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PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNA

CENTRO HOSPITALAR DO OESTE



UNIDADE DE CALDAS DA RAINHA
INDICE
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 6
1.1 - CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO HOSPITALAR DO OESTE (CHOeste) ............................... 6
2 - HOSPITAL DAS CALDAS DA RAINHA ...................................................................................... 10
2.1 - LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................. 10
2.2 - ÁREA DE INFLUÊNCIA/ATRAÇÃO ................................................................................... 10
2.3 - CARACTERIZAÇÃO........................................................................................................... 10
2.4 - ACESSOS EXTERNOS ....................................................................................................... 13
2.5 - PARQUES DE ESTACIONAMENTO .................................................................................. 15
2.6 - INSTALAÇÕES COM CARACTERISTICAS ESPECIAIS......................................................... 16
2.7- EQUIPAMENTO TÉCNICO RELEVANTE ............................................................................ 16
3 - PLANO EMERGÊNCIA EXTERNO DA UNIDADE HOSPITALAR DAS CALDAS DA RAINHA ...... 17
3.1 - CONCEITOS ..................................................................................................................... 17
3.2 - CARTA DE RISCOS ........................................................................................................... 18
3.3 - CAPACIDADE INSTALADA ............................................................................................... 22
3.3.1 - SERVIÇOS ................................................................................................................. 22
3.3.1.1 - Bloco Operatório .................................................................................................. 22
3.3.1.2 - Central de Esterilização ........................................................................................ 24
3.3.2 - Lotação..................................................................................................................... 25
3.3.3 - RECURSOS HUMANOS ............................................................................................. 25
3.3.4 - Equipamentos mobilizáveis e sua localização ........................................................ 27
4 - ATIVAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNA ............................................................... 28
4.1- ALERTA ............................................................................................................................. 28
4.2 - CONTROLO DE ENTRADAS E SAÍDAS .............................................................................. 29
4.3 - GABINETE DE CRISE ........................................................................................................ 29
4.3.1 - Constituição ............................................................................................................. 29
4.3.2 - Equipamento da Sala do Gabinete de Crise ........................................................... 30
4.4 - ALARME .......................................................................................................................... 30
4.4.1 - NÍVEL 1 ..................................................................................................................... 31
4.4.2 - NÍVEL 2 ..................................................................................................................... 32
4.4.3 - NÍVEL 3 ..................................................................................................................... 32
4.5 - EXECUÇÃO....................................................................................................................... 34
5 - ATUAÇÃO EM CENÁRIO DE CATÁSTROFE ............................................................................. 34
5.1 - Alterações nas áreas do Serviço de Urgência (ver plantas em anexo) .......................... 34
5.2 - ATENDIMENTO DE VITIMAS VIP .................................................................................... 37
5.3 - CAPACIDADE DE RESPOSTA............................................................................................ 37

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5.4 - RECOLHA DE BENS E ROUPA DAS VÍTIMAS ................................................................... 38
5.5 - MOTORISTAS .................................................................................................................. 38
5.6 - PESSOAL ADMINISTRATIVO ........................................................................................... 39
5.7 - VOLUNTARIADO ............................................................................................................. 39
5.8 - CIRCUITOS INTERNOS ..................................................................................................... 39
5.9 - CIRCUITO DE EVACUAÇÃO ............................................................................................. 40
5.9.1 - Doentes internados ................................................................................................. 40
5.9.2 - Vítimas de catástrofe .............................................................................................. 40
5.9.3. - Transferências inter-hospitalares por via aérea ................................................... 41
5.10 - CONCENTRAÇÃO DO PESSOAL MOBILIZADO .............................................................. 41
5.11 - COMUNICAÇÕES ........................................................................................................... 41
5.12 - PONTO DE REUNIÃO DE FAMILIARES .......................................................................... 42
5.13 - PONTO DE REUNIÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ....................................................... 42
5.14 - APOIO PSICOSSOCIAL ................................................................................................... 42
5.15 - APOIO NÃO ASSISTENCIAL ........................................................................................... 42
6 - DESATIVAÇÃODO PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO ......................................................... 44
6.1 - DEBRIEFING..................................................................................................................... 44

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ANEXOS

1. Gabinete de Crise (CI n.º 30 de 29/04/2016)


2. Comissão de Catástrofe e Emergência (CI n.º 17 de 20/03/2017)
3. Plantas
a. Serviço de Urgência Geral (Triagem/Amarela/Vermelha/Cinzenta/VIP)
b. Refeitório (Área Familiares)
c. C. Externa (Área Verde/Área Comunicação Social)
d. Gabinete de Crise
e. Serviços (B. Operatório/S. Obstetrícia; Cirurgia/Ginecologia/Cir.
Ambulatório; Medicina; Pediatria)
4. Cartões de Ação
5. Fluxograma Triagem Catástrofe (inicial)
6. Fluxograma Triagem TRTS (Secundária)
7. Circuitos de Evacuação
8. Helitransporte
9. Manual Instruções Rádio Móvel, Rede SIRESP
10. Organograma de ativação
11. Recursos da Comunidade (Plano Municipal de Emergência)

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Lista de Siglas
CHO – Centro Hospitalar do Oeste
PEE – Plano de Emergência Externo
SUMC – Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica
SUB – Serviço de Urgência Básica
VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação
SIV – Suporte Imediato de Vida
CHON – Centro Hospitalar do Oeste Norte
CHTV – Centro Hospitalar de Torres Vedras
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
ARSLVT – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
UCA – Unidade de Cirurgia de Ambulatório
GC – Gabinete de Crise
SU – Serviço de Urgência
CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes
AO – Assistentes Operacionais
LPC – Laboratório de Patologia Clínica
UCA – Unidade de Cirurgia Ambulatória (Unidade de Recobro)
SIEM – Sistema Integrado de Emergência Médica
SAD – Serviço de Admissão de Doentes
SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal
SMPC – Serviço Municipal de Proteção Civil
DGS – Direção Geral de Saúde
TRTS – Triage Revised Trauma Score
FR – Frequência Respiratória
PAS – Pressão Arterial Sistólica
ESE – Escola de Sargentos do Exército
NRBQ – Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico
UCPA – Unidade de Cuidados Pós Anestésicos (Recobro)
PA – Tensão Arterial
SIE – Serviço de Instalações e Equipamentos
MGF – Medicina Geral e Familiar
UCI – Unidades Cuidados Intensivos

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1 - INTRODUÇÃO

O presente Plano de Emergência Externa (PEE) foi elaborado para responder ao Plano
de Contingência para as Comemorações do Centenário das Aparições de Fátima, de
acordo com o despacho 962-B/2017, de 19 de janeiro.
Embora as comemorações tenham o ponto alto das celebrações nos dias 12 e 13 de
maio, onde são esperados algumas centenas de milhares de peregrinos, prevê-se que
ao longo do ano, se mantenham peregrinações com grande concentração de pessoas.
Pretende-se contudo que este plano permaneça para além deste evento religioso.
De facto, todos os dias somos confrontados e, cada vez mais frequentemente, através
dos meios de comunicação social, com situações de catástrofes ocorridos por todo o
Mundo, com perdas de inúmeras vidas humanas e apreciáveis custos sociais e
económicos e às quais nenhuma sociedade está imune.
Desencadeadas por acidentes naturais, decorrentes do desenvolvimento industrial e
tecnológico ou fruto de atos de terrorismo ou de guerras, estas situações tornam-se
sistémicas podendo atingir qualquer país e suas populações.

1.1 - CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO HOSPITALAR DO OESTE (CHOeste)

Criado pela Portaria nº 276/2012, de 12 de Setembro, do Ministério das Finanças e da


Saúde o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) resulta da fusão do Centro Hospitalar do
Oeste Norte (CHON) e do Centro Hospitalar de Torres Vedras (CHTV) e integra a rede
de hospitais da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
Atualmente é constituído pelas Unidades Hospitalares de Caldas da Rainha, Peniche e
Torres Vedras.
Situado na região Oeste, tem como área de influência os concelhos de Cadaval, Caldas
da Rainha, Bombarral, Lourinhã, Mafra (com exceção das freguesias de Malveira e S.
Miguel de Alcainça, Milharado, Venda do Pinheiro e S. Estevão das Galés), Peniche e
Torres Vedras e ainda as freguesias de Alfeizerão, Benedita e S. Martinho do Porto, do
concelho de Alcobaça, abrangendo uma população estimada de 292.546 habitantes.

Dispõe de dois SUMC/VMER (Caldas da Rainha e Torres Vedras) e um SUB/SIV


(Peniche).
O Centro Hospitalar do Oeste assegura à população do Oeste da sua zona de influência
e de atração os cuidados de saúde nas diversas especialidades médicas e cirúrgicas
disponíveis nas unidades hospitalares que o integram.

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Mapa de localização das Unidades Hospitalares do CHO:

Hospital de Caldas da Rainha


Rua Diário de Notícias
2500-125 Caldas da Rainha
Telef. 262830300

Hospital de Peniche
Rua General Humberto Delgado
2520 – Peniche
Telef. 262780900

Hospital de Torres Vedras


Rua Dr. Aurélio Ricardo Belo
2560-051 Torres Vedras
Telef. 262319300

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Recursos Humanos existentes no CHOeste:
Recursos Humanos por Categoria Profissional

Categoria profissional CTFPTI CTC/I Com. Serviço Total


Enfermeiros 565 565
Assist. Operacionai s 299 20 319
Assist. Técnicos 179 8 187
Téc. Superiores 26 1 27
TDT 110 4 114
TSS 13 13
Informáticos 7 7
Cons. Administração 5 5
Pessoal Dirigente 1 1
Administrador 2 2
Internos Formação da Especialidade 45 45
Pessoal Médico 159 2 161
ANESTESIOLOGIA 15
Assistente Graduado Sénior 2 2
Assistente Graduado 11 11
Assistente 2 2
CARDIOLOGIA 4
Assistente Graduado Sénior 1 1
Assistente Graduado 1 1
Assistente 2 2
CIRURGIA GERAL 24
Assistente Graduado Sénior 1 1 2
Assistente Graduado 14 14
Assistente 8 8
Internos Formação 4 4
DERMATOLOGIA 1
Assistente Graduado 1 1
FISIATRIA/MFR 6
Assistente Graduado Sénior 1 1
Assistente Graduado 3 3
Assistente 2 2
GASTRENTEROLOGIA 2
Assistente Graduado 2 2
INFECCIOLOGIA 1
Assistente 1 1
GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA 11
Assistente Graduado Sénior 1 1
Assistente Graduado 5 5
Assistente 5 5
Internos Formação 2 2
IMUNO-ALERGOLOGIA 1
Assistente 1 1
IMUNO-HEMOTERAPIA 4
Assistente Graduado 3 3
Assistente 1 1
MEDICINA INTERNA 28
Assistente Graduado Sénior 3 3
Assistente Graduado 10 10
Assistente 15 15
Internos Formação 25 25
NEUROLOGIA 2
Assistente 2 2
OFTALMOLOGIA 2
Assistente 2 2
ORTOPEDIA 12
Assistente Graduado Sénior 2 2
Assistente Graduado 5 5
Assistente 5 5
Internos Formação 8 8
OTORRINOLARINGOLOGIA 6
Assistente Graduado Sénior 1 1
Assistente Graduado 2 2
Assistente 3 3
PATOLOGIA CLÍNICA 4
Assistente Graduado Sénior 1 1
Assistente Graduado 1 1
Assistente 2 2
PEDIATRIA 18
Assistente Graduado Sénior 3 3
Assistente Graduado 7 7
Assistente 8 8
Internos Formação 4 4
PSIQUIATRIA 5
Assistente 5 5
RADIOLOGIA 2
Assistente Graduado 1 1
Assistente 1 1
PNEUMOLOGIA 8
Assistente Graduado Sénior 1 1
Assistente Graduado 6 6
Assistente 1 1
Internos Formação 2 2
UROLOGIA 1
Assistente 1 1
CLÍNICOS GERAL 3 1 4
TOTAL TRABALHADORES 1361 80 5 1446

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Conselho de Administração

Profª Doutora Ana Paula de Jesus Harfouche – Presidente

Drª Maria Filomena Leal Cabeça – Vogal Executiva

Dr. Idalécio Picanço Lourenço – Vogal Executivo

Dr. António Marques Gonçalves Curado – Diretor Clínico

Enfª Maria de Lurdes dos Santos Luís Ponciano – Enfermeira Diretora

e- mail : ca.cho@choeste.min-saude.pt

secretariado.ca@choeste.min-saude.pt

Organigrama

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2 - HOSPITAL DAS CALDAS DA RAINHA

2.1 - LOCALIZAÇÃO

A Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha encontra-se implantada no centro urbano


da cidade das Caldas da Rainha, junto da Mata Rainha Dª Leonor e do centro histórico.
O acesso ao Hospital é feito pela Rua Diário de Notícias, uma das saídas para a vizinha
cidade de Rio Maior.
Coordenadas: N39.404915º,W9.129929º

2.2 - ÁREA DE INFLUÊNCIA/ATRAÇÃO

Corresponde aos concelhos de Caldas da Rainha, Bombarral, Óbidos e Peniche e às


freguesias de Alfeizerão, Benedita e S. Martinho do Porto, pertencentes ao concelho
de Alcobaça. Recebe ainda utentes oriundos dos vizinhos concelhos do Cadaval,
Nazaré, Rio Maior, Alcobaça e Lourinhã, servindo em conjunto cerca de 200.000
habitantes.
Decorrente da existência de inúmeras praias de qualidade excecional na costa atlântica
que limita a oeste toda a zona de influência desta Unidade de Saúde existe um
aumento muito acentuado da população flutuante sazonal, nomeadamente, durante a
época estival.
Também concorrem para esta situação a realização de diversos eventos realizados ao
longo do ano de que são exemplos provas mundiais de surf em Peniche e Nazaré; o
Festival do Cavalo Oeste Lusitano, Feira dos Frutos e Expotur, nas Caldas da Rainha;
Festival do Chocolate, Óbidos Vila Natal, Feira Medieval, em Óbidos; Festival do Vinho
e da Pera Rocha, no Bombarral; diversos festivais de música, passagens de ano e
corsos de carnaval, em toda a região, para além do grande fluxo de turistas, durante
todo o ano, nomeadamente em Óbidos e nas praias da costa atlântica na época estival.

2.3 - CARACTERIZAÇÃO

Constituído por diversos edifícios, a Unidade Hospitalar encontra-se implantada numa


área de 35.912 m2, correspondendo o edificado a 10.305 m2.
O corpo principal do Hospital, inaugurado em 1967, com a ampliação (SUMC, Bloco
Operatório, Imagiologia e Esterilização e Central Técnica) efetuada no final da década
de 90 e várias obras de remodelação (Serviços de Medicina, Pediatria, Cirurgia,
Ginecologia, Consultas Externas, Unidade de Gastrenterologia, Unidade de Cirurgia de

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Ambulatório, Farmácia e Serviço de Alimentação) e de recuperação (antiga lavandaria
e edifício da antiga GNR) durante os primeiros anos deste século. No edifício principal
situado junto da Mata encontram-se instalados o SUMC, Bloco Operatório,
Imagiologia, Central de Esterilização, UCA, Bloco de Partos, Serviços de Internamento
de Pediatria, Medicina Interna, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia.
No edifício perpendicular a este situam-se as Consultas Externas, Unidade de
Gastrenterologia, Unidade de Oncologia/Hospital de Dia, os Serviços de Patologia
Clínica e Imunohemoterapia.
A Unidade de Cardiologia, o Serviço Social e uma Sala de Reuniões, onde funcionará o
Gabinete de Crise (GC), situam-se sob uma estrutura em que assentam um conjunto
de contentores onde se encontram Salas de Espera e funcionam o SAD-Consultas
Externas e as consultas de Pediatria e Oftalmologia.
Em frente localizam-se os Serviços Farmacêuticos (contentores).
Na rampa da saída (Chafariz das 5 Bicas) situa-se à direita a Base da VMER (estrutura
pré-fabricada em madeira) e à esquerda a Central Técnica (Central Elétrica e Central de
Gases Medicinais) e o depósito de Oxigénio.
Os Serviços Administrativos do CHO e o Aprovisionamento encontram-se instalados no
Edifício Berquó, junto do Parque de Estacionamento, situado atrás do Chafariz das 5
Bicas.
No edifício da antiga lavandaria funciona a consulta de Psiquiatria e no edifício
adjacente, Palácio Real, encontram-se as instalações do Museu do Hospital e das
Caldas.
As consultas de Psicologia decorrem no antigo quartel da GNR, edifício também
situado junto do Parque de Estacionamento.

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Planta de localização dos serviços

Legenda

A
Piso 2 – Bloco Operatório/Central de Esterilização
Piso 1 – SUMC/Imagiologia/Urgência Pediátrica
Piso 0 – Vestiários/Oficinas
Piso -1 – Aprovisionamento
B
Piso 3 – Urgência Obstétrica/Bloco de Partos/Internamento
Piso 2 – Cirurgia Geral/Ginecologia/UCA
Piso 1 – Medicina Interna/Refeitório/Bar
Piso 0 – Pediatria/Central Telefónica/Rouparia/Cardiologia/Serviço Social/Sala de
Reuniões (Gabinete de Crise)
C
Piso 1 – Patologia Clínica/Medicina Transfusional/Saúde Ocupacional
Piso 0 – Unidade Oncologia/Gabinetes Consulta/Pequena Cirurgia/Sala de Espera
D – Salas de Espera/SAD/Oftalmologia/CE Pediatria
E
Piso 1 – Serviços Farmacêuticos
Piso 0 – Central Técnica

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F – Administração/ Recursos Humanos/ Aprovisionamento/ Financeiros/
Informática/SIE/Dep. Formação

G – Psiquiatria/Antiga Lavandaria
H – Palácio Real (Museu do Hospital e das Caldas)
I – Psicologia (Edifício da ex-GNR)
J – VMER

PARQUES/ENTRADAS

1 – Parque Urgência
2 – Parque Mata/Pediatria
3 – Parque Chafariz das 5 Bicas
4 – Portaria S. Urgência
5 – Chafariz das 5 Bicas

Produção 2016
Nº de urgências: 84.361
Nº de consultas: 70.188
Nº de cirurgias: 3.316
Nº de partos: 1.378 (cesarianas: 32%)
Nº de exames realizados: 1.111.336
Demora média de internamento: 5,4 dias

2.4 - ACESSOS EXTERNOS

A entrada principal para o Hospital/SUMC faz-se pela portaria sita na Rua Diário de
Notícias.
Em situações de exceção, as vias de acesso deverão ser fortemente condicionados ao
tráfego geral, garantindo assim a segurança do trânsito de veículos de emergência e

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dos profissionais de saúde mobilizados pelo GC, cabendo esta tarefa às forças de
segurança competentes (PSP e GNR).
Devido ao frequente congestionamento do trânsito no Centro da Cidade, os
corredores de acesso contemplam a periferia da mesma.
Assim sendo as rotundas da EDP (a sul),do Lyous (a oeste) e a do Mcdonald’s (a norte)
são considerados os pontos de desvio dos corredores de acesso ao Hospital pelos
veículos de emergência e socorro.

Principais vias de acesso:


Norte – Via EN 8, Rotunda do Mc Donald’s, Av. Artur Capristano, Rotunda Sta Rita (3.ª
saída), Av. Dr. Vieira Pereira, Rotunda Lg da Feira (2.ª saída), Rotunda do Imaginário
(1.ª saída), Rua Diário de Notícias (sentido descendente).

Via A 8 sentido N/S (Saída da Zona Industrial), Rua Infante D. Henrique, Rotunda do
AKI (3.ª saída), Rua Infante D. Henrique, Rotunda da Expoeste (3.ª saída), Viaduto,
Rotunda do Modelo/ Continente (2.ª saída), Av. Eng. Marcelo Morgado, Rotunda dos
Hortas (2.ª saída), Rua Prof. Abílio Moniz Barreto, Rotunda do Mc Donald’s (2.ª saída),
Av. Artur Capristano, Av. Dr. Vieira Pereira, Rotunda Largo da Feira (2.ª saída), Rotunda
do Imaginário (1.ª saída), Rua Diário de Notícias (sentido descendente).

Sul – Via EN 115, A 8 sentido S/N (Saída das Gaeiras), EN 8 Rua General Amilcar Mota,
Rotunda da EDP (3.ª saída), Av. Mestre António Duarte, Rotunda (2.ª saída), Av. Timor
Lorosae, Rotunda EBI (2.ª saída), Av. Mestre António Vitorino, Rotunda Bairro das
Morenas (2.ª saída), Av. João Fragoso, Rotunda do E. Leclerc (2.ª saída), Av. Barata
Feio, Rotunda do Cencal (3.ª saída), EN 360 (sentido Foz do Arelho), Rotunda dos Lyons
(1.ª saída), Av. Yura Dobrynine, Rotunda (4.ª saída), Av. Yura Dobrynine, Rotunda (1.ª
saída), Av. Vasco da Gama, Rotunda (2.ª saída), Rua Pedro Alvares Cabral, Rotunda (1.ª
saída), Rua Infante D. Henrique, Rotunda Aky (3.ª saída), Rua Infante D. Henrique,
Rotunda da Expoeste (3.ª saída), Av. do Viaduto, Rotunda Modelo/Continente (2.ª
saída), Av. Eng. Marcelo Morgado, Rotunda das Hortas (2.ª saída), Av. Prof. Abílio
Moniz Barreto, Rotunda do Mc Donald’s (2.ª saída), Av. Artur Capristano, Rotunda S.
Rita (3.ª saída), Av. Dr. Vieira Pereira, Rotunda Lg. da Feira (2.ª saída), Av. Dr. Vieira
Pereira, Rotunda do Imaginário (1.ª saída), Rua Diário de Notícias
Alternativa (trajeto com lombas): Rua General Amílcar Mota, Rotunda da EDP (1.ª
saída), Rua Columbano Bordalo Pinheiro, Rotunda Museu da Cerâmica (2.ª saída), Rua
Dr. Ilídio Amado (à esquerda), Rua de La Codosera, Rotunda do Imaginário (3.ª saída),
Rua Diário de Notícias (sentido descendente);

A 8 sentido S/N (Saída da Zona Industrial) Rua Infante D. Henrique, Rotunda da


Expoeste, Viaduto, Rotunda do Modelo Continente, Rotunda dos Hortas (2.ª saída),
Rua Prof. Abilio Moniz Barreto, Rotunda do Mc Donald’s (2.ª saída), Av. Artur
Capristano, Av. Dr. Vieira Pereira, Rotunda Largo da Feira (2.ª saída), Rotunda do
Imaginário (1.ª saída), Rua Diário de Notícias (sentido descendente).

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Via EN 360 (Foz do Arelho), A8 sentido S/N (saída Foz do Arelho – Caldas Centro),
Direção Caldas da Rainha, Rotunda dos Lyons (2.ª saída), Av. Yura Dobrynine, Rotunda
(4.ª saída), Av. Yura Dobrynine, Rotunda (1.ª saída), Av. Vasco da Gama, Rotunda (2.ª
saída), Rua Pedro Álvares Cabral, Rotunda (1.ª saída), Rua Infante D. Henrique,
Rotunda Aky (3.ª saída), Rua Infante D. Henrique, Rotunda Expoeste (3.ª saída), Av. Do
Viaduto, Rotunda Modelo/Continente (2.ª Saída), Av. Eng. Marcelo Morgado, Rotunda
dos Hortas (2.ª saída), Rua Prof. Abílio Moniz Barreto, Rotunda do Mc Donald’s (2.ª
saída), Av. Artur Capristano, Av. Dr. Vieira Pereira, Rotunda do Imaginário (1.ª saída),
Rua Diário de Notícias (sentido descendente).

Via Bº Nª Srª da Luz/Bº das Morenas – Rua da Salgueirinha, Rua Tomás dos Santos,
Rotunda do Bº das Morenas (3.ª saída), Av. João Fragoso, Rotunda do E. Leclerc (2.ª
saída), Av. Barata Feio, Rotunda do Cencal (3.ª saída), EN 360 (sentido Foz do Arelho),
Rotunda dos Lyons (1.ª saída), Av. Yura Dobrynine, Rotunda (4.ª saída), Av. Yura
Dobrynine, Rotunda (1.ª saída), Av. Vasco da Gama, Rotunda (2.ª saída), Rua Pedro
Álvares Cabral, Rotunda (1.ª saída), Rua Infante D. Henrique, Rotunda Aky (3.ª saída),
Rua Infante D. Henrique, Rotunda Expoeste (3.ª saída), Av. Do Viaduto, Rotunda
Modelo/Continente (2.ª Saída), Av. Eng. Marcelo Morgado, Rotunda dos Hortas (2.ª
saída), Rua Prof. Abílio Moniz Barreto, Rotunda do Mc Donald’s (2.ª saída), Av. Artur
Capristano, Rotunda de Sta Rita (3.ª saída), Av. Dr. Vieira Pereira, Rotunda do
Imaginário (1.ª saída), Rua Diário de Notícias.
Alternativa (trajeto com lombas): a partir da Rotunda do Bº das Morenas (1.ª saída) –
Av. Timor Lorosae, Rotunda da EBI (2.ª saída), Av. Mestre António Duarte, Rotunda da
EDP (2.ª saída), Rua Columbano Bordalo Pinheiro, Rotunda do Museu da Cerâmica (2.ª
saída), Rua Dr. Ilídio Amado, à esquerda, Rua de La Codosera, Rotunda do Imaginário
(3.ª saída), Rua Diário de Notícias (sentido descendente).

2.5 - PARQUES DE ESTACIONAMENTO

Na área hospitalar existem 3 parques de estacionamento: 1 - em frente ao SU; 2 - na


parte de trás do edifício hospitalar, 3 - junto do Chafariz das 5 Bicas.
Numa situação de catástrofe os parques 1 e 2 estarão exclusivamente destinados a
veículo de socorro, emergência e transporte de doentes.
Destinado a veículos dos profissionais de saúde está o parque 3 junto ao Chafariz das 5
Bicas (com entrada pelo lado direito deste qualquer que seja o acesso considerado), já
que o ponto de encontro destes profissionais estará situado no Edifício Berquó (Casa
Amarela).
Está expressamente proibido o estacionamento nos arruamentos interiores e passeios.

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2.6 - INSTALAÇÕES COM CARACTERISTICAS ESPECIAIS

Merecem uma referência especial pelo papel relevante que desempenham ou podem
vir a desempenhar numa situação de catástrofe.
Assim:
1 > Central Técnica;
2 > Farmácia;
3 > Serviços Administrativos/Aprovisionamento;
4 > Morgue
5 > Antiga Lavandaria;
6 > Edifício da ex-GNR (casa cor de rosa)
7 > Museu (sala de exposições temporárias).

2.7- EQUIPAMENTO TÉCNICO RELEVANTE

Estes equipamentos exigem uma atenção permanente em situações de exceção,


podendo o seu colapso comprometer o desenvolvimento de todo o plano emergência.
1 > Posto de transformação elétrica (gerador);
2 > Quadros elétricos;
3 > Rede e reservas de gases medicinais;
4 > Abastecimento e rede de distribuição de água.
5 > Sistemas de ar condicionado / Aquecimento.

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3 - PLANO EMERGÊNCIA EXTERNO DA UNIDADE HOSPITALAR DAS
CALDAS DA RAINHA

Elaborar um plano de emergência, envolve um exercício de estabelecer estratégias


estruturadas, acionadas de forma articulada, com uma vertente fortemente
operacional, de forma a que uma unidade de saúde possa responder organizada e
eficazmente a situações de multivitimas que, após uma triagem inicial, podem exceder
a sua capacidade de resposta normalmente instalada (situação de exceção).
O PEE prevê a necessidade de mobilizar e rentabilizar os recursos humanos internos e
mesmo externos no contexto destas situações, das quais pode resultar um significativo
e rápido afluxo de vítimas ao SU; promove uma resposta médica rápida e eficaz ao
maior número possível de vítimas, procurando diminuir a mortalidade e a morbilidade,
até atingir o limite da capacidade definida e a partir do qual se equaciona, após
estabilização, a transferência inter-hospitalar (transporte secundário); aposta, após
declaração da situação de alerta, contingência ou catástrofe, numa articulação
privilegiada com o SIEM e as autoridades da Proteção Civil.
O PEE deve considerar-se sempre em permanência, já que a imprevisibilidade
temporal e física de acidentes de grandes dimensões ou catástrofes, exige que se
mantenha operacional 24 sobre 24 horas, mas é sobretudo um plano dinâmico, em
primeiro lugar pela forma sequencial como se vai adequando à evolução da situação a
que tem de responder, depois porque deve ser testado regularmente de forma a ser
verificada a sua operacionalidade e corrigir procedimentos que se apresentem
desadequados, de forma a promover a sua otimização e a sua eficiência.
O PEE consagra, na triagem em situações de exceção, o primado do coletivo
(estabilização e tratamento do maior número de vítimas sobreviventes) em detrimento
do individual.
A prestação de cuidados clínicos e a articulação dos profissionais envolvidos assenta no
cumprimento dos ”cartões de ação”, distribuídos a todos os intervenientes do PEE
(Ver anexo).
Apesar da principal atividade, numa situação de exceção, se centralizar no SU, a
resposta deve envolver todos os serviços hospitalares, através da elaboração de planos
setoriais e todos os seus profissionais, aceitando-se as cadeias de comando
estabelecidas e cumprindo-se os procedimentos definidos.

3.1 - CONCEITOS

A Lei nº 27/2006, de 3 de julho, que aprova a Lei de Bases da Proteção Civil consagra
no artigo 3º as definições de acidente grave e de catástrofe, nos termos seguintes:

17
“1 – Acidente grave é um acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados
no tempo e no espaço, suscetível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens ou
o ambiente.
2 – Catástrofe é o acidente grave ou a série de acidentes graves suscetíveis de
provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afetando
intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na
totalidade do território nacional.
3 – Situação de exceção, no contexto de prestação de cuidados de emergência médica,
consiste fundamentalmente numa situação em que verifica, de forma pontual ou
sustentada, um desequilíbrio entre as necessidades verificadas e os recursos
disponíveis. É, por sua vez, esta desigualdade que vai condicionar a atuação das
equipas de emergência médica, nomeadamente, através de uma criteriosa
coordenação e gestão de recursos humanos e técnicos disponíveis, bem como de toda a
informação disponível a cada momento.” (INEM 2012)

3.2 - CARTA DE RISCOS

A carta de riscos não é mais do que a identificação de potenciais perigos que podem
originar acidentes graves com consequências para a comunidade na área em que o
Hospital se insere.
A identificação e caracterização desses perigos é um processo contínuo encontrando-
se sempre em aberto, decorrendo a sua atualização do desenvolvimento tecnológico
da comunidade, instalação de novas indústrias, novas infraestruturas (vias de acesso,
construção de barragens), parques temáticos ou de jogos, grandes superfícies
comerciais, etc..
Já a análise do risco resulta da combinação entre a probabilidade de ocorrência de um
acidente e a magnitude ou a gravidade das suas consequências.
Para além de permitir uma melhor preparação e adaptação do Hospital para enfrentar
situações decorrentes destes perigos, este catálogo permite ainda estabelecer
estratégias de prevenção.
Tendo como base o Plano de Emergência Municipal, elaborado pelo Serviço Municipal
de Proteção Civil de Caldas da Rainha (ver anexo), foi elaborado, considerando a sua
origem, o seguinte catálogo de riscos suscetíveis de afetar a região em que se localiza o
Hospital.
Fenómenos de origem natural
 Meteorológicos: Ondas de calor, vagas de frio, ventos fortes;
Vagas de frio e ondas de calor representam grande impacto na saúde dos cidadãos,
nomeadamente em populações mais vulneráveis (idosos, doentes com patologia

18
associada, exclusão social, isolamento) provocando aumento da mortalidade e
morbilidade. Estas situações têm merecido atenção especial das autoridades de Saúde
(DGS) com elaboração de planos de contingência específicos para estas situações.

 Hidrológicos: Cheias, inundações.


Podem ocorrer em toda a rede hidrológica da Região, em consequência de um
aumento da pluviosidade. Situações de início súbito e limitadas no tempo ocorrem
normalmente na época das chuvas. É de admitir a sua ocorrência pela eventual
falência na estrutura de alguma das barragens existentes em toda a região.

 Geológicos: sismos, derrocada de falésias.


A região Oeste em que estamos inseridos encontra-se numa zona de grande
instabilidade tectónica e sísmica. Uma ocorrência deste tipo teria graves
consequências para a população decorrente da destruição de grande número de
edifícios, equipamentos críticos podendo comprometer as comunicações, a
distribuição de eletricidade e gás, o abastecimento de água e acidentes colaterais
devido ao pânico instalado em situações de fuga. Há vários registos de atividade
sísmica, de baixa intensidade, com epicentros nesta região, perto da costa atlântica.
Admite-se ainda a região sofrer efeitos da propagação de sismos com epicentro em
zonas mais distantes.

Fenómenos de origem tecnológica


 Transportes rodoviários: acidentes graves de tráfego (transportes coletivos de
passageiros, veículos ligeiros de passageiros com múltiplos intervenientes-
choques em cadeia, acidentes envolvendo transportes de matérias perigosas.
A nossa região é atravessada por eixos rodoviários com trânsito muito intenso ou
intenso, cenários de muitos acidentes graves, de vários tipos e envolvendo os mais
diversos meios de transporte, alguns transportando substâncias perigosas,
nomeadamente combustíveis. É ainda de assinalar a existência de vários “pontos
negros” nestes trajetos. Assim, merecem especial atenção: A8, A15, IC2 (área da
Benedita), IP6, EN 8, 360, 114 e 115. Ainda uma referência para o trânsito de veículos
agrícolas em algumas das vias referidas e na maioria das estradas municipais e o
assinalável número de acidentes com estas máquinas.

 Transportes ferroviários
Toda a região Oeste é servida pela linha do Oeste onde têm ocorrido graves acidentes
envolvendo pessoas e veículos rodoviários, principalmente em passagem de nível sem

19
guarda. A expressão destes acidentes poderá agravar-se pela possibilidade de
poderem envolver veículos de passageiros e tratores transportando muitos
trabalhadores agrícolas.

 Transportes aéreos
Embora a possibilidade da queda de uma aeronave seja bastante reduzida, no caso de
tal acontecer as consequências serão sempre graves. A nossa zona encontra-se situada
sob o corredor aéreo principal (norte) ao Aeroporto General Humberto Delgado, em
Lisboa e é sobrevoado por inúmeros aviões militares estacionados na Base Aérea nº 5,
situada em Monte Real (sede da esquadra de F16). Há registo nos últimos anos de
quedas de aeronaves civis. O SMPC de Caldas da Rainha projeta elaborar um plano de
emergência específico para este tipo de acidente.

 Acidentes aquáticos
A zona costeira é palco de forte atividade pesqueira profissional e desportiva ou de
lazer. As praias de costa Oeste, a Baía de S. Martinho, Lagoa de Óbidos e o trajeto
Peniche/ Berlengas são áreas onde se praticam várias atividades lúdicas (surf,
windsurf, etc., subaquáticas – Berlengas) e navegação de recreio.

 Infraestruturas e vias de comunicação: Colapso de pontes, viadutos, passagens


aéreas, rotura de barragens.

 Atividades Industriais
Num acidente em instalações industriais pode ocorrer emissão de gases tóxicos,
incêndio ou explosão com consequências graves para o homem e ambiente.

 Áreas urbanas: incêndios urbanos (residências, áreas comerciais, edifícios


públicos), colapso de edifícios.

Fenómenos de origem mista


 Incêndios florestais (natural, negligência, criminosa), acidentes de poluição
(atmosférica, hídrica e do solo).

 Espetáculos de pirotecnia.

20
 Ações terroristas ou bélicas.

 Provas desportivas.

 Eventos envolvendo multidões.

Outros
 Pandemias
As pandemias (risco biológico) provocam grande impacto nas populações com
acentuado aumento da mortalidade, principalmente em grupos mais vulneráveis e
determinam a necessidade de adaptação dos Hospitais para responder a estas
situações.
As estratégias para o seu combate assentam na informação, adoção de medidas de
proteção individual, reforço das medidas de higiene, a identificação do agente,
medidas de suporte e tratamento das complicações. As autoridades de Saúde Pública,
nomeadamente, a DGS têm Planos de Contingência periodicamente atualizados.
A nível hospitalar é importante a intervenção da CCI e da Saúde Ocupacional.

 Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico


Estes riscos estão normalmente associados a acidentes industriais, atos bélicos ou
terroristas.
Na maioria dos casos, pela sua especificidade, a resposta a estas situações deve ser
integrada num plano mais abrangente de âmbito regional ou mesmo nacional.
Perante um cenário deste tipo é fundamental estabelecer contactos com
INEM/CODU/CIAV, ANPC, ARSLVT, outras entidades civis e as FA. Identificar o agente e
avaliar a ameaça que representa para as vítimas e profissionais; prever a necessidade
da sua descontaminação; controlo/limitação da contaminação, estabelecendo circuitos
específicos e perímetro de segurança e, finalmente, monitorizando (efeitos
secundários) vítimas e profissionais, são alguns dos aspetos a considerar nestas
situações.
A descontaminação exige equipamento especial de proteção individual RSB/FA).
Nos casos de risco nuclear/radiológico pode ser necessária a intervenção de técnicos
do Departamento de Proteção Radiológica e Segurança Nuclear do Instituto
Tecnológico e Nuclear.
Análise de risco (fonte: Serviço Municipal de Proteção Civil – Caldas da Rainha)

21
3.3 - CAPACIDADE INSTALADA

3.3.1 - SERVIÇOS

Internamento/ B. O. /UCA/ B. Partos/ C. Externas/ Imagiologia/ LPC/


Imunohemoterapia.

3.3.1.1 - BLOCO OPERATÓRIO

O Bloco Operatório é um sector fundamental no desenvolvimento de um Plano de


Emergência Externo, seja pela preparação do pessoal médico (anestesiologistas) e
enfermeiros que ali prestam serviço e que possuem larga experiência na abordagem
de situações críticas; pelo equipamento de que dispõe; pela possibilidade de, em
situação de catástrofe, e se necessário, ser uma alternativa à expansão do Serviço de
Urgência (área “Vermelha”), recebendo vítimas de foro da cirúrgico a aguardarem
tratamento no Bloco Operatório, ou outras, a necessitarem de estabilização e suporte

22
ventilatório, enquanto se criam condições para a sua transferência para outra Unidade
de Saúde mais diferenciada.

Caraterização:
O Bloco Operatório do Hospital de Caldas da Rainha dispõe de quatro Salas
Operatórias devidamente equipadas com conjuntos anestésicos (monitores e
ventiladores) e equipamento cirúrgico, permitindo a realização de intervenções
programadas, de urgência e de ambulatório das especialidades cirúrgicas existentes na
Unidade Hospitalar (Cirurgia Geral, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia,
Otorrinolaringologia) e de algumas técnicas de Gastrenterologia – CPRE’s.
Estas intervenções podem ser realizadas sob diversas técnicas anestésicas (geral ou
loco-regional), sedação e analgesia.
Dispõe ainda de equipamento adequado para a realização das intervenções das
diversas áreas cirúrgicas existentes no Hospital, nomeadamente, para a prática de
cirurgia laparoscópica.
Das quatro salas duas estão alocadas à cirurgia de urgência (Obstetrícia e Cirurgia
Geral) e outras duas à cirurgia programada (Cirurgia Geral, Ginecologia e
Otorrinolaringologia) ou de ambulatório (Cirurgia Geral, Ginecologia, Oftalmologia,
Otorrinolaringologia e Ortopedia).
No Bloco Operatório existem várias zonas de apoio indispensáveis ao seu normal
funcionamento.
Assim:

 Transfer – receção do doente e passagem para a mesa operatória;


 UCPA – equipada com cinco camas, para apoio aos doentes cirúrgicos, no
período pós-operatório, dispondo de monitorização, fonte de Oxigénio e Ar
Medicinal, sistema de aspiração, seringas e bombas infusoras. Duas destas
camas podem ser equipadas com ventilador.
 Sala de apoio às equipas cirúrgicas (“protocolos”);
 Sala de “sujos”, uma por cada sala operatória – para lavagem de material
cirúrgico, acondicionamento de peças operatórias, etc.;
 Sala de indução anestésica, uma por cada duas salas operatórias;
 Arsenal de material esterilizado e de material de uso clínico;
 Vestiários M/F;
 Três gabinetes de apoio administrativo

Para além da equipa médica (1 anestesiologista e 2 cirurgiões ou mais, de acordo com


a complexidade da intervenção), cada sala operatória funciona com a colaboração dos
seguintes profissionais, de acordo com o tipo de cirurgia praticada e o turno
considerado.

23
Nos dias úteis:
Cirurgia Programada

 3 enfermeiros, no turno da manhã


 2 enfermeiros, no turno da tarde

Cirurgia de Ambulatório
 2 enfermeiros, por sala de operações

Cirurgia de Urgência (dias úteis)

 2/3 enfermeiros

UCPA
 1/2 enfermeiros, no turno da manhã
 1 enfermeiro, no turno da tarde
 1 enfermeiro, no turno da noite

No turno da manhã o Bloco Operatório conta com o apoio de:

 3 assistentes operacionais, no turno da manhã


 2 assistentes operacionais, no turno da tarde
 1 assistente operacional, no turno da noite

Nos fins de semana e feriados:

 4 enfermeiros (3 escalados para a sala e 1 para a UCPA), nos turnos de manhã


e tarde
 3 enfermeiros (2 escalados para a sala e 1 para a UCPA) no turno da noite
 1 assistente operacional, por turno

3.3.1.2 - CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO

A Central de Esterilização encontra-se sob a responsabilidade da Chefia do Bloco


Operatório, satisfazendo de forma adequada as necessidades do Hospital, embora
carente da renovação e aumento de algum equipamento básico (exº máquinas de
lavar).
É previsível um aumento de atividade deste sector numa situação de exceção.
Atualmente dispõe de:
 2 autoclaves a vapor de água
 1 autoclave a peróxido de hidrogénio (plasma)
 1 máquina (apenas) de lavar para limpeza do material cirúrgico.

24
Funcionamento:

 nos dias úteis das 08 às 24 horas


 fins de semana e feriados das 08 às 20 horas

Recursos Humanos

 1 enfermeira, nos dias úteis, no turno da manhã


 2 assistentes operacionais por turno (horários desfasados)

3.3.2 - LOTAÇÃO

Serviços Nº de camas Observações


Pediatria 15+4 15 camas ativas e 4 disponíveis para ativar
Medicina 33 6 camas com monitorização
Cirurgia Geral 20+3 20 de Cirurgia Geral + 2 ORL + 1 Gastro
Sala de Operados 3 com monitorização
Ginecologia 13
Obstetrícia 27
Bloco de Partos 5
UCA 8
URG (SO) 11
UCPA 5 com monitorização, 2 com apoio ventilatório
URG Pediátrica 5
Total 148+4

3.3.3 - RECURSOS HUMANOS

Médico/enfermagem/ AO/TSTD – análises clínicas/imagiologia/ farmácia/ outros/


telefonistas/ administrativos/ segurança/ motoristas/ técnicos do SIE
/informática/assistentes sociais/psicólogos.

25
Quadro dos Recursos Humanos de Enfermeiros e Assistentes Operacionais por turno
- Existentes-
RECURSOS HUMANOS EXISTENTES POR TURNO

DIAS ÚTEIS FIM DE SEMANA


SERVIÇO MANHÃ TARDE NOITE MANHÃ TARDE NOITE HORÁRIO OBSERVAÇÕES
ENF. AO ENF. AO ENF. AO ENF. AO ENF. AO ENF. AO
Urgência Geral 9 6 9 5 7 4 9 5 9 5 7 4 24h
Urgência Pediátrica 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1 24h
Pediatria Internamento 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 1 1 24h
Consulta Externa Pediatria 1 8.30h - 17h
Bloco Operatório 10 3 4 2 3 1 4 1 4 1 3 1 24h
Bloco de Partos 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1 24h
UCEN 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 24h
Ginecologia 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 24h
Obstetrícia 5 1 3 1 2 1 4 1 3 1 2 1 24h
Medicina 6 5 4 3 3 1 5 4 4 3 3 1
Unidade de Oncologia 2 8 -17h Desfasados
Cirurgia 6 3 4 2 3 1 5 3 3 2 3 1 24h
Cirurgia de Ambulatório 2 1 1 1 8 - 15h; 15 - 22h
Consulta Externa 16 3 2 9 - 18h 1 AO das 18 as 20h
Saúde Ocupacional 1 9 - 16h
Hdia Polivalente 1 8.30 - 15.30h
Hdia Imuno-Hemoterapia 1 1 8.30 - 15.30h
Unidade Gastrenterologia 2 1 1 1 8 - 20h De 2ª feira a 5ª feira 8-20h. À 6ª feira encerra às 16h.
Serviço Psiquiatria 2 9 - 16h
EGA 2 9.30 - 16.30h
Central de Esterilização 1 2 2 1 1 8 - 24h Ao fim de semana 8 - 20h
Imagiologia 2 1 1 1 AO's das 8 - 24h
Estafetas 1 1 8 - 12.30h / 14 - 18h
Farmácia 3 8.30h- 18h Desfasados
Patologia Clinica 1 8 - 15h
Cardiologia 1 9 - 16h
MFR 5 8 - 16h
TOTAL (s/ Urgencias) 67 37 26 17 16 8 27 16 21 13 16 8

Quadro dos Recursos Humanos de Enfermeiros e Assistentes Operacionais por turno


- Mobilizável-
RECURSOS HUMANOS MOBILIZAVEIS POR TURNO

DIAS ÚTEIS FIM DE SEMANA


MANHÃ TARDE NOITE MANHÃ TARDE NOITE
SERVIÇO

ENF. AO ENF. AO ENF. AO ENF. AO ENF. AO ENF. AO


Urgência Geral 9 6 9 5 7 4 9 5 9 5 7 4
Urgência Pediátrica 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1
Pediatria Internamento 1 1 1 1
Consulta Externa Pediatria 1
Bloco Operatório 4 2 2 1 1 3 3 1
Bloco de Partos 1 1 1 1
UCEN 1 1
Ginecologia 1 1
Obstetrícia 2 1 1 2 1 1
Medicina 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Cirurgia 2 1 1 1 2 1 1 1
Cirurgia de Ambulatório 1
Consulta Externa 16 4 2
Saúde Ocupacional 1
Hdia Polivalente
Hdia Imuno-Hemoterapia
Unidade Gastrenterologia
Serviço Psiquiatria 2
EGA 2
Central de Esterilização 1 1
Imagiologia 1
Estafetas 1 1 1 1
Farmácia 2
Patologia Clinica
Cardiologia 1
MFR 5
TOTAL (s/ Urgencias) 37 19 9 4 4 0 12 3 8 2 4 0

26
3.3.4 - EQUIPAMENTOS MOBILIZÁVEIS E SUA LOCALIZAÇÃO

EQUIPAMENTO MOBILIZÁVEL

BOMBAS SERINGAS
SERVIÇO MACAS VENTILADORES MONITORES
INFUSORAS INFUSORAS
Urgência Geral * 33 2 2 10 8
Urgência Pediatrica /Pediatria ** 6 1 2 3 3
Bloco Operatorio 2 2 3
Cirurgia 3 6 6
Cirurgia de Ambulatório 2 2
Consulta Externa/ Ambulatório 3 3 4
Medicina Interna/ Unid. Oncol.*** 3 10 8
Total 47 5 12 35 28

Notas:
É considerado apenas o equipamento que pode ser mobilizado de imediato
* No caso da Urgência Geral está considerada a totalidade dos equipamentos existentes no serviço,
exceto monitores em que se consideram apenas os portateis.

** Consideram-se a totalidade das macas e ventilador disponiveis. O restante equipamento é o que


pode ser mobilizado.

*** Refere-se à totalidade deste equipamento existente no serviço. Poderá ser mobilizado o que
não esteja a uso no momento.

27
4 - ATIVAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNA

Organograma de ativação do PEE

A ativação do Plano de Emergência Externa decorre segundo 3 fases:


1 – Alerta
2 – Alarme
3 – Execução

4.1- ALERTA

Qualquer aviso efetuado para o Hospital sobre a ocorrência de uma catástrofe, na sua
área de influência, e recebido pela Central Telefónica / Segurança/SAD da Urgência,
deve ser de imediato comunicado ao Chefe de Equipa, procedendo o recetor ao registo
escrito do mesmo, em formulário próprio já disponível.
Cabe ao Chefe de Equipa do Serviço de Urgência, qualquer que seja a origem da
notícia, proceder à sua confirmação junto do CODU e completar, por escrito em
impresso próprio, que se encontra disponível na sala da Diretora do SU (modelos em
anexo).

28
Perante a confirmação e as informações prestadas pelo CODU, compete ao Chefe de
Equipa avaliar a necessidade ou não de convocar o GC, através de comunicação
telefónica efetuada pelos serviços competentes e da passagem à fase de alarme.

4.2 - CONTROLO DE ENTRADAS E SAÍDAS

A ativação do PEE exige de imediato o reforço do controlo da circulação do trânsito no


interior do Hospital e nos acessos ao SU.
A segurança interna deve ser reforçada para controlo das entradas/saídas e
complementada com o apoio da PSP, nomeadamente junto à Portaria, no acesso à
Zona “Verde”/ local de reunião da comunicação social e ao Chafariz das 5 Bicas.
A fluidez do tráfego nos diversos corredores de acesso ao Hospital, já atrás
identificados, deve contar com a colaboração da PSP e da GNR, nas suas respetivas
áreas de atuação, a solicitação do CODU.

4.3 - GABINETE DE CRISE

O Gabinete de Crise é constituído por um grupo multidisciplinar integrando por


elementos do Conselho de Administração e responsáveis de várias áreas funcionais do
Hospital.
É o único órgão de coordenação e decisão numa situação de exceção.

4.3.1 - CONSTITUIÇÃO

 Presidente do Conselho de Administração;


 Diretor Clínico;
 Diretor do Serviço de Urgência ou na sua ausência o Chefe de Equipa;
 Enfermeiro Chefe do Serviço de Urgência ou na sua ausência o Enfermeiro
Coordenador;
 Diretor dos Serviços Farmacêuticos;
 Responsável pelo Serviço de Aprovisionamento;
 Responsável pelo Serviço de Instalações e Equipamento;
 Responsável pela Segurança.
(Circular Informativa nº 30, de 29/ 04 / 2016)

29
4.3.2 - EQUIPAMENTO DA SALA DO GABINETE DE CRISE

Para um desempenho adequado e eficaz do GC, a Sala onde este funciona deve estar
equipada com vários equipamentos logísticos nomeadamente os afetos ao
estabelecimento de uma correta receção e emissão de informações. Assim, deve
dispor de:
 2 linhas telefónicas independentes da Central;
 2 FAX de forma a permitir a emissão e receção de forma independente;
 Computador com acesso à inter e intranet e e-mail (palavras pass);
 1 computador;
 1 impressora multifunções;
 1 telefone interno;
 1 televisão;
 Serviço de televisão para acesso aos canais nacionais generalistas e noticiosos
de sinal aberto e canais noticiosos em sinal fechado;
 1 banda larga móvel 4 GB (acesso alternativo em caso de falência das
comunicações);
 1 rádio a pilhas;
 1 quadro de parede;
 3 aparelhos de rádios portáteis;
 1 armário, contendo: PEE atualizado, listas telefónicas atualizadas
(funcionários, entidades públicas, autoridades),caderno para servir como diário
de crise, fichas de comunicação com autoridades e de contacto com os media.
Deve ser considerada a existência de um duplicado destes documentos, em
suporte de papel, acessível ao “Responsável de serviço”.
O C. A. deverá nomear um técnico responsável pela instalação e manutenção desta
Sala e designar o local onde se encontrará a chave de acesso e a do armário da
documentação.

4.4 - ALARME

Nesta fase o GC reunirá em sala própria, equipada com os meios adequados, localizada
junto do Serviço de Cardiologia e Serviço Social (Sala de Formação/Reuniões do
Hospital Distrital).
Confirmada a situação de exceção todas as atividades programadas em curso incluindo
consultas, intervenções cirúrgicas e a realização de exames complementares de
diagnóstico serão suspensas e o pessoal mobilizável de outros serviços deve ser
chamado para apoiar a equipa de urgência.

30
De acordo com as informações que irá recebendo (situação no local do acidente, fluxo
e gravidade das vítimas) e os recursos necessários, o GC confirma (ou altera) o nível de
resposta adequado à situação.

4.4.1 - NÍVEL 1

Neste nível considera-se que o Hospital tem capacidade para resolver a situação com
os recursos habitualmente disponíveis.
Ações a implementar:
1 – Encerrar acessos exteriores ao SU, estes estarão apenas disponíveis para
ambulâncias e veículos de socorro;
2 – Assinalar e libertar os corredores de chegada e de evacuação;
3 – Ativar as equipas de triagem e de identificação;
4 – Redistribuição das áreas (Vermelha, Amarela e Verde) do SU através da
alocação/transferência dos doentes para serviços de internamento ou outros espaços
disponibilizados para tal. (planta em anexo)
5 – Proceder à retirada dos doentes e acompanhantes presentes na Sala de Espera do
SU (“ Verdes “ – Triagem de Manchester) aconselhando os doentes a recorrerem aos
Cuidados de Saúde Primários ou a voltarem ao Hospital após a normalização da
situação de exceção; dos doentes e acompanhantes a aguardarem realização de
exames ou consulta e que se encontrem nas Salas de Espera das Consultas Externas ou
na Imagiologia; bem como, de todos os visitantes presentes nos Serviços de
Internamento, bem como de todos os doentes que se encontrem a aguardar
internamento para o dia seguinte (cirurgias programadas/ambulatório);
6 – Criação, em área definida, de uma zona cinzenta, localizada no corredor junto do
Serviço de Ginecologia, destinada a vítimas com escassa viabilidade, cujo tratamento
está condicionado em função da capacidade de assistência às vítimas com maior
probabilidade de sobrevivência. A ativação desta área será com recurso a reforço de
profissionais;
7 - Controlo das chamadas pela Central Telefónica/Segurança/SAD. Serão suspensas
todas as chamadas para o exterior. São expressamente proibidas informações via
telefone;
8 – Libertar as áreas de informação pré-determinadas: Refeitório receberá todos os
familiares das vítimas. Na Sala de Espera da Unidade de Oncologia, ficará instalada a
comunicação social; (planta em anexo)
9 – Alertar todos os serviços de apoio (Serviço de Medicina Transfusional, Patologia
Clínica, Imagiologia, SIE, Farmácia, etc.);

31
10 – Considerar o pessoal disponível no Hospital e proceder à sua eventual
redistribuição.

4.4.2 - NÍVEL 2

Neste nível considera-se que o Hospital, recorrendo a todos os profissionais


contactáveis, em situações de exceção, pode prestar resposta atempada e adequada à
situação.
Ações a implementar:
1 – Mobilização seletiva e sectorial dos profissionais de acordo com as necessidades
verificadas a cada momento (caso seja necessário o acolhimento de filhos de
profissionais mobilizados para reforço das equipas de serviço poder-se-á recorrer ao
edifício da ex-GNR para o efeito, sendo a vigilância das crianças assegurada por
elementos da Liga de Amigos do Hospital das Caldas da Rainha);
2 – Derivação de vítimas para Hospitais da área do sinistro, esgotada que esteja a
capacidade de resposta (exige contacto com o CODU);
3 – Expansão do Serviço de Urgência
a) Transferência de doentes para outros Serviços ou Hospitais;
b) Altas antecipadas (precoces ou temporárias) no Serviço de Urgência e Serviços
de Internamento;
c) Enfermaria peri-operatória (UCPA). Após a transferência dos doentes cirúrgicos
ainda presentes nesta Unidade (dispondo de cinco camas monitorizadas, sendo
que destas, duas podem ter apoio ventilatório), poderá receber vítimas a
aguardarem tratamento cirúrgico urgente e no período pós-operatório;
d) Expansão do SU. Nesta fase os doentes internados presentes na zona
“amarela”, ainda a necessitarem de estabilização, poderão ser transferidos
para a Unidade de Cirurgia de Ambulatório (com capacidade para receber
10/12 doentes), ou para os vários serviços de internamento.
e) Derivação de doentes para outras Unidades de Saúde (exige contacto com o
CODU).

4.4.3 - NÍVEL 3

Nesta fase considera-se que o Hospital só consegue dar resposta à situação


mobilizando todos os seus recursos e recorrendo a recursos externos.
Ações a implementar:
1 – Mobilização de todo o pessoal da Instituição;

32
Médicos – a chamada deve ser efetuada, por especialidades, com a seguinte
prioridade:
 Anestesiologia
 Cirurgia Geral
 Medicina Interna
 Imagiologia
 Pediatria
 Ortopedia
 Outras especialidades

Enfermeiros – os contactos devem respeitar a seguinte prioridade:

 Serviço de Urgência Geral


 Bloco Operatório
 Serviço de Cirurgia
 Serviço de Pediatria e Urgência Pediátrica
 Serviço de Medicina
 Consulta Externa
 Restantes Serviços

Assistentes Operacionais – a sequência de chamada, por serviço, é a seguinte:


 Serviço de Urgência Geral
 Bloco Operatório
 Serviço de Pediatria e Urgência Pediátrica
 Serviços de Cirurgia e Medicina
 Outros Serviços

Os contactos devem privilegiar os profissionais com experiência em


urgência/emergência e transporte de doente crítico.

2 – Solicitar ajuda externa ao Hospital


 Considerar a mobilização de médicos de MGF com experiência em
urgência/emergência.
 Apoio inter-hospitalar (CODU)

3 – Ampliação do Hospital
Para a mobilização dos profissionais a Central Telefónica, o Gabinete de Crise e o
Serviço de Urgência têm disponível documento com a identificação e contacto dos
funcionários por setores de atividade e especialidades.

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4.5 - EXECUÇÃO

Após avaliar a situação e determinar o nível de resposta, o Gabinete de Crise, dará


instruções para a execução do Plano de Emergência, de forma graduada e sequencial,
incluindo os planos setoriais elaborados por cada Serviço, os quais deverão contemplar
as suas próprias especificidades e que passarão a integrar o Plano de Emergência
Externa.

5 - ATUAÇÃO EM CENÁRIO DE CATÁSTROFE

5.1 - ALTERAÇÕES NAS ÁREAS DO SERVIÇO DE URGÊNCIA (VER


PLANTAS EM ANEXO)

Zona de Triagem (Fluxogramas-INEM, ver em anexo)


A Triagem, em cenário de catástrofe, é efetuada sob a “pala” da Urgência e do lado
direito da entrada, sendo mobilizado para esta zona todo o equipamento e material
necessário à sua realização:
 Mesa
 Macas
 Carro de roupa
 Cadeiras de rodas
 Luvas, produto de desinfeção
 Marcadores
 Kit’s de Catástrofe (pulseira de identificação numerada, folhas de triagem de
catástrofe, tubos de colheita de sangue para análises, requisições para RX e
análises, saco de recolha de bens das vítimas)
 Sacos para cadáveres
Este material encontra-se devidamente guardado, em armário identificado, na Sala de
Reanimação do Serviço de Urgência.
A identificação das vítimas será efetuada, logo que possível, nas zonas respetivas, por
profissionais administrativos. A identificação inicial (pulseira numerada) nunca será
retirada.

Triagem pediátrica
Após a colocação da pulseira numerada, as vítimas com idade pediátrica, salvo
situações muito específicas e devidamente justificadas, serão encaminhadas para a
urgência pediátrica onde será efetuada a triagem.

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Deve ser considerada, se possível, a integração de um cirurgião na equipa de urgência
pediátrica.

Triagem Obstétrica
As grávidas provenientes da ocorrência que justifica a ativação do PEE, são triadas nos
moldes descritos anteriormente (Triagem de catástrofe), sendo encaminhadas para as
respetivas áreas.
Em caso de necessidade, será contactada a Urgência Obstétrica para eventual
avaliação.
As grávidas não provenientes da ocorrência que justifica a ativação do PEE, após
colocação da pulseira numerada, serão encaminhadas para a Urgência Obstétrica,
onde prosseguirão o seu atendimento.

Descontaminação
Para as vítimas necessitando deste procedimento, este será efetuado do lado
esquerdo da entrada do SU (local oposto ao da triagem), em cabine amovível a instalar
em caso de necessidade. A cabine encontra-se no Armazém.

A descontaminação exige o uso de proteção individual adequada.


Triagem secundária (Fluxograma INEM- ver anexo)
Uma avaliação secundária, segundo o sistema de pontuação TRTS, realiza-se após a
receção da vítima nas diversas zonas (“Vermelha”, “Amarela”, “Verde” ou, mesmo
“Cinzenta”). Procura ser mais precisa face à classificação atribuída na triagem inicial,
podendo alterar a prioridade da vítima e, em consequência, a zona de tratamento.
Baseando-se no Triage Revised Trauma Score (Ver anexo), consiste na avaliação de três
variáveis fisiológicas: FR, Estado de Consciência (Escala de Coma de Glasgow) e da PAS.
A pontuação TRTS resulta da soma dos pontos atribuídos à FR, Escala de Coma de
Glasgow e PAS, classificadas de 0-4, obtendo-se um valor de 0-12. Este sistema de
triagem permite a categorização das vítimas, de acordo com o total obtido.
Assim:
 0 – Morto
 1-10 Prioridade 1 (Vermelho)
 11 – Prioridade 2 (Amarelo)
 12 – Prioridade 3 (Verde)

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Redistribuição de espaços
As habituais áreas do SU, para além da já referida, sofrerão as seguintes alterações:

Zona “Vermelha”
Poderá receber até 3 vítimas, capacidade máxima, após reforço da equipa
médica/enfermagem
 1. Sala de Reanimação (2 vítimas);
 2. Balcões de Atendimento.
Estas zonas funcionarão inicialmente com o pessoal de turno (médicos, enfermeiros e
assistentes operacionais) atribuídos normalmente àqueles locais, devendo a sua
capacidade de resposta aumentar de acordo com os reforços entretanto mobilizados.

Zona “Amarela”
São criadas duas zonas localizadas:
 1. Sala de Espera do SU equipada com Oxigénio (balas);
 2. Corredor interior do SU, junto à Sala de Pequena Cirurgia, dispondo de 5
pontos de Oxigénio.

Zona “Verde”
Será deslocada para a Sala de Espera das Consultas Externas. O acesso faz-se pela
entrada principal.
Inicialmente esta zona contará com o apoio de 1 médico, 1 enfermeiro e 1 assistente
operacional, podendo ser reforçada de acordo com o número de vítimas.
Terá disponível vário material e equipamento, incluindo 1 carro de emergência,
aparelhos PA, BMT, termómetro, material de desinfeção e penso, soros (soro
fisiológico), sistema de soros, torneiras, abocaths de todos os calibres, seringas de
vários tamanhos, agulhas ev e im, luvas, medicação básica (analgésicos/antipiréticos,
ansiolíticos e antieméticos), oxigénio e carro de roupa.
Os gabinetes de consulta serão utilizados para observação das vítimas. Pequenos
tratamentos cirúrgicos (suturas), se houver pessoal médico disponível, poderão ser
executados na sala de pequena cirurgia. Neste caso a sala deve dispor de conjuntos de
pequena cirurgia e fios de sutura adequados.
As vítimas “Verdes” reclassificadas, por alteração do seu estado clínico, serão
transportadas (circuito interno), devidamente acompanhadas para a zona de
“Amarelos/Vermelhos”, conforme a prioridade que lhe tenha sido atribuída. A
transferência deverá ser previamente comunicado ao Chefe de Equipa, via rádio.

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Zona “Cinzenta”
A ativação desta área dependerá sempre da possibilidade de reforço de profissionais.
Receberá vítimas com mínima probabilidade de sobrevivência (agónicas), até haver
condições para equacionar o seu eventual tratamento se houver alguma melhoria do
seu estado.
Ficará localizada no espaço (corredor) contíguo ao Serviço de Ginecologia (retaguarda),
perto do SU.
Serão acompanhadas por 1 enfermeiro e 1 assistente operacional que prestarão
medidas de suporte e conforto e vigiarão a evolução do seu estado.

5.2 - ATENDIMENTO DE VITIMAS VIP

O atendimento de personalidades exercendo cargos públicos, militares ou


diplomáticos e individualidades com grande exposição mediática, após identificação de
catástrofe na Triagem inicial, no sentido de preservar a sua identidade e privacidade,
caso o seu estado o permita (triados verdes ou amarelos), são conduzidas ao Gabinete
de Triagem 2, onde serão observadas pelo médico mais adequado (da área médica ou
cirúrgica), face às lesões que apresentem, designado pelo Chefe de Equipa.

5.3 - CAPACIDADE DE RESPOSTA

A capacidade de resposta do Hospital (SU), perante uma situação de exceção, está


condicionada essencialmente, por três fatores: recursos humanos presentes e
mobilizáveis, principalmente, médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e
técnicos; pelo afluxo de vítimas (30% das urgências diárias num curto período de 1-3
horas); e, pelo espaço físico existente e capacidade da sua ampliação (nº de camas
disponíveis).
Para avaliar a capacidade de resposta deve atender-se a que cada vítima triada como
“vermelha”, necessita de 1 médico e 1 enfermeiro; para cada 4 vítimas triadas como
“amarelas” é necessário 1 médico e 1 enfermeiro; e, sendo ainda, necessário para a
zona “verde” 1 a 2 médicos, 1 enfermeiro e 1 assistente operacional.
Conjugando os fatores envolvidos na determinação da capacidade de resposta e ao
facto da constituição das equipas ser variável de acordo com os turnos (e
disponibilidade de recursos médicos), a capacidade de resposta será:

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Vítimas Nº de vítimas Nº de vítimas
turno 08/20 h turno 20/08 h
“vermelhas” 3 2
“amarelas” 10 – 12 * 8
“verdes” 20 20

*Após reforço da equipa.

Atingida a capacidade de resposta o CODU deve ser informado da situação de modo a


proceder à orientação das vítimas para outras Unidades Hospitalares.
As vítimas que necessitem de cuidados médicos de especialidades não disponíveis no
Hospital (Exº neurocirurgia/cirurgia vascular/cirurgia plástica/queimados/etc.), após
estabilização deverão ser transferidos para Hospitais de referência, sob orientação do
CODU.

5.4 - RECOLHA DE BENS E ROUPA DAS VÍTIMAS

A recolha de bens das vítimas é realizada por dois elementos de entre administrativos,
assistentes operacionais ou enfermeiros que devem proceder à elaboração do espólio,
como habitualmente (identificação da vítima e descrição dos bens), em impresso
próprio.
A roupa será recolhida em sacos devidamente identificados que permanecem junto às
vítimas, sempre que possível, ou então serão guardados em lugar seguro, localizado no
espaço habitualmente usado para este efeito no Serviço de Urgência.

5.5 - MOTORISTAS

Devem ser mobilizados pois o seu contributo torna-se necessário para o cumprimento
de algumas missões importantes nomeadamente no apoio aos Serviços de
Imunohemoterapia, Farmácia, Aprovisionamento, podendo ainda colaborar na
distribuição de material e equipamento, transporte de pessoas, etc.
Este serviço deve ser gerido pelo responsável dos transportes, em articulação com o
Gabinete de Crise.

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5.6 - PESSOAL ADMINISTRATIVO

O responsável pelos Serviços Administrativos, ou quem o substitua, deve comparecer


no seu local de trabalho, para em articulação com o Gabinete de Crise, proceder à
mobilização de recursos humanos, com especial atenção ao apoio à Farmácia,
Aprovisionamento e Secretariado dos Serviços de Urgência e Internamento.

5.7 - VOLUNTARIADO

Elementos do grupo de voluntários da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar, podem


ser mobilizados para prestar apoio alimentar ou outro a familiares das vítimas no seu
lugar de concentração e aos filhos de funcionários requisitados para colaborarem na
emergência no local a esse fim destinado.

5.8 - CIRCUITOS INTERNOS

O acesso ao Serviço de Urgência (pela Portaria) é exclusivamente dedicada a


ambulâncias, outros veículos de socorro e transporte de doentes e autoridades.
A entrada far-se-á pelo acesso habitualmente utilizada como saída (do lado da Mata) e
a circulação, a partir deste local, será feita em sentido único pelo arruamento que
circunda o edifício hospitalar e parque de estacionamento, com a saída, junto à Central
Técnica/Parque de estacionamento das 5 Bicas, para a Rua Diário de Notícias.
O controlo do trânsito, junto à Portaria e do Chafariz das 5 Bicas (saída e entrada para
este Parque – a efetuar pelo lado direito) deverá ser da responsabilidade da PSP.
Estão interditos à circulação de veículos, o arruamento com início à direita da Portaria
até ao edifício da Cardiologia (Gabinete de crise) e o arruamento que ladeia o edifício
das Consultas Externas até ao túnel.

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5.9 - CIRCUITO DE EVACUAÇÃO

5.9.1 - DOENTES INTERNADOS

A saída dos doentes com alta e os doentes internados transferidos para outras
Unidades de Saúde efetua-se pela porta situada junto à Central Telefónica, com saída,
pela rampa junto à VMER, para a Rua Diário de Notícias.

5.9.2 - VÍTIMAS DE CATÁSTROFE

A transferência inter-hospitalar de vítimas de catástrofe será efetuada pelo piso das


oficinas (piso 0), pela porta situada no túnel. A circulação, far-se-á pelo arruamento
que ladeia o Parque de Estacionamento com saída, junto à Central Técnica, para a Rua
Diário de Notícias. Serão cumpridas todas as indicações habituais existentes no SU.
(Ver anexo)

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5.9.3. - TRANSFERÊNCIAS INTER-HOSPITALARES POR VIA AÉREA

O helitransporte de doentes segue um dos circuitos anteriores, com saída pelo Chafariz
das 5 Bicas, para a Rua Diário de Notícias no sentido ascendente até ao Campo da
Mata que estará disponível, como habitualmente, para servir de heliporto de apoio ao
Hospital. Deve ser cumprido o procedimento habitual. (ver anexo)

5.10 - CONCENTRAÇÃO DO PESSOAL MOBILIZADO

A concentração do pessoal convocado para reforço dos recursos humanos em serviço,


perante uma situação de exceção, será efetuada na Casa Amarela (Edifício Rodrigo
Berquó). O profissional apenas se deve dirigir ao Serviço de Urgência ou outro local,
por indicação do GC ou por alguém por este designado.
Os profissionais afetos ao Bloco Operatório e Central de Esterilização devem dirigir-se
de imediato para os respetivos Serviços.
A entrada para o Parque de Estacionamento das 5 Bicas está localizada à direita do
Chafariz (entrada mais próxima da Praça da Fruta).
O controlo desta entrada deve contar com o apoio da PSP que regula o trânsito junto
ao Chafariz.

5.11 - COMUNICAÇÕES

As comunicações assumem, em caso de catástrofe, um papel de fundamental


importância no contacto entre os diversos intervenientes operacionais.
As comunicações disponíveis compreendem os meios existentes na Central Telefónica,
no Gabinete de Crise e no Serviço de Urgência. Estes meios assentam basicamente em
redes telefónicas fixa e móvel, sendo que a última se torna altamente falível em
situações de crise por ficar facilmente saturada ou colapsar por destruição de
infraestruturas indispensáveis ao seu funcionamento.
Para diminuir a dependência destes meios e complementar a capacidade e qualidade
das comunicações está instalado, na sala de trabalho de enfermagem, um rádio móvel
SRG 3500, da rede SIRESP do INEM. (Ver anexo).
Foram igualmente adquiridos 3 aparelhos de rádio portáteis, que permitem uma
melhor comunicação entre os principais intervenientes operacionais (Chefe de Equipa
e Gabinete de Crise).

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5.12 - PONTO DE REUNIÃO DE FAMILIARES

O ponto de reunião de Familiares das vítimas está localizado no Refeitório, com acesso
pela porta situada no arruamento ao longo do edifício das consultas externas.
Aqui poderão receber apoio alimentar (colaboração de voluntários da Liga dos
Amigos), psicológico e social e informações sobre o estado das vítimas ou outras de
que careçam.

5.13 - PONTO DE REUNIÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

A Sala de Espera da Unidade de Oncologia, com entrada direta do exterior, está


destinada a jornalistas, devidamente identificados e credenciados pelos meios de
comunicação social que representam, afetos à cobertura noticiosa.
Estes profissionais deverão contar com o apoio de responsável do Gabinete de
Comunicação, designado pelo CA.

5.14 - APOIO PSICOSSOCIAL

Uma catástrofe, pelas consequências geradas, determina nas vítimas, familiares,


amigos e profissionais de socorro e de saúde, crises de ansiedade e fortes reações
emocionais com possível impacto social.
O apoio psicossocial atuará no sentido de controlar estas situações que poderão
evoluir para casos de stress pós traumático ou síndroma de burnout neste grupo
vulnerável de pessoas e orientar/resolver eventuais disfunções sociais.
Esta equipa de apoio deve incluir psiquiatras, psicólogos, enfermeiros de saúde mental
e assistentes sociais e atuará no ponto de reunião dos familiares localizado no
refeitório.

5.15 - APOIO NÃO ASSISTENCIAL

Lavandaria
Deve prever a necessidade de reforçar o “stock” de roupa no SU, BO e serviços de
internamento.

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Serviços de higiene e limpeza
Deve ser considerado o reforço da equipa dos serviços de limpeza.

Serviço de alimentação
Deve prever a alimentação de profissionais durante os períodos de pausa a definir pelo
coordenador de cada área, bem como o local dada a ocupação do refeitório pelos
familiares das vítimas.

Assistência religiosa
Deve ser considerada e garantida às vítimas e/ou familiares, a seu pedido, este tipo de
apoio, de acordo com as suas convicções e liberdade religiosa, consideradas as
condições existentes e a oportunidade para a sua realização.

Interpretes
Considerar a eventual necessidade de apoio de interpretes, principalmente para
cidadãos de origem menos frequentes no nosso País.

Morgue
A morgue tem uma capacidade muito limitada podendo receber até 10 cadáveres, 4
em câmara frigorífica e 6 em macas.
Em caso de necessidade a morgue poderá ser alargada para um espaço próximo,
localizado junto da saída para o Parque de estacionamento.
A hipótese no atraso dos procedimentos médico-legais (necrópsias) deve ser
considerado, num cenário de catástrofe, podendo haver necessidade de encontrar
alternativas para a conservação dos cadáveres.

Os cadáveres devem estar acondicionados em sacos próprios para o efeito, existentes


no SU.

Apoio da comunidade
Pode ser necessário o apoio, de caracter técnico, social ou logístico, prestado por
entidades públicas, militares, privadas, IPSS ou outras.
De entre estas, pela logística de que dispõem e capacidade de mobilização,
destacamos: Escola de Sargentos do Exército, Cruz Vermelha, Escuteiros, Unidades de
Cuidados Primários de Saúde, Montepio Rainha D. Leonor, Escolas, Associações de
Apoio Social, etc. (ver anexo)

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6 - DESATIVAÇÃODO PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO

Terminada a situação de exceção que deu origem à ativação do PEE, ou seja, logo que
o Hospital tenha capacidade para retornar à sua atividade normal, no âmbito da
prestação de cuidados médicos programados e de urgência, o Gabinete de Crise ou
alguém por este Órgão designado, por exemplo o Chefe de Equipa em exercício,
desativará o PEE.

6.1 - DEBRIEFING

Consiste na análise completa da forma como decorreram as diversas fases do PEE até
ao momento da desativação com a presença de todos os operacionais ou, pelo menos,
pelos responsáveis envolvidos.
Este é um exercício importante e fundamental por possibilitar detetar aspetos
inadequados ou menos conseguidos, no desenvolvimento do Plano, permitindo a
elaboração das respetivas medidas corretivas.

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