Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
DO PACIENTE CRÍTICO
ADULTO DA ADMISSÃO
À ALTA HOSPITALAR
1. INTRODUÇÃO 04
1.1 Sistematização da atenção nutricional para o
paciente crítico
1.2 Jornada do paciente: da UTI à alta
RESUMO 72
SISTEMATIZAÇÃO DA ATENÇÃO
1.1 NUTRICIONAL PARA O
PACIENTE CRÍTICO1-5
Referências: 1. Ceniccola DG. Sistematizacao da atencao nutricional para pacientes criticos: uma proposicao. Tese de Doutorado. Disponivel em : https://repositorio.unb.br/handle/10482/34518, acessado 16/12/19. 2. Ceniccola
GD, et al, Relevance of AND-ASPEN criteria of malnutrition to predict hospital mortality in critically ill patients: A prospective study, Journal of Critical Care (2018). 3. Gonzalez MC et al., Complementarity of NUTRIC score and
Subjective Global Assessment for predicting 28-day mortality in critically ill patients, Clinical Nutrition. 4. Meijers JM, Tan F, Schols JM, Halfens RJ. Nutritional care; do process and structure indicators influence malnutrition
prevalence over time? Clin Nutr. 2014;33(3):459-465. 20. 5. Van Nie NC, Meijers JM, Schols JM, Lohrmann C, Spreeuwenberg M, Halfens RJ. Do structural quality indicators of nutritional care influence malnutrition prevalence in
Dutch, German, and Austrian nursing homes? Nutrition. 2014;30(11-12):1384-1390.
4
A sistematização da atenção nutricional é o processo que
define a atuação do nutricionista em uma linha de cuidado
multiprofissional para a prevenção e tratamento da desnutrição.
ESTRUTURA
São exemplos de indicadores de estrutura a escolha de
uma ferramenta de triagem e avaliação nutricional pela
instituição e treinamento de pessoal para sua realização.
PROCESSO
RESULTADOS
O monitoramento de desfechos clínicos, como a diminuição
do tempo de internação hospitalar, quando as metas de
triagem e avaliação nutricional são cumpridas, representam
melhoria em indicadores resultados. A divisão nos pilares
de qualidade ajuda na estratificação de indicadores de
qualidade e o seu monitoramento.
Referências: 1. Ceniccola DG. Sistematização da atenção nutricional para pacientes críticos : uma proposição. Tese de Doutorado. Disponível em : https://repositorio.unb.br/handle/10482/34518, acessado 16/12/19. 2. Ceniccola
GD, et al, Relevance of AND-ASPEN criteria of malnutrition to predict hospital mortality in critically ill patients: A prospective study, Journal of Critical Care (2018). 3. Gonzalez MC et al., Complementarity of NUTRIC score and
Subjective Global Assessment for predicting 28-day mortality in critically ill patients, Clinical Nutrition. 4. Meijers JM, Tan F, Schols JM, Halfens RJ. Nutritional care; do process and structure indicators influence malnutrition
prevalence over time? Clin Nutr. 2014;33(3):459-465. 20. 5. Van Nie NC, Meijers JM, Schols JM, Lohrmann C, Spreeuwenberg M, Halfens RJ. Do structural quality indicators of nutritional care influence malnutrition prevalence in
Dutch, German, and Austrian nursing homes? Nutrition. 2014;30(11-12):1384-1390.
6
JORNADA DO PACIENTE:
1.2 DA UTI À ALTA6,7
ADMISSÃO UTI
1ª SEMANA NA UTI
ENFERMARIA
ALTA HOSPITALAR
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE,
Molinger J, Haines K. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for Optimal Nutrition Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021
Apr;36(2):275-281.
JORNADA DO PACIENTE:
ADMISSÃO NA UTI6,7 ADMISSÃO NA UTI
PONTOS CRÍTICOS
O QUE AVALIAR?
QUAL
PROTOCOLOS QUANDO USAR? ASPECTOS IMPORTANTES PRÓS CONTRAS
INSTRUMENTO?
O escore ajuda
Ao iniciar a TN
Avaliação do Monitorar diariamente ou na a reconhecer Poucos estudos
GIDS ou na vigência de
abdômen vigência de intercorrências. a gravidade do de validação.
intercorrências
paciente.
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE, Molinger J, Haines K. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for
Optimal Nutrition Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021 Apr;36(2):275-281.
8
JORNADA DO PACIENTE
CRÍTICO: ABORDAGEM
DIFERENCIADA EM SUBGRUPO
- OBESOS6,7
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO INSTRUMENTOS SUGERIDOS LIMITAÇÕES E ADAPTAÇÕES
LEGENDA TABELA
IMC: índice de massa corporal; NRS 2002: Nutritional Risk Screening; AGS: Avaliação Global Subjetiva; GLIM: Global Leadership Initiative on Malnutrition; GIDS: gastrointestinal dysfunction score.
Referências: 6. Castro MG, et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave. BRASPEN J. 2018;33(Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE, et al. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for
Optimal Nutrition Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021;36(2):275-281.
JORNADA DO PACIENTE
CRÍTICO: ABORDAGEM
DIFERENCIADA EM SUBGRUPO
- DESNUTRIDO6,7
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO INSTRUMENTOS SUGERIDOS LIMITAÇÕES E ADAPTAÇÕES
JORNADA DO PACIENTE:
PRIMEIRA SEMANA NA UTI6,7
PONTOS CRÍTICOS
LEGENDA TABELA
IMC: índice de massa corporal; NRS 2002: Nutritional Risk Screening; AGS: Avaliação Global Subjetiva; GLIM: Global Leadership Initiative on Malnutrition; GIDS: gastrointestinal dysfunction score.
Referências: 6. Castro MG, et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave. BRASPEN J. 2018;33(Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE, et al. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for Optimal Nutrition
Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021;36(2):275-281.
10
1ª SEMANA NA UTI
O QUE AVALIAR?
QUAL
PROTOCOLOS QUANDO USAR? ASPECTOS IMPORTANTES PRÓS CONTRAS
INSTRUMENTO?
A maioria dos
Triagem Repetir após 1 Triar todos os pacientes Fácil, objetiva e pacientes já possui
NRS 2002
nutricional semana. internados. reprodutibilidade. risco na primeira
semana.
Pode ser comparada
Observar modificações Modificação do
Avaliação Repetir no fim da com dados da
AGS, GLIM provocadas pela doença avaliador, presença
nutricional semana. admissão e da 1ª
aguda. de edema.
semana.
Monitorar O monitoramento
Triagem de parâmetros em Níveis baixos de P, K e diário de exames Progressão muito
NICE, ASPEN
síndrome de pacientes em Mg devem ser repostos bioquímicos faz a lenta da TN leva ao
2019
realimentação dieta zero e com diariamente. progressão de TN déficit de nutrientes.
pouca TN. mais segura.
Junto da avaliação Comparar com as medições Baixo custo, fácil e Mais imprecisa na
Antropometria CB, CP, IMC
nutricional. anteriores. objetiva. presença de edema.
Monitoramento
objetivo de
Avaliação do Na vigência de Monitorar diariamente ou na Poucos estudos de
GIDS parâmetros
abdômen intercorrências. vigência de intercorrências. validação.
abominais da doença
aguda.
LEGENDA TABELA
TN: terapia nutricional; P: potássio; K: fósforo; Mg: magnésio; CB: circunferência do braço; CP: circunferência da panturrilha; IMC: índice de massa corporal.
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE, Molinger J, Haines
K. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for Optimal Nutrition Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021 Apr;36(2):275-281. doi: 10.1002/
ncp.10643. Epub 2021 Mar 18. PMID: 33734477; PMCID: PMC8276639.
JORNADA DO PACIENTE:
CRÍTICO CRÔNICO6,7
PONTOS CRÍTICOS
O QUE AVALIAR?
12
CRITICO CRÔNICO
QUAL
PROTOCOLOS QUANDO USAR? ASPECTOS IMPORTANTES PRÓS CONTRAS
INSTRUMENTO?
A maioria dos
pacientes já possui
Repetir junto Sempre retriar os
Triagem Fácil, objetiva risco na primeira
NRS 2002 com a avaliação pacientes sem risco na
nutricional e reprodutibilidade. triagem e o
nutricional. triagem anterior.
instrumento perde sua
importância.
Comparar com
Observar modificações Modificação do
dados da admissão e
Avaliação Repetir entre 7-10 provocadas no período avaliador, presença de
AGS, GLIM da avaliação anterior
nutricional dias. anterior e ao longo do edema dificultada na
e propor ajustes na
tempo. ausência de registros.
TN.
Monitorar O monitoramento
Triagem de parâmetros em Níveis baixos de P, K e diário de exames
NICE, ASPEN Mais imprecisa na
síndrome de pacientes em Mg devem ser repostos bioquímicos faz a
2019 presença de edema.
realimentação dieta zero e com diariamente. progressão de TN
pouca TN. mais segura.
LEGENDA TABELA
TN: terapia nutricional; P: potássio; K: fósforo; Mg: magnésio; CB: circunferência do braço; CP: circunferência da panturrilha; IMC: índice de massa corporal.
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE, Molinger J, Haines K. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for
Optimal Nutrition Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021 Apr;36(2):275-281. doi: 10.1002/ncp.10643. Epub 2021 Mar 18. PMID: 33734477; PMCID: PMC8276639.
JORNADA DO PACIENTE:
PÓS-UTI E REABILITAÇÃO6,7
PONTOS CRÍTICOS
Ingestão alimentar.
Sinergia entre TN e reganho do
desempenho funcional.
Transmissão do cuidado.
Simulação do ambiente do lar.
Inclusão em programas de
reabilitação e acompanhamento.
O QUE AVALIAR?
Aceitação da TN.
Aspectos de qualidade de vida.
Possibilidades de continuar a
reabilitação fora do ambiente
hospitalar.
Avaliação nutricional em até 10 dias.
14
ENFERMARIA
ALTA HOSPITALAR
QUAL
PROTOCOLOS QUANDO USAR? ASPECTOS IMPORTANTES PRÓS CONTRAS
INSTRUMENTO?
Comparar com
Observar modificações
dados da admissão e Mede poucos dados de
Avaliação Repetir entre 7-10 provocadas no período
AGS, GLIM da avaliação anterior capacidade funcional
nutricional dias. anterior e ao longo do
e propor ajustes na e força.
tempo.
TN.
Monitorar O monitoramento
Na enfermaria,
Triagem de parâmetros em Níveis baixos de P, K e diário de exames
NICE, ASPEN a frequência de
síndrome de pacientes em Mg devem ser repostos bioquímicos faz a
2019 realização de exames
realimentação dieta zero e com diariamente. progressão de TN
pode ser menor.
pouca TN. mais segura.
LEGENDA TABELA
TN: terapia nutricional; P: potássio; K: fósforo; Mg: magnésio; CB: circunferência do braço; CP: circunferência da panturrilha; IMC: índice de massa corporal.
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl 1):2-36. 7. Wischmeyer PE, Molinger J, Haines K. Point-Counterpoint: Indirect Calorimetry Is Essential for
Optimal Nutrition Therapy in the Intensive Care Unit. Nutr Clin Pract. 2021 Apr;36(2):275-281. doi: 10.1002/ncp.10643. Epub 2021 Mar 18. PMID: 33734477; PMCID: PMC8276639.
2
TRIAGEM
NUTRICIONAL
PARA PACIENTES
CRÍTICOS
16
DEFINIÇÃO DE TRIAGEM
2.1 NUTRICIONAL8
Referências: 8. Field LB, Hand RK. Differentiating malnutrition screening and assessment: a nutrition care process perspective. Journal of the Academy
of Nutrition and Dietetics. 2015;115(5):824-828.
RECOMENDAÇÃO
2.2 DE DIRETRIZ
FERRAMENTAS DE TRIAGEM
NUTRICIONAL DEVEM SER APLICADAS
EM PACIENTES CRÍTICOS?6
Sim, a triagem nutricional permite identificar indivíduos
que estão desnutridos ou em processo de desnutrição, que
se beneficiarão da TN precoce e individualizada.
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl 1):2-36.
18
COMPONENTES DAS TRIAGENS
NUTRICIONAIS PARA UTI9-11
NRS 2002
NUTRIC SCORE
Referências: 9. Kondrup J. Nutritional risk screening (NRS 2002): a new method based on an analysis of controlled clinical trials. Clinical Nutrition.
2003;22(3):321-336. 10. Heyland DK, Dhaliwal R, Jiang X, Day AG. Identifying critically ill patients who benefit the most from nutrition therapy: the
development and initial validation of a novel risk assessment tool. Crit Care. 2011;15(6):R268. 11. Kondrup J. Nutritional-risk scoring systems in the
intensive care unit. Current opinion in clinical nutrition and metabolic care. 2014;17(2):177-182.
INSTRUMENTOS DE TRIAGEM
E SEUS COMPONENTES
LEGENDA:
NRS 2002: Nutrition risk screening 2002; Nutrition Risk in Critically ill: NUTRIC score; SR (NICE): Triagem para Risco de síndrome de realimentação deselvolvida pelo National Institute for Health
and Care Excellence.
20
DETALHAMENTO DE CADA
2.3 FERRAMENTA DE TRIAGEM
Referências: 9. Kondrup J. Nutritional risk screening (NRS 2002): a new method based on an analysis of controlled clinical trials. Clinical
Nutrition. 2003;22(3):321-336.
NUTRITIONAL RISK SCREENING –
NRS 2002 – SEGUNDA ETAPA9
Referências: 9. Kondrup J. Nutritional risk screening (NRS 2002): a new method based on an analysis of controlled clinical trials. Clinical Nutrition. 2003;22(3):321-336.
22
THE NUTRITION RISK IN CRITICALLY
ILL (NUTRIC) SCORE10
Essa ferramenta indica que os pacientes críticos não são iguais quanto
ao seu benefício em receber a TN.
O estado hipermetabólico do paciente crítico é variável e advém,
principalmente, de trauma, inflamação e infecção. Uma de suas
consequências principais é a perda aguda de massa magra. O intuito da
TN precoce é reverter o déficit energético e minimizar a perda proteica.
Assim, a triagem nutricional identifica quem se beneficia mais em
receber terapia nutricional agressiva, o que significa, principalmente,
o início precoce e gradual da TN conforme a evolução e tolerância do
paciente e não a hiperalimentação precoce.
Referências: 10. Heyland DK, Dhaliwal R, Jiang X, Day AG. Identifying critically ill patients who benefit the most from nutrition therapy: the
development and initial validation of a novel risk assessment tool. Crit Care. 2011;15(6):R268.
IMPORTÂNCIA DE REALIZAR O NUTRIC10
Idade Desnutrição
Admissão
APACHE II hospitalar
SOFA prévia da UTI
Inflamação
IL6
crônica,
comorbidades (Opcional)
Deficiência de
Perda de massa magra Imunodepressão
micronutrientes
Referências: 10. Heyland DK, Dhaliwal R, Jiang X, Day AG. Identifying critically ill patients who benefit the most from nutrition therapy: the development and initial validation of a novel risk assessment
tool. Crit Care. 2011;15(6):R268.
24
APACHE II12,13
O APACHE II é um dos principais componentes do NUTRIC score. Ele é
composto de 12 variáveis fisiológicas e de 2 relacionadas à doença de base.
Para se calcular o escore, deve-se considerar o pior parâmetro verificado nas
primeiras 24h de internação na UTI (aquele que recebe a maior pontuação pela
tabela comparativa). Essa escala varia de 0 - 71 pontos. Devido à quantidade
de variáveis envolvidas, é muito recomendado que se utilizem calculadoras de
APACHE II amplamente disponíveis na internet. Mais que a numeração obtida,
a interpretação da pontuação pode mostrar rapidamente onde se encontram os
comprometimentos clínicos do paciente e sua gravidade.11,12
Referências: 12. Knaus WA, et al., APACHE II: a severity of disease classification system. Crit Care Med. 1985 Oct;13(10):818-29. 13. Yuan et al.
The significance of National Early Warning Score for predicting prognosis and evaluating conditions of patients in resuscitation room. Hong Kong
Journal of Emergency Medicine. 2018.
SOFA14,15
O SOFA é um escore de cálculo de morbidade que fornece informações sobre estimativa
de mortalidade. Ele é organizado pela seleção de 6 variáveis de obtenção simples, onde
cada uma representa 1 sistema do corpo. Cada variável adquire pontuação de 0 – 4, sendo
que o SOFA pode variar de 0 – 24 pontos. Para o cálculo do escore, deve-se considerar o
pior valor (aquele que recebe maior pontuação) das 24 horas consideradas na medição. O
SOFA pode ser repetido diariamente, o aumento no escore representa uma piora clínica. O
aumento de 2 unidades do SOFA é, atualmente, um parâmetro considerado no diagnóstico
da Sepse. Uma das vantagens do SOFA em relação a outros escores é que ele foi validado
para ser medido seriadamente, podendo sua variação ser interpretada como estimativa
da expectativa de sobrevida dos pacientes. Um aumento do SOFA nas primeiras 48h está
associado à taxa de mortalidade >50%, enquanto a manutenção do SOFA está associada à
taxa de mortalidade de 27% - 35% e seu decréscimo em uma taxa de mortalidade <27%13,14.
Para a obtenção do SOFA escore, sugere-se a utilização de calculadoras eletrônicas
disponíveis na internet.
Calculadoras de SOFA:
1. https://clincalc.com/IcuMortality/SOFA.aspx.
2. https://www.mdcalc.com/sequential-organ-failure-assessment-sofa-score.
3. http://www.medicinaintensiva.com.br/sofa.html.
Referências: 14. Vincent JL, de Mendonça A, Cantraine F, et al. Use of the SOFA score to assess the incidence of organ dysfunction/failure in intensive care units: results of a multicenter, prospective
study. Working group on “sepsis-related problems” of the European Society of Intensive Care Medicine. Crit Care Med. 1998;26(11):1793-800. 15. Ferreira FL, Bota DP, Bross A, et al. Serial evaluation of
the SOFA score to predict outcome in critically ill patients. JAMA. 2001;286(14):1754-8.
26
INTERPRETAÇÃO DA PONTUAÇÃO
OBTIDA NO NUTRIC SCORE
NUTRIC-S16
Com a maior difusão no Brasil do escore de risco SAPS-3, foi proposto
o Nutric-s, que substitui o APACHE II pelo SAPS-3 (ver tabela).
Referências: 16. Toledo DO et al. NUTRIC-S proposal: Using SAPS 3 for mortality prediction in nutritional risk ICU patients,Clinical Nutrition
Experimental, 2020;31:19-27, ISSN 2352-9393.
3
AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
NA UTI
28
DEFINIÇÃO: AVALIAÇÃO
3.1 NUTRICIONAL8
DEFINIÇÃO DE DESNUTRIÇÃO17
Referências: 8. Field LB, Hand RK. Differentiating malnutrition screening and assessment: a nutrition care process perspective. Journal of the
Academy of Nutrition and Dietetics. 2015;115(5):824-828. 17. Martindale RG, et al. Factors That Impact Patient Outcome: Nutrition Assessment.
Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2013;37:30S-38S.
O QUE DIZEM OS GUIDELINES?
DEFINIÇÃO:
3.2 ANTROPOMETRIA18
Referências: 6. Castro M.G. et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave BRASPEN J 2018; 33 (Supl
1):2-36. 18. Ciro Romelio Rodriguez-Añez. A ANTROPOMETRIA E SUA APLICAÇÃO NA ERGONOMIA. Revista Brasileira de
Cineantropometria & Desempenho Humano, Vol 3. 2001.
30
ANTROPOMETRIA PARA PACIENTES
3.2.1 CRÍTICOS19,20
Altura: Este dado é muito necessário, mas é de difícil obtenção, pois, na UTI, a
maioria dos pacientes são restritos ao leito e/ou sedados. A sua estimativa é
uma indicação geral de tamanho corpóreo e de ossos1. Ela pode ser obtida com
equações de estimativa, pela altura recumbente. Para a altura recumbente,
mede-se todo o comprimento do indivíduo ao longo do leito com fita métrica.
Altura do joelho (AJ): Essa media é necessária para estimar a altura por meio
de equações preditivas, como a de Chumlea et al., 1985. A altura do joelho
é obtida com o paciente sentado ou em posição supina, com o uso de um
paquímetro (ou fita métrica). Coloca-se o joelho do paciente flexionado em um
ângulo de 90º e mede-se a distância do calcanhar até a cabeça da tíbia.
Referências: 19. Simpson F, Doig GS. Physical Assessment and Anthropometric Measures for Use in Clinical Research Conducted in Critically
Ill Patient Populations. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, 2015;39: 313-321. 20. Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Anthropometric
standardization reference manual. Champaign: Human Kinetics Books, 1988. 21. Chumlea WC et al. Estimatingstature from knee height for
persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatr Soc. 1985; 33(2):116-20.
Peso atual: estimativas fidedignas do peso atual são de difícil obtenção em acamados
e/ou sedados, o que dificulta o uso de balanças convencionais. Mesmo assim, o peso
atual é uma das medidas mais úteis, sendo usada no ajuste de necessidades energéticas,
proteicas, drogas vasoativas e antibióticos23. Ele pode ser obtido por meio do uso de
macas, balança, guinchos corpóreos (Jacks) ou por equações preditivas (ver tabela).
Referências: 22. MacDonald JJ, Moore J, Davey V, Pickering S, Dunne T. The weight debate. J Intensive Care Soc. 2015;16(3):234–238. doi:10.1177/1751143714565059. 23. Chumlea WC, Guo SS,
Steinbaugh ML. Prediction of stature from knee height for black and white adults and children with application to mobility-impaired or handicapped persons. J Am Diet Assoc. 1994;94(12):1385-8.
24. Cristina martins. Antropometria. Instituto Cristina Martins. 2009. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2191654/mod_resource/content/1/Modulo_2-_antropometria.pdf.
Acesso: 3/1/20. 25. Singer, Pierre et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit. Clinical Nutrition, Volume 38, Issue 1, 48 - 79.
32
INTERPRETAÇÃO DA PERDA
PONDERAL (PP)26
Referências: 26.Blackburn GL, et al. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN J Parenter Enteral Nutr.
1977;1(1):11-22.
Circunferência do Braço (CB): essa medida representa o comprimento da
circunferência do braço no seu ponto médio. O ponto médio deve ser aferido com
o cotovelo formando um ângulo de 90 graus, medindo-se, com uma fita métrica,
a distância do olecrano ao acrômio. Feita essa marcação, obtém-se o registro da
circunferência nesse ponto sem a compressão da pele.26
TABELA INTERPRETATIVA20,27
Referências: 20. Lohman TG, et al. Anthropometric standardization reference manual. Champaign: Human Kinetics Books, 1988. 27. Frisancho AR. Triceps skin fold and upper arm muscle size norms
for assessment of nutrition status. Am J Clin Nutr. 1974;27(10):1052-1058.
34
TABELA DE ADEQUAÇÃO DA
CB EM RELAÇÃO AO ESTADO
NUTRICIONAL (EN)28
Circunferência de panturrilha (CP): Sua medida deve ser realizada com a perna
dobrada ou estendida, dependendo da limitação de mobilidade do paciente crítico.
Deve-se considerar o ponto de máxima circunferência, sempre com o cuidado de não
pressionar a pele.
O seu ponto de corte para a população idosa em homens e mulheres é de 31 cm, sendo
um bom indicador da capacidade funcional nessa população20,29.
Na população em geral, observa-se diminuição da CP durante a permanência na UTI30.
Referências: 20. Lohman TG, et al. Anthropometric standardization reference manual. Champaign: Human Kinetics Books, 1988.
28. Blackburn GL, Thornton PA. Nutritional assessment of the hospitalized patient. Med Clin North Am. 1979;63(5):11103-11115.
29. Tsai AC, et al. Mid-arm and calf circumferences (MAC and CC) are better than body mass index (BMI) in predicting health
status and mortality risk in institutionalized elderly Taiwanese. Arch Gerontol Geriatr. 2012;54(3):443-447. 30. Hwang YH, Choe
MA. J Korean Acad Nurs. 2008;38(6):874-880.
Índice de massa corporal (IMC): O IMC é um dos parâmetros antropométricos mais
utilizados no meio nutricional. Ele é definido como a divisão do peso pela altura
ao quadrado. O IMC é considerado internacionalmente como um dado que fornece
informações sobre a quantidade de tecido adiposo de populações, mas com limitações
no nível individual, como nos indivíduos obesos sarcopênicos. No outro extremo
do IMC, também pode-se dizer que existem limitações para seu uso isolado como
indicador de desnutrição32.
Referências: 32. Gonzalez, MC et al. A requiem for BMI in the clinical setting. Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care, 2017;20, 314–321. 33. World Health Organization–
WHO. Obesity: Preventing and Managing the Global Epidemic. pp. 276. Geneva: Report of a WHO Consulation on Obesity, 1998. 34. Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the
elderly. Prim Care. 1994; 21:55–67.
36
3.2.2 APLICAÇÃO DA ANTROPOMETRIA19,35
Referências: 19. Simpson F et al. Physical Assessment and Anthropometric Measures for Use in Clinical Research Conducted in Critically
Ill Patient Populations. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, 2015; 39: 313-321. 35. Lee, C et al. Morphomic Malnutrition Score:
A Standardized Screening Tool for Severe Malnutrition in Adults. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, 2018; 42: 1263-1271.
4
FERRAMENTAS
DE AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
38
CARACTERÍSTICAS
4.1 DOS INSTRUMENTOS DE
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL36-39
AGS
GLIM
Referências: 35. Detsky AS, et al. What is subjective global assessment of nutritional status? JPEN J Parenter Enteral Nutr. 1987;11(1):8-13. 36. Fontes D, et al. Subjective global assessment: a
reliable nutritional assessment tool to predict outcomes in critically ill patients. Clin Nutr. 2014;33(2):291-295. 37. Gattermann Pereira T, et al. Subjective Global Assessment Can Be Performed in
Critically Ill Surgical Patients as a Predictor of Poor Clinical Outcomes. Nutr Clin Pract. 2019;34(1):131-136. 38. Bector S, et al. Does the Subjective Global Assessment Predict Outcome in Critically
Ill Medical Patients? J Intensive Care Med. 2016;31(7):485-489.
40
PARA CADA ASPECTO AVALIADO MARCAR UM "X" OU ENTRAR COM
NUMERAÇÃO VERIFICADA NOS ASPECTOS INDICADOS POR "#"
A. História
1. Alteração no peso
___________________________________________________________________
A. Demanda metabólica (estresse): ______ sem estresse _____ baixo estresse ______
estresse moderado ________ estresse elevado.
C. Resultado da AGS
Referência: 39. Cederholm T, et al. GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition - A consensus report from the global clinical nutrition community. Clin Nutr. 2019;38(1):1-9
42
DOMÍNIO ETIOLÓGICO -
REDUÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR
OU ASSIMILAÇÃO
Dado indisponível.
Perda grave: > 10% em até 6 meses ou > 20% além de 6 meses.
Preservado.
Referência: 40. GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition – A consensus report from the global clinical nutrition community Cederholm, T.Jensen, Gordon L.Baptista, G. et al. Clinical
Nutrition, 38(1):1-9.
44
DOMÍNIO FENOTÍPICO - BAIXO IMC
Dado indisponível.
IMC >22 para >70 anos ou IMC >20 para menores de 70 anos.
DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO
CONSIDERANDO GRAVIDADE E ETIOLOGIA
GRAVIDADE DOENÇA
USO DO
ULTRASSOM
PARA AVALIAR
MASSA MAGRA E
TECIDO ADIPOSO
NA AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
46
USO DO ULTRASSOM NA AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL39,40-44
Referências: 39. Cederholm T, et al. GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition - A consensus report from the global clinical nutrition
community. Clin Nutr. 2019;38(1):1-9. 40. Nakanishi N, et al. Monitoring of muscle mass in critically ill patients: comparison of ultrasound and
two bioelectrical impedance analysis devices. J Intensive Care. 2019;7:61. 41. Ceniccola GD, et al. Current technologies in body composition
assessment: advantages and disadvantages. Nutrition. 2019;62:25-31. 42. Formenti P, et al. Clinical review: peripheral muscular ultrasound
in the ICU. Ann Intensive Care. 2019;9(1):57. 43. Rodrigues CN, et al. Ultrasonography to assess body composition: Relevance of training.
Nutrition. 2020;70:110523. 44. Tillquist M, et al. Bedside ultrasound is a practical and reliable measurement tool for assessing quadriceps
muscle layer thickness. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2014;38(7):886-890.
Para a medição do RF, uma das medidas de escolha é a altura de 2/3
do comprimento do fêmur, também são utilizadas a medida de ½ e a
distância de 10 cm da patela43. Podem ser obtidas tanto a área de um
corte transversal do RF como também a sua espessura. As figuras, que
utilizam o programa de acesso livre ImageJ para a quantificação de área
e espessura, ilustram essas medidas.
3.35 cm 1.92 cm
Referências: 39. Cederholm T, et al. GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition - A consensus report from the global clinical nutrition community. Clin Nutr. 2019;38(1):1-9. 40. Nakanishi N,
et al. Monitoring of muscle mass in critically ill patients: comparison of ultrasound and two bioelectrical impedance analysis devices. J Intensive Care. 2019;7:61. 41. Ceniccola GD, et al. Current
technologies in body composition assessment: advantages and disadvantages. Nutrition. 2019;62:25-31. 42. Formenti P, et al. Clinical review: peripheral muscular ultrasound in the ICU. Ann
Intensive Care. 2019;9(1):57. 43. Rodrigues CN, et al. Ultrasonography to assess body composition: Relevance of training. Nutrition. 2020;70:110523. 44. Tillquist M, et al. Bedside ultrasound is a
practical and reliable measurement tool for assessing quadriceps muscle layer thickness. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2014;38(7):886-890.
48
6
EXAMES
BIOQUÍMICOS
USADOS NA
INTERPRETAÇÃO
DO ESTADO
NUTRICIONAL45
Os exames laboratoriais, principalmente quando pensamos no estado nutricional do paciente
crítico, devem ser interpretados como uma avaliação de suporte para realizar o diagnóstico
de desnutrição. Esse último é mais direcionado por determinantes da interpretação do exame
físico e de aspectos da história do paciente. A avaliação do perfil inflamatório do paciente crítico
e também da assimilação de nitrogênio são exemplos de marcadores bioquímicos úteis para
essa avaliação. Outro exemplo é o reconhecimento de distúrbios hidroeletrolíticos que atuam na
síndrome da realimentação que é abordada em seção própria.45
Referência: 45. Shishira Bharadwaj et al. Malnutrition: laboratory markers vs nutritional assessment. Gastroenterology Report, 4(4), 2016, 272–280.
49
BALANÇO NITROGENADO46,47
Balanço nitrogenado (g/dia) = Ingestão de Nitrogênio (g/dia) – Perdas de Nitrogênio
(g/dia)
- Ingestão de Nitrogênio (g/dia) = ingestão proteica (g/dia)/6.25*
- Perda de Nitrogênio (g/dia) = (ureia urinária de 24h (g)) x (volume urinário de 24h (L)) x 0,47 + 4**.
MARCADORES BIOQUÍMICOS DE
INFLAMAÇÃO NO CONTEXTO DA
DESNUTRIÇÃO39,45,48,49
50
Por isso, tanto a PCR quanto a Albumina atuam na interpretação do
estado nutricional de pacientes críticos como um marcador indireto
de inflamação, que quando sustentados, são fatores de risco para a
desnutrição, sendo contemplados em ferramentas de avaliação de
desnutrição40,49.
Uma sugestão de pontos de corte para interpretação de inflamação
de pacientes críticos foi proposta recentemente por Nakamura e
colaboradores4. Albumina: 3.0 g/dL, PCR: 2.0 mg/dL.
Referências: 39. Cederholm T, et al. GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition - A consensus report from the global clinical nutrition
community. Clin Nutr. 2019;38(1):1-9. 45. Bharadwaj S, et al. Malnutrition: laboratory markers vs nutritional assessment. Gastroenterol Rep (Oxf).
2016;4(4):272-280. 48. White JV, et al. Consensus statement: Academy of Nutrition and Dietetics and American Society for Parenteral and Enteral
Nutrition: characteristics recommended for the identification and documentation of adult malnutrition (undernutrition). JPEN J Parenter Enteral
Nutr. 2012;36(3):275-283. 49. Nakamura K, et al. Clinical Criteria for Persistent Inflammation, Immunosuppression, and Catabolism Syndrome:
An Exploratory Analysis of Optimal Cut-Off Values for Biomarkers. J Clin Med. 2022;11(19):5790. 50. Bae HJ, et al. Prealbumin levels as a useful
marker for predicting infectious complications after gastric surgery. J Gastrointest Surg. 2011;15(12):2136-2144.
7
RETRIAGEM E
REAVALIAÇÃO
NUTRICIONAL 1,51-52
52
As retriagens e reavaliações nutricionais servem para
detectar alterações agudas do estado nutricional e são a
possibilidade para o ajuste no plano alimentar.
Referências: 1. Ceniccola,D. G. Sistematizacao da atencao nutricional para pacientes criticos : uma proposicao. Tese de Doutorado. Disponivel
em : https://repositorio.unb.br/handle/10482/34518. 51. BRASIL. Resolucao RDC no 503 de 27 de maio de 2021. Regulamento Tecnico sobre
os requisitos minimos exigidos para a Terapia de Nutricao Enteral. Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria. 52. Alzaid
F et al. Nutritional Screening Tools in Critical Care. In: Rajendram R., Preedy V.R., Patel V.B. (eds) Diet and Nutrition in Critical Care, 2015.
8
GASTROINTESTINAL
DYSFUNCTION
SCORE (GIDS)
Referência: 54. Reintam Blaser A et al. Development of the Gastrointestinal Dysfunction Score (GIDS) for critically ill patients - A prospective multicenter observational study (iSOFA study). Clin
Nutr.2021;40(8):4932-4940.2
54
COMO USAR O GIDS?54
Referência: 54. Reintam Blaser A et al. Development of the Gastrointestinal Dysfunction Score (GIDS) for critically ill patients - A prospective multicenter observational study (iSOFA study). Clin
Nutr.2021;40(8):4932-4940.
56
9
A TRIAGEM PARA
IDENTIFICAR
RISCO DE
SÍNDROME DA
REALIMENTAÇÃO
(SR)
57
DEFINIÇÕES PARA A SÍNDROME
DE REALIMENTAÇÃO (SR)55,56
Referências: 55. National Institute for Health and Clinical Excellence. Nutrition support in adults Clinical guideline CG32. 2006, updated 2017. 56. Da Silva JSV et al. ASPEN Consensus
Recommendations for Refeeding Syndrome. Nutrition in Clinical Practice, 2020; 35: 178-195.
58
FATORES DE RISCO PARA (SR)
SEGUNDO ASPEN 202056
Fatores de risco para síndrome de realimentação e sua classificação segundo
os critérios da Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral:
Referências: 56. Da Silva JSV et al. ASPEN Consensus Recommendations for Refeeding Syndrome. Nutrition in Clinical Practice, 2020;
35:178-195.
10
INTERPRETAÇÃO DO
USO DE ESCORES,
TRIAGENS E
AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
PARA O INÍCIO
DA TERAPIA
NUTRICIONAL
60
COMO DEVEMOS USAR ESSES
INSTRUMENTOS?
Realizar a avaliação
Triagem nutricional Preditor de nutricional e individualizar
(NRS 2002) desnutrição. a TN conforme diagnóstico
nutricional
No alto risco
Risco nutricional
(NUTRIC)
Início precoce
Risco de disfunção
Risco de e lento
gastrointestinal
mortalidade.
Avaliação
quantitativa
da oferta de No risco extremo
nutrientes.
Risco de síndrome
de realimentação Início precoce
e superlento
O QUE PRECISAMOS AVALIAR PARA
INICIAR A TERAPIA NUTRICIONAL?8,10,54-55
Referências: 8. Field LB, Hand RK. Differentiating malnutrition screening and assessment: a nutrition care process perspective. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. 2015;115(5):824-
828. 10. Heyland DK, Dhaliwal R, Jiang X, Day AG. Identifying critically ill patients who benefit the most from nutrition therapy: the development and initial validation of a novel risk assessment tool.
Crit Care. 2011;15(6):R268. 54. Reintam Blaser A et al. Development of the Gastrointestinal Dysfunction Score (GIDS) for critically ill patients - A prospective multicenter observational study (iSOFA
study). Clin Nutr. 2021;40(8):4932-4940. 55. National Institute for Health and Clinical Excellence. Nutrition support in adults Clinical guideline CG32. 2006, updated 2017.
62
O QUE PRECISAMOS MONITORAR PARA
AJUSTAR A TERAPIA NUTRICIONAL AO
LONGO DA JORNADA DO PACIENTE
CRÍTICO?8,10,54-55
Referências: 8. Field LB, Hand RK. Differentiating malnutrition screening and assessment: a nutrition care process perspective. Journal of the
Academy of Nutrition and Dietetics. 2015;115(5):824-828. 10. Heyland DK, Dhaliwal R, Jiang X, Day AG. Identifying critically ill patients who
benefit the most from nutrition therapy: the development and initial validation of a novel risk assessment tool. Crit Care. 2011;15(6):R268.
54. Reintam Blaser A et al. Development of the Gastrointestinal Dysfunction Score (GIDS) for critically ill patients - A prospective multicenter
observational study (iSOFA study). Clin Nutr. 2021;40(8):4932-4940. 55. National Institute for Health and Clinical Excellence. Nutrition support
in adults Clinical guideline CG32. 2006, updated 2017.
11
MONITORAMENTO
DAS ETAPAS DA
SISTEMATIZAÇÃO
DA ATENÇÃO
NUTRICIONAL POR
INDICADORES DE
QUALIDADE
64
INDICADORES DE QUALIDADE APLICADOS NA
SISTEMATIZAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL4
Os indicadores devem atuar na verificação das etapas de triagem, avaliação
nutricional, nas reavaliações e no monitoramento das intervenções.
Utilizar indicadores simples e que sejam voltados para cada um dos pilares do
modelo de qualidade de Donabedian aplicados para a terapia nutricional (estrutura,
processo e resultados).
Construir uma ficha técnica para a definição precisa dos parâmetros de monitoramento
de cada indicador nutricional.
INDICADORES DE ESTRUTURA
INDICADORES
Triagem nutricional
DE RESULTADO
Diagnóstico de desnutrição
Recursos humanos Melhor padrão de
Educação continuada em TN qualidade.
Monitoramento das
intervenções nutricionais
e suas metas.
Custo/benefício.
INDICADORES DE PROCESSO Redução de taxas de
desnutrição.
Efetividade das triagens
Redução da mortalidade
Efetividade das avaliações nutricionais e do tempo de internação.
Adequação dos registros de atividades
Referências: 4. Meijers JM, et al. Nutritional care; do process and structure indicators influence malnutrition prevalence over time?. Clin
Nutr. 2014;33(3):459-465. 56. Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA. 1988;260(12):1743-1748. 57. Indicadores
de qualidade em terapia nutricional: 10 anos de IQTN no Brasil: resultados, desafios e propostas / [coordenação científica Dan Linetzky
Waitzberg] - 3. ed. - São Paulo: ILSI Brasil, 2018.
INDICADORES DE QUALIDADE
APLICADOS NA SISTEMATIZAÇÃO
DA ATENÇÃO NUTRICIONAL5,56
ESTRUTURA
PROCESSO
RESULTADO
Referências: 5. van Nie NC, et al. Do structural quality indicators of nutritional care influence malnutrition prevalence in Dutch, German, and Austrian nursing homes? Nutrition. 2014;30(11-12):1384-
1390. 56. Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA. 1988;260(12):1743-1748.
66
FICHA TÉCNICA DE UM INDICADOR
DE QUALIDADE57
Referência: 57. Indicadores de qualidade em terapia nutricional: 10 anos de IQTN no Brasil: resultados, desafios e propostas / [coordenação
científica Dan Linetzky Waitzberg] - 3. ed. - São Paulo: ILSI Brasil, 2018.
12
DIRETRIZES
DE TERAPIA
NUTRICIONAL NO
RISCO NUTRICIONAL,
DESNUTRIÇÃO E
OBESIDADE
68
ASPEN GUIDELINES 2016 – INÍCIO DA TN58
RECOMENDAÇÃO C1 DA ASPEN 2016
DIRETRIZ DE TN DO
PACIENTE GRAVE 20186
QUANDO DEVEMOS UTILIZAR A NUTRIÇÃO ENTERAL
HIPOCALÓRICA/TRÓFICA OU PLENA EM PACIENTES
CRÍTICOS?
Pacientes desnutridos ou em alto RN só devem receber terapia
nutricional trófica em caso de baixa tolerância gastrointestinal.
Referências: 6. Castro MG, et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave. BRASPEN J. 2018;33(Supl 1):2-36. 58. Taylor
BE, et al. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care
Medicine (SCCM) and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). Crit Care Med. 2016;44(2):390-438.
SUGESTÃO DE INÍCIO DA TN NA VIGÊNCIA
DE RISCO DE SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO
SEGUNDO NICE54
DIRETRIZ DE TN DO
PACIENTE GRAVE 20186
Referências: 6. Castro MG, et al. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave. BRASPEN J. 2018;33(Supl 1):2-36. 54. National Institute for Health and Clinical Excellence. Nutrition
support in adults Clinical guideline CG32. 2006, updated 2017. Disponível em: HYPERLINK http://www.nice.org.uk/page.aspx?o=cg032 www.nice.org.uk/page.aspx?o=cg032 acessado em 01/06/2023.
70
DIRETRIZ DE TN DO
PACIENTE GRAVE 20186
72
SUGESTÃO NESTLÉ DE APLICABILIDADE PRÁTICA
DA TNE DA UTI AO PÓS-UTI
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS NECESSIDADES
CLÍNICAS OBJETIVOS NUTRICIONAIS
PRECOCE E TARDIA59-61
• Prevenir a intolerância
• Inflamação persistente à NE e SGI
• KCAL: 25 a 30kcal/kg/d
• Imunossupressão • Estímulo anabólico
• PTN: > 1,5 -2gPTN/kg/d
• Síndrome do catabolismo • Manejo de sintomas
persistentes
• Estímulo anabólico
FASE PÓS-UTI62
LEGENDA DA TABELA
DGI: disfunção gastrointestinal; NE: nutrição enteral; SGI: sintoma gastrointestinal; LPP: lesão por pressão.
*Naturalmente presente em proteínas lácteas.
Referências: 59. De Waele et al. Indirect Calorimetry In Critical Illness: A New Standard of Care? Curr Opin Crit Care. 2021; 27(4): 334–343. 60. Lambell et al. Nutrition therapy in critical illness: a review of the literature for
clinicians. Critical Care, 2020;24:35. 61. Whittle J et al. Persistent hypermetabolism and longitudinal energy expenditure in critically ill patients with COVID-19. Critical Care, 2020;24:581. 62. Van Zanten ARH et al. Nutrition therapy
and critical illness: practical guidance for the ICU, post-ICU, and long-term convalescence phases. Crit Care, 2019;23(1):368.
74
SUGESTÃO
DE CONDUTA
FAVORECIMENTO METABÓLICO:
Terapia nutricional, 100% proteína do soro do leite
facilitando absorção, esvaziamento gástrico, digestibilidade
e tolerância.
ESTÍMULO ANABÓLICO:
Intervenção hiperproteica, com adequação calórica, fibras e
leucina* para atender a necessidade metabólica.
DGI + DIARREIA:
Fórmula especializada, com fibras, parte da terapia nutricional
durante a diarreia e DGI.
HIPERGLICEMIA PERSISTENTE:
Suporte nutricional especializado que contribui para
estabilização glicêmica durante a terapia insulínica.
LPP E FERIDAS:
Fórmula hiperproteica, com adição de arginina e prolina, sem
adição de sacarose e alto teor de micronutrientes específicos
que contribuem para aceleração do processo cicatricial.
PÓS-OPERATÓRIO COMPLICADO:
Intervenção nutricional, com arginina, ômega 3 e nucleotídeos
que podem contribuir para redução da inflamação, melhora da
resposta imune e prognóstico pós-operatório.