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VITÓRIA/ES
Set/2021
Guilherme Meneguz Duarte
Ludmila de Moraes Farias
VITÓRIA - ES
2022
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO
2 . OBJETIVO DO ESTÁGIO
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................................ 05
A. Clínicas de atuação............................................................................................................07
D. Dietas ofertadas.................................................................................................................09
DIETAS ORAIS........................................................................................................................11
DIETAS ENTERAIS.................................................................................................................13
SUPLEMENTOS......................................................................................................................14
4. CONCLUSÃO......................................................................................................................14
7. REFERÊNCIAS...................................................................................................................21
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1. INTRODUÇÃO
O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves é considerado o maior hospital público
do Espírito Santo, destinado 100% aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS),
e administrado pela Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (AEBES),
uma Organização Social (OS) contratada por meio de edital público.
2. OBJETIVO DO ESTÁGIO
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
A. Clínicas de atuação
As refeições servidas no HEJSN são preparadas por uma empresa contratada para
o fornecimento de refeições transportadas a pacientes, acompanhantes, funcionários
e médicos da unidade hospitalar. A contratação compreende o fornecimento de
refeições transportadas aos pacientes (desjejum, desjejum para diabéticos, colação,
almoço, lanche da tarde, jantar e ceia), refeições aos funcionários (desjejum,
almoço, lanche e jantar), refeições aos médicos (desjejum, almoço, lanche e jantar),
coffee break para eventos e reuniões, café para os setores, galões de água mineral
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Para saber o tipo de dieta que cada paciente está recebendo, a equipe de
nutricionistas da cozinha se baseia no senso, na recomendação do médico e na
observação da nutricionista da clínica. Alterações que acontecem durante o dia
aparecem em um visor de televisão instalado na cozinha, justamente para alcançar
as alterações que ainda não foram feitas para o sistema.
D. Dietas ofertadas
Neste sentido, o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HEJSN), pode viabilizar
esse cenário, fornecendo uma alimentação adequada às necessidades nutricionais,
sensoriais e emocionais dos pacientes, por meio de cardápios adequados,
balanceados e atrativos dentro do limite de um hospital público. Um exemplo
vivenciado por nós foi que no dia do aniversário do paciente eles tentaram adaptar a
sobremesa a data comemorativa, como a de um paciente com dieta líquida restrita,
recebeu um bolo de gelatina colorido para comemorar seu aniversário.
DIETAS ORAIS
h) Renal: cardápio da dieta livre com mudança na opção proteica, pois só é ofertada
carne vermelha 1x por semana e assódica.
i) Renal conservador: para pacientes que não fazem diálise. Não é ofertado feijão. É
assódica.
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j) Renal dialítico: para pacientes que fazem diálise. É ofertado feijão. Não é ofertado
folhosos verdes escuros, na sobremesa não vai gelatina, esta é substituída por
frutas, podendo ser apenas maçã, pera, abacaxi ou melancia.
m) Sem glúten: as preparações são feitas sem trigo e aveia, no lanche é enviado
vitamina ou mingau no lugar do pão.
DIETA ENTERAL
É uma forma líquida de tratamento nutricional, aplicada quando o paciente não pode
ingerir alimentos sólidos por via oral. Nessa condição, todos os nutrientes obtidos
através da alimentação sólida devem ser igualmente mantidos na alimentação
líquida.
O Ministério da Saúde define nutrição enteral como todo e qualquer “alimento para
fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada especialmente formulada e
elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva
ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou
sistemas”
para diabéticos, com maior oferta calórica por ML, apresentar ingredientes mais
íntegros ou moléculas menores (facilitando absorção), estar livres de alguns
nutrientes (lactose, glúten).
Está indicada para pacientes com risco de desnutrição ou ingestão oral inadequada
(menos de 2/3 a 3/4 de suas necessidades nutricionais diárias); com trato digestivo
funcionante; estabilidade hemodinâmica. São candidatos a TNE pacientes que não
satisfazem suas necessidades nutricionais com a alimentação convencional e
contraindicadas em casos de instabilidade hemodinâmica, doença terminal,
obstrução mecânica do trato gastrointestinal, sangramento severo do TGI, vômitos
frequentes (severos), diarreias frequentes (rever terapia e gotejamento da dieta).
SUPLEMENTAÇÃO
Hiperproteica e hipercalórica oral: feita com nutren ou por fórmula feita pelo hospital
utilizando banana, aveia, leite em pó e adoçante.
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Ressalta-se que a fórmula desenvolvida pelo hospital não pode ser utilizada por
pacientes renais e só são enviados para diabéticos com observação.
Para consistência de Mel são necessárias 2 colheres de medida para cada 100ml.
4. CONCLUSÃO
1 – Identificação do paciente
Nome: A. A. O.
Sexo: Masculino
Idade: 83 anos
Naturalidade: Vitória-ES Nacionalidade: Brasileira
5 – Exame Físico
Data da realização: 16/11/2022
Geral: grave estado geral, corado, hidratado, acianótico, anictérico. afebril.
Neurológico: acordado, interage com examinador, pupilas isofotorreagentes,
obedece a comandos.
Respiratório: Eupneico, respiração espontânea, em ar ambiente, SAT: 95%.
Cardiovascular: ritmo cardíaco irregular, BNF e sem sopros audíveis. FC: 62
BPM, PA: 140/81 MMHG.
Abdômen: flácido, depressível, timpânico a percussão, sem massas ou
visceromegalias, sem sinais de irritação peritoneal, dieta enteral.
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7 – DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
Diagnóstico nutricional é realizado em até 24 h após admissão do paciente
através da triagem nutricional + sistematização da assistência nutricional.
Através da triagem e sistematização da assistência nutricional realizada no
dia 13/11, o paciente encontra-se bem nutrido e em risco nutricional devido
ao quadro crítico sendo classificado no nível primário de assistência
nutricional.
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8 – CÁLCULO NUTRICIONAL
O protocolo inicial utilizado para se realizar o cálculo das necessidades
energéticas do paciente é a fórmula de bolso, que consiste em 20 a 25
kcal/kg de peso em uma situação em que o objetivo é a perda de peso, em
uma situação de ganho de peso utiliza-se de 30 a 35 kcal/kg de peso.
É importante ressaltar que, ao dar entrada na UTI, o paciente encontra-se
hemodinamicamente instável e por isso, taxas menores de calorias e,
consequentemente, infusões são preconizadas, para promover uma melhor
adaptação do paciente à dietoterapia e alcançar maior tolerabilidade ao
tratamento.
As metas calóricas e proteicas definidas para o paciente de acordo com sua
patologia foram 1400 à 1750 kcals (20 - 25 kcal/kg) e a quantidade de
proteínas ficou entre 84 à 140 (1,2 - 2,0 g/kg/dia). Sendo esta, uma dieta
enteral de controle glicemico 1.0 - 45 ml/h (1000KCAL - 47G/ptn), no
momento sendo infundida Normoproteica e Normocalórica a 22 mL/h e com
boa tolerabilidade.
09 – EXAMES LABORATORIAIS
10 – INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE
Noradrenalina 5 ML/H
11 – INTERVENÇÃO NUTRICIONAL
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL: DIETA ENTERAL
A depender da resposta ao tratamento médico e da condição de evolução do
paciente e intervenções aplicadas pela equipe multidisciplinar, há a
necessidade de que seja retomada a dieta enteral, para que sejam ofertadas
calorias e nutrientes necessários à recuperação e melhora do quadro clínico
do paciente.
As indicações são de retomar a dieta enteral, de acordo com a viabilidade do
quadro, fazendo o aumento progressivo das calorias, com início em 20 à 25
kcal/kg e proteínas entre 1,2 - 2,0 g/kg/dia, à fim de proporcionar uma
tolerância a dietoterapia, sendo feitas reavaliações a cada 5 a 7 dias. Tais
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12 – EVOLUÇÃO CLÍNICA
Paciente passou por quadro cirúrgico então evolui para dieta zero no dia
16/11 sendo retomada no dia 18/11 após cirurgia.
13 - CONCLUSÃO
Embora o quadro do paciente ainda não seja totalmente determinado pela
junta médica, a nutrição desempenha um papel importante e estratégico na
equipe de tratamento multidisciplinar, fornecendo nutrientes e dando
suporte para que o quadro nutricional do paciente melhore. É importante
ressaltar que para que a dietoterapia seja aplicada, há a necessidade de que
o paciente esteja hemodinamicamente estável, com intuito de diminuir
possíveis complicações futuras.
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Link para acesso da apresentação em PowerPoint para facilitar a visualização:
Apresentação UTI.pptx
(https://docs.google.com/presentation/d/1VdfmTQJfh4-1KJYJJt-r9q5KBBoL9XCM/ed
it?usp=share_link&ouid=105879165052751965632&rtpof=true&sd=true)
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