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SUMÁRIO
6. HEMORRAGIAS..................................................................................................................... 10
ANEXO A ................................................................................................................................... 37
2.3.3 Se a vítima está falando, as vias aéreas a princípio estão permeáveis. Passar para
a etapa seguinte - checar respiração.
2.3.4 Se a vítima não responde normalmente ou existem evidências de obstrução das
vias aéreas superiores, o socorrista deve:
a) proceder inspeção das vias aéreas superiores pela manobra de abertura da boca.
b) retirar corpos estranhos visíveis e próteses dentárias; aspirar vômito e secreções; utilizar
a manobra de rolamento a 90 graus (preferencialmente para o lado direito da vítima ou lado que
não apresenta lesão) visando a drenagem de vômitos ou secreções das vias aéreas superiores.
c) manter as vias aéreas permeáveis utilizando para vítimas conscientes a manobra de
elevação do mento (queixo) ou tração da mandíbula. Para vítimas inconscientes deve usar cânula
orofaríngea (cânula de guedel), mantendo apropriadamente o controle cervical.
d) não havendo evidências de desobstrução com as manobras acima descritas, iniciar
manobras de ventilação artificial e comunicar imediatamente ao Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver).
2.4 B – Ventilação
2.4.1 Nesta etapa, o socorrista irá avaliar a respiração e também deve:
a) colocar a mão sob o tórax do paciente em busca de sinais de respiração e observar
atentamente se há movimentos respiratórios.
b) se a respiração estiver presente, avaliar sua qualidade: lenta (inferior a 10 ventilações
por minuto – bradipneia) ou rápida (de 20 a 30 ventilações por minuto – taquipneia); superficial ou
profunda; regular ou irregular; tranquila ou ruidosa. O normal da frequência ventilatória para o
adulto é de 10 a 20 ventilações por minuto (eupneia).
c) colocação do oxímetro e verificar saturação de oxigênio presente no sangue. Quando
for menor que 95%, fornecer de 10 a 15 l/min. quando for maior que 95%, fornecer de 2 a 5 l/min,
se necessário.
d) iniciar oxigenoterapia nos seguintes parâmetros:
- cateter nasal: fluxo de 1 a 6 l/min. indicado para paciente calmo e que fala sem dificuldade.
Obs: Não usar em vítimas com traumas na face e/ou vias áreas comprometidas.
- máscara facial simples: fluxo de 6 a 10 l/min.
- máscara facial com reservatório: fluxo de 12 a 15 l/min. indicado para paciente com
dispneia e que fala com dificuldade.
e) se a respiração estiver ausente, iniciar imediatamente manobras de respiração artificial
com a Bolsa de Ventilação Manual (BVM), sendo 12 ventilações por minuto no paciente adulto e
20 ventilações por minuto na paciente lactante, e comunicar ao Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver).
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3.1. E – Exposição/Ambiente
3.1.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) Identificar, expor, avaliar e tratar a queixa principal do paciente.
b) Expor a vítima, preparando-se para realizar a avaliação secundária minuciosa,
respeitando seu pudor em ambiente público. A exposição geralmente é realizada no interior da
ambulância, se o tempo de resposta permitir, expondo totalmente a vítima inconsciente e
parcialmente a vítima consciente, dirigindo-se pelas queixas por ela apresentadas ou por lesões
sugeridas pelo mecanismo de lesão, explicando à vítima de forma técnica os procedimentos que
estão sendo feitos.
3.1.2 A inspeção e apalpação as regiões do corpo deve ocorrer da seguinte forma:
3.1.2.1 Cabeça e face:
a) inspecionar cabeça e face, observando a cor e a integridade da pele e a simetria das
estruturas.
a) examinar apenas nos casos de lesões evidentes nesta região como o priapismo no caso
dos homens. Inspecionar observando a cor, integridade da pele e a presença de hemorragias pela
uretra, vagina ou ânus (socorrista não pode executar toque retal ou vaginal, estas são manobras
avançadas).
b) realizar a intervenção apropriada para as lesões de períneo apresentadas pela vítima.
3.1.2.7 Membros Inferiores:
a) inspecionar cada um dos membros inferiores da raiz da coxa até os pés, observando a
cor e a integridade da pele, o alinhamento, a simetria e a presença de deformidades ou aumento
de volume.
b) palpar cada um dos membros inferiores em busca de crepitação ou instabilidade; avaliar
tônus muscular e articulações.
c) palpar os pulsos femorais e pediosos, avaliando presença, ritmo e qualidade.
d) testar o enchimento capilar bilateralmente.
e) testar mobilidade ativa e passiva bilateralmente.
f) testar sensibilidade bilateralmente.
g) testar a força muscular bilateralmente.
h) realizar a intervenção apropriada para as lesões de membros inferiores apresentadas
pela vítima.
3.1.2.8 Membros Superiores:
a) inspecionar cada um dos membros superiores do ombro até as mãos, observando a cor
e a integridade da pele, o alinhamento, a simetria e a presença de deformidades ou aumento de
volume.
b) palpar cada um dos membros superiores em busca de crepitação ou instabilidade;
avaliar tônus muscular e articulações.
c) palpar os pulsos radiais, avaliando presença, ritmo e qualidade.
d) testar o enchimento capilar bilateralmente.
e) testar mobilidade ativa e passiva bilateralmente.
f) testar sensibilidade bilateralmente.
g) testar a força muscular bilateralmente.
h) realizar a intervenção apropriada para as lesões de membros superiores apresentadas
pela vítima.
3.1.2.9 Dorso:
a) mobilizar cuidadosamente a vítima pela técnica de rolamento a 90º, quando possível.
b) inspecionar o dorso, observando a cor, integridade da pele e a presença de
deformidades ou aumento de volume.
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c) palpar a coluna nas suas porções torácica, lombar e sacral, em busca de deformidades
ou crepitação.
d) realizar a intervenção apropriada para as lesões de dorso apresentadas pela vítima.
e) reposicionar a vítima em decúbito dorsal na prancha.
3.2 Prevenir a hipotermia, mantendo a vítima aquecida com cobertor térmico, fechar os
tirantes, colocar na maca e conduzi-la a ambulância.
4.1 Suspeitar fortemente de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, quando
houver:
a) obstrução parcial: vítima com esforços voluntários para desobstrução, tosse fortemente,
com sibilos entre as tossidas.
b) obstrução total: Vítima que subitamente torna-se incapaz de falar ou tossir,
apresentando sinais de angústia e asfixia, cianose e esforço exagerado da respiração, podendo
evoluir para inconsciência.
4.2 Na vítima com obstrução parcial o socorrista deve:
a) estimular a vítima para que persista com a tosse espontânea e com os esforços
respiratórios, não interferindo;
b) ao surgirem sinais de dificuldade respiratória acentuada, como tosse fraca e ineficaz,
ruídos respiratórios estridentes ou gementes ou cianose, tratar como obstrução total.
4.3 Na vítima com obstrução total, ainda consciente, o socorrista deverá:
5. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
5.1 Durante a abordagem inicial, caso o socorrista tenha suspeita de ausência de pulso
deve iniciar RCP imediatamente. Deve observar a sequência C – Circulação, A – Abertura de vias
aéreas e B – Ventilação, pelo tempo máximo de 10 segundos:
5.1.1 Verificação e constatação da inconsciência da vítima.
5.1.2 Verificação de pulso carotídeo e constatação de sua ausência ou suspeita.
5.1.3 Verificação ocular e/ou com as mãos no tórax do paciente dos movimentos
respiratórios e constatação de sua ausência.
5.2 Completos os requisitos acima elencados, um dos socorristas deve imediatamente
preparar o DEA para uso, enquanto outro deve posicionar as mãos sobrepostas no osso esterno
do paciente, com a vítima deitada em decúbito dorsal sobre superfície rígida, preferencialmente
no chão, e iniciar as manobras de RCP conforme protocolo atualizado da American Heart
Association – AHA, nos seguintes parâmetros:
5.2.1 para pacientes adultos, com um, dois ou mais socorristas:
a) cinco ciclos de 30 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de 100/min
até 120/min.
6. HEMORRAGIAS
8. CHOQUE CIRCULATÓRIO
9. TRAUMAS DA CABEÇA
e) não deve ser realizado em hipótese alguma imobilização de costelas, a não ser de forma
indireta, em que o membro superior deve limitar a movimentação da costela fraturada, diminuindo
assim a dor.
f) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
g) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.
11.6 Suspeita-se de pneumotórax fechado quando houver:
a) dor torácica;
b) dispneia;
c) taquipneia;
d) respiração superficial;
e) hipertimpanismo torácico;
f) enfisema subcutâneo;
g) diminuição do murmúrio vesicular.
11.7 Quando houver suspeita de pneumotórax fechado, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) considerar a possibilidade de elevação da prancha por meio da elevação da cabeceira
da maca.
c) o socorrista deve manter a atenção em relação à possibilidade de evolução do
pneumotórax para o hipertensivo, o que torna a situação mais grave e difícil de ser conduzida pelo
suporte básico da vida.
11.8 Suspeita-se de pneumotórax aberto quando houver:
a) insuficiência respiratória grave;
b) ansiedade;
c) taquipneia;
d) pulso radial fino e rápido;
e) lesão em parede torácica;
f) ruídos audíveis durante a inspiração e expiração.
11.9 Quando houver suspeita de pneumotórax aberto, o socorrista deve:
a) realizar o curativo de 3 pontas.
b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da vítima.
11.10 Suspeita-se de pneumotórax hipertensivo quando houver:
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f) imobilizar sempre com pelo menos 2 socorristas, visando estabilizar uma articulação
acima e outra abaixo do local lesionado.
g) no caso das entorses e luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-la sobre o local
lesionado.
h) sempre que possível o membro lesionado deve ser alinhado, principalmente quando o
pulso distal estiver ausente. Essa conduta deve ser evitada em situações em que houver
resistência ao movimento, fatura em articulação e fratura exposta.
i) não forçar o alinhamento de fraturas muito próximas às articulações.
j) rever o procedimento se houver alteração dos parâmetros de sensibilidade, atividade
motora, pulsos e enchimento capilar distais ao foco de fratura após a imobilização.
k) identificar e tratar lesões associadas; monitorar sinais vitais e atentar para sinais e
sintomas de choque hipovolêmico.
13.8 Quando verificar a ocorrência de amputação traumática, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE e verificar a localização anatômica da amputação; identificar o
mecanismo de lesão e o tipo de instrumento agressor.
b) controlar a hemorragia por pressão direta ou aplicar torniquete conforme recomendado.
c) estimar a perda de volume sanguíneo, e investigar a presença de lesões associadas;
atentar para sinais de choque hipovolêmico.
d) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
e) limpar o segmento amputado com soro fisiológico, eliminando a contaminação grosseira
e levar o membro amputado ao hospital junto com a vítima, guardando-o em saco plástico bem
fechado envolvido em compressas secas e submetendo-o a resfriamento em recipiente com gelo.
17. AFOGAMENTO
19.1 Ao se deparar com uma ocorrência de múltiplas vítimas, em uma situação onde o
número de vítimas ultrapassa a capacidade de resposta das equipes de socorro, tais como
acidentes de trânsito envolvendo veículos de transporte de passageiros (ônibus, van), catástrofes,
grandes incêndios, explosões, desabamentos, ataque terrorista e similares, deve ser realizada a
triagem.
19.2 Até reunir recursos suficientes para que cada vítima receba os devidos cuidados,
as vítimas que mais necessitam de cuidados devem receber prioritariamente o tratamento,
enquanto aquelas que podem esperar devem aguardar um pouco mais.
19.3 As vítimas devem ser avaliadas e classificadas em categorias baseadas em sua
necessidade de tratamento.
19.4 Deve ser usado o método de triagem START (Simple Triage And Rapid Treatment
– Simples Triagem e Tratamento Rápido).
19.5 Feita a triagem, as vítimas serão atendidas de acordo com as seguintes prioridades:
● Vermelho (emergência – prioridade “muito alta” – risco iminente à vida);
● Amarelo (urgência – prioridade “alta” – não tem risco iminente à vida);
● Verde (prioridade “baixa” – lesões leves e vítimas que podem andar);
● Cinza (irrecuperável – vítimas em óbito ou com lesões que obviamente levarão a morte
em curto espaço de tempo).
19.6 Na triagem pelo método START, o socorrista deve seguir o fluxograma constante
no anexo A deste POP.
a) sugere-se ao socorrista que para confirmar se uma pessoa é surda, pode se confeccionar
um cartão com a pergunta: “você é surdo?”, e apresentá-lo ao paciente.
b) utilize novamente a técnica do cartão escrito para questionar como o paciente surdo
gostaria de comunicar-se com você, pois muitos deles conseguem ler o movimento dos lábios,
comunicar-se através da escrita e leitura, comunicar-se através do alfabeto dos sinais ou, ainda,
através da linguagem dos sinais.
c) se o paciente puder compreender o que você diz através da leitura dos movimentos dos
lábios, certifique-se de que seu rosto esteja iluminado e voltado para o paciente enquanto você fala
e comunique-se pausadamente.
d) caso a pessoa surda não compreenda a leitura labial, usar a escrita e os gestos.
e) Se o paciente surdo fala com dificuldade, não finja entender, gesticule encolhendo os
ombros e mostrando as mãos com as palmas para cima em frente ao seu corpo, como se dissesse:
"não entendi o que você disse!”.
20.2.3 Paciente com deficiência física ou mental:
a) nessas situações, sua principal tarefa como socorrista é estabelecer um processo de
interação com o paciente, que permita entender o que está acontecendo e como você poderá ajudá-
lo.
b) em caso de deficiência física, o socorrista deve questionar o paciente, no sentido de
averiguar se o problema físico já existia antes do acidente. O socorrista deverá reunir o máximo de
informações possíveis através de uma boa entrevista e do exame físico detalhado, fazendo algumas
possíveis perguntas:
- Você pode me mostrar o local e a limitação do movimento?
- Você sente dor? Se sim, é constante ou somente no movimento, quando força?
- Havendo dor, qual a intensidade, de 0 a 10?
- Como surgiu essa limitação? É genético, trauma, lesão, cirurgia, acidente?
- Aumenta ou diminui a dor com o passar do tempo?
- Alivia nessa posição? Desse jeito?
- Está tomando algum medicamento?
c) em caso de deficiência de desenvolvimento mental, o socorrista deve
- manter a calma;
- explicar pausada e repetidamente cada uma de suas ações e o que você quer que o
paciente faça;
- avaliar cuidadosamente o paciente;
- tratar da mesma forma como você trataria qualquer outro paciente da mesma idade, no
entanto, a entrevista e o exame físico devem ser feitos mais lentamente e o socorrista deve estar
preparado para ações e respostas tardias;
- evitar questionamentos mais elaborados, fazendo perguntas simples e objetivas. Por
exemplo, ao invés de dizer: “como você está se sentindo?”, apalpe e pergunte: “dói aqui?”;
- ter cuidado para não confundir esses pacientes com outros pacientes sob o efeito abusivo
de álcool ou drogas ou que em função de um acidente apresenta-se desorientado ou confuso.
dor, amnésia, dupla personalidade, desânimo, abatimento, choro sem motivo aparente, alterações
de comportamento, confusão mental, desorientação, crítica alterada, dentre outros
21.2 Nos casos de o paciente apresentar uma atitude suspeita de suicídio, o socorrista
deverá:
a) acionar, imediatamente, a equipe especializada de atendimento a tentativa de suicídio
para realizar a abordagem técnica ou tática adequada;
b) se for o caso de a vítima ameaçar saltar de local elevado, acionar também a equipe de
salvamento em altura;
c) se o paciente tiver com algum tipo de armamento, acionar a equipe especializada em
negociação da Polícia Militar e iniciar contato somente se a situação for segura.
d) adotar uma abordagem de escuta ativa, incentivando a fala do paciente e falando somente
o suficiente, mantendo o controle da situação.
e) não deixar o paciente sozinho, podendo dizer: “estou aqui para te ouvir, o que você
precisa?”
f) faça-o saber que existe ajuda à sua disposição.
21.3 Acionar a Polícia Militar, se suspeitar que um crime está ocorrendo ou que há um
criminoso ou pessoa perigosa no local da ocorrência e tomar as seguintes condutas:
a) não se aproxime, nem inicie o atendimento sem antes certificar-se de que a cena é segura.
21.4 No atendimento pré-hospitalar, em todos os casos acima, o socorrista deve:
a) atentar para a segurança local;
b) tentar acalmar o paciente e conquistar sua confiança antes de iniciar a avaliação e o
tratamento;
c) realizar o protocolo do X-ABCDE, conforme itens 2 e 3 deste POP;
d) avaliar cuidadosamente a situação e eliminar as possibilidades de um comportamento
alterado em função de emergências médicas ou traumas (AVE, hipoglicemia, traumatismos de
crânio, etc.).
e) se perceber que o paciente é potencialmente perigoso e julgar necessário, solicite ajuda
de outros profissionais (equipes de salvamento do CBMMT, policiais, equipes médicas
especializadas, etc.).
f) evitar conter o paciente com uso demasiado da força, pois esses procedimentos poderão
ferir o paciente, machucar a equipe de socorristas ou iniciar uma reação ainda mais violenta. As
ações de contenção deverão prezar pelo uso moderado da força, devendo ser realizadas com muito
cuidado e, preferencialmente, com apoio policial.
23.1 Ao se deparar com uma ocorrência envolvendo uma pessoa idosa, o socorrista deve:
a) apresentar-se, solicitar autorização para prestar o socorro e demonstrar respeito tratando
o paciente pelo nome (por exemplo: senhor João ou senhora Aparecida);
b) manter contato olho-a-olho e falar com calma e diretamente ao paciente;
c) não apressar a conversa, ser muito paciente, pois quando envelhecemos as palavras
ficam mais importantes;
d) seja amável e providencie apoio emocional para ambos, ficando atento, se o paciente
estiver acompanhado pelo cônjuge ou algum amigo mais próximo, pois devido à tensão causada
pela situação você poderá ter de atender outro paciente, normalmente devido a uma emergência
clínica;
e) não se precipitar, pois ao atender uma emergência envolvendo pessoas idosas, apesar
da aparente gravidade da situação, você deverá ajustar suas perguntas e ações à capacidade que
o paciente demonstra para entender e responder. Essa forma de atendimento, apesar de tomar
mais tempo, se justifica pela transmissão de segurança e confiança que poderão ser importantes
na continuidade do atendimento.
24.1 De forma geral, ao encontrar pacientes que não falam seu idioma, o socorrista deve:
a) comunicar-se através de gestos e não tardar em solicitar auxílio de outros integrantes de
sua equipe ou de pessoas da família e testemunhas que possam ajudar na comunicação e tradução
das falas.
b) os serviços de socorro poderão providenciar resumos traduzidos das principais frases
utilizadas pelos socorristas para facilitar a comunicação.
ANEXO A
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS