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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
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Iara Gumbrevicius
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
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29/11/2022 02:52 lddkls_ass_nut_gra_enf
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CONCEITO-CHAVE
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A avaliação do estado nutricional no paciente gravemente enfermo é
extremamente importante, uma vez que este se correlaciona à desnutrição, uma
síndrome multifatorial associada a graves consequências clínicas negativas. Várias
são as situações que alteram o estado nutricional do paciente em UTI, portanto os
parâmetros de avaliação nutricional devem estar bem estabelecidos e a rotina de
avaliação deve ser diária. A partir da admissão na UTI, o paciente gravemente
enfermo tem seu estado nutricional em condições de risco constante, dada sua
exposição a situações clínicas diversas que colaboram com a piora do quadro
nutricional e, consequentemente, promovem maior risco de morbimortalidade.
Desta forma, esse paciente deve ser avaliado logo após sua admissão na UTI.
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Não é específica para UTI, identificando >
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80% dos pacientes como em risco
nutricional.
ASG: Avaliação Subjetiva Global; NRS-2002: Nutritional Risk Screening – 2002; VM: ventilação mecânica;
UTI: unidade de terapia intensiva; NUTRIC: Nutrition Risk in Critically III.
Fonte: adaptado de Ceniccola e Abreu (2015, p. 20).
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É extremamente importante que o nutricionista faça o registro de todos os
resultados das avaliações feitas em prontuário do paciente, date, carimbe e assine,
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se responsabilizando pelo seu trabalho e deixando os dados disponíveis para
todos os membros da equipe multiprofissional.
Quanto a avaliação da composição corporal, esta pode ser feita pelos seguintes
métodos:
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- Mas como aferir o peso e a altura de um paciente que está restrito ao leito e, na
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maioria das vezes, imóvel?
Quando o paciente pode se movimentar, o peso e a altura podem ser obtidos fora
do leito, mas em caso contrário, são utilizadas equações de estimativa de peso e
de altura. O problema é que a fórmula para estimativa de peso inclui medidas de
dobras cutâneas e, muitas vezes, estas não podem ser obtidas, dado a quadro
clínico do paciente na UTI (exemplo: presença de edemas, queimaduras, entre
outras). O peso corporal em pacientes gravemente enfermos pode apresentar
grandes variações em função dos procedimentos que são realizados, como
infusões, diálises, uso de diuréticos, mudanças na quantidade de água corpórea,
etc.
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Simples.
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Baixo
custo.
Simples.
Baixo
custo.
Simples.
Baixo
custo.
Bioimpedância elétrica (BIA): o uso da BIA, embora seja um método rápido, não
invasivo, indolor, pode não ser adequado ao paciente gravemente enfermo,
uma vez que utiliza, além da reactância tecidual, valores da resistência, que se
relaciona à quantidade de água e eletrólitos nos tecidos. Desta forma, o
paciente em UTI, que normalmente apresenta grandes desequilíbrios
hidroeletrolíticos, como desidratação, anasarca, pode apresentar resultados
que não são reais.
ASSIMILE
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tecidos. Tem como vantagens ser prática, não exigir mobilização do paciente e
não o expor à radiação. Há controvérsias na literatura, quanto ao melhor
modelo, população-alvo e software, porém tem sido bem aceita para pacientes
em terapia intensiva. Para avaliação da gordura corporal sugere-se analisar os
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pontos da mensuração das dobras cutâneas, mas é fato que a imobilização é
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uma condição agravante nesse caso. Para mensurar a musculatura, os
músculos retos femoral e quadríceps têm sido empregados com bons
resultados. Há necessidade de mais estudos acerca desse método, mas a US já
é considerada superior à avaliação de dobras cutâneas e índice de massa
corpórea (IMC). É um método útil no acompanhamento longitudinal do
paciente em UTI.
A TC tem alto custo e a sua periodicidade para comparações não está vinculada à
composição corporal, mas sim à indicação clínica de repetição do exame pela
necessidade clínica durante a internação do paciente na UTI. A avaliação da
composição corporal, nesse caso, é conhecida como um método de “conveniência”,
pois aproveita a necessidade de realizar este exame para contemplar também a
avaliação da composição corporal.
ASSIMILE
Feita a avaliação do estado nutricional, agora você, caro aluno, deve estar curioso
para saber: quais são os requerimentos nutricionais para esse paciente na UTI?
Como nutrir esse paciente de forma adequada? O que as diretrizes recomendam?
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melhor estratégia de tratamento nutricional e que a adequação das
recomendações nutricionais individualizadas é singular no tratamento do paciente
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gravemente enfermo. Os cálculos apropriados das necessidades energéticas e de
nutrientes, além da monitorização da terapia proposta evita déficits nutricionais
importantes, como calórico e/ou proteico, e na presença destes há um aumento
importante na taxa de morbidade e mortalidade do paciente em UTI.
REFLITA
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Overfeeding = superalimentação.
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seõçatona reV
Quadro 1.5 | Equações para determinação das necessidades energéticas de pacientes críticos
A American Dietetic Association (ADA) fez uma análise das evidências científicas de
pesquisas sobre os métodos para estimar o gasto calórico de pacientes
gravemente enfermos, entre os anos 1996 a 2006. A equação de Ireton-Jones foi
aceita para doentes obesos, enquanto que a equação de Penn-State foi aceita para
doentes não obesos; e que as equações de Harris e Benedict e de Ireton-Jones não
foram recomendadas para pacientes em UTI. Não concluíram nada sobre a
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COMPLEMENTE SEUS ESTUDOS
seõçatona reV
administração, avaliação do gasto energético e impacto da adequação
nutricional sobre desfechos em curto e longo prazo para entender
melhor as avaliações de gasto energético e adequação nutricional.
Disponível em: https://bit.ly/2Jl5dTW. Acesso em: 25 mar. 2017.
Quadro 1.6 | Fórmulas de bolso para determinação das necessidades de energia do paciente crítico
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Fonte: Justino e Medeiros (2014).
EXEMPLIFICANDO
Um paciente que apresenta 95 Kg, tem 1,65 m de altura e peso ideal de 66,7
Kg deve consumir quantos gramas de proteínas ao dia?
Nesse caso, seu IMC é de 34,9 Kg/m², logo, seu consumo diário deve ser de,
no mínimo, 133,4 g de proteínas, ou seja, 533,6 Kcal referentes à proteína.
O peso ideal proposto foi de 66,7 Kg, logo, o mínimo exigido será 66,7 x 2 =
133,4 g. Sabendo que cada grama de proteína fornece 4 Kcal, basta
multiplicar 133,4 g x 4 = 533,6 Kcal.
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(JUSTINO; MEDEIROS, 2014).
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Quanto aos eletrólitos e vitaminas, estas recomendações serão apresentadas nas
seções sobre terapia nutricional enteral e parenteral.
Para finalizar esta seção, é importante que não nos esqueçamos de que o paciente
pediátrico também pode ser um paciente gravemente enfermo e, para tanto, exige
avaliação minuciosa. Observa-se nesses pacientes intensa proteólise, em função da
ação dos mediadores inflamatórios; ocorrem alterações metabólicas dos
macronutrientes, e o catabolismo proteico é acentuado, contribuindo para
desnutrição grave. Da mesma forma que no adulto, a terapia nutricional deve ser
estabelecida o mais precocemente possível. Para quantificar o grau de desnutrição,
utilizam-se parâmetros antropométricos, como peso, estatura e mensurações das
dobras cutâneas e circunferências ou área muscular do braço para monitorar os
depósitos de gordura periférica e massa muscular total. É preciso estar atento às
interferências para realização dessas medidas, como desidratação e presença de
edemas.
(A) NUTRIC
(1) Quando se adota o critério de > 7 dias em VM para maior pontuação da
gravidade da doença, pode ser útil para UTI.
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(B) NRS-2002
(2) Foi o primeiro instrumento específico para uso em UTI.
(C) ASG
(3) A aplicação original desta era destinada a pacientes cirúrgicos.
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seõçatona reV
Assinale a resposta correta.
Questão 2
A ___________________ é uma forma mais confiável de obtenção das necessidades
energéticas do paciente. Na sua ausência, são utilizadas ___________________ para
determinação das ___________________.
Questão 3
Da mesma forma que no adulto, para o paciente gravemente enfermo pediátrico, a
terapia nutricional deve ser estabelecida o mais precocemente possível. Para
quantificar o grau de desnutrição, utilizam-se parâmetros antropométricos, como
peso, estatura e mensurações das dobras cutâneas e circunferências ou área
muscular do braço para monitorar os depósitos de gordura periférica e massa
muscular total. É preciso estar atento às interferências para realização dessas
medidas, como a presença de desidratação, edemas, entre outras.
PORQUE
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e) As asserções I e II são proposições falsas, e a II não justifica a I.
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REFERÊNCIAS
BARBOZA-SILVA, T. G.; GONZALEZ, M. C. Métodos de avaliação da composição
corporal no doente crítico. In: TOLEDO, D.; CASTRO, M. Terapia nutricional em
UTI. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.
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29/11/2022 02:52 lddkls_ass_nut_gra_enf
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5, p. 643-59, 2011.
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MORAES, M. F.; LIMA, F. C. A.; LUZ, A. M. A. Risco nutricional em pacientes graves.
In: TOLEDO, D.; CASTRO, M. (Orgs.). Terapia nutricional em UTI. Rio de Janeiro:
Rubio, 2015. p. 9-17.
https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=892203 15/16
29/11/2022 02:52 lddkls_ass_nut_gra_enf
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SILVA, M.L.T; SAPUCAHY, M.V. Catástrofes Abdominais. In: TOLEDO, D.; CASTRO,
M. Terapia nutricional em UTI. Rio de Janeiro: Rubio, 2015. Cap. 34. p. 287.
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TODI, S. et al. Glycemic variability and outcome in critically ill. Indian Journal of
Critical Care Medicine, v. 18, n. 5, p. 285, 2014.
TOLEDO, D.; CASTRO, M. Terapia nutricional em UTI. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.
Cap. 4.
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