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Material de apoio de Biologia da 11ª Classe referente ao I trimestre-2021/2022

Elaborado por: Marcial Paradigma

Elaborado por: Marcial Paradigma

Luanda-2021/2022

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Material de apoio de Biologia da 11ª Classe referente ao I trimestre-2021/2022
Elaborado por: Marcial Paradigma

Respiração celular

A respiração celular é o processo qual o a célula extrai energia química acumulada nos
mais diferentes compostos orgânicos.
A energia é liberada sob a forma de ATP que vai ser utilizada para manter as funções
vitais. O ATP (adenosina Trifosfato) é composto por adenina, ligado a uma ribose e esta
por sua vez ligado ao grupo fosfato. Esta ao ser hidrolisada (quebrada) libera energia e
forma ADP.
Existem dois tipos que diferem no facto de ocorrerem na presença ou não de oxigénio.
a) Respiração Anaeróbica: sem oxigénio livre.
b) Respiração aeróbica: na presença de oxigénio livre.

Respiração Anaeróbica
Neste, a molécula de glicose é quebrada dando origem a duas moléculas de ácido
pirúvico com consumo de 2 moléculas de ATP. A fermentação do piruvato pode dar
origem a ácido láctico chamando-se por isso fermentação láctica, ou a álcool,
fermentação alcoólica com igual produção de 4 ATP sendo que balanceado temos
apenas 2 ATP.
É preponderante lembrar que na respiração anaeróbia a glicose nunca é degradada
completamente.
A anaerobiose é típica de algumas bactérias e fungos. Ate mesmo as células musculares
do nosso organismo quando sob stress recorrem ao mesmo mecanismo para obtenção de
energia.

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Respiração Aeróbica

Neste, ocorre a degradação completa da glicose com produção de grande quantidade de


energia. A reacção ocorre em 3 fases e em lugares diferentes:
1. Glicólise (no hialoplasma),
2. Ciclo de Krebs (na Matriz Mitocondrial) e,
3. Cadeia respiratória (nas cristas mitocondriais).
Neste processo a glicose reage com oxigénio originando CO2 e H2O mais 40 ATP, que
com consumo de 2 ATP dá um balanço de 38 ATP, como se verifica:
C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O + 38ATP

Glicólise
É a quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico. Ocorre no hialoplasma, na
ausência de oxigénio.
No início deste processo, é consumida duas moléculas de ATPs. Ao longo da glicólise
ocorre liberação de quatro moléculas de ATPs dando um saldo energético de duas
moléculas de ATPs. Os eletrões de H se ligam a transportadores chamados de NAD
formando NADH2 que nessa fase são dois formados.

Ciclo de Krebs
Também denominado ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico, ocorre na
matriz mitocondrial.
Ao penetrar na mitocôndria, cada molécula de ácido pirúvico (3C) reagem com
Coenzima-A originando a acetil-CoA e NADH2 que penetra na matriz iniciando o Ciclo
de Krebs. Neste processo ocorre a formação de CO2 que se difunde para fora da célula.
Como são formadas duas moléculas de ácido pirúvico por molécula de glicose, ocorrem
dois ciclos de Krebs.
Em cada ciclo são formados:
1- 3 NAD (Nicotinamida adenina dinucleotídeo) se reduzem a 3 NADH2.

2- 1 FAD se reduz a 1 FADH2 (Flavina adenina dinucleotídeo).

3- Ocorre a produção de 1 ATP por fosforilação do substrato.

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OBS.: Cada molécula de NAD corresponde a 3 ATP e cada molécula de FAD


corresponde a 2 ATPs.

Cadeia respiratória

Também denominada fosforilação oxidativa, ocorre nas cristas mitocondriais no nível


das partículas elementares internas.

Os hidrogénios retirados nas reações já descritas e presentes nas moléculas de NADH2 e


FADH2 são transportados até oxigénio presente nas cristas mitocondriais, formando
água. Assim, o oxigénio representa o aceptor final de hidrogénios na cadeia respiratória.
Na cadeia respiratória, ocorre a participação de 10 moléculas de NAD que se reduzem a
NADH2 provenientes da glicólise e do ciclo de Krebs, permitindo a formação de 30
ATPs, e duas moléculas de FAD, que se reduzem a FADH2, permitindo a formação de
mais 4 ATPs.

Assim, no final da cadeia respiratória, há formação de 34 ATP. Como são formados


duas ATP na glicólise e 2 ATPs no cíclo de Krebs, a respiração celular aeróbia leva à
produção 38 ATPs.

ACTIVIDADE

1- Debruce sobre os tipos de respiração celular existentes.

2- Diferencie respiração aeróbica da anaeróbica.

3- Em quantas fases está dividida a Respiração celular aeróbia?

4- Quantos ATP são produzidos na quebra de uma molécula de Glicose?

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Núcleo Celular

É a porção da célula que coordena o funcionamento celular e determina os mecanismos


de hereditariedade.
Hereditariedade refere-se ao conjunto de processos biológicos que permitem que cada
ser vivo receba e transmita informações genéticas através da reprodução.
A presença do núcleo é a principal característica que distingue as células eucariotas.
Ocupa 10% do volume total da célula e nele se encontra o ADN excepto o das
mitocôndrias.
Geralmente cada célula eucariota apresenta um núcleo, mais existem células que
apresentam mais de um, por exemplo: Os protozoários ciliados têm dois, um
micronúcleo e um macronúcleo.
Algumas células podem ser multinucleadas, tal como as células musculares estriadas,
outras não possuem núcleo na fase adulta como as hemácias.

Componentes do núcleo
Os principais componentes estruturais do núcleo são: Membrana nuclear, Suco
nuclear, Nucléolo e Cromatina.
1. Membrana Nuclear: é também chamada de carioteca (cario=núcleo;
teca=casca ou envoltório) ou cariomembrana que tal como a membrana celular
é composto por um dupla camada lipoproteíca que encerra o conteúdo nuclear.

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Essa membrana origina-se do RE e é invisível ao MO. Ao ME fica evidente um espaço


virtual entre as duas camadas chamado espaço perinuclear com inúmeros poros que
facilitam a troca de substâncias e até macromoléculas com o citoplasma. Essa
membrana possui as mesmas propriedades que a membrana citoplasmática excepto a
regeneração.

. 2. Suco Nuclear: Também denominado cariolinfa, carioplasma, nucleolinfa e


nucleoplasma, é um coloide incolor que preenche o núcleo, é onde se situam o nucléolo
e a cromatina. É constituído principalmente de água e proteínas ARNs, nucleótidos, iões
e outras estruturas nucleares.

3 Nucléolo: É uma estrutura nuclear mergulhada no nucleoplasma, sendo


observado em número de um ou mais

É formado de ARN ribossómico (RNAr) e proteínas, sem membrana lipoprotéica


envolvente, apresenta também pequena quantidade de ADN, correspondente a
cromatina que contem os genes codificadores dos RNAs ribossomais, denominado
DNAr.

Em células que sintetizam grande quantidade de proteína, os nucléolos são mais


numerosos e volumosos, já que eles formam os ribossomas.

4. Cromatina: representa o material genético contido no núcleo. Quimicamente, a


cromatina é resultante da associação entre proteínas simples (histonas) e
moléculas de ADN. No núcleo interfásico a cromatina é vista como um
emaranhado de filamento longos e finos chamado de cromonema quem contém
zonas densas chamadas de heterocromatinas e zonas mais claras chamadas de
eucromatina. Na altura da divisão celular os cromonemas condensam-se ficando
curtos e grossos chamados agora de cromossomas que podem ser visto
individualmente a MO.

ACTIVIDADE

1. O que entendes por núcleo?


2. Quais são as porções do núcleo?
3. Esmiuça as funções de cada porção do núcleo?

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4. A condensação da cromatina dá origem a que estrutura?

Cromossomas

Cada cromossoma tem duas constrições, uma central chamada de centrómero que
divide o cromossoma em duas partes chamadas de braços ou cromátides. A
extremidade do cromossoma possui outra constrição que dá origem aos telómeros que
são zonas especiais de estabilidade estrutural dos cromossomas bem como iniciar o
pareamento dos cromossomos homólogos.

Tipos de cromossomas
Quanto a posição do centrómero os cromossomas podem ser:
1. Telocêntricos: centrómero terminal com um braço apenas.
2. Acrocêntrico: centrómero quase terminal com um braço bem maior que o outro
3. Submetacêntricos: centrómero levemente deslocado do centro resultando em
braços com proporções desiguais.
4. Metacêntricos: centrómero mediano com braços de iguais proporções.

Quanto ao número de cromátides, os cromossomas podem ser:


1. Simples: possuem dois braços.

2. Duplos: possuem quatro braços.

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Por outra, a forma como os cromossomas se agrupam determinam o tipo de célula, a


saber:
1. Células Haploides: são células que não apresentam cromossomos homólogos,
possuindo apenas um de cada par.

Ex.: Células sexuais.

2. Células Diplóides: são células que apresentam pares de cromossomas homó-


logos, (2n). Ex. Células somáticas.

O número de cromossomas determina se a célula é somática (46 células) e sexual ou


germinativa (23 cromossomas).

Determinação do género na espécie humana.


O número de cromossomas de cada espécie é denominado cariótipo. Inclui-se também
no cariótipo a forma e morfologia (características que se repetem) dos cromossomas de
cada espécie.

Na espécie humana o cariótipo é constituído por 23 pares (46 cromossomas) de


cromossomas homólogos sendo 22 autossomas e 1 par de cromossomas sexuais ou
heterocromossomas, sendo que estes últimos diferem determinando com isso o sexo na
espécie.

Homem: 44 autossomas + XY

Mulher: 44 autossomas + XX

ACTIVIDADE

1. O que entendes por cromossomas?


2. Como se classificam os cromossomas quantos a posição do centrômero?
3. Quanto ao número de braços, come se classificam os cromossomas?
4. Diferencie a célula Haploide da Diploide.
5. Como se classificam as células quanto ao número de cromossomas?

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Aberrações cromossómicas
As aberrações cromossómicas Representam qualquer alteração na estrutura ou no
número de cromossomos de uma célula. As alterações do número de cromossomos
classificam-se em:
1. Euploidias – São Aberrações que envolvem Ganho ou perda de um ou mais
genomas. Casos de euploidia não ocorrem na espécie humana.
2. Aneuploidias – São aberrações que envolvem Ganho ou perda de um número
pequeno de cromossomos (em geral, um ou dois). São conhecidos casos de
monossomia (2n - 1), nulissomia (2n - 2), trissomia (2n + 1).
3. As aneuploidias são decorrentes de erros na distribuição dos cromossomos
durante a divisão celular. As principais aneuploidias humanas são: Síndrome de
Down, Síndrome de Klynefelter e Síndrome de Turner.

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Ácidos Nucleicos
Os ácidos nucleicos são compostos polinucleotídicos ligados em cadeia e controlam a
atividade celular, designadas por isso de moléculas mestras. Eles encontram-se ligadas a
proteínas chamadas de nucleoproteínas.
Existem dois tipos de ácidos nucleicos que são: Ácido Desoxirribonucleico (ADN) e
Ácido Ribonucleico (ARN).
A fim de se compreender a estrutura dos ácidos nucleicos é necessário uma
consideração de suas unidades básicas.

Nucleotídeos
São as unidades formadoras dos ácidos nucleicos. Cada nucleotídeo é formado por:
1. Uma molécula de ácido fosfórico
2. Uma molécula de pentose
3. Uma molécula de base nitrogenada
Nesta molécula, o ácido fosfórico liga-se a pentose e esta por sua vez liga-se a base
nitrogenada. O mesmo ocorre na formação de polinucleotídeos, onde o grupo fosfato de
um nucleotídeo liga-se a pentose de outro formando os ácidos nucleicos.
Existem dois tipos de pentoses que entram na constituição dos nucleotídeos: ribose
(C5H10O5), encontrada nos nucleotídeos do ARN e desoxirribose (C5H10O4), encon-
trada nos nucleotídeos do ADN.
As bases nitrogenadas que entram na constituição dos ácidos são divididas em: Bases
púricas e Pirimidínicas.
As bases púricas são comuns a todos os ácidos nucleicos, são elas: a Adenina (A) e
Guanina (G), elas são formadas por dois anéis de átomos de carbono e nitrogénio.

As bases Pirimidínicas diferem das púricas por na sua constituição conterem apenas
um anel de carbono e nitrogénio. Fazem parte deste grupo a Timina (T), a Citosina (C) e
Uracilo (U). Destes, a Citosina é exclusiva do ADN e o Uracilo do ARN.

ACTIVIDADE
1. O que entendes por ácidos nucleicos?
2. Quantos tipos de ácidos nucleicos existem?
3. Como estão constituídos os ácidos nucleicos?

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4. Qual a diferença entre o ADN e o ARN?

Ácido Desoxirribonucleico

O modelo da molécula de ADN conhecido por nós hoje foi proposto em 1953 por James
Watson e Francis Crick. De acordo com Eles, a molécula de ADN é composta por uma
dupla hélice composta por uma desoxirribose e radical fosfato com as bases
nitrogenadas dispondo-se perpendicularmente a estes.

Podemos ainda de modo simples dizer que a Molécula de ADN é composta por duas
fitas constituídas por desoxirribose e grupo fosfato entrelaçados e ligados entre si
através das bases nitrogenadas por pontes de hidrogénio.

Essas bases nitrogenadas têm ligações extremamente específicas, sendo que: a Adenina
liga-se sempre a Timina e Citosina liga-se a Guanina. Sendo assim é razoável
concluir que o número de bases púricas é sempre igual ao número de bases
pirimidínicas, já que as ligações são de uma purina com uma pirimidina.

Localização e função do ADN

O ADN localiza-se principalmente no núcleo fazendo parte da constituição dos


cromossomas. Pode ser encontrado também nos cloroplastos e nas mitocôndrias de
certos tipos celulares.

O ADN é o responsável pela determinação das características hereditárias, além de


comandar o funcionamento celular e promover a síntese do ARN. O ADN tem também
a capacidade de Auto duplicar-se, esse processo ocorre em duas fases:

a) Separação das hélices: ocorre rompimento das pontes de hidrogénio entre as


bases nitrogenadas.
b) União das hélices: nesta fase, as fitas rompidas ligam-se especificamente a
nucleotídeos existentes no núcleo. Depois sob a acção da enzima ADN-Poli-
merase e ADN sintetase ocorre formação de novas fitas complementares. No
final o resultado são duas novas moléculas ADN iguais a molécula mãe.

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Ácido Ribonucleico

A molécula de ARN é constituída por uma única cadeia de nucleotídeos (fita simples).
O ARN está presente no núcleo das células, livre no citoplasma, no interior de
cloroplastos e mitocôndrias e fazendo parte da estrutura dos ribossomas.

O ARN Transporta informação genética do ADN que o formou participando assim


diretamente do processo de síntese proteica.

Tal como o ADN, a formação do ARN ocorre em duas etapas:

1. Separação das hélices de ADN


2. Uma fita de ADN servirá de molde para a fita simples de ARN, ocorre então o
emparelhamento das bases nitrogenadas do seguinte modo:

HÉLICE ATIVA ARN FORMADO


DO ADN

Adenina (A) Uracilo (U)


Guanina (G) Citosina (C)
Citosina (C) Guanina (G)
Timina (T) Adenina (A)

Depois disso, a fita de ARN formada separa-se do molde, e as fitas de ADN voltam a
agrupar-se. Os nucleotídeos existentes sofrem polimerização sob ação das enzimas
ARN polimerase e ARN sintetase pra a formação da fita de ARN.

Tipos de ARN

Existem três tipos de ARN que participam diretamente do processo de síntese proteica.
São eles:

- ARN mensageiro (RNA m): carrega a informação do ADN que a formou para o
citoplasma para que a proteína possa ser sintetizada.

- ARN transportador (RNAt): captura e transporta aminoácidos do citoplasma para o


ribossoma. Cada RNAt é específico para cada aminoácido.

- ARN ribossómico (RNAr): tem função estrutural fazendo parte dos Ribossomas.

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Síntese proteica
As proteínas são compostos químicos formados por aminoácidos que estão ligados entre
si através de ligações peptídicas. As Proteínas têm enorme diversidade de forma e
funções e estão envolvidas em praticamente todas as funções da célula e do organismo.
O ADN comanda a síntese de proteínas através do ARNm que carrega o código até ao
Ribossoma onde se produzirá a proteína. A sequência de nucleotídeos do ADN (letras)
determinará a sequência de nucleotideos do ARN e consequentemente a Sequência de
aminoácidos que vão constituir a proteína.
Assim, entende-se que as sequências de nucleotídeos do ADN funciona como um
código, determinadas sequencias de nucleotídeos correspondem a determinado
aminoácido. Esses nucleotídeos podem ser representados pelas suas Bases
Nitrogenadas; A. Adenina, C. Citosina, G. Guanina e T. Timina.
Código genético é uma sequência de três bases nitrogenadas secreta que codifica um
aminoácido.
Um código de três nucleotídeos consecutivos de DNA constituem um tripleto que
representa a mais pequena unidade da mensagem genética. 3 Bases Nitrogenadas do
DNA = 1 Aminoácido
Cada tripleto do RNA mensageiro que codifica um determinado aminoácido ou o inicio
ou o fim da síntese de proteínas tem o nome de codão .
Caracteristicas do código genético ( Conclusão da experiência de Marshall Nirenberg
em 1961)
A descoberta do código da vida (código genético) permitiu identificar algumas das suas
características importantes:
1. Cada aminoácido é codificado por tripleto chamado codão
2. Dos 64 códons, 61 especificam aminoácidos e 3 são codões de terminação
3. Universalidade do código genético: corresponde a existência de uma linguagem
comum a quase todas as células, desde os vírus aos organismo vivos superiores,
das algas unicelulares as árvores mas gigantescas.
4. Redundância: neste código vários codões são sinónimos, isto é, podem codificar
o mesmo aminoácido. Este fenómeno é também conhecido por degenerescência
do código genettico

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5. O código genético: diz-se degenerado porque a maior parte dos aminoácidos são
especificados por vários codões, à excepção da metionina e do triptofano que é
especificado por apenas um codão.
6. O terceiro nucleótideo de cada codão não é tão especifico como os dois primei-
ros. Ex.: o aminoácido arginina pode ser codificado pelos códons --- CGU,
CGC, CGA, CGG.
7. O tripleto AUG tem uma dupla função: codifica o aminoácido metionina e
também serve como um codão de iniciação da síntese proteica. A sua presença
indica ao ribossoma o inicio da mensagem a ser lida.
8. Os tripletos UAA, UAG, UGA são códons de finalização estes códons
aparentemente sem sentido, representam sinais de fim de síntese e não codificam
aminoácidos

Etapas da Síntese Proteica


1- Transcrição: Nesta etapa, a informação genética é transferia do ADN para o
ARNm . Essa informação consiste em uma sequência de bases nitrogenadas da
Região do ADN que corresponde a um gene. O ARNm formado apartir de um
molde de ADN deixa então o núcleo em direção ao Ribossoma para o código ser
usado na Sintese de Proteinas.
Para formação do ARNm os nucleotídeos do ARNm existentes no núcleo vão se
emparenlhando tendo em conta a fita molde de ADN. O pareamento ocorre do seguinte
modo:

ADN ARN

C G
G C
T A
A U

2- Tradução: este processo ocorre no Ribossoma. Nesta fase a informação contida no


ARNm é usada no Ribossoma para incorporação correta sequencial dos aminoácidos
que são trazidos pelo RNAt e que vão formar a Proteína.

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Em outras palavras, a linguagem do ADN é traduzida numa linguagem que o


Ribossoma possa entender para montar correctamente os aminoácidos e formar as
proteínas.

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Ciclo Celular
O ciclo celular compreende as modificações sofridas pelas células desde a sua
formação até a sua divisão em células filhas. Também compreende o crescimento da
célula, a duplicação dos genes e a divisão celular propriamente dita de maneira
ordenada dentro de um intervalo de tempo.
O ciclo celular está dividido didacticamente em duas partes:
1. A Interfase
2. Divisão Celular.
Chamamos de divisão celular ao processo em que uma se divide originando células
filhas. São conhecidos dois tipos de divisão, a mitose e meiose.
A fim de obter a melhor distribuição do material genético é necessário a duplicação
deste. Assim só participam na divisão celular células com cromossomas duplos.
A duplicação do material genético e outros arranjos que possibilitam a divisão
ocorrem numa fase designada de interfase. Esta última embora seja considerada
juntamente com a divisão celular, não faz parte deste processo.

Intérfase

A interfase não faz parte da divisão celular, é um período de intenso metabolismo que
antecede a mitose. Este processe divide-se em três fases que são: Fase G1, S e G2.
1- Fase G1 e G2
Estes períodos são caracterizados por intenso metabolismo de materiais celulares como
ARN e Proteínas. Além desta característica, estes períodos também são caracterizados
pelo repouso celular, a presença de ADN duplicado na célula faz a diferença da fase G1

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e G2, pois é na fase S que a síntese de ADN e na fase G2 a Célula já pode entrar em
divisão.
2- Fase S
Esta fase é caracterizada pela duplicação do ADN. Neste processo, sob ação da helicase,
a dupla hélice de ADN é rompida em determinado ponto e segue-se a isso a junção dos
nucleotídeos existentes no nucleoplasma ao molde de ADN formado. Esse é chamado
de duplicação semi-conservativa e conta com a participação da ADN-polimerase. Como
resultado há duas moléculas idênticas de ADN formadas por uma cadeia nova de ADN
e uma original.

Mitose

Entende-se Mitose como o processo de divisão celular em que uma célula mãe, haploide
ou diploide, com cromossomas duplos, dá origem a duas células com número igual de
cromossomas da célula original, mas nesses últimos com cromossomas simples.

Por manter-se o número de cromossomas, a mitose é considerada uma divisão celular


do tipo equacional.

A Mitose está dividida em quatro fases, a saber: Prófase, Metáfase, Anáfase e


Telófase. No final da mitose ocorre a citocinese, ou divisão do citoplasma.

Prófase
Os cromossomas encurtam-se e engrossam-se, processo chamado de condensação e
espiralização dos cromossomas.
 Desaparecimento do nucléolo

 Formação do fuso mitótico com alongamento das fibras de áster e deslocamento


delas para os polos opostos.

 Rompimento da Carioteca.

Metáfase

 Condensação máxima dos cromossomas

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 Formação da placa equatorial resultante da junção das fibras polares do fuso


mitótico á região do centrômero dos cromossomas dispondo-os na região
mediana da célula.

Anáfase

 Encurtamento das fibras do fuso e separação das cromátides irmãs.

 Migração das cromátides para os polos opostos.

Telófase

 Reorganização do nucléolo

 Desespiralização dos cromossomas

 Reconstituição da carioteca.

 No final nos dois polos há dois núcleos com o mesmo património genético.

Meiose
Do grego, meioum, diminuir é um tipo especial de divisão celular, exclusiva dos
organismos que se reproduzem de forma sexuada.
É correto definirmos a meiose como o processo de divisão celular em que uma célula
diploide dá origem a células haploides, ou seja uma célula mãe com 46 cromossomas dá
origem a células filha com a metade do número de cromossomas. Por isso é considerada
como divisão reducional.
A meiose é dividida em duas etapas conhecidas como meiose I e meiose II, onde a
primeira é reducional e a segunda é equacional semelhante a uma mitose.
A meiose é típica nos organismos que realizam a fecundação. Neste processo se a
formação dos gâmetas se desse por mitose o número de cromossomas na prole seria de
92 e assim por diante à medida que fossem se reproduzindo. Assim a meiose é especial
porque permite que mantenha constante o número de cromossomas na espécie.
As fases da meiose são as mesmas de mitose, sendo seguidas do sufixo I ou II de acordo
com a divisão em questão.

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Meiose I

A meiose I é mais prolongada graças a sua prófase I. Nesta divisão ocorre também o
emparelhamento dos cromossomas homólogos, sendo que do par, um provem da parte
materna e outro da paterna. Os cromossomas sexuais não são homólogos.
Fases da Meiose Ι
1. Prófase I: leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno Diacenese.
2. Metáfase I
3. Anáfase I
4. Telófase I

Leptóteno: do grego leptós delgado e nêma filamento, o núcleo aumenta de tamanho e


os cromossomas se tornam visíveis ao microscópio óptico.

Zigoténo: do grego zigón parelha, nesta fase ocorre o primeiro fenómeno es-sencial da
meiose os cromossomas homólogos se alinham entre si mediante um processo
denominado emparelhamento ou sinapse.

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Paquíteno: do grego pachýs grosso, os cromossomas se encurtam e o


emparelhamento dos cromossomas homólogos se completa. Porem o mais
importante desta fase é que ocorre o intercâmbio de segmentos de ADN entre as
cromátides homólogas (braços dos cromossomas), fenómeno designado recombinação
genética (em inglês, crossing-over).

Diplóteno: do grego diplóos duplo, começa a separação dos cromossomas homólogos


essa separação não chega a ser completa, porque existem certos pontos de união entre os
cromossomas homólogos, designados de quiasmas.

Diacinese: do grego dia através, a condensação dos cromossomas volta a acentuar.


As tétrades se distribuem homogeneamente por todo núcleo e o nu-cléolo desaparecem.

Meiose II
É uma divisão equacional do material genético, onde haverá uma distribuição
equitativa do ADN entre os núcleos filhos.
A segunda divisão meiótica ou meiose II assemelha-se a uma mitose normal.

Após uma nova etapa da prófase ΙΙ , ocorre uma nova formação do fuso.
As células entram em metáfase ΙΙ, dispondo os cromossomas na região equatorial,
formando a placa equatorial ou placa metafásica.

Na anáfase II, ocorre a disjunção das cromátides irmãs, que migram para polos
opostos da célula.

Na telófase II, última etapa da segunda divisão meiótica, cada uma com número
haploide de cromossomas (n) e com quantidade c de ADN.

Finalidades da meiose
1. Formação dos gâmetas em animais (Gametogênese)
2. Formação de esporos em vegetais (esporogênese)

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