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Iara Gumbrevicius
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
CONVITE AO ESTUDO
Prezado aluno, nesta disciplina, você terá a oportunidade de adquirir uma gama de
conhecimentos relacionados ao tratamento nutricional do paciente gravemente
enfermo, um perfil que exige cuidados especiais e que merece total atenção na
decisão da correta intervenção nutricional.
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na terapia nutricional enteral e parenteral, comumente utilizadas em pacientes
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internados em unidade de terapia intensiva. Você saberá não só identificar a
melhor dieta, como também suas vias de acesso, tipos de administração e
monitorização do paciente. Abordaremos a assistência nutricional em pacientes
oncológicos, na insuficiência de determinados órgãos, queimados e, na sequência,
estudaremos as necessidades nutricionais nas situações especiais, a exemplo de
úlceras de pressão, fístulas, cirurgias, traumas, entre outras. Por fim, abordaremos
as atualidades a respeito do uso das fibras, glutamina, arginina, ômega 3 e
antioxidantes, analisando caso a caso os prós e contras dessas indicações na dieta
do paciente gravemente enfermo.
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Lara se empenha nos estudos para se preparar cada vez mais para seu tão
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sonhado futuro profissional. A abertura do estágio com Rafaela é uma
oportunidade única e Lara se dedicará muito para atender às expectativas do setor
de nutrição do hospital. Para tanto, ela terá que dominar vários conceitos
relacionados à nutrição clínica e deverá saber atuar com pacientes gravemente
enfermos. Pensando nisso, quais tópicos você julga interessante Lara se ater,
nesse primeiro momento? Quais conceitos básicos são necessários para iniciar
esse tipo de avaliação de pacientes gravemente enfermos? O que Lara deverá
recapitular para que possa avaliar corretamente esse tipo de paciente?
momento? Quais conceitos básicos são necessários para iniciar esse tipo de
avaliação de pacientes gravemente enfermos? O que Lara deverá recapitular para
que possa avaliar corretamente esse tipo de paciente?
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Rafaela solicitou à Lara que realizasse uma análise minuciosa do manual de terapia
nutricional do hospital. O objetivo dessa tarefa foi proporcionar à estagiária
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conhecer as normas vigentes do local e também verificar a necessidade de
atualizações. Lara sabe que o paciente hospitalizado em UTI apresenta grande
risco nutricional e que estes riscos devem ser muito bem avaliados, a fim de
mensurar corretamente os benefícios da terapia nutricional oferecida. Quais
condições clínicas são observadas com frequência em um paciente gravemente
enfermo? Qual é a importância da triagem nutricional nesses pacientes? Com que
frequência Lara deverá acompanhá-los?
Perceba, prezado aluno, que essas situações são colocações iniciais com que todo
profissional nutricionista se depara ao entrar em uma unidade de terapia intensiva
e que é muito importante dominar esses conceitos, uma vez que a correta conduta
nutricional está diretamente ligada ao sucesso da terapia nutricional que será
proposta.
CONCEITO-CHAVE
O conceito de paciente gravemente enfermo está diretamente relacionado a
pacientes que são admitidos em UTI (NUNES, 2016). As UTIs são unidades
destinadas ao acolhimento de pacientes em estado grave de saúde, os quais
carecem de monitorização e suporte contínuo de suas funções vitais.
De acordo com a versão mais recente do Guidelines for the provision and
assessment of nutrition support therapy in the adult critically ill patient
(MACCLAVE, 2016), estes pacientes apresentam quadros clínicos de estresse
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catabólico que fazem com que se desenvolva uma resposta inflamatória sistêmica
ligada a complicações de morbidade infecciosa elevada, disfunção de múltiplos
órgãos, tempo de permanência hospitalar aumentado e índices de mortalidade de
grandes proporções.
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A desnutrição é muito presente nesses pacientes, principalmente em função dos
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processos inflamatórios, estresse metabólico, hipermetabolismo,
hipercatabolismo, instabilidade hemodinâmica, entre outros problemas. O elevado
risco de apresentar infecções respiratórias, do trato urinário, sepse - conhecidas
como infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), contribuem para maior
agravo na probabilidade de morbimortalidade.
ASSIMILE
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Um exemplo característico é a presença do hipercatabolismo proteico. A
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perda de massa magra ocorre em função do processo de neoglicogênese,
comumente presente, em situações de estresse metabólico. Para tanto, a
triagem, a avaliação, o suporte e o acompanhamento nutricional do
paciente são fundamentais para sua sobrevida.
Caro aluno, como você já sabe, o organismo humano utiliza energia de forma
contínua, embora o consumo de alimentos não seja na mesma ordem. Desta
forma, nós nos adaptamos a determinados períodos de jejum utilizando nossas
reservas e reduzindo nosso gasto energético. Uma vez que nos alimentamos
novamente, estas reservas são reabastecidas. Então, qual é o problema do jejum?
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No jejum prolongado, a produção de energia, dada pelo processo de
gliconeogênese (também conhecido como neoglicogênese), é dependente do uso
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de aminoácidos, o que leva à depleção muscular do indivíduo. Nesse caso, os
grupos amino são convertidos em ureia e em seguida são excretados, promovendo
um balanço nitrogenado negativo e, consequentemente, provocando perda de
massa magra.
Nessa situação, é preciso que você saiba que a terapia nutricional, por si só não é
capaz ou suficiente para reverter o processo todo gerado pelo estresse metabólico,
mas pode reduzir os balanços energético e proteico que se apresentam negativos.
Cabe ressaltar que, sem a terapia nutricional adequada nesses casos, é fato que o
paciente apresentaria consequências deletérias muito maiores e seu tempo de
convalescença seria postergado por um período mais prolongado e que poderia
levar o indivíduo a apresentar mais ou maiores complicações clínicas. Com a
terapia adequada, poderá haver redução das consequências do hipercatabolismo,
consequentemente, melhora do estado nutricional e evolução clínica mais
satisfatória.
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O hipermetabolismo é caracterizado por alto gasto energético, assim como
aumento do consumo de oxigênio e do débito cardíaco. O hipercatabolismo ocorre
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com a proteólise, que tem por finalidade gerar substrato energético para o
organismo. Este quadro colabora, em conjunto com o hipermetabolismo e o jejum,
para o desenvolvimento da desnutrição, situação clínica que está diretamente
relacionada com o aumento das taxas de morbimortalidade do paciente
gravemente enfermo. A prevalência de desnutrição em pacientes de UTI oscila
entre 38% a 70% e pode alcançar 100% dos pacientes internados, de acordo com
alguns levantamentos (MORAES; LIMA; LUZ, 2015).
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Toda a avaliação nutricional deve ser feita por meio de protocolos reconhecidos
cientificamente e os instrumentos utilizados devem ser validados, a fim de garantir
qualidade no processo e no diagnóstico nutricional. A avaliação da gravidade e a
evolução da doença, tanto de base, como as suas respectivas complicações e
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também o funcionamento do trato gastrintestinal, são singulares no processo de
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avaliação nutricional do paciente gravemente enfermo.
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O Nutrition Risk in Critically III (NUTRIC score) é uma ferramenta utilizada para
triagem nutricional de pacientes gravemente enfermos que considera, além dos
aspectos nutricionais, a gravidade da doença. Esse questionário, validado em
português por Rosa et al. (2016, in press), é constituído pelas seguintes variáveis:
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idade, APACHE II, SOFA, número de comorbidades, dias de internação hospitalar
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até entrada na UTI e interleucina-6 (IL-6).
ASSIMILE
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mmHg, frequência respiratória maior que 22/min e alteração do nível
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de consciência (GCS inferior a 15). Na presença de pelo menos dois dos
critérios clínicos acima, o resultado é positivo e corresponde a maior risco
de mortalidade ou permanência prolongada na UTI.
Para a soma total de pontos, a IL-6 poderá ou não ser considerada, uma vez que
sua concentração poderá ou não estar disponível, já que não é considerada como
um exame de rotina. Ao não levar em conta os valores de IL-6, a pontuação total
considerada será de zero a dez, enquanto que, sem ponderar essas concentrações,
a pontuação será de zero a nove. Após a soma dos pontos, os resultados são
divididos em duas categorias: escore alto (6-10) e escore baixo (0-5), quando a IL-6
for considerada ou escore alto (5-9) e escore baixo (0-4), quando a IL-6 não for
considerada. O escore alto está associado aos piores desfechos clínicos, sendo
estes pacientes os que se beneficiariam mais com uma terapia nutricional
agressiva; no escore baixo são classificados os pacientes que apresentam baixo
risco de desnutrição (Figura 1.1).
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Fonte: Rosa et al. (2016).
EXEMPLIFICANDO
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biológico, entre outras circunstâncias. Assim, não será possível que sua
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condição clínica seja revertida e, na maioria dos casos, a terapia nutricional
não será suficiente para recuperar totalmente seu estado nutricional,
embora seja de grande importância para que não haja mais complicações
clínicas nesse paciente.
REFLITA
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Esse artigo destaca uma visão geral do quadro clínico do paciente
gravemente enfermo, a importância do diagnóstico nutricional nessa fase,
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testes utilizados para determinar o grau de risco nutricional e apresenta
uma proposta de implementação de ficha nutricional única, para realização
do diagnóstico nutricional e classificação do grau de desnutrição desses
pacientes.
Não deixe de ler. Você verá que, com uma linguagem clara e precisa, as
informações contidas no artigo vão ajudá-lo muito na elaboração de suas
tarefas, assim como proporcionarão fácil entendimento a respeito da
triagem nutricional desses pacientes. Vale muito a pena! Disponível em:
https://bit.ly/2LUFQsQ. Acesso em: 1 mar. 2017.
a) Os pacientes que apresentarem risco nutricional aumentado ou algum grau de desnutrição devem estar
sob atenção cuidadosa, pois são mais vulneráveis às complicações clínicas que poderão aumentar o risco de
morbimortalidade.
b) O diagnóstico do risco nutricional pode ser obtido por diversos métodos e cabe a cada profissional
nutricionista escolher o que, na sua concepção, for melhor, não importando protocolos pré-definidos por
órgãos competentes.
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d) Quem define o método de análise do risco nutricional é somente o médico intensivista da UTI, não
cabendo a outros profissionais da equipe multiprofissional tomar esse tipo de decisão.
e) A triagem nutricional não proporciona a identificação dos indivíduos que poderiam se beneficiar da
terapia nutricional. Para essa determinação, é necessária a avaliação do estado nutricional feita somente
após um período de 72 horas após a admissão hospitalar na UTI.
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Questão 2
A avaliação do risco nutricional é fundamental para diagnóstico do risco de
desnutrição e deve ser realizada o mais breve possível, logo após a admissão do
paciente na UTI. É importante que essa avaliação também contemple a gravidade
da doença.
b) NUTRIC score.
c) Recordatório alimentar.
Questão 3
Segundo diversos estudos, a desnutrição alcança índices elevados em pacientes
internados em unidade de terapia intensiva, e este quadro clínico está associado
ao aumento da morbimortalidade e ao pior prognóstico.
PORQUE
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resistência à insulina, hipoalbuminemia, entre outras condições clínicas,
seõçatona reV
promovendo um balanço nitrogenado negativo.
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