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Ricardo Antônio Bezerra Costa - Cel BM

Alex Queiroz da Silva – Maj BM


Gustavo Corrêa da Silva Campos – 1º Ten BM
Beatriz Oliveira Castelli de Albuquerque – 1º Ten BM
ESTADO DE MATO GROSSO Seção: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edição: 6ª
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DIRETORIA OPERACIONAL Página: 1/38
Assunto:
Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

SUMÁRIO

1. ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE TRAUMATIZADO ...................................................... 2

2. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE TRAUMATIZADO .................................................... 2

3. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO PACIENTE TRAUMATIZADO.............................................. 4

4. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO ................................................. 7

5. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ...................................................................................... 8

6. HEMORRAGIAS..................................................................................................................... 10

7. CURATIVOS – REGRAS GERAIS ......................................................................................... 11

8. CHOQUE CIRCULATÓRIO .................................................................................................... 11

9. TRAUMAS DA CABEÇA ........................................................................................................ 12

10. TRAUMA NA COLUNA VERTEBRAL.................................................................................. 16

11. TRAUMA TORÁCICO .......................................................................................................... 18

12. TRAUMA ABDOMINAL ........................................................................................................ 21

13. TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO .................................................................................. 22

14. IMOBILIZAÇÃO DE EXTREMIDADES – REGRAS GERAIS ............................................... 24

15. LESÕES POR QUEIMADURA ............................................................................................. 25

16. CHOQUE ELÉTRICO ........................................................................................................... 26

17. AFOGAMENTO .................................................................................................................... 27

18. TRABALHO DE PARTO ...................................................................................................... 28

19. INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS – MÉTODO START .......................................... 29

20. INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ............................................ 30

21. INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS COM ALTERAÇÃO DE COMPORTAMENTO .... 32

22. INCIDENTES ENVOLVENDO CRIANÇAS E ADOLESCENTES.......................................... 34

23. INCIDENTES ENVOLVENDO IDOSOS ................................................................................ 35

24. INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS ESTRANGEIRAS ............................................... 36

ANEXO A ................................................................................................................................... 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 39


Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida
ESTADO DE MATO GROSSO Seção: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edição: 6ª
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Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

1. ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE TRAUMATIZADO

1.1 Ao chegar ao local a guarnição deverá:


1.1.1 Avaliar a cena e garantir a segurança da guarnição, da vítima e de terceiros.
1.1.2 Utilizar equipamento de proteção individual (óculos de proteção, máscara, luvas de
látex), bem como capacete e joelheira quando necessário e disponível.
1.1.3 Examinar rapidamente a cena a fim de colher informações sugestivas acerca do
mecanismo de lesão e verificar necessidade de recursos adicionais.
1.1.4 Identificar-se para a vítima como socorrista do CBM-MT, explicando-lhe os
procedimentos que serão realizados e procurando obter sua colaboração.

2. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE TRAUMATIZADO


2.1 Abordar a vítima seguindo o X-ABCDE do atendimento ao trauma, obedecendo a
sequência:
X – Identificação e tratamento de hemorragias graves;
A – Tratamento da via aérea e estabilização da coluna cervical;
B – Ventilação;
C – Circulação e hemorragia;
D – Disfunção neurológica;
E – Exposição/Ambiente.
2.2 X – Identificação e tratamento de hemorragias graves:
2.2.1 Nesta etapa, o socorrista deve identificar e conter hemorragia externa grave,
utilizando as técnicas adequadas (pressão direta sobre o ferimento e torniquete para
extremidades).
2.3 A – Tratamento da via aérea e estabilização da coluna cervical:
2.3.1 Nesta etapa, um socorrista deve estabilizar manualmente a coluna cervical, ao
passo que outro socorrista verifica o estado de consciência (Alerta, Voz, Estímulo de pressão,
Inconsciência – AVEI) e orientação (Localização e Orientação em Tempo, Espaço e Pessoa –
LOTEP) da vítima e avalia o pescoço, pavilhão auricular e retro auricular, nariz, mandíbula,
maxilar, boca e reação pupilar, para logo após, fazer a colocação do colar cervical.
2.3.2 Concomitante a etapa acima, deve checar as vias aéreas sem comprometer a
cervical.

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2.3.3 Se a vítima está falando, as vias aéreas a princípio estão permeáveis. Passar para
a etapa seguinte - checar respiração.
2.3.4 Se a vítima não responde normalmente ou existem evidências de obstrução das
vias aéreas superiores, o socorrista deve:
a) proceder inspeção das vias aéreas superiores pela manobra de abertura da boca.
b) retirar corpos estranhos visíveis e próteses dentárias; aspirar vômito e secreções; utilizar
a manobra de rolamento a 90 graus (preferencialmente para o lado direito da vítima ou lado que
não apresenta lesão) visando a drenagem de vômitos ou secreções das vias aéreas superiores.
c) manter as vias aéreas permeáveis utilizando para vítimas conscientes a manobra de
elevação do mento (queixo) ou tração da mandíbula. Para vítimas inconscientes deve usar cânula
orofaríngea (cânula de guedel), mantendo apropriadamente o controle cervical.
d) não havendo evidências de desobstrução com as manobras acima descritas, iniciar
manobras de ventilação artificial e comunicar imediatamente ao Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver).
2.4 B – Ventilação
2.4.1 Nesta etapa, o socorrista irá avaliar a respiração e também deve:
a) colocar a mão sob o tórax do paciente em busca de sinais de respiração e observar
atentamente se há movimentos respiratórios.
b) se a respiração estiver presente, avaliar sua qualidade: lenta (inferior a 10 ventilações
por minuto – bradipneia) ou rápida (de 20 a 30 ventilações por minuto – taquipneia); superficial ou
profunda; regular ou irregular; tranquila ou ruidosa. O normal da frequência ventilatória para o
adulto é de 10 a 20 ventilações por minuto (eupneia).
c) colocação do oxímetro e verificar saturação de oxigênio presente no sangue. Quando
for menor que 95%, fornecer de 10 a 15 l/min. quando for maior que 95%, fornecer de 2 a 5 l/min,
se necessário.
d) iniciar oxigenoterapia nos seguintes parâmetros:
- cateter nasal: fluxo de 1 a 6 l/min. indicado para paciente calmo e que fala sem dificuldade.
Obs: Não usar em vítimas com traumas na face e/ou vias áreas comprometidas.
- máscara facial simples: fluxo de 6 a 10 l/min.
- máscara facial com reservatório: fluxo de 12 a 15 l/min. indicado para paciente com
dispneia e que fala com dificuldade.
e) se a respiração estiver ausente, iniciar imediatamente manobras de respiração artificial
com a Bolsa de Ventilação Manual (BVM), sendo 12 ventilações por minuto no paciente adulto e
20 ventilações por minuto na paciente lactante, e comunicar ao Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver).
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2.5 C – Circulação e hemorragia


2.5.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) palpar o pulso carotídeo em vítimas inconscientes adultos e crianças, ou o pulso radial,
em vítimas conscientes; em lactentes verificar pulso braquial.
b) se o pulso estiver presente, avaliar ritmo e qualidade.
c) a presença de pulso filiforme ou irregular deve ser imediatamente comunicada ao centro
de operações (médico regulador de APH, quando houver).
d) pesquisar por hemorragias internas e sinais de estado de choque na pele (perfusão do
leito ungueal, coloração, temperatura e umidade), investigando perdas de volume sanguíneo não
visíveis, principalmente na pelve, abdômen e membros inferiores. Em caso de suspeita de
hemorragia interna, providenciar transporte imediato.
e) se o pulso estiver ausente, iniciar imediatamente manobras de RCP e comunicar ao
Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver).
2.6 D – Disfunção neurológica
2.6.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) avaliar através da escala de coma de Glasgow.
b) verificar pupilas, dilatação e simetria.

3. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO PACIENTE TRAUMATIZADO

3.1. E – Exposição/Ambiente
3.1.1 Nesta etapa, o socorrista deve:
a) Identificar, expor, avaliar e tratar a queixa principal do paciente.
b) Expor a vítima, preparando-se para realizar a avaliação secundária minuciosa,
respeitando seu pudor em ambiente público. A exposição geralmente é realizada no interior da
ambulância, se o tempo de resposta permitir, expondo totalmente a vítima inconsciente e
parcialmente a vítima consciente, dirigindo-se pelas queixas por ela apresentadas ou por lesões
sugeridas pelo mecanismo de lesão, explicando à vítima de forma técnica os procedimentos que
estão sendo feitos.
3.1.2 A inspeção e apalpação as regiões do corpo deve ocorrer da seguinte forma:
3.1.2.1 Cabeça e face:
a) inspecionar cabeça e face, observando a cor e a integridade da pele e a simetria das
estruturas.

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b) observar cuidadosamente, durante todo o exame, a expressão facial da vítima, em busca


de evidências de desconforto ou dor.
c) palpar o crânio com os polegares fixos na região frontal - mantendo controle cervical -
buscando ferimento, edema, hematoma, deformidade, crepitação.
d) palpar os ossos da face buscando deformidade, instabilidade, crepitação.
e) investigar hemorragia ou escorrimento de líquido do nariz ou ouvidos (rinorragia e
rinorreia / otorragia e otorreia).
f) investigar hematoma retroauricular (sinal de batalha).
g) investigar integridade de pálpebras, olhos, hematoma ao redor dos olhos (sinal de
guaxinim).
h) verificar a simetria das pupilas e testar a fotorreatividade pupilar.
i) inspecionar a cavidade oral em busca de corpos estranhos, fraturas e secreções
remanescentes.
j) realizar a intervenção apropriada para as lesões de crânio e face apresentadas pela
vítima.
3.1.2.2 Pescoço:
a) já foi verificado antes da colocação do colar cervical.
3.1.2.3 Tórax:
a) inspecionar o tórax, observando a cor e integridade da pele, as características da
expansibilidade torácica ou a presença de deformidades.
b) palpar individualmente as clavículas, buscando deformidades, crepitação ou
instabilidade.
c) palpar os hemitórax, individualmente, até a linha axilar posterior, buscando crepitação
ou deformidades.
d) realizar a intervenção apropriada para as lesões de tórax apresentadas pela vítima.
3.1.2.4 Abdômen:
a) inspecionar o abdômen, observando a cor e integridade da pele e a mobilidade da
parede abdominal.
b) palpar cuidadosamente cada quadrante, analisando sensibilidade e rigidez de parede.
c) realizar a intervenção apropriada para as lesões de abdome apresentadas pela vítima.
3.1.2.5 Pelve:
a) inspecionar a pelve, observando a cor e a integridade da pele e deformidades.
b) palpar as asas ilíacas e teste cuidadosamente a mobilidade da pelve.
c) realizar a intervenção apropriada para as lesões de pelve apresentadas pela vítima.
3.1.2.6 Períneo:
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a) examinar apenas nos casos de lesões evidentes nesta região como o priapismo no caso
dos homens. Inspecionar observando a cor, integridade da pele e a presença de hemorragias pela
uretra, vagina ou ânus (socorrista não pode executar toque retal ou vaginal, estas são manobras
avançadas).
b) realizar a intervenção apropriada para as lesões de períneo apresentadas pela vítima.
3.1.2.7 Membros Inferiores:
a) inspecionar cada um dos membros inferiores da raiz da coxa até os pés, observando a
cor e a integridade da pele, o alinhamento, a simetria e a presença de deformidades ou aumento
de volume.
b) palpar cada um dos membros inferiores em busca de crepitação ou instabilidade; avaliar
tônus muscular e articulações.
c) palpar os pulsos femorais e pediosos, avaliando presença, ritmo e qualidade.
d) testar o enchimento capilar bilateralmente.
e) testar mobilidade ativa e passiva bilateralmente.
f) testar sensibilidade bilateralmente.
g) testar a força muscular bilateralmente.
h) realizar a intervenção apropriada para as lesões de membros inferiores apresentadas
pela vítima.
3.1.2.8 Membros Superiores:
a) inspecionar cada um dos membros superiores do ombro até as mãos, observando a cor
e a integridade da pele, o alinhamento, a simetria e a presença de deformidades ou aumento de
volume.
b) palpar cada um dos membros superiores em busca de crepitação ou instabilidade;
avaliar tônus muscular e articulações.
c) palpar os pulsos radiais, avaliando presença, ritmo e qualidade.
d) testar o enchimento capilar bilateralmente.
e) testar mobilidade ativa e passiva bilateralmente.
f) testar sensibilidade bilateralmente.
g) testar a força muscular bilateralmente.
h) realizar a intervenção apropriada para as lesões de membros superiores apresentadas
pela vítima.
3.1.2.9 Dorso:
a) mobilizar cuidadosamente a vítima pela técnica de rolamento a 90º, quando possível.
b) inspecionar o dorso, observando a cor, integridade da pele e a presença de
deformidades ou aumento de volume.
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c) palpar a coluna nas suas porções torácica, lombar e sacral, em busca de deformidades
ou crepitação.
d) realizar a intervenção apropriada para as lesões de dorso apresentadas pela vítima.
e) reposicionar a vítima em decúbito dorsal na prancha.
3.2 Prevenir a hipotermia, mantendo a vítima aquecida com cobertor térmico, fechar os
tirantes, colocar na maca e conduzi-la a ambulância.

3.3 Avaliar Sinais Vitais da seguinte forma:


a) aferir e registrar a frequência de pulso.
b) aferir e registrar a frequência respiratória.
c) aferir pressão arterial.
d) temperatura corporal.
3.4 O socorrista deve aplicar a regra AMPLA, que possui os seguintes significados:
3.4.1 A – Alergias; M – Medicações; P – Passado médico; L – Líquidos e alimentos
ingeridos; A – Ambiente e eventos relacionados ao trauma ou mecanismo da lesão.
3.5 Manter permanentemente o controle cervical, antes e depois de colocado o colar
cervical, não permitindo inclusive que haja movimentos bruscos sobre a coluna da vítima.

4. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO

4.1 Suspeitar fortemente de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, quando
houver:
a) obstrução parcial: vítima com esforços voluntários para desobstrução, tosse fortemente,
com sibilos entre as tossidas.
b) obstrução total: Vítima que subitamente torna-se incapaz de falar ou tossir,
apresentando sinais de angústia e asfixia, cianose e esforço exagerado da respiração, podendo
evoluir para inconsciência.
4.2 Na vítima com obstrução parcial o socorrista deve:
a) estimular a vítima para que persista com a tosse espontânea e com os esforços
respiratórios, não interferindo;
b) ao surgirem sinais de dificuldade respiratória acentuada, como tosse fraca e ineficaz,
ruídos respiratórios estridentes ou gementes ou cianose, tratar como obstrução total.
4.3 Na vítima com obstrução total, ainda consciente, o socorrista deverá:

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a) se adulto: pedir que a vítima afaste as pernas, se posicionar imediatamente atrás,


colocar uma das pernas entre as pernas da vítima, posicionar as mãos sobrepostas no apêndice
xifoide (logo abaixo do osso esterno) e aplicar manobra de Heimlich com a vítima
preferencialmente em pé até a desobstrução. A manobra de Heimlich também pode ser aplicada
com a vítima sentada desde que a cadeira não tenha encosto.
b) se gestante: seguir procedimento do adulto alterando apenas o local de compressão,
não podendo ser na barriga da gestante, devendo ser na parte inferior do tórax (esterno).
c) se lactentes: colocar o lactente no antebraço em decúbito ventral, de modo inclinado
com a cabeça mais baixa do que o corpo, posicionada com a pegada em pinça para desobstruir
as vias aéreas e aplicar manobras de tapotagem na linha inter escapular por 5 vezes e após, caso
não desobstrua, trocar o bebê de braço colocando-o em decúbito dorsal horizontalmente e aplicar
com dois dedos 5 manobras de desobstrução de vias aéreas (DVA) na região do esterno.
4.4 Na vítima com obstrução total, inconsciente ou que venha a ficar inconsciente, o
socorrista deve:
a) deitar cuidadosamente a vítima em uma superfície horizontal rígida e aplicar manobras
de DVA de modo adequado para adulto, criança ou lactente.

5. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

5.1 Durante a abordagem inicial, caso o socorrista tenha suspeita de ausência de pulso
deve iniciar RCP imediatamente. Deve observar a sequência C – Circulação, A – Abertura de vias
aéreas e B – Ventilação, pelo tempo máximo de 10 segundos:
5.1.1 Verificação e constatação da inconsciência da vítima.
5.1.2 Verificação de pulso carotídeo e constatação de sua ausência ou suspeita.
5.1.3 Verificação ocular e/ou com as mãos no tórax do paciente dos movimentos
respiratórios e constatação de sua ausência.
5.2 Completos os requisitos acima elencados, um dos socorristas deve imediatamente
preparar o DEA para uso, enquanto outro deve posicionar as mãos sobrepostas no osso esterno
do paciente, com a vítima deitada em decúbito dorsal sobre superfície rígida, preferencialmente
no chão, e iniciar as manobras de RCP conforme protocolo atualizado da American Heart
Association – AHA, nos seguintes parâmetros:
5.2.1 para pacientes adultos, com um, dois ou mais socorristas:
a) cinco ciclos de 30 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de 100/min
até 120/min.

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b) a cada cinco ciclos completos checar pulso carotídeo e respiração (reavaliação) e


alternar posições dos socorristas para evitar a fadiga.
c) a profundidade da compressão deve ser de 5 cm.
5.2.2 para pacientes crianças, com um socorrista:
a) cinco ciclos de 30 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de 100/min
até 120/min.
b) a cada cinco ciclos completos checar pulso carotídeo e respiração (reavaliação).
c) a profundidade da compressão deve ser de 5 cm.
5.2.3 para pacientes crianças, com dois ou mais socorristas:
a) dez ciclos de 15 compressões para 02 ventilações na frequência mínima de 100/min até
120/min.
b) a cada dez ciclos completos checar pulso carotídeo e respiração (reavaliação) e alternar
posições dos socorristas para evitar a fadiga.
c) a profundidade da compressão deve ser de 5 cm.
5.2.4 para pacientes lactentes, com um ou dois socorristas:
a) seguir os mesmos parâmetros dos itens “b” e “c”, com exceção na profundidade de
compressão que deve ser cerca de 4 cm.
5.3 Concomitante as manobras de RCP e ventilação assistida, deve o DEA ser
preparado para uso e assim que pronto, os socorristas devem seguir as orientações do aparelho,
atentando para se afastarem do paciente quando o DEA indicar o choque.
5.4 Nos casos de ocorrências dessa natureza, as ações devem, preferencialmente,
serem feitas com agilidade e objetivando transportar o paciente em PCR o mais breve possível
para a unidade de saúde médica, no entanto, em hipótese alguma as manobras de RCP devem
ser interrompidas por mais de 10 segundos para reavaliar a vítima ou mais de 30 segundos durante
sua remoção para a viatura ou unidade hospitalar, ou ainda, eventual procedimento invasivo
médico.
5.5 A manobra de RCP só pode ser interrompida se:
a) o paciente for reanimado com respiração e circulação espontâneas.
b) com a chegada do suporte avançado de vida.
c) um médico disser que pode parar, mas somente após apresentar sua identificação
profissional.
d) o socorrista entrar em exaustão.
e) iminente risco de morte para o socorrista.
5.6 Nos casos em que se identificar somente a ocorrência de parada respiratória, ou seja,
o paciente ainda apresenta pulso carotídeo, deve o socorrista realizar apenas ventilações
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assistidas, preferencialmente com o Unidade Manual de Respiração Artificial, ou Reanimador


Manual de Ventilação (AMBU), nos seguintes parâmetros:
5.6.1 para o adulto:
a) recomenda-se a frequência de uma ventilação a cada 5 segundos por 2 minutos (média
de 24 ventilações a cada 2 minutos). Após, reavaliar pulso carotídeo e movimentos respiratórios.
Caso ocorra a PCR, proceder conforme item 5.2 e seguintes.
5.6.2 para crianças e lactentes:
a) recomenda-se a frequência de uma ventilação a cada 3 segundos por 2 minutos (média
de 40 ventilações a cada 2 minutos). Após, reavaliar pulso carotídeo e movimentos respiratórios.
Caso ocorra a PCR, proceder conforme item 5.2 e seguintes.
5.7 Nos casos em que não houver possibilidade de realizar as ventilações manuais, por
falta do equipamento adequado, deve o socorrista realizar apenas as compressões torácicas na
frequência de 100 a 120/min por 2 minutos. Após reavaliar pulso carotídeo e movimentos
respiratórios, reiniciar o ciclo, trocando o socorrista, até o tratamento definitivo.

6. HEMORRAGIAS

6.1 Quando se tratar de hemorragia externa o socorrista deve:


6.1.1 Diagnosticar hemorragias graves externas durante a abordagem inicial da vítima
(X-ABCDE).
6.1.2 Certificar-se da origem do sangramento e suas características: arterial, venoso,
capilar.
6.1.3 Controlar o sangramento utilizando-se das seguintes técnicas:
a) pressão direta sobre o ferimento.
b) torniquete.
6.2 Quando se tratar de hemorragia interna o socorrista deve:
a) manter vias aéreas abertas e verificar respiração e pulso.
b) evitar o choque, mantendo o paciente em decúbito dorsal, com a prancha levemente
elevada na parte inferior.
c) afrouxar as roupas do paciente.
d) aquecer o paciente com cobertor térmico.
e) não administrar nada via oral.
f) reportar imediatamente a suspeita de hemorragia interna à equipe médica.
g) fazer oxigenoterapia.
h) transporte imediato.
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7. CURATIVOS – REGRAS GERAIS

7.1 Os curativos são utilizados com as seguintes finalidades:


a) controlar hemorragias.
b) prevenir contaminação.
c) proteger contra novos traumas.
d) apoiar e imobilizar segmentos feridos.
7.2 Na dependência da localização e do tipo de ferimento, realizar o curativo
observando a técnica adequada e as normas de controle de infecção.
7.3 Os curativos deverão ser feitos com gaze ou compressas estéreis.
7.4 Os curativos deverão ser fixados com os seguintes materiais:
a) esparadrapo.
b) ataduras de crepom.
7.5 Os socorristas devem priorizar a estabilidade dos sinais vitais da vítima de forma
imediata e o tratamento de lesões graves. Somente após essas condutas, deve realizar os
curativos necessários nas lesões menos graves.

8. CHOQUE CIRCULATÓRIO

8.1 Suspeitar de choque hipovolêmico em vítimas que apresentem:


a) sangramento importante;
b) lesões abdominais ou torácicas, especialmente penetrantes;
c) lesões por esmagamento;
d) fraturas múltiplas, fechadas ou abertas;
e) amputações traumáticas;
f) queimaduras extensas;
g) lesões ou ferimentos graves em qualquer segmento corporal.
8.2 Suspeitar de choque distributivo quando houver:
a) choque séptico (infecção generalizada);
b) neurogênico (lesões neurológicas por TRM ou TCE);
c) anafilático (resposta alérgica exacerbada do sistema imunológico a picada de insetos,
poluentes ou medicamentos).
8.3 Pode ocorrer choque obstrutivo em vítimas que apresentem:

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a) condições clínicas como tromboembolismo pulmonar – TEP;


b) tamponamento cardíaco;
c) trombose venosa profunda, além das traumáticas como o pneumotórax hipertensivo.
8.4 Suspeitar de choque cardiogênico em vítimas apresentem:
a) contusão miocárdica;
b) Infarto Agudo do Miocárdio – IAM;
c) arritmia;
d) disfunção valvar;
e) choques elétricos.
8.5 Diagnosticar o tipo de choque durante a abordagem inicial, observando:
a) se há perfusão superior a 2 segundos.
b) se apresentar pulso rápido e fraco.
c) se há palidez cutaneomucosa / pele acinzentada.
d) se a pele está fria e sudorêica.
e) se há alteração do nível de consciência: agitação / torpor / inconsciência.
f) se apresentar pupilas dilatadas.
g) se está com pressão arterial abaixo do normal.
8.6 Outros sinais e sintomas:
a) taquipneia com respiração superficial e irregular.
b) náusea e vômitos.
c) secura da boca, língua e sede.
d) reflexo pupilar lento.
8.7 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver),
os sinais e sintomas encontrados e da necessidade de apoio médico, conforme protocolo de
Procedimentos de Comunicação, em seguida o socorrista deve:
a) controlar os pontos de sangramento, fazendo curativos nos ferimentos e alinhando e
imobilizando fraturas.
b) remover todas as peças de vestuário úmidas.
c) não administrar líquidos via oral.
d) colocar a vítima em posição para evitar agravamento do choque, sendo: decúbito dorsal,
roupas afrouxadas, se não houver um grande trauma posicionar as pernas acima do nível do
coração, aquecer com cobertor térmico e fazer oxigenoterapia de 12 a 15 L/min.

9. TRAUMAS DA CABEÇA

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

9.1 O socorrista suspeitará de trauma crânioencefálico (TCE) nas vítimas que


apresentarem:
a) mecanismo de lesão sugestivo;
b) alterações do nível de consciência;
c) lesões abertas ou fechadas sobre crânio e face;
d) ferimentos de couro cabeludo;
e) fraturas abertas ou fechadas;
f) equimose de pálpebras;
g) hematoma retroauricular;
h) cefaleia;
i) distúrbios visuais;
j) déficit sensitivo-motor das extremidades, afastadas outras causas;
k) otorragia ou rinorragia;
l) vômitos;
m) assimetria de pupilas e do reflexo pupilar;
n) bradicardia;
o) bradipneia;
p) hipertensão arterial.
9.2 Nos casos acima, o socorrista deve:
a) abordar a vítima conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente, instalando
cânula orofaríngea – Guedel;
c) Administrar oxigênio de 12 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima;
d) Realizar curativos adequados para o controle de hemorragias;
e) Avaliar cuidadosamente o nível de consciência da vítima e sua evolução, através de
repetidos exames para a avaliação da escala de coma de Glasgow;
f) Avaliar a presença de otorragia, otorreia, rinorragia ou rinorreia;
g) Comunicar a Central de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados e a necessidade de apoio médico, conforme protocolo de Procedimentos
de Comunicação;
h) Transportar a vítima com a cabeça elevada a 30º em relação ao tronco, exceto na
presença de choque hipovolêmico;
i) Atentar para refluxo, PCR ou convulsões;
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PADRÃO 1.3

j) Transportar a vítima em decúbito dorsal, porém atentar para a necessidade de decúbito


lateral direito para a drenagem de vômitos ou secreções, se outras lesões apresentadas assim o
permitirem.
9.3 Quando houver lesões na face, o socorrista deve:
a) Abordar a vítima com controle cervical cuidadoso, conforme item 2.3 deste POP.
b) Garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima, aspirando
secreções/vômito, removendo corpos estranhos e instalando cânula orofaríngea – Guedel, para
as vítimas inconscientes.
c) Administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
d) Realizar curativos adequados para o controle de hemorragias.
e) Pesquisar danos visíveis ao globo ocular, orelhas, nariz, boca e dentes.
f) Palpar cuidadosamente os ossos da face em busca de sinais de fratura.
g) Comunicar a Central de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
9.4 Quando houver lesões nos olhos, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) sobre
os sinais e sintomas encontrados.
c) Se houver lentes de contato, remover com cuidado.
9.4.1 Quando houver corpos estranhos visíveis não alojados no globo ocular:
a) remover com gaze estéril, invertendo a pálpebra.
b) fazer curativo oclusivo e transportar a vítima.
9.4.2 Quando houver corpos estranhos alojados no globo ocular:
a) sem mexer no olho atingido, imobilizar o corpo estranho e fazer curativo oclusivo em
ambos os olhos.
9.4.3 Quando houver ferimento penetrante do globo ocular:
a) se houver objeto penetrante no olho, não remover.
b) ocluir ambos os olhos, fazendo curativo que apoie o objeto, sem mobilizá-lo.
c) transportar a vítima em decúbito dorsal.
9.4.4 Quando houver queimaduras químicas nos olhos:
a) lavar os olhos abundantemente, inclusive durante o transporte, com água destilada ou
soro fisiológico; se apenas um olho foi atingido, não deixar que escorra para o olho não lesado.
9.4.5 Quando houver queimaduras térmicas nos olhos:

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PADRÃO 1.3

a) atentar para queimaduras graves associadas de outros segmentos do corpo e


principalmente vias aéreas, aplicando o X-ABCDE.
b) lavar os olhos cuidadosamente com água destilada ou soro fisiológico.
c) realizar curativo oclusivo em ambos os olhos.
9.4.6 Enucleação traumática do globo ocular:
a) atentar para outros ferimentos graves na face, coluna cervical ou outros segmentos do
corpo, aplicando o X-ABCDE.
b) realizar curativo oclusivo, protegendo a órbita vazia e o globo ocular, se ainda presente.
c) ocluir adicionalmente o olho não lesado.
9.5 Quando houver lesões de nariz, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
c) Deve ser pesquisada a presença de líquor no sangramento pelo nariz se o mecanismo
de trauma e as lesões da vítima forem sugestivos de TCE, deve aplicar o teste do Duplo Halo.
9.5.1 Epistaxe traumática sem liquorréia:
a) pesquisar sinais e sintomas de fratura do nariz.
b) controlar a hemorragia pela compressão das narinas entre a parte óssea e cartilaginosa
do nariz, com a cabeça levemente flexionada (inclinado para frente) ou comprimir a base da narina
com o dedo contra o maxilar colocando uma compressa entre o lábio superior e a gengiva até a
parar o sangramento.
c) atentar para a presença de sangue na orofaringe e evitar a obstrução das vias aéreas
superiores, conforme X-ABCDE.
d) manter o paciente calmo e sentado durante o transporte.
9.5.2 Epistaxe traumática com liquorréia:
a) suspeitar de fratura de base do crânio, seguir o X-ABCDE.
b) não fazer tentativas de controle de hemorragia.
c) atentar para a presença de sangue na orofaringe e evitar a obstrução das vias aéreas
superiores.
d) não tentar remover objetos que estejam dentro do nariz.
9.6 Quando houver lesões na boca, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
9.6.1 Ferimentos cortocontusos da cavidade oral:
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a) aspirar sangue e secreções.


b) controlar a hemorragia por compressão direta, com atenção às vias aéreas superiores,
conforme X-ABCDE.
9.6.2 Fratura do alvéolo dentário com avulsão do dente:
a) aspirar sangue e secreções.
b) limpar alvéolo e dente com soro fisiológico.
c) nas vítimas conscientes, reintroduzir o dente no alvéolo, na posição mais correta
possível; nas inconscientes manter o dente em soro fisiológico (dente hidratado).
9.6.3 Fratura do alvéolo dentário com intrusão do dente:
a) aspirar sangue e secreções.
b) não fazer nenhuma tentativa de reposicionar o dente, seguir o X-ABCDE.
9.7 Quando houver lesões do ouvido, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
c) O sangramento pelo ouvido deve ser pesquisado para a presença de líquor se o
mecanismo de trauma e as lesões da vítima forem sugestivos de TCE, deve aplicar o teste do
Duplo Halo.
9.7.1 Ferimentos do pavilhão auricular:
a) controlar a hemorragia por compressão direta.
b) realizar curativo compressivo.
9.7.2 Amputação traumática do pavilhão auricular:
a) controlar a hemorragia por compressão direta.
b) realizar curativo compressivo.
c) envolver o segmento amputado em compressa estéril e seca, colocá-lo em um recipiente
com gelo sem contato direto e transportar para o hospital junto com a vítima.
9.7.3 Otorragia com liquorréia:
a) suspeitar de fratura de base do crânio, seguir o X-ABCDE.
b) aplicar curativo frouxo, apenas para a absorção do sangramento, sem obstrui-lo.
9.7.4 Ferimentos do ouvido decorrentes de explosões:
a) não fazer tentativas de limpar o conduto auditivo, seguir o X-ABCDE.
b) aplicar curativo frouxo, apenas para a absorção do sangramento, sem obstrui-lo.

10. TRAUMA NA COLUNA VERTEBRAL

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PADRÃO 1.3

10.1 Suspeitar de Traumatismo Raquimedular (TRM) nas vítimas que apresentarem:


a) mecanismo de lesão sugestivo, como: acidentes de trânsito, quedas de nível, acidentes
desportivos, mergulho em água rasa e ferimentos por arma de fogo ou arma branca.
b) quaisquer lesões contusas acima do nível das clavículas (supraclavicular): suspeitar,
nesse caso, de TRM cervical.
c) diminuição ou perda da força muscular nas extremidades: paresia ou paralisia (plegia).
d) diminuição ou perda da sensibilidade nas extremidades: parestesia ou anestesia.
e) hipotensão com bradicardia, especialmente se não há sinais de hipovolemia.
f) priapismo.
g) respiração diafragmática.
10.2 Ao se deparar com vítima suspeita de ter sofrido TRM, o socorrista deve:
a) Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP, atentando-se
para as lesões vértebro-medulares altas, as quais podem produzir dificuldade respiratória, bem
como para a manutenção do controle da cervical cuidadoso.
b) todas as manobras de mobilização da vítima devem ser feitas seguindo-se
adequadamente as técnicas preconizadas, procurando-se evitar movimentos bruscos e
desnecessários e mantendo sempre o alinhamento.
c) verificar e garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores.
d) verificar a presença dos pulsos carotídeos, a turgência de jugular e a posição da
traqueia.
e) pesquisar cuidadosamente a presença de outros sinais e sintomas de TRM.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
10.3 Quando houver ferimentos cortocontusos na região cervical, o socorrista deve:
a) seguir o X-ABCDE, controlar prioritariamente a hemorragia por pressão direta do
ferimento e realizar curativo adequado, segundo o tipo do ferimento.
b) atentar para lesões em trajeto de vasos calibrosos, como a artéria carótida.
c) pesquisar sinais e sintomas de TRM.
d) manter a imobilização cervical adequada durante o transporte.
10.4 Quando houver ferimentos penetrantes da região cervical, o socorrista deve:
a) seguir o X-ABCDE, controlar prioritariamente a hemorragia por pressão direta do
ferimento e realizar curativo adequado, segundo o tipo do ferimento. Nos casos de objetos
empalados não remover.
b) pesquisar e tratar possíveis orifícios de entrada e saída de projéteis.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

c) atentar para lesões em trajeto de vasos calibrosos, como a artéria carótida.


d) pesquisar sinais e sintomas de TRM.
e) manter a imobilização cervical adequada durante o transporte.

11. TRAUMA TORÁCICO

11.1 Realizar a abordagem inicial da vítima, conforme itens 2 e 3 deste POP.


11.2 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
11.3 Sinais e sintomas dos traumatismos de tórax em geral:
a) dor torácica, de intensidade variável.
b) dispneia, de intensidade variável.
c) cianose, de intensidade variável.
d) diminuição da expansibilidade do tórax.
e) desvio de traqueia.
f) enfisema subcutâneo.
g) turgência de veias jugulares.
h) crepitação óssea.
11.4 Contusão de Tórax:
a) Executar o X-ABCDE, atentar para garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores
da vítima inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
b) Administrar oxigênio a 12 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face da
vítima.
c) Atentar para a qualidade da ventilação da vítima e para o surgimento de outros sinais e
sintomas associados: cianose, turgência de jugulares e choque.
d) Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
e) Tratar adequadamente outras lesões associadas.
f) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.
11.5 Quando houver suspeita de fratura de arco costal, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE.
b) tranquilizar o paciente.
c) evitar movimentação de membros superiores.
d) fazer utilização de tipoia.
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e) não deve ser realizado em hipótese alguma imobilização de costelas, a não ser de forma
indireta, em que o membro superior deve limitar a movimentação da costela fraturada, diminuindo
assim a dor.
f) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
g) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.
11.6 Suspeita-se de pneumotórax fechado quando houver:
a) dor torácica;
b) dispneia;
c) taquipneia;
d) respiração superficial;
e) hipertimpanismo torácico;
f) enfisema subcutâneo;
g) diminuição do murmúrio vesicular.
11.7 Quando houver suspeita de pneumotórax fechado, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) considerar a possibilidade de elevação da prancha por meio da elevação da cabeceira
da maca.
c) o socorrista deve manter a atenção em relação à possibilidade de evolução do
pneumotórax para o hipertensivo, o que torna a situação mais grave e difícil de ser conduzida pelo
suporte básico da vida.
11.8 Suspeita-se de pneumotórax aberto quando houver:
a) insuficiência respiratória grave;
b) ansiedade;
c) taquipneia;
d) pulso radial fino e rápido;
e) lesão em parede torácica;
f) ruídos audíveis durante a inspiração e expiração.
11.9 Quando houver suspeita de pneumotórax aberto, o socorrista deve:
a) realizar o curativo de 3 pontas.
b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da vítima.
11.10 Suspeita-se de pneumotórax hipertensivo quando houver:
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a) desvio da traqueia em direção contrária a lesão;


b) dor torácica;
c) dificuldade de respirar;
d) diminuição do murmúrio vesicular;
e) turgência de veias jugulares;
f) crepitação da parede torácica;
g) cianose;
h) taquicardia;
i) taquipneia;
j) agitação crescente;
k) sofrimento respiratório.
11.11 Quando houver suspeita de pneumotórax hipertensivo, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
11.12 Suspeita-se de hemotórax quando houver:
a) dor torácica;
b) dispneia;
c) assimetrias do tórax;
d) murmúrio vesicular abafado (teste timpânico maciço) do lado lesão e sinais de choque
hipovolêmico.
11.13 Quando houver suspeita de hemotórax aberto, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
b) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
11.14 Suspeita-se de tórax instável quando houver movimento paradoxal da parede
torácica, em decorrência de fraturas localizadas na mesma costela ou em mais de um local, em
três ou mais costelas vizinhas e/ou com fraturas múltiplas de cartilagens costais, com ou sem
envolvimento do esterno. Pode causar complicações no pulmão e coração.
11.15 Quando houver suspeita de tórax instável, o socorrista deve:
a) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da vítima.

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b) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais


e sintomas encontrados.
11.16 Ferimento Penetrante com Objeto Empalado.
a) Executar o X-ABCDE, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima
inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
b) Administrar oxigênio a 12 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face da
vítima.
c) Realizar curativo ao redor do ferimento e do objeto, sem removê-lo.
d) Atentar para a qualidade da ventilação da vítima e para o surgimento de outros sinais e
sintomas associados: cianose, turgência de jugulares, alteração do nível de consciência e choque.
e) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
f) Tratar adequadamente outras lesões associadas.
g) Se possível, transportar o paciente em posição de conforto e considerar a posição semi
sentada para alívio de desconforto respiratório.

12. TRAUMA ABDOMINAL

12.1 Realizar o X-ABCDE.


12.2 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
12.3 Sinais e sintomas dos traumatismos de abdômen em geral:
a) evidência de lesões abertas (eviscerado ou não) ou fechadas na parede abdominal.
b) dor localizada ou difusa referida pelas vítimas conscientes.
c) dor à palpação superficial ou profunda do abdômen; eventualmente, rigidez da parede
abdominal.
d) sinais e sintomas de choque hipovolêmico, sem evidências de sangramento externo.
e) posição fetal.
f) sinal de lesão por cinto de segurança.
h) hematomas nos flancos abdominais ou ao redor do umbigo.
i) distensão abdominal.
12.4 Suspeitar de trauma abdominal sempre que o mecanismo de lesão assim o sugerir.
12.5 Ao verificar contusão no abdômen, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima
inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
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b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial


perfeitamente ajustada à face da vítima.
c) atentar para sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
d) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
e) tratar adequadamente outras lesões associadas.
f) transportar rapidamente a vítima em decúbito dorsal.
12.6 Ao verificar ferimentos penetrantes no abdômen, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima
inconsciente, aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea.
b) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da vítima.
c) controlar a hemorragia através da pressão direta sobre o ferimento, observando:
- em ferimentos com objeto empalado, não retirá-lo, e incluí-lo no curativo.
- em ferimentos por arma de fogo, investigar e tratar possíveis ferimentos de entrada e
saída do projetil.
- em ferimentos penetrantes com evisceração, não tentar recolocar na cavidade; fazer
curativo oclusivo com compressas umedecidas em soro fisiológico.
d) atentar para sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
e) identificar possível mecanismo da lesão.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
g) tratar adequadamente outras lesões associadas.
h) transportar a vítima em decúbito dorsal; a vítima eviscerada deve ser transportada em
decúbito dorsal, com as coxas fletidas sobre os quadris (quando possível).

13. TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO

13.1 Realizar a abordagem inicial da vítima, seguindo o X-ABCDE.


13.2 Comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
13.3 Ao verificar ferimentos das extremidades, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE e verificar a localização anatômica, a extensão, a profundidade e
o tipo de ferimento; identificar o mecanismo de lesão e o tipo de instrumento agressor.

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PADRÃO 1.3

b) controlar a hemorragia por pressão direta ou torniquete. A utilização de torniquete no


controle de hemorragias das extremidades é indicada para casos extremos, como a amputação
traumática.
c) estimar a perda de volume sanguíneo e investigar a presença de lesões associadas;
atentar para sinais de choque hipovolêmico.
d) limpar o ferimento com soro fisiológico, eliminando a contaminação grosseira.
e) realizar curativo conforme a técnica preconizada, de acordo com a demanda da vítima;
se necessário, imobilizar a extremidade lesada.
f) atentar para ferimentos em trajeto nervoso ou vascular; pesquisar sensibilidade,
motricidade, pulsos e enchimento capilar distais ao ferimento.
g) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
13.4 Ao verificar existência de contusões, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE e verificar a localização anatômica e a extensão da contusão;
identificar mecanismo de lesão e o tipo de instrumento agressor.
b) inspecionar e palpar a extremidade em toda a sua extensão, em busca de sinais e
sintomas de lesões associadas.
c) imobilizar a extremidade, ou protegê-la adequadamente durante o transporte.
13.5 Suspeita-se de fratura quando houver dor, deformidade, edema, hematoma,
crepitação óssea, instabilidade e incapacidade funcional do segmento.
13.6 Suspeita-se de luxação (perda do contato entre as superfícies articulares) e/ou
entorse (distensão brusca de uma articulação além do seu grau normal de amplitude) quando
houver forte dor na articulação, edema, limitação funcional com instabilidade do segmento
anatômico acometido.
13.7 Ao verificar existência de fraturas, luxação ou entorse, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE e verificar a localização anatômica e o tipo de fratura - aberta ou
fechada; identificar o mecanismo de lesão.
b) se for o caso, retirar ou cortar a roupa da vítima.
c) no caso das fraturas abertas, controlar hemorragias e fazer curativo oclusivo antes de
proceder a imobilização.
d) mensurar as talas no membro correspondente não lesionado.
e) avaliar a função vascular, sensitiva antes e após a imobilização do membro. A função
motora somente deve ser avaliada antes da imobilização e mesmo assim apenas quando não
houver evidências claras da lesão.

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f) imobilizar sempre com pelo menos 2 socorristas, visando estabilizar uma articulação
acima e outra abaixo do local lesionado.
g) no caso das entorses e luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-la sobre o local
lesionado.
h) sempre que possível o membro lesionado deve ser alinhado, principalmente quando o
pulso distal estiver ausente. Essa conduta deve ser evitada em situações em que houver
resistência ao movimento, fatura em articulação e fratura exposta.
i) não forçar o alinhamento de fraturas muito próximas às articulações.
j) rever o procedimento se houver alteração dos parâmetros de sensibilidade, atividade
motora, pulsos e enchimento capilar distais ao foco de fratura após a imobilização.
k) identificar e tratar lesões associadas; monitorar sinais vitais e atentar para sinais e
sintomas de choque hipovolêmico.
13.8 Quando verificar a ocorrência de amputação traumática, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE e verificar a localização anatômica da amputação; identificar o
mecanismo de lesão e o tipo de instrumento agressor.
b) controlar a hemorragia por pressão direta ou aplicar torniquete conforme recomendado.
c) estimar a perda de volume sanguíneo, e investigar a presença de lesões associadas;
atentar para sinais de choque hipovolêmico.
d) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
e) limpar o segmento amputado com soro fisiológico, eliminando a contaminação grosseira
e levar o membro amputado ao hospital junto com a vítima, guardando-o em saco plástico bem
fechado envolvido em compressas secas e submetendo-o a resfriamento em recipiente com gelo.

14. IMOBILIZAÇÃO DE EXTREMIDADES – REGRAS GERAIS

14.1 Independentemente do tempo e da distância a ser percorrida até o hospital, todas


as fraturas e luxações devem ser imobilizadas adequadamente, de acordo com o X-ABCDE.
14.2 A vítima só deve ser removida sem a devida imobilização das fraturas se houver
risco iminente de morte, como: explosões, incêndios, desabamentos, soterramentos, descargas
elétricas ou ambiente com gases tóxicos; nestes casos, arrastar a vítima com Chave de Rauteck,
reposicionando-a em local seguro para a abordagem e imobilização das fraturas.

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14.3 Se houver necessidade de posicionar a vítima para manobra de RCP antes da


imobilização das fraturas ou luxações, proceder de modo a manter o alinhamento dos segmentos
fraturados.
14.4 A imobilização das extremidades será feita com o auxílio de talas disponíveis e
equipamento de tração de fêmur, ou outros materiais improvisados, de acordo com as
necessidades da vítima e as peculiaridades do atendimento.
14.5 Os ferimentos das fraturas ou luxações expostas devem ser cobertos com curativos
oclusivos antes de se proceder à imobilização da extremidade.
14.6 Proceder alinhamento das fraturas fechadas ou abertas de ossos longos antes da
imobilização. O alinhamento deve ser mantido até que a imobilização esteja completa.
14.7 Não forçar o alinhamento das luxações ou de fraturas muito próximas às
articulações. Imobilizar a extremidade na posição em que foi encontrada.
14.8 Examinar a sensibilidade distal, os pulsos e o enchimento capilar da extremidade
distal ao foco da fratura ou luxação antes e depois da imobilização; rever o procedimento se houver
alteração desses parâmetros.
14.9 Incluir na imobilização as articulações proximal e distal ao foco da fratura ou
luxação.
14.10 As talas e outros equipamentos de imobilização devem ser adequadas para o
procedimento de imobilização.

15. LESÕES POR QUEIMADURA

15.1 As queimaduras podem ser: térmicas, químicas, elétricas e por radiação/luz.


15.2 Se a vítima estiver com fogo nas vestes, o socorrista deve apagar o fogo do corpo
da vítima rolando-a no chão ou usando um cobertor úmido ou uma gandola (abafamento).
15.3 Ao verificar ocorrência de queimadura, o socorrista deve:
a) realizar a abordagem inicial da vítima, seguindo o X-ABCDE.
b) retirar toda a roupa queimada que não esteja aderida a pele.
c) retirar pulseiras, relógios e anéis.
d) garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente, aspirando
secreções e instalando cânula orofaríngea.
e) atentar para a presença de sinais e sintomas de queimadura das vias aéreas, como
queimadura de face, pelos dos olhos ou nariz queimados, depósitos de carbono ou sinais

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inflamatórios em orofaringe, escarro com resíduos de carvão e história de confinamento em


ambiente de incêndio.
f) quantificar a extensão (área corporal) queimada pela regra dos nove para adulto ou
criança, identificar o grau das queimaduras e sua localização anatômica para verificar a gravidade
da lesão.
g) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, via máscara facial perfeitamente ajustada à face
da vítima.
h) nas pequenas e médias queimaduras de 1º e 2º graus, lavar a área afetada em água
fria ou soro fisiológico (em torno de 15 minutos a 20 minutos). Logo após, cubra-os com curativo
específico ou curativo úmido.
i) vítimas com queimaduras em grandes áreas corporais ou com queimaduras de 3º grau
não devem receber irrigação ou ter curativos úmidos, pois isto pode provocar hipotermia. Utilizar
curativo seco (ataduras de Rayon) ou cobertor aluminizado para cobrir o ferimento.
j) não passar qualquer substância no local queimado (pomadas, mercúrio, óleos, pasta
dental, etc.).
k) não perfurar as bolhas.
l) seguir as orientações dos itens 9.4.4 e 9.4.5 para as queimaduras nos olhos.
m) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os
sinais e sintomas encontrados.
n) atentar para sinais e sintomas de insuficiência respiratória e choque hipovolêmico.
o) transportar rapidamente a vítima com cobertor térmico.
15.4 Quando for o caso da hipotermia, além das condutas supracitadas, o socorrista deve
retirar a vítima do ambiente com temperatura reduzida, remover roupas molhadas se for o caso, se
disponível cobrir a vítima com cobertores durante o transporte.

16. CHOQUE ELÉTRICO

16.1 Ao se deparar com uma ocorrência de choque elétrico, o socorrista deve:


a) garantir prioritariamente a segurança da guarnição antes de abordar a vítima, não tocar
na vítima até certificar-se de que o circuito elétrico ou a energia tenham sido interrompidos ou
desligados (verificar e desligar o padrão de energia elétrica da rua ou disjuntor do
estabelecimento).

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b) abordar a vítima conforme protocolo de atendimento, seguindo o X-ABCDE, quando


estiver consciente. Em caso de inconsciência, atentar para a possibilidade de PCR. Neste caso,
iniciar imediatamente a RCP.
c) garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente, aspirando
secreções e colocando a cânula orofaríngea.
d) administrar oxigênio de 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
e) em caso de queimadura por choque elétrico, quantificar a área corporal queimada;
identificar o grau das queimaduras e sua localização anatômica (pontos de entrada e saída e
provável circuito); identificar o possível mecanismo de lesão e proteger a superfície queimada com
compressas estéreis.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.

17. AFOGAMENTO

17.1 Em caso de vítima de afogamento em que a guarnição chegue ao local após o


afogamento, o socorrista deve:
a) realizar a abordagem inicial da vítima em superfície rígida (ex. borda de piscina,
embarcação, beira de rio...), seguindo o X-ABCDE, identificando o grau de afogamento, conforme
abaixo:
- Grau 1 (tosse sem espuma na boca e/ou nariz): não fornecer oxigênio;
- Grau 2 (pouca espuma na boca e/ou nariz): 5 L/min com cateter nasal;
- Grau 3 (muita espuma na boca e/ou nariz com pulso radial palpável): 15 L/min com
máscara facial;
- Grau 4 (muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial palpável): 15 L/min com
máscara facial;
- Grau 5 (parada respiratória com presença de pulso carotídeo e sinais de circulação
presentes): ventilação manual, não fazer compressão torácica. Após retornar respiração
espontânea, tratar como grau 4.
- Grau 6 (parada cardiorrespiratória): manobras de RCP, conforme o item 5 deste POP.
Caso tenha sucesso, tratar como grau 4.
b) após, garantir a permeabilidade das vias aéreas superiores da vítima inconsciente,
aspirando secreções e instalando cânula orofaríngea;

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c) observar os sinais e sintomas do grau de afogamento.


d) em caso de evolução para PCR, iniciar imediatamente as manobras de RCP.
e) administrar oxigênio a 10 a 15 L/min, preferencialmente, via máscara facial
perfeitamente ajustada à face da vítima.
f) retirar roupas molhadas e aquecer a vítima com cobertor aluminizado.
g) atentar para a possibilidade de refluxo e broncoaspiração, colocando o afogado em
posição lateral de segurança, preferencialmente para o seu lado direito (decúbito lateral direito),
quando não houver suspeita de outros traumas.
h) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
i) identificar e tratar adequadamente lesões associadas.
j) quando houver fonte fiel de informação de que a vítima ficou submersa por mais que 1
hora, não inicie RCP, comunique ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando
houver).
17.2 Em caso de prevenção em meio aquático, ao avistar uma vítima de afogamento, o
socorrista deve:
a) remover a vítima seguindo as técnicas adequadas de remoção em ambiente líquido.
b) caso o pulso carotídeo esteja presente e a respiração continue ausente, realizar uma
ventilação a cada 5 segundos por 2 minutos (média de 24 ventilações a cada 2 minutos), até o
retorno da respiração normal.
c) em caso de parada respiratória fazer imediatamente 5 ventilações de resgate,
preferencialmente, utilizando o AMBU, se tiver disponível ou a máscara de bolso (pocket mask).
Logo após, checar pulso carotídeo.
d) caso não haja pulso, realizar os procedimentos do item 17.1.

18. TRABALHO DE PARTO

18.1 O socorrista deve suspeitar de ocorrência de parto de emergência, quando a


gestante apresentar os seguintes sinais e sintomas:
a) contrações uterinas frequentes (intervalos de até dois minutos).
b) presença de líquido amniótico e/ou sangue.
c) coroamento da criança.
18.2 Ao se deparar com um possível parto de emergência, o socorrista deve:
a) executar o X-ABCDE e identificar a gestante, obtendo dados a respeito da gestação e
do acompanhamento pré-natal.

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b) observar frequência, intensidade e duração das contrações e, a partir desse momento,


a parturiente não poderá fazer uso do banheiro para necessidades fisiológicas.
c) identificar a perda de tampão mucoso ou líquido amniótico.
d) posicionar a gestante em posição ginecológica.
e) atentar para o coroamento da criança e se isto acontecer, preparar o material para o
parto de emergência.
f) comunicar ao Centro de Operações (médico regulador de APH, quando houver) os sinais
e sintomas encontrados.
g) realizar o parto e atentar para as complicações do parto.
h) desobstruir as vias aéreas do recém-nato; atentar para a qualidade de sua ventilação.
Se a criança não começar a respirar, iniciar manobras de ventilação artificial ou RCP.
i) cortar o cordão umbilical, mantendo o RN na maca onde está a mãe.
j) aquecer o recém-nato e colocá-lo em contato com a mãe, sem sair do controle do
socorrista.
k) acompanhar a dequitação da placenta; uma vez completada, acondicionar de forma
específica. Em seguida, a mãe será colocada em decúbito dorsal e o RN será transportado em
cima das coxas da mãe, com a cabeça próxima ao púbis materno e o socorrista deve permanecer
todo o tempo com suas mãos sobre o RN, segurando-o e monitorando-o, encaminhando mãe e
bebê a unidade hospitalar.

19. INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS – MÉTODO START

19.1 Ao se deparar com uma ocorrência de múltiplas vítimas, em uma situação onde o
número de vítimas ultrapassa a capacidade de resposta das equipes de socorro, tais como
acidentes de trânsito envolvendo veículos de transporte de passageiros (ônibus, van), catástrofes,
grandes incêndios, explosões, desabamentos, ataque terrorista e similares, deve ser realizada a
triagem.
19.2 Até reunir recursos suficientes para que cada vítima receba os devidos cuidados,
as vítimas que mais necessitam de cuidados devem receber prioritariamente o tratamento,
enquanto aquelas que podem esperar devem aguardar um pouco mais.
19.3 As vítimas devem ser avaliadas e classificadas em categorias baseadas em sua
necessidade de tratamento.
19.4 Deve ser usado o método de triagem START (Simple Triage And Rapid Treatment
– Simples Triagem e Tratamento Rápido).

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19.5 Feita a triagem, as vítimas serão atendidas de acordo com as seguintes prioridades:
● Vermelho (emergência – prioridade “muito alta” – risco iminente à vida);
● Amarelo (urgência – prioridade “alta” – não tem risco iminente à vida);
● Verde (prioridade “baixa” – lesões leves e vítimas que podem andar);
● Cinza (irrecuperável – vítimas em óbito ou com lesões que obviamente levarão a morte
em curto espaço de tempo).
19.6 Na triagem pelo método START, o socorrista deve seguir o fluxograma constante
no anexo A deste POP.

20. INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

20.1 O socorrista deve avaliar a deficiência considerando os seguintes parâmetros:


a) os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo.
b) os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais.
c) limitação na compreensão da situação.
d) pouco colaborativo.
20.2 Em ocorrência envolvendo pessoa com deficiência, o socorrista poderá se deparar
com os seguintes casos:
20.2.1 Paciente com deficiência visual:
a) quando uma pessoa com deficiência visual se envolve em um acidente, o socorrista deve
lhe explicar o que houve e a faça entender o que aconteceu antes de iniciar o atendimento.
b) o atendimento pré-hospitalar prestado aos pacientes com deficiência visual é o mesmo
daqueles pacientes que enxergam normalmente, considerando a limitação na avaliação.
c) fale normalmente em tom de voz normal, com calma e, antecipadamente, tudo o que vai
fazer e você não terá dificuldades no cuidado com esse paciente.
d) se precisar mover o paciente e ele puder caminhar, permita que ele se apoie e segure em
seu braço (advirta sobre os perigos e não empurre, nem puxe o paciente, apenas conduza-o). Ao
conduzi-lo para sentar-se, coloque sempre uma das mãos do paciente no encosto da cadeira e não
tente sentá-lo empurrando seu corpo. Numa escada rolante, antes de chegar na escada, coloque a
mão do paciente no corrimão.
e) no momento do tratamento pré-hospitalar, preste informações claras sobre os
equipamentos que serão utilizados para tranquilizar o paciente quanto aos seus procedimentos.
f) não saia de perto do paciente, ainda que rapidamente, sem antes comunicar tal fato, para
que ele não fique falando sozinho.
20.2.2 Paciente com deficiência auditiva / pessoa com deficiência auditiva e da fala:

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a) sugere-se ao socorrista que para confirmar se uma pessoa é surda, pode se confeccionar
um cartão com a pergunta: “você é surdo?”, e apresentá-lo ao paciente.
b) utilize novamente a técnica do cartão escrito para questionar como o paciente surdo
gostaria de comunicar-se com você, pois muitos deles conseguem ler o movimento dos lábios,
comunicar-se através da escrita e leitura, comunicar-se através do alfabeto dos sinais ou, ainda,
através da linguagem dos sinais.
c) se o paciente puder compreender o que você diz através da leitura dos movimentos dos
lábios, certifique-se de que seu rosto esteja iluminado e voltado para o paciente enquanto você fala
e comunique-se pausadamente.
d) caso a pessoa surda não compreenda a leitura labial, usar a escrita e os gestos.
e) Se o paciente surdo fala com dificuldade, não finja entender, gesticule encolhendo os
ombros e mostrando as mãos com as palmas para cima em frente ao seu corpo, como se dissesse:
"não entendi o que você disse!”.
20.2.3 Paciente com deficiência física ou mental:
a) nessas situações, sua principal tarefa como socorrista é estabelecer um processo de
interação com o paciente, que permita entender o que está acontecendo e como você poderá ajudá-
lo.
b) em caso de deficiência física, o socorrista deve questionar o paciente, no sentido de
averiguar se o problema físico já existia antes do acidente. O socorrista deverá reunir o máximo de
informações possíveis através de uma boa entrevista e do exame físico detalhado, fazendo algumas
possíveis perguntas:
- Você pode me mostrar o local e a limitação do movimento?
- Você sente dor? Se sim, é constante ou somente no movimento, quando força?
- Havendo dor, qual a intensidade, de 0 a 10?
- Como surgiu essa limitação? É genético, trauma, lesão, cirurgia, acidente?
- Aumenta ou diminui a dor com o passar do tempo?
- Alivia nessa posição? Desse jeito?
- Está tomando algum medicamento?
c) em caso de deficiência de desenvolvimento mental, o socorrista deve
- manter a calma;
- explicar pausada e repetidamente cada uma de suas ações e o que você quer que o
paciente faça;
- avaliar cuidadosamente o paciente;

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- tratar da mesma forma como você trataria qualquer outro paciente da mesma idade, no
entanto, a entrevista e o exame físico devem ser feitos mais lentamente e o socorrista deve estar
preparado para ações e respostas tardias;
- evitar questionamentos mais elaborados, fazendo perguntas simples e objetivas. Por
exemplo, ao invés de dizer: “como você está se sentindo?”, apalpe e pergunte: “dói aqui?”;
- ter cuidado para não confundir esses pacientes com outros pacientes sob o efeito abusivo
de álcool ou drogas ou que em função de um acidente apresenta-se desorientado ou confuso.

21. INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS COM ALTERAÇÃO DE


COMPORTAMENTO

21.1 Nos casos de alterações gerais do comportamento, o socorrista deverá:


a) observar atentamente as ações dessas pessoas, de forma a conseguir identificar seu real
estado e estabelecer um canal de comunicação com elas;
b) identificar as mensagens verbais e extra verbais (além da comunicação verbal, devemos
nos lembrar que existe uma comunicação não verbal, através de gestos e expressões, que podem
dizer muito sobre uma pessoa);
c) ficar atento para o fato de que a capacidade de percepção desses pacientes poderá estar
alterada;
d) ficar atento para o fato de que o paciente pode distorcer a realidade;
e) ficar atento para situações inesperadas ou de perigo para o próprio paciente ou para todos
os demais que estejam próximos dele;
f) suspeitar de uma possível violência repentina, caso o paciente esteja com as mãos para
trás do corpo ou nos bolsos (escondendo as mãos);
g) suspeitar de possível ocultação de crime, caso o paciente recuse atendimento sem motivo
justificado;
h) prevenir-se de uma agressão se o paciente, por exemplo, arregala os olhos com espanto
e fala sozinho, demonstrando distúrbios de sensopercepção – ilusões, alucinações ou delírios.
i) lembrar-se que a maioria desses pacientes é carente de afeto, reconhecimento e aceitação
e pode reagi com atitudes bem variadas, tais como de “chamar a atenção”, de “inibição” ou até de
“agressividade”.
j) observar se trata de uma emergência emocional, tais como neuroses, crises histéricas,
depressões, psicoses, problemas psiquiátricos, abusos de drogas ou álcool, luto.
k) nos casos acima, observar alguns sinais como ansiedade, tensão desagradável e
inquietação, angústia, agitação motora, histeria, desmaios, convulsões, gagueira, mudez, gritos de

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dor, amnésia, dupla personalidade, desânimo, abatimento, choro sem motivo aparente, alterações
de comportamento, confusão mental, desorientação, crítica alterada, dentre outros
21.2 Nos casos de o paciente apresentar uma atitude suspeita de suicídio, o socorrista
deverá:
a) acionar, imediatamente, a equipe especializada de atendimento a tentativa de suicídio
para realizar a abordagem técnica ou tática adequada;
b) se for o caso de a vítima ameaçar saltar de local elevado, acionar também a equipe de
salvamento em altura;
c) se o paciente tiver com algum tipo de armamento, acionar a equipe especializada em
negociação da Polícia Militar e iniciar contato somente se a situação for segura.
d) adotar uma abordagem de escuta ativa, incentivando a fala do paciente e falando somente
o suficiente, mantendo o controle da situação.
e) não deixar o paciente sozinho, podendo dizer: “estou aqui para te ouvir, o que você
precisa?”
f) faça-o saber que existe ajuda à sua disposição.
21.3 Acionar a Polícia Militar, se suspeitar que um crime está ocorrendo ou que há um
criminoso ou pessoa perigosa no local da ocorrência e tomar as seguintes condutas:
a) não se aproxime, nem inicie o atendimento sem antes certificar-se de que a cena é segura.
21.4 No atendimento pré-hospitalar, em todos os casos acima, o socorrista deve:
a) atentar para a segurança local;
b) tentar acalmar o paciente e conquistar sua confiança antes de iniciar a avaliação e o
tratamento;
c) realizar o protocolo do X-ABCDE, conforme itens 2 e 3 deste POP;
d) avaliar cuidadosamente a situação e eliminar as possibilidades de um comportamento
alterado em função de emergências médicas ou traumas (AVE, hipoglicemia, traumatismos de
crânio, etc.).
e) se perceber que o paciente é potencialmente perigoso e julgar necessário, solicite ajuda
de outros profissionais (equipes de salvamento do CBMMT, policiais, equipes médicas
especializadas, etc.).
f) evitar conter o paciente com uso demasiado da força, pois esses procedimentos poderão
ferir o paciente, machucar a equipe de socorristas ou iniciar uma reação ainda mais violenta. As
ações de contenção deverão prezar pelo uso moderado da força, devendo ser realizadas com muito
cuidado e, preferencialmente, com apoio policial.

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22. INCIDENTES ENVOLVENDO CRIANÇAS E ADOLESCENTES

22.1 Recomenda-se que os socorristas utilizem um critério padronizado para classificar


as crianças em categorias, levando em consideração itens como idade, porte físico e resposta
emocional, nos seguintes parâmetros:
a) neonato: nascimento até 28 dias.
b) lactentes: de 28 dias até 1 ano.
c) crianças: de 1 ano até 3 anos.
d) pré-escolares: de 3 a 6 anos.
e) idade escolar (ensino fundamental): de 6 a 12 anos;
f) adolescente (ensino fundamental e médio): de 12 a 18 anos.
22.2 A frequência respiratória segue os seguintes parâmetros:
a) Adolescente de 12 a 20 ventilações por minuto.
b) Criança pequena de 20 a 30 ventilações por minuto.
c) Lactente de 30 a 60 ventilações por minuto.
22.3 Suspeitar de abuso ou negligência, nos seguintes casos:
a) falta de condições de higiene;
b) sinais de cativeiro;
c) fome/desnutrição;
d) ferimentos insistentes ou lesões múltiplas em diferentes estágios de cicatrização no corpo
da criança;
e) queimaduras (principal lesão referente a abuso físico);
f) lesões prévias com relatos suspeitos;
g) descrições contraditórias sobre o “acidente”.
22.4 Em caso de suspeita de abuso ou negligência, o socorrista deve:
a) realizar atendimento seguindo protocolo X-ABCDE, conforme itens 2 e 3 deste POP;
b) não fazer diagnóstico;
c) no local, executar primeiramente os procedimentos de auxílio ao paciente, deixando o
relato de suas suspeitas e as ações policiais para um segundo momento;
d) anotar seus achados e a história colhida no relatório de ocorrência de APH e transmitir
essas informações ao médico do serviço de emergência, relatando ao mesmo os sinais encontrados
que indicam aparentemente abuso ao menor, quando da entrega do paciente no hospital, colhendo
nome, assinatura e carimbo do médico que atendeu.
22.5 De modo geral, o socorrista, ao atender criança ou adolescente, não deve:

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a) assumir postura infantil;


b) falar tudo no diminutivo;
c) alterar timbre de voz para o agudo;
d) mentir ou prometer que não irá doer.
22.6 De modo geral, o socorrista, ao atender criança ou adolescente, deve:
a) manter a calma e transmitir segurança, controlando suas emoções e expressões faciais;
b) se possível, executar sua abordagem/atendimento ajoelhado ou sentado;
c) acalmar também os pais ou responsáveis que estejam presentes na cena;
d) solicitar apoio e autorização dos pais ou responsáveis para executar o atendimento;
e) explicar os procedimentos que irá realizar para os pais e para o paciente.
f) usar, se necessário, uma abordagem lúdica com um “objeto de transição” e, no caso de
crianças muito pequenas, executar os procedimentos com o paciente no colo da mãe ou
responsável.
g) sorrir para a criança e nunca mentir, nem prometer nada que não possa cumprir. Se
possível, dê um presente (distintivo ou certificado) ou cole na roupa da criança um adesivo
institucional em troca do bom comportamento, cooperação e coragem.
h) explicar para crianças que tenham dificuldades em aceitar ficarem deitadas, a
necessidade desse procedimento.
i) usar, se necessário, copinhos plásticos limpos e vazios para substituir as máscaras
comuns para as crianças que não sejam receptivas às máscaras de oxigênio sobre a face.
j) os procedimentos de imobilização, aplicação de curativos, uso de bandagens e fixação na
prancha (maca rígida) pediátrica são similares aos procedimentos utilizados em pacientes adultos.

23. INCIDENTES ENVOLVENDO IDOSOS

23.1 Ao se deparar com uma ocorrência envolvendo uma pessoa idosa, o socorrista deve:
a) apresentar-se, solicitar autorização para prestar o socorro e demonstrar respeito tratando
o paciente pelo nome (por exemplo: senhor João ou senhora Aparecida);
b) manter contato olho-a-olho e falar com calma e diretamente ao paciente;
c) não apressar a conversa, ser muito paciente, pois quando envelhecemos as palavras
ficam mais importantes;
d) seja amável e providencie apoio emocional para ambos, ficando atento, se o paciente
estiver acompanhado pelo cônjuge ou algum amigo mais próximo, pois devido à tensão causada

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PADRÃO 1.3

pela situação você poderá ter de atender outro paciente, normalmente devido a uma emergência
clínica;
e) não se precipitar, pois ao atender uma emergência envolvendo pessoas idosas, apesar
da aparente gravidade da situação, você deverá ajustar suas perguntas e ações à capacidade que
o paciente demonstra para entender e responder. Essa forma de atendimento, apesar de tomar
mais tempo, se justifica pela transmissão de segurança e confiança que poderão ser importantes
na continuidade do atendimento.

24. INCIDENTES ENVOLVENDO PESSOAS ESTRANGEIRAS

24.1 De forma geral, ao encontrar pacientes que não falam seu idioma, o socorrista deve:
a) comunicar-se através de gestos e não tardar em solicitar auxílio de outros integrantes de
sua equipe ou de pessoas da família e testemunhas que possam ajudar na comunicação e tradução
das falas.
b) os serviços de socorro poderão providenciar resumos traduzidos das principais frases
utilizadas pelos socorristas para facilitar a comunicação.

Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida


ESTADO DE MATO GROSSO Seção: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edição: 6ª
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DIRETORIA OPERACIONAL Página: 37/38
Assunto:
Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

ANEXO A

Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida


ESTADO DE MATO GROSSO Seção: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edição: 6ª
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DIRETORIA OPERACIONAL Página: 38/38
Assunto:
Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida


ESTADO DE MATO GROSSO Seção: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Edição: 6ª
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DIRETORIA OPERACIONAL Página: 39/38
Assunto:
Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida
PROCEDIMENTO OPERACIONAL
PADRÃO 1.3

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.1 - Tripulação e Competências


do Socorrista; 4ª Ed. Cuiabá – MT.

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.2 - Procedimentos Operacionais


Gerais do Socorrista; 4ª Ed. Cuiabá – MT.

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.3 - Procedimentos Operacionais


no Suporte Básico de Vida; 4ª Ed. Cuiabá – MT.

CBMMT. Procedimento Operacional Padrão (POP): n° 1.4 - Situações de conflitos:


Assalto, Refém, Sequestro e Rebelião em presídio.4ª Ed. Cuiabá – MT.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO, Manual de


atendimento pré-hospitalar, Cuiabá-MT, 2021, 200p.

NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Atendimento Pré-


hospitalar ao traumatizado - PHTLS. 8. ed. Burlinhton, MA: Grupo A, 2017. ISBN 978-1-
284-09917-1.

NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Suporte de Vida


ao Trauma Pré-hospitalar: 9ª ed. 2019. Traduzido do Original: PreHospital Trauma Life
Support: Basic and Advanced (PHTLS 9ª ed), Editora Jones & Bartlett Publishers.

PHTLS: Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado, PHTLS / NAEMT; [Tradução:


Sônia Aparecida Batista ... et al.]. – 8 ed. Editora: Jones & Bartlett. Learning, 2017.

Comissão de Elaboradores: BGE e data de homologação:


Ricardo Antônio Bezerra Costa - Cel BM
Alex Queiroz da Silva – Maj BM
Gustavo Corrêa da Silva Campos – 1º Ten BM BGE Nº _________ DE______/_______/_________.
Beatriz Oliveira Castelli de Albuquerque – 1º Ten BM

Procedimentos Operacionais no Suporte Básico da Vida

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