciente para repassar ao médico e este proceder com o tratamento apropriado ao
caso.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.1 - Tripulação e Competências


do Socorrista; 4ª Ed. Cuiabá – MT.

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.2 - Procedimentos Operacionais


Gerais do Socorrista; 4ª Ed. Cuiabá – MT.

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.3 - Procedimentos Operacionais


no Suporte Básico de Vida; 4ª Ed. Cuiabá – MT.

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.4 - Situações de conflitos:


Assalto, Refém, Sequestro e Rebelião em presídio.4ª Ed. Cuiabá – MT.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO, Manual de


atendimento pré-hospitalar, Cuiabá-MT, 2021, 200p.

NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Atendimento Pré-


hospitalar ao traumatizado - PHTLS. 8. ed. Burlinhton, MA: Grupo A, 2017. ISBN 978-1-
284-09917-1.

NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Suporte de Vida


ao Trauma Pré-hospitalar: 9ª ed. 2019. Traduzido do Original: PreHospital Trauma Life
Support: Basic and Advanced (PHTLS 9ª ed), Editora Jones & Bartlett Publishers.

PHTLS: Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado, PHTLS / NAEMT; [Tradução:


Sônia Aparecida Batista ... et al.]. – 8 ed. Editora: Jones & Bartlett. Learning, 2017.

Comissão de Elaboradores: BGE e data de homologação:


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