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SUMÁRIO
2. BIOSSEGURANÇA ....................................................................................................... 2
1. RECEBIMENTO DO CHAMADO
2. BIOSSEGURANÇA
3.1 A guarnição deve localizar qualquer perigo significativo existente para si, para a
vítima ou terceiros, reportando-se o Centro de Operações caso haja necessidade de apoio.
3.2 A guarnição da unidade de Suporte Básico da Vida (SBV) ou Unidade de Resgate
– UR deve ser tripulada por 03 (três) ou 04 (quatro) bombeiros militares devidamente qualificados
conforme previsto neste POP de APH.
3.3 A guarnição deve obedecer às orientações do médico regulador de APH, quando
houver médico no sistema.
4. PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO
somente após o momento que houver a garantia de segurança da cena, procedendo conforme o
protocolo de suporte básico de vida.
9.1 Quando houver vítima sem condições de decidir e menor de 18 anos acompanhada,
a guarnição deverá:
9.1.1 Avisar imediatamente ao Centro de Operações.
9.2 As vítimas que não respondem por si (inconscientes ou com alteração mental e de
comportamento evidentes de intoxicação por álcool ou drogas lícitas e ilícitas, com alteração de
origem psicológica ou psiquiátrica) devem ser atendidas (consentimento implícito).
9.3 Menores de 18 anos acompanhados sem suspeita de maus tratos, solicitar
autorização ao responsável para atender e solicitar ainda que o responsável acompanhe o
atendimento até o hospital de destino, lançando o fato no relatório de ocorrência de APH.
9.4 Caso haja recusa por parte do responsável, não haja risco de morte iminente e não
haja suspeita de maus tratos, o socorrista deve providenciar um termo de responsabilidade e
colher assinatura de pelo menos 2 (duas) testemunhas, lançando no relatório de ocorrência de
APH.
9.5 Em caso de suspeita de maus tratos, o socorrista deve atender o menor e solicitar
apoio ao Centro de Operações pedindo a presença da Polícia Militar e o Conselho Tutelar, e lançar
as alterações no relatório de ocorrência de APH.
10.1 Quando houver vítima adulta consciente que recusa atendimento, a guarnição deverá:
10.1.1 Identificar se há situações de risco de morte, e nesses casos, proceder com o
atendimento à vítima mesmo sem o consentimento.
10.1.2 Rever a abordagem inicial e conversar com a vítima e tranquilizá-la, esclarecendo a
respeito da necessidade do atendimento, transmitindo profissionalismo e segurança.
10.1.3 Na persistência da recusa e somente nos casos em que não houver risco de morte,
informar imediatamente o Centro de Operações, seguindo suas orientações.
10.1.4 Além de cumprir o item anterior, solicitar à própria vítima que assine um termo de
responsabilidade, colher assinatura de pelo menos 2 (duas) testemunhas no relatório de
ocorrência de APH e registrar o fato na Polícia Judiciária Civil.
12.1 Havendo determinações emanadas por Bombeiros Militares, Policiais Militares e/ou
outras autoridades presentes no local da ocorrência, contrárias às estabelecidas nas rotinas
operacionais ou protocolos de APH do CBM-MT, a guarnição deverá imediatamente esclarecer
que tais ordens estão em desacordo com este POP.
12.2 Na persistência de tais determinações, a guarnição deverá imediatamente
comunicar o fato ao Centro de Operações, solicitando orientações do Oficial de Operações e/ou
Médico Regulador de APH, quando houver, quanto à conduta a ser seguida.
12.3 A guarnição deverá registrar o fato no relatório de ocorrência.
12.4 Além de cumprir o item anterior, o militar mais antigo da guarnição deverá
encaminhar parte ao seu superior imediato relatando o ocorrido, para que sejam tomadas as
providências necessárias.
15. TRANSPORTE
15.1 O hospital para o qual será transportada a vítima será orientado pelo Centro de
Operações (médico regulador de APH, quando houver).
15.2 O transporte somente terá início após a estabilização da vítima e sua fixação
adequada na ambulância, salvo se houver orientação contrária do Centro de Operações (médico
regulador de APH, quando houver), ou falta de meios avançados necessários.
15.3 Durante o deslocamento, a guarnição deverá checar repetidamente as condições
de estabilidade da vítima.
15.4 É obrigatória a permanência de pelo menos um socorrista junto à vítima estável e
dois socorristas junto à vítima instável, antes e durante o transporte.
15.5 A ambulância deverá ser conduzida adequadamente segundo as lesões apresentadas
pela vítima, evitando-se solavancos, deslizamentos e manobras bruscas que agravem a condição
de saúde da vítima.
16.1 O socorrista deve continuar todos os procedimentos de RCP ou outros que se façam
necessários até a chegada ao hospital e a entrega da vítima ao atendimento definitivo.
18.2 O retorno deverá ser feito sem acionamento de sinal sonoro da viatura, respeitando-
se os limites de velocidade das vias.
18.3 Caso ainda não tenha sido finalizado, o relatório de ocorrência de APH deverá ser
feito pelo Comandante da guarnição imediatamente após a chegada na base, visando conter o
máximo de informações possíveis e fidedignas sobre a atuação da guarnição no local.
19.1 Realizar a limpeza, desinfecção e guarda dos materiais utilizados na ocorrência que
possam ser reaproveitáveis, depois de concluído o atendimento.
19.2 Providenciar junto ao Almoxarifado do CBM-MT ou CME a reposição de materiais.
19.3 Acondicionar o material danificado ou inservível dentro do lixo em sacos específicos
e dar-lhes a destinação convencionada pelo serviço de APH do CBM-MT conforme classificação
dos resíduos explicada no item 21.
19.4 A limpeza de materiais que tiverem contato com a vítima como talas moldáveis,
colares cervicais, imobilizadores de cabeça, cânulas orofaríngeas, umidificadores, máscaras para
O2, vidro de aspiração e extensões de silicone e outros, devem ser desmontados, quando
possível, para evitar acúmulo de sujidades e facilitar a limpeza adequada, conforme os
procedimentos seguintes:
19.4.1 Lavar por meio da ação mecânica com água, sabão e escova de cerdas macias e
apropriadas para cada material e depois secar em pano limpo. Após, submergir em solução de
hipoclorito de sódio 1%, contida em recipiente de uso exclusivo para este fim, aguardando por 30
minutos e, em seguida, enxaguar abundantemente, secar novamente e armazenar de forma
adequada.
19.4.2 O interior das cânulas orofaríngeas, umidificadores e vidros de aspiração devem
passar por limpeza e desinfecção.
19.4.3 Os tecidos como tirantes, velcros, cintos, manguito do esfigmomanômetro e bolsa
de primeiros socorros, devem passar por lavagem por meio de fricção com escova, água e sabão,
enxaguar, aguardar secagem e guardar adequadamente.
19.5 Finalizados os procedimentos, a guarnição deverá preparar os materiais para o
próximo atendimento.
espuma e sabão. Aguarda-se a secagem e a superfície está considerada limpa e pronta para o
processo de desinfecção. Pode-se estabelecer por rotina o uso de baldes e panos de cores
diferentes para cada finalidade – balde e pano de limpeza e balde e pano de enxague, evitando
assim o uso inadequado desta técnica.
20.8.4 O piso deve ser esfregado com água e sabão, utilizando-se vassoura de cerdas
macias, em seguida enxagua-se, se possível, com água corrente em sentido unidirecional,
evitando a formação de vapores e respingos, além de retirar o excesso de água com o auxílio de
rodo emborrachado. Após, aguardar a secagem. Caso não seja possível o uso de água corrente,
deve-se retirar o excesso de água e sabão com rodo e esfregar pano de chão limpo e umedecido
em água. Depois de nova secagem, realiza-se a desinfecção esfregando com vassoura limpa uma
solução de hipoclorito de sódio a 1%, deixando agir entre 10 a 15 minutos (conforme orientação
do fabricante do produto) e, logo após, retirar o excesso com pano limpo e umedecido com água.
20.8.5 O processo com o piso é o mesmo nos dois tipos de limpeza (concorrente e
terminal).
20.8.6 Se tratar-se de limpeza concorrente (rotineira, que ocorre todos os dias ou após um
atendimento), deve-se promover a fricção com pano limpo embebido em álcool 70%, com
movimentos unidirecionais em todas as superfícies, exceto o piso.
20.8.7 No caso de limpeza terminal, utiliza-se um terceiro balde com solução de hipoclorito
a 1%, utilizando pano limpo para esfregar a solução em sentido unidirecional em todas as
superfícies. Após aguardar entre 10 a 15 minutos a ação do produto, retira-se com pano limpo
umedecido em água.
20.8.8 Em caso de presença de grande quantidade de matéria orgânica, deve-se retirar o
excesso com auxílio de pano ou papel toalha, colocando hipoclorito de sódio a 1% sobre o local
onde estava a matéria orgânica e aguardar de 10 a 15 minutos. Retira-se o desinfetante com pano
umedecido em água e procede-se a limpeza normalmente.
20.9 Todas as partes da viatura devem ser limpas e desinfetadas, inclusive vidros,
maçanetas etc.
20.10 Finalizados os procedimentos, a guarnição deverá preparar a Unidade de Resgate
para o próximo atendimento.
● Grupo A: infectantes, ou seja, com possível presença de material biológico que pode ser
fonte de infecção, atentando-se aos cinco subgrupos A1, A2, A3, A4 e A5;
● Grupo B: químicos que podem causar danos à saúde humana, animal ou ao meio
ambiente;
● Grupo C: radioativos;
● Grupo D: resíduos comuns ou domésticos, que não apresentem risco biológico, químico
ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares;
● Grupo E: materiais perfurocortantes.
21.2 Os resíduos devem ser separados conforme sua classificação e armazenados em
recipientes resistentes a rasgos, perfurações e vazamentos, contendo simbologia que identifique
a que grupo pertencem.
21.3 No APH a maior parte dos resíduos são gerados no momento da ocorrência, sendo
de grande importância a segregação e o acondicionamento dentro da viatura.
21.4 Na UR, os resíduos que são gerados pertencem aos grupos A e D, devendo ser
descartados separadamente – os materiais infectantes (grupo A) em saco de lixo branco leitoso
com o símbolo de material infectante em preto e os materiais não infectantes (grupo D) em sacos
de lixo comum.
21.5 Os recipientes rígidos (lixeiras) devem ser resistentes, laváveis, possuir tampa
articulada ao próprio corpo e acomodados na viatura de forma a ficarem devidamente fixados
durante qualquer tipo de deslocamento. Após segregados e acondicionados, precisam ser
depositados em local apropriado.
21.6 Ao término de cada ocorrência pode-se descartar na unidade de saúde para onde
a vítima foi encaminhada em local indicado pelo responsável pela unidade.
21.7 No quartel, os resíduos infectantes devem ser colocados em lixeira com tampa, na
cor branca com o símbolo de material infectante, para que possam ser recolhidos adequadamente
pelo serviço de coleta de lixo.
21.8 É importante ressaltar que a segregação dos resíduos de acordo com sua
classificação no momento e no local onde foi originado reduz a quantidade de resíduos perigosos,
protegendo o meio ambiente e diminuindo o risco ocupacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS