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S U M Á R I O
C A P Í T U L O 1 C A P Í T U L O 1 3
ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO .. 3 SUPORTE NUTRICIONAL ...................................... 6 1
C A P Í T U L O 2 C A P Í T U L O 1 4
TRAUMA DO PESCOÇO E FACE ............................... 8 CIRURGIA PLÁSTICA ............................................. 6 3
C A P Í T U L O 3 C A P Í T U L O 1 5
TRAUMA TORÁCICO .............................................. 1 0 TRAUMATO-ORTOPEDIA ....................................... 6 5
C A P Í T U L O 4 C A P Í T U L O 1 6
TRAUMA ABDOMINAL ........................................... 1 7 TUMORES ÓSSEOS ............................................... 7 1
C A P Í T U L O 5 C A P Í T U L O 1 7
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO E RAQUIMEDU- INTOXICAÇÕES EXÓGENAS .................................. 7 3
LAR ........................................................................ 2 6
C A P Í T U L O 1 8
C A P Í T U L O 6 OBESIDADE ........................................................... 7 7
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO ................................ 3 1
C A P Í T U L O 1 9
C A P Í T U L O 7 CIRURGIA VASCULAR ............................................ 8 1
COMPLICAÇÕES PERIOPERATÓRIAS .................... 3 6
C A P Í T U L O 2 0
C A P Í T U L O 8 PROCTOLOGIA ...................................................... 8 5
AORTOPATIAS ....................................................... 4 0
C A P Í T U L O 2 1
C A P Í T U L O 9 ANESTESIOLOGIA ................................................. 8 9
HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL ....................... 4 4
C A P Í T U L O 2 2
C A P Í T U L O 1 0 CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS.................................. 9 4
FIOS DE SUTURA................................................... 5 2
C A P Í T U L O 2 3
C A P Í T U L O 1 1 ORTOPEDIA PEDIÁTRICA ...................................... 9 7
RESPOSTA ENDÓCRINA, METABÓLICA E IMUNOLÓ-
GICA AO TRAUMA (REMIT) .................................... 5 4 C A P Í T U L O 2 4
OTORRINOLARINGOLOGIA ................................. 101
C A P Í T U L O 1 2
QUEIMADURAS ..................................................... 5 6 C A P Í T U L O 2 5
VIDEOLAPAROSCOPIA ........................................ 103
O vasto conteúdo médico está em constante renovação, e por isso, a equipe do medicinaprática esclarece que este material
possui como intuito principal a aprovação na prova de residência médica. Dessa forma, não aconselhamos que o mesmo seja
utilizado como principal fonte bibliográfica para a prática médica propriamente dita.
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C A P Í T U L O 1
ATENDIMENTO INICIAL AO
POLITRAUMATIZADO
Atendimento inicial ao politraumatizado
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Atenção: Qual a primeira medida ao iniciar a abor- Quando pegar um acesso DEFINITIVO à via aérea?
dagem a vítima? PRIMEIRO, A SEGURANÇA DO SO-
CORRISTA PRIMEIRO, verificando a cena do ocorri- 1) Apneia
do. Exp. Sinalizar uma via de tráfego.
2) TCE grave (Glasgow < ou = 8)
A) AIRWAY (ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CER-
VICAL + AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA) 3) Proteção da via aérea: convulsões reentrantes,
trauma de face extenso (com hemorragia, frag-
TODO POLITRAUMATIZADO, até que se prove o mentos ósseos, etc.)
contrário, é portador de lesão potencial de coluna
cervical. O IDEAL é estabilizar com COLAR CERVI- 4) Incapacidade de manter oxigenação adequada
CAL + PRANCHA LONGA + COXINS LATERAIS. No sob máscara (uma pancada intensa no tórax, por
mínimo, fazer a estabilização manual. Lembrando exemplo)
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Como saber que o TOT está bem colocado? Vi- que o paciente apresentará como sinal a “CORNA-
sualização direta + Exame físico + CAPNOGRAFIA. GEM”. Nesses casos, ou em situações de SUFOCO,
faremos a “Crico por punção”, enquanto prepara
Quais drogas para realizar a Intubação de Se- outra via, como a traqueostomia.
quência Rápida? Etomidato (0,3mg/kg) + Succinil-
colina (1-2mg/kg). Fratura de cartilagem laríngea: no quadro
clínico, o paciente apresentará fratura à palpação,
Tenta intubar até quantas vezes? 3 vezes, com o enfisema subcutâneo local e rouquidão. Essa é
TEMPO DE UMA APNEIA para conseguir. a INDICAÇÃO CLÁSSICA DE TRAQUEOSTOMIA.
Entretanto, cuidado, pois a fratura de laringe NÃO é
Pode fazer a “Manobra de Sellick” para diminuir contraindicação absoluta de IOT. Ou seja, primeiro
risco de broncoaspiração. tenta a IOT, e se não conseguir, TRAQUEOSTOMIA!
Quando utilizar a “Cricotireoidostomia por pun-
Qual a indicação de “INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL” ção”? Pode ser realizada como via TEMPORÁRIA
(INT)? Casos onde o acesso pela via oral é difí- em situações de SUFOCO que tem indicação de
cil, ou mesmo impossível (restrição de abertu- acesso cirúrgico, mas não é possível ser feito nesse
ra da boca ou imobilidade cervical). Entretanto, um momento. Com ela, ganha-se tempo para pensar
dos requisitos é que o paciente DEVE ESTAR CONS- em qual via aérea colocar, por exemplo, enquanto
CIENTE. Além disso, possui CONTRAINDICAÇÕES: prepara uma cricotireoidostomia ou traqueosto-
Apneia, Trauma facial extenso e Fratura de base de mia. Essa pode ser utilizada em crianças < 12 anos,
crânio. diferente da cricotireoidostomia cirúrgica. Qual o
problema dessa via? Nesse modo ventilatório, a
Em alguns casos não será possível realizar IOT ou retenção de CO2 é alta, pois a fase de expiração é
INT, por NÃO PODER ou NÃO CONSEGUIR. Exem- curta. Por isso, só podemos utilizá-la NO MÁXIMO
plos? Trauma maxilo-facial extenso, distorção POR 30-45 MINUTOS, por risco de CARBONARCO-
anatômica do pescoço e via aérea não visualiza- SE.
da. Como proceder nesses casos? De acordo com
o novo ATLS, se não posso ou não consigo fazer a
IOT, utilizaremos os DISPOSITIVOS SUPRAGLÓTI- HOSPITAL ONOFRE LOPES - 2017
COS (COMBITUBE ou MÁSCARA LARÍNGEA), que
são vias aéreas TEMPORÁRIAS, pois não têm ba- Paciente, 57 anos, masculino, chega ao PS tra-
lonete no interior da traqueia. Apesar de aparen- zido pelo SAMU em prancha, com imobilizador
tarem ser mais fáceis de manuseio, e poderem ser cervical, talas móveis em membros superior e
passados com colar cervical, AMBOS PRECISAM DE inferior direito e com 2 acessos venosos periféri-
TREINAMENTO ESPECÍFICO. cos calibrosos com solução de ringer. Ao exame:
escala de coma de Glasgow = 6, saturação = 88%
Se NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO ou NÃO TENHO em máscara de venturi 50%, pressão arterial =
supraglóticos, o que fazer? Nesse caso faremos os 110 x 60 mmHg, frequência cardíaca = 138bpm,
“ACESSOS CIRÚRGICOS” (Cricotireoidostomia ou escoriações em tórax, com crepitações em arcos
Traqueostomia), em que por ser rápida e causar costais à direita, fraturas de úmero e de fêmur à
menos complicações, a CRICOTIREOIDOSTOMIA direita. História de ejeção do veículo após colisão.
CIRÚRGICA é o acesso cirúrgico de ELEIÇÃO. A tra- A primeira medida a ser tomada pelo médico,
queostomia é pouco utilizada na urgência, pois ela após avaliação inicial desse doente, é realizar
é um acesso cirúrgico DEMORADO (ELETIVO), com
uma exceção, dita abaixo. A) intubação orotraqueal.
B) imobilização de fratura do fêmur.
Contraindicações da cricotireoidostomia cirúrgi- C) acesso venoso central em veia subclávia direita.
ca? D) retirada de colar cervical
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Questão simples sobre Trauma. Seguindo o AB- Qual a fonte mais comum de choque hipovolêmi-
CDE do Trauma, encontramos um paciente com co no politraumatizado? ABDOME.
Glasgow 6 (< 8): indicação formal para uma via
aérea definitiva. No caso da questão, a Intubação Diante de um paciente hipovolêmico, devemos en-
orotraqueal. Resposta: letra A. tão procurar ostensivamente o local de sangramen-
to para justificar essa hipovolemia e este sangra-
FMABC – 2014 mento DEVE SER CONTROLADO da maneira que for.
Portanto, a REPOSIÇÃO VOLÊMICA NÃO SUBSTITUI
A prioridade durante o atendimento primário de o CONTROLE CIRÚRGICO da hemorragia.
um paciente politraumatizado que apresenta-se
hipotenso é: Como fazer o controle de sangramentos no APH?
Compressão local da ferida (primeira medida) ou
A ) Estabelecer acesso venoso Torniquete (voltou a ser utilizado, em alguns ca-
B ) Pesquisa imediata de focos de sangramento sos).
ocultos
C ) Permeabilidade das vias aéreas Podemos classificar a hemorragia em quatro
D ) Realizar exame neurológico rápido “Classes de Choque”, útil para estimar a perda vo-
lêmica em percentuais:
No paciente politraumatizado sempre devemos
pensar no ABCDE e a estabilização da coluna Grau I: PA, FC, FR e Diurese NORMAIS (Perdeu <
cervical e permeabilidade das vias aéreas é o pri- 15% do volume - até 750 ml)
meiro passo na avaliação inicial desse paciente, Grau II: PA normal + FC, Diurese ou FR ALTERADA
mesmo que hipotenso, respeitando a ordem do (Perdeu 15 a 30% - até 1500 mL)
atendimento. Correta: letra C. Grau III: PA diminuída + FC > 120 a 140, FR au-
mentada e Diurese diminuída (Perdeu 40% - até
2000 mL)
B) BREATHING (RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO) Grau IV: PA diminuída + FC > 140, FR aumentada
e Diurese desprezível (Perdeu > 40% - >2.000 mL)
A permeabilidade da via aérea (A) não garante a
ventilação, ou seja, não garante que o ar vai chegar Nos Graus I ou II só precisamos repor Cristaloides
até o alvéolo pulmonar. inicialmente. Entretanto, se Graus III ou IV, inicia-
remos já com CRISTALOIDE + SANGUE.
Nessa fase, faremos o EXAME DO TÓRAX (inspeção,
palpação, percussão e ausculta), OFERECER OXI-
GÊNIO e OXIMETRIA DE PULSO. DICAS
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Cuidado: Pacientes com suspeita de lesão de ure- Medidas auxiliares ao Exame Primário
tra (uretrorragia; hematoma perineal ou escrotal;
retenção urinária; toque retal com próstata alta; fe- Radiografias: NÃO PODEM retardar o ABCDE, sen-
rimento perineal transfixante), NÃO SE DEVE PAS- do feitos na sala de reanimação mesmo, com apa-
SAR um cateter urinário às cegas. Primeiramente, relho portátil. Qual a chamada SÉRIE TRAUMA?
faz-se uma URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA, e
se tiver alguma lesão de uretra, faz uma CISTOSTO- AP da tórax
MIA SUPRAPÚBICA. AP da pelve
Perfil da coluna cervical.
Entretanto, às vezes o paciente está chocado, e as
veias dos membros superiores estão colabadas, Monitoração cardíaca: importante pelo menos
não conseguindo pegar um acesso periférico. Nes- nas primeiras 24h para TODOS. A contusão miocár-
ses casos podemos tentar um CENTRAL ou DIS- dica se manifesta muitas vezes com arritmias.
SECÇÃO DE SAFENA, ou por fim tentar uma INFU-
SÃO INTRAÓSSEA (segunda opção DE ESCOLHA na Cateter gástrico: pacientes politraumatizados, por
criança que não consegue o periférico) efeito das catecolaminas, têm gastroparesia, pre-
dispondo a broncoaspiração. Por isso, é preciso
D) DISABILITY (ESTADO NEUROLÓGICO) descomprimir esse estômago. Porém, se o pacien-
te tem suspeita de fratura de base de crânio (Equi-
Excluídas causas como hipoxemia, hipotensão, moses em guaxinim, Sinal de Batler, rinorreia, otor-
uso de álcool/drogas, as alterações no exame neu- reia...) NÃO PODE passar um cateter nasogástrico;
rológico devem ser atribuídas, até segunda ordem, Nessas situações, passa o cateter OROGÁSTRICO.
a traumatismo do SNC. Atenção: lembrar que no
trauma o rebaixamento do nível de consciência
pode significar lesão neurológica, mas à princípio Exame secundário
significa hipovolemia e em um segundo momento
uma lesão.
QUEM VAI ser submetido ao exame secundário?
1) Escala de Coma de Glasgow: é considerado um Apenas aquela vítima que conseguimos estabilizá-
TCE grave quando encontramos um Glasgow igual -la do ponto de vista clínico e hemodinâmico.
ou abaixo de 8.
1) História Clínica AMPLA
2) Reação pupilar
Alergia
3) Movimentação de extremidades Medicamentos
Passado médico / Prenhez
Liquidos e alimentos (última hora)
Ambientes e eventos relacionados ao trauma (usa-
va cinto? foi projetado do veículo? atropelado? etc)
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S U M Á R I O
C A P Í T U L O 1 C A P Í T U L O 1 2
INTRODUÇÃO A NEFROLOGIA ................................ 3 ACOMETIMENTO RENAL NAS DOENÇAS
SISTÊMICAS .......................................................... 6 4
C A P Í T U L O 2
SÍNDROME URÊMICA .............................................. 8 C A P Í T U L O 1 3
DOENÇAS CÍSTICAS RENAIS ................................. 6 8
C A P Í T U L O 3
GLOMERULOPATIAS I ............................................ 1 6 C A P Í T U L O 1 4
INVESTIGAÇÃO DE HEMATÚRIA............................ 7 1
C A P Í T U L O 4
GLOMERULOPATIAS II........................................... 2 5 C A P Í T U L O 1 5
NEFROLITÍASE ...................................................... 7 3
C A P Í T U L O 5
DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS ....................... 3 0 C A P Í T U L O 1 6
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA .................. 7 9
C A P Í T U L O 6
DISTÚRBIOS DO SÓDIO ........................................ 3 8 C A P Í T U L O 1 7
ESCROTO AGUDO ................................................. 8 1
C A P Í T U L O 7
DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO .................................. 4 3 C A P Í T U L O 1 8
CÂNCER RENAL ..................................................... 8 3
C A P Í T U L O 8
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO ...... 4 7 C A P Í T U L O 1 9
CÂNCER DE BEXIGA .............................................. 8 6
C A P Í T U L O 9
C A P Í T U L O 2 0
RABDOMIÓLISE E SÍNDROME DE LISE CÂNCER DE PRÓSTATA ........................................ 8 8
TUMORAL .............................................................. 5 4
C A P Í T U L O 2 1
C A P Í T U L O 1 0 CÂNCER DE TESTÍCULO ........................................ 9 1
LESÃO RENAL MEDICAMENTOSA ......................... 5 7
C A P Í T U L O 1 1
DOENÇAS VASCULARES RENAIS .......................... 5 9
O vasto conteúdo médico está em constante renovação, e por isso, a equipe do medicinaprática esclarece que este material
possui como intuito principal a aprovação na prova de residência médica. Dessa forma, não aconselhamos que o mesmo seja
utilizado como principal fonte bibliográfica para a prática médica propriamente dita.
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C A P Í T U L O 3
GLOMERULOPATIAS I
A lesão glomerular, que pode ser decorrente de -imune” (geralmente relacionados à positividade
doenças primárias renais ou sistêmicas, pode ma- dos autoanticorpos p-ANCA ou c-ANCA).
nifestar sinais e sintomas característicos, os quais
podem ser classificados nas cinco grandes síndro-
mes abaixo: Achados clínicos e laboratoriais
1) Síndrome Nefrítica 1) Oligúria: o paciente se queixa de «urina presa»
2) Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva e é definida como débito urinário < 400ml/24h em
(exp. Síndrome de Goodpasture) adultos e <0,5ml/kg/h em crianças. Esse sintoma
resulta da diminuição da superfície de filtração
3) Alterações urinárias assintomáticas (exp. glomerular causada pelo infiltrado inflamatório
doença de Berger) e pode ser bastante intenso a ponto de provocar
4) Síndrome Nefrótica retenção de escórias nitrogenadas («azotemia”; Ur
e Cr), principalmente quando há queda significati-
5) Doenças Glomerulares Trombóticas va na TFG (<40%). OBS: considera-se anúria quan-
do o paciente urina menos do que 50 ml em 24h.
Síndrome Nefrítica (SN/ Glomerulonefrite difusa
aguda (GNDA)/Glomerulite): 2) Congestão volêmica: ocorre pela diminuição
da filtração e se manifestará como hipertensão
É definida como um conjunto de sinais e sintomas arterial sistêmica (HAS) (volume-dependente; leve
resultantes da inflamação glomerular aguda, em a grave) e EDEMA (desde periorbitário matutino
que esse processo desorganiza a estrutura do até anasarca), podendo, eventualmente, causar
capilar glomerular, permitindo a passagem de congestão pulmonar. Dessa forma, como a HAS de-
hemácias através das fendas de filtração (podem corre de congestão, o anti-hipertensivo de escolha
ser encontrados leucócitos na urina - piúria - de- é o diurético de alça FUROSEMIDA.
vido ao processo inflamatório desencadeado na
região). 3) Hematúria dismórfica: PRINCIPAL E MAIS CO-
MUM ACHADO na SN. Pode ser microscópica (>3
Quais doenças podem ter sinais e sintomas des- hemácias p/c ou >10.000 cél por mL) ou macros-
sa síndrome? cópica (coloração acastanhada e sem coágulos).
Além disso, as hemácias sofrem deformação e
Pós infecciosas: glomerulonefrite pós tornam-se hipocrômicas ao ultrapassar as fendas
estreptocócica (GNPE); não GNPE; de filtração inflamadas, gerando o achado de dis-
morfismo eritrocitário - “células mickey mouse”-
Não pós infecciosas: Berger, Glomerulonefrite (achado da sedimentoscopia). OBS: a hematúria
(GN) membranoproliferativa, Goodpasture, Lú- glomerular, não apresenta coágulos devido à ação
pus eritematoso sistêmico (LES), vasculites; da enzima anticoagulante UROQUINASE existe nos
túbulos.
Setenta por cento dos casos de SN aguda ocorrem
devido a deposição glomerular de Imunocomple-
xos ou anticorpos, enquanto, 30% dos casos cur-
sam com ausência de imunocomplexos, sendo,
portanto, chamados de glomerulonefrite “pauci-
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• Proteinúria >150mg e <3,5g. Apenas 5% pode ter mento!!! OBRIGATÓRIO!!! Porém, lembrar que
proteinúria na faixa nefrótica. Essa manifestação não é específico, pois outras condições mediadas
pode perdurar por até 2-5 anos. por imunocomplexos cursam com consumo (GN
membranoproliferativa, LES...), embora esses ge-
• Edema (tanto periorbitário como generalizado): ralmente permanecem com o complemento redu-
costuma ser o PRIMEIRO SINAL. zido por mais do que 8 SEMANAS!
• HAS. (Acima do Percentil 95, em crianças) lembrar
que é volume-dependente, e, em menor número (Questão) Quais são causas de Sd. Nefrítica que
de casos, pode cursar até com emergências hiper- não consomem complemento? Berger, Goodpas-
tensivas: Encefalopatia Hipertensiva (convulsões, ture e Vasculites (exceção crioglobulinemia)
rebaixamento do nível de consciência (RNC) e até
coma) ou edema agudo de pulmão (EAP). Duração
de até 6 semanas. INDICAÇÕES DE BX RENAL
• Algumas crianças cursam também com DOR Procedimento indicado nos casos que evoluem de
ABDOMINAL, NÁUSEAS e DOR LOMBAR BILATE- forma “ESTRANHA”, que alertará para suspeitar de
RAL (intumescimento da cápsula renal). outra glomerulopatia (exp. GNRP, GNMP, LES...).
Seguem abaixo as indicações:
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sempre presente. A quantidade desses depósitos - Retenção azotêmica acentuada ou congestão vo-
estão relacionados diretamente com a gravidade, lêmica grave refratária: Diálise.
e na medida que desaparecem, o paciente evolui
com melhora. PROGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Possui prognóstico muito bom, de modo que em
6-8 semanas as principais manifestações costu-
Outras doenças que cursam com SN e HIPOCOM- mam-se resolver. Apenas 1-5% apresentam prog-
PLEMENTENEMIA: nósticos piores, em particular os ADULTOS DE
MAIOR IDADE, devendo ficar em alerta pra aque-
• GN infecciosas não pós-estreptocóccicas les que evoluem com retenção azotêmica grave
ou crescentes glomerulares (possível resultar em
• GN lúpica (OBS: consome as duas vias do comple- GNRP e falência renal).
mento)
• GNMP: essa é a mais difícil, pois pode ocorrer UNICAMP - 2018
após infecções estreptocócicas em crianças, e ain-
da apresentar padrão semelhante de consumo Menino, 10a, é trazido pela mãe referindo que
apenas da via alternativa do complemento. Deve apresentou movimentos tonicoclônicos genera-
ser suspeitada caso haja proteinúria na faixa nefró- lizados de membros superiores e inferiores com
tica ou se a hipocomplementemia permanecer por liberação de urina e fezes e perda de consciência,
mais do que 8 semanas. duração de 15 minutos. Mãe conta que acha que
a criança está fazendo menos urina e que está
CONDUTA inchado nos últimos dois dias. Exame físico: Bom
estado geral, FC = 98 bpm; FR = 32 irpm; PA = 156
Evitar ao máximo a internação hospitalar, reser- x 88 mmHg; Temp.= 36,7°C, oximetria de pulso
vada para os casos de: EAP, encefalopatia hiperten- (ar ambiente)= 94%; pulmões: murmúrio vesicu-
siva, IRA grave, etc. lar presente diminuído em base direita; Coração:
bulhas rítmicas normofonéticas sem sopros; Ab-
ATB antiestreptocócico (Penicilina benzatina dome: fígado a 3 cm rebordo costal direito, borda
1.200.000 UI): NÃO PREVINE a ocorrência e nem romba, doloroso, semicírculo de Skoda a 1 cm da
a evolução da GNDA (diferente da ‘febre reumáti- cicatriz umbilical; Neurológico: escala de coma
ca’), MAS deve ser prescrito para eliminar a disse- de Glasgow = 15, pupilas isofotorreagentes, pa-
minação da bactéria, evitando reincidência, além res cranianos sem alteração; Membros: edema
de evitar a sua transmissão. Ademais, história de +++/+4, sinal de cacifo presente pré-tibial bilate-
GNPE prévia não aumenta a chance de nova GNPE, ralmente. O exame que confirma o diagnóstico
diferentemente do que ocorre na Febre Reumatói- sindrômico é:
de, assim não é necessário fazer profilaxia!
A) Exame sumário de urina.
Suporte: B) Dosagem de Antiestreptolisina O.
C) Analise quimiocitológica do liquido cefalorra-
- Repouso quidiano. D) Dosagem de fração C3 e C4 do com-
plemento.
- Hipertensão/Edema (restrição hídrica + dieta hi-
possódica, podendo se prescrever diurético de Criança de 10 anos apresentando HIPERTENSÃO
alça dependendo do grau de retenção volêmica). ARTERIAL + OLIGÚRIA + ANASARCA. Estamos dian-
Caso não resolver ou na vigência de EMERGÊNCIAS te de um quadro sugestivo de SÍNDROME NEFRÍ-
HIPERTENSIVAS (EAP hipertensivo, Encefalopatia TICA, em que o protótipo é a GNDA. Lembremos
hipertensiva...), considerar internação em UTI e que a crise convulsiva pode ser uma complicação
associar anti-hipertensivos INTRAVENOSOS, como desse quadro devido ao pico hipertensivo, e con-
nitroprussiato de sódio. sequente encefalopatia. Que exames podemos
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solicitar para fazer um diagnóstico SINDRÔMICO renais típicas ou por achados microbiológicos e
desse quadro? SUMÁRIO DE URINA, em que espe- sorológicos.
ramos achados típicos como hematúria com “dis-
morfismo eritrocitário” e “cilindros hemáticos”, As mais frequentemente envolvidas são:
além de proteinúria. Resposta: letra A.
Endocardite bacteriana SUBAGUDA
HOSPITAL ONOFRE LOPES – 2017
Infecções supurativas crônicas (abscessos, em-
Paciente do sexo masculino, 6 anos de idade, che- piemas, osteomielite...)
ga ao pronto-socorro de um Hospital Municipal, Pneumonia por micoplasma
queixando-se de tosse há 2 dias. Ao exame físico,
o paciente estava em bom estado geral, afebril Esquistossomose
e apresentava edema bipalpebral bilateral. Aus- Hepatite viral
culta cardíaca normal. Ausculta pulmonar com
estertores subcreptantes em bases. Abdome nor- Mononucleose infecciosa
motenso com fígado palpável a 2 cm do rebordo
costal direito. Pressão arterial em membro supe- As condições acima geram imunocomplexos circu-
rior direito de 130x90 mmHg (p > 95%). Extremi- lantes, que podem provocar queda de C3 e C4 e
dades: edema (+/4+) em membros inferiores com elevação dos níveis de fator reumatoide e crioblo-
pequenas lesões crostosas. Exames laboratoriais: gulinas, de form que o controle dessa infecção cos-
EAS com densidade de 1025, pH = 5,5; leucócitos tuma resultar em melhora dos sinais de SN, embo-
= 20/campo; hemácias= 15/campo. Proteínas= ra eventualmente ocorra glomerulonefrite crônica
(+). Ureia= 20mg/dL e creatinina 0,5mg/dL. Rx de ou mesmo GNRP.
tórax= discreto aumento de área cardíaca com
infiltrado intersticial bilateral. Hemograma sem ALTERAÇÕES URINÁRIAS ASSINTOMÁTICAS
alterações dignas de nota. Baseado no quadro
descrito, a principal hipótese diagnóstica é Na prática clínica, as doenças glomerulares res-
pondem por menos de 1/3 das hematúrias, en-
A) glomerulonefrite difusa aguda. quanto que mais do que 2/3 dos casos tem como
B) síndrome nefrótica. etiologia condições UROLÓGICAS (ITU, nefrolitía-
C) pneumonia atípica. se, TU bexiga).
D) infecção do trato urinário.
Quais as principais glomerulopatias pergun-
O quadro clínico típico da Glomrulonefrite Pós-Es- tadas em provas de residência que costumam se
treptocócica (GNPE) é composto por: Hipertensão apresentar com hematúria assintomática ou oli-
arterial, edema e hematúria, todos apresenta- gossintomática? “Berger” e “Mal de Alport”.
dos no paciente do caso. Associado a isso, temos
criança com idade compatível com o quadro, e
evidências de impetigo recente. Nenhuma das DOENÇA DE BERGER (Nefropatia por IgA)
alternativas contempla resposta mais condizente
com o quadro, do que a alternativa A (GNDA). Protótipo das “Alterações Urinárias ASSINTOMÁ-
Resposta: letra A. TICAS” e é considerada a causa mais frequente de
GLOMERULOPATIA PRIMÁRIA, DOENÇA GLOMERU-
LAR CRÔNICA E HEMATÚRIA RECORRENTE DE ORI-
GNDA INFECCIOSA NÃO PÓS-ESTREPTO GEM GLOMERULAR, dividindo a principal etiologia
de hematúria proveniente dos gloméruos com a
Muitas doenças infecciosas podem estar asso- GNPE. Afeta mais indivíduos JOVENS (10-40 na),
ciadas à glomerulite, como os estados bacterê- geralmente do sexo MASCULINO (2:1) e de etnia
micos, especialmente os prolongados e várias ASIÁTICA e tem como mecanismo fisiopatológico
patologias virais/parasitárias, podendo ser diag- o depósito de IgA no mesângio. Vale ressaltar, que
nosticadas pela presença de manifestações extrar- essa condição pode ser considerada uma forma de
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Geralmente é feito com corticoide em pulsoterapia, Hematúria dismórfica e/ou cilíndros hemáticos:
imunossupressores (ciclofosfamida, azatioprina) , síndrome nefrítica;
plasmaférese (o “pilar” na Goodpasture), além de Crescentes: GNRP;
outras medidas, como diálise e transplante renal. Quais causas de SD. nefrítica NÃO consomem
complemento? Berger / Goodpasture / Vasculites;
Fatores de mau prognóstico para Berger? Ida-
SÍNDROME DE GOODPASTURE de / Sexo masculino / Proteinúria > 1g/dl / HAS;
Depósitos subepiteliais (corcovas/humps) na
Condição rara, mas que costuma aparecer nas microscopia eletrônica? GNPE;
provas de residência médica. É o PROTÓTIPO das Depósitos lineares na imunofluorescência? Do-
GNRP, pois em 100% dos casos apresenta cres- ença de Goodpasture;
centes. Caracteriza-se por acometer mais HOMENS
(6:1) na faixa etária entre 20-30 anos.
O mecanismo fisiopatológico envolve a produção Doenças Glomerulares Trombóticas
de ANTICORPO Anti-MBG (membrana basal glo-
merular), que afeta tanto a membrana basal GLO- O protótipo da “trombose glomerular” é a SÍN-
MERULAR como PULMONAR, causando HEMORRA- DROME HEMOLÍTICO URÊMICA (SHU), entidade
GIA PULMONAR + GNRP. A doença se associa a um RESTRITA AOS RINS é causada pela toxina (“ve-
marcador genético e existe nítida relação com his- rotoxina” (shiga-toxina)) produzida por uma E.
tória de TABAGISMO, infecção respiratória recente coli êntero-hemorrágica, sorotipo O157:H7, mas
ou exposição a hidrocarbonetos voláteis (solven- também é possível se associar às infecções por
tes). Ademais, deve-se ressaltar que essa condição Shigella, e menos comumente, outras bactérias
pode resultar na clássica “Síndrome Pulmão-Rim”, (pneumococo) e vírus. Nessa síndrome, ocorre le-
assim como vasculites sistêmicas (Granulomatose são endotelial glomerular, que ativa as plaquetas,
de Wegener, Poliangeíte microscópica, Churg-S- formando trombos responsáveis pela obstrução
trauss), LES, Leptospirose íctero-hemorrágica (sín- dos capilares.
drome de Weil).
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CONDUTA
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S U M Á R I O
C A P Í T U L O 1 C A P Í T U L O 1 0
COLO UTERINO ....................................................... 3 DSTS E VIOLÊNCIAS SEXUAL .................................37
C A P Í T U L O 2 C A P Í T U L O 1 1
ANTICONCEPÇÃO ..................................................11 ENDOMETRIOSE ....................................................48
C A P Í T U L O 3 C A P Í T U L O 1 2
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO.....................................16 INCONTINÊNCIA URINÁRIA ...................................52
C A P Í T U L O 4 C A P Í T U L O 1 3
CÂNCER DE OVÁRIO ...............................................18 INFERTILIDADE ......................................................57
C A P Í T U L O 5 C A P Í T U L O 1 4
CÂNCER DE VULVA .................................................21 MAMA .....................................................................60
C A P Í T U L O 6 C A P Í T U L O 1 5
CICLO MENSTRUAL ................................................23 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL ...................67
C A P Í T U L O 7 C A P Í T U L O 1 6
CLIMATÉRIO ...........................................................27 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS .............69
C A P Í T U L O 8 C A P Í T U L O 1 7
AMENORREIAS .......................................................30 TUMOR DE ENDOMÉTRIO ......................................72
C A P Í T U L O 9
DISTOPIAS..............................................................34
O vasto conteúdo médico está em constante renovação, e por isso, a equipe do medicinaprática esclarece que este material
possui como intuito principal a aprovação na prova de residência médica. Dessa forma, não aconselhamos que o mesmo seja
utilizado como principal fonte bibliográfica para a prática médica propriamente dita.
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C A P Í T U L O 2
ANTICONCEPÇÃO
Anticoncepcionais • Método de Billings (muco cervical)
• Coito interrompido
Prescrever de maneira racional, o mais adequado
para cada paciente, de maneira INDIVIDUALIZADA,
de acordo com sua eficácia, contraindicações, cus- Atenção: NÃO RECOMENDA-SE COMO MÉTODOS
to, reversibilidade, comorbidades, efeitos colate- ANTICONCEPCIONAIS, POR BAIXA EFICÁCIA. Além
rais, facilidade de uso, etc. disso, NÃO protegem contra DST/AIDS.
Métodos Comportamentais
Método muito eficaz, com Índice de Pearl seme-
lhante ao da laqueadura, apesar de NÃO SEREM
Resumem-se na observação de sinais e sintomas ANOVULATÓRIOS. Além disso, diferente do que
que caracterizam as diversas fases do ciclo mens- muitos pensam, NÃO SÃO ABORTIVOS, agindo
trual, com consequente abstinência sexual perió- principalmente fazendo a INIBIÇÃO DA FERTILIZA-
dica, no período fértil. ÇÃO.
• Tabelinha
• Curva de temperatura basal
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(DIU x DIP) Paciente com DIU evolui com DIP, o Vantagens? Ao contrário do de Cobre, REDUZ DIS-
que fazer? Não precisa remover o DIU à princípio, MENORREIA, e DIMINUI intensidade e duração do
caso a paciente deseje mantê-lo. Conduta? TRATA FLUXO MENSTRUAL.
A DIP! Se não houver melhora com o ATB em 48h,
opta-se por retirar. Desvantagens? Podem haver sangramentos
irregulares (spottings)
(DIU x Ectópica) Em caso de falha do método, a
chance da gravidez ser ECTÓPICA é maior do que CONTRA-INDICAÇÕES (SIU OU COBRE)
nas usuárias de outros métodos. Isso ocorre pois
apesar da ação em ovário/colo/trompas, não im- • Grávidas
pedem a ovulação. • Puerpério entre 48h e 4 semanas (ou seja, nas
48h primeiras horas, pode)
(Questão) Paciente mesmo com DIU, engravidou, • CA ginecológico ATUAIS (Colo,Ovário, Endomé-
o que fazer? Vai depender da CORDA do DIU. Se a trio, DTG)
corda estiver visível, retira. Se a corda não estiver • CA de mama (SIU)
visível, ACOMPANHA. • SUA inexplicado (pois pode ser CA colo, útero,
mioma...)
DIU DE COBRE • Vigência de infecção pélvica (exp. DIP, cervicite,
aborto infectado, infecção puerperal)
Age fazendo uma INFLAMAÇÃO no endométrio, • Distorção uterina (exp: Útero bicorno, Miomas
atraindo leucócitos, gerando efeito ESPERMICI- volumosos que distorçam - SUBSEROSO GERAL-
DA, impedindo assim a fertilização. Essa inflama- MENTE NÃO)
ção também prejudica uma possível implantação
embrionária. Utiliza-se o cobre, pois também tem
ação ESPERMICIDA. Hormonais
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Esses sim fazem ANOVULAÇÃO, por inibição da • E os progestogênios? Eles VARIAM, e será esco-
ovulação por bloqueio do LH. Por isso, esses sim lhido de acordo com suas características, de modo
são de alta eficácia sozinhos. Essas pacientes cos- que quanto mais anti-androgênico, mais trombo-
tumam entrar em amenorreia. gênico. (Questão) Qual o progestágeno com ME-
NOR EFEITO TROMBOGÊNICO, por ser androgêni-
Desvantagens? GANHO DE PESO e SPOTTINGS. ca? LEVONORGESTREL. Quais os progestágenos
com MAIOR EFEITO TROMBOGÊNICO, por ter maior
Além disso, embora não seja contraindicação, di- efeito anti-androgênico? CIPROTERONA e DROSPI-
minuem a densidade mineral óssea com uso crôni- RENONA.
co, embora reversível quando suspenso.
(Prova prática) Como tomar o ACO Combinado?
CONTRAINDICAÇÕES (PROGESTÁGENOS) Os mais utilizados são os de 21 comprimidos, que
devem ser iniciados no PRIMEIRO DIA DA MENS-
• CA de mama ATUAL (ÚNICO CATEGORIA 4) TRUAÇÃO. Após os 21 dias consecutivos, faz 07
• AVE, IAM, TVP/TEP ATUAIS (Categoria 3) dias de PAUSA, reiniciando no oitavo dia. Existem
• Anticonvulsivantes (Categoria 3 - apenas para a também os de 28 dias (uso ininterrupto). Em caso
PÍLULA) de ESQUECIMENTO de tomar uma pílula, tomar
• Rifampicina (Categoria 3 - apenas para a PÍLULA) imediatamente ao lembrar, e continuar normal-
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mente, tomando a seguinte no horário regular. Se • Pós-parto sem amamentação < 21 das, com fator
esquecer duas ou mais, tomar uma pílula imedia- de risco para TVP
tamente, orientar a usar Condom durante sete dias • >35 anos fumante
e seguir tomando. Dica prova prática: se a atriz • HAS grave (PAS >160 e PAD >100)
disser que toma ACO, perguntar COMO ELA TOMA. • CA de mama atual
• Eventos trombóticos ATUAIS ou PRÉVIOS: IAM/
TVP/TEP (pelo componente estrogênico)
(Questão) Precisa fazer pausas para descanso, • ENXAQUECA COM AURA
se utilizada desde adolescência? NÃO. • DM com vasculopatia (nefro,retino ou neuropa-
tias)
• Cirrose descompensada
UNICAMP - 2018 • Hepatite viral aguda (para início de uso)
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NÃO DEVE SER USADA DE FORMA PLANEJADA OU Mulher, 36a, G2P2, procura Unidade Básica de
SUBSTITUIR MÉTODO ANTICONCEPTIVO ROTINEI- Saúde solicitando orientação de anticoncepção
RO. por não desejar gravidez no momento, referindo
relação sexual desprotegida há 20 horas. Antece-
Até quanto tempo é eficaz? Tem sua maior eficá- dente pessoal: última menstruação há sete dias,
cia quando tomado até 72h pós-coito, mas PODE hipertensão em uso captopril 50 mg/dia, tabagis-
SER FEITO ATÉ 05 DIAS. mo 10maços/ano. A CONDUTA EM RELAÇÃO A AN-
TICONCEPÇÃO É:
Se vômito ocorrer em menos de 2h da tomada, re-
petir dose. Se persistir, optar pela VIA VAGINAL. A) Anticoncepcional oral combinado com 30 g de
etinilestradiol e 150 g de levonogestrel.
• Como age? Atua a depender da época do ciclo B) Anticoncepcional hormonal combinado na do-
que for administrado. Se na primeira fase, antes sagem 8 comprimidos de 30 g de etinilestradiol
do pico do LH, impede ou retarda a ovulação. OU dose única.
SEJA, impede a OVULAÇÃO. PORÉM, se o uso for C) Anticoncepção hormonal na dosagem 2 com-
feito muito próximo da ruptura folicular, pode ha- primidos de 0,75 mg de levonogestrel dose única.
ver falha desse mecanismo. Na segunda fase, torna D) Anticoncepção hormonal na dosagem de 1
o muco espesso e altera motilidade de trompa, im- comprimido de 75 g de desogestrel dose única.
pedindo ou dificultando movimentação dos esper-
matozoides. OU SEJA, impede a FECUNDAÇÃO, e Estamos diante de uma questão de ANTICONCEP-
não a NIDAÇÃO! Estudos mostraram AUSÊNCIA de ÇÃO DE EMERGÊNCIA, pois a paciente pretende
efeitos para o endométrio, AFASTANDO a possibili- evitar uma gravidez relativa a uma relação sexual
dade de um efeito abortivo. desprotegida que ocorreu há apenas 20 HORAS.
O método de maior eficácia, devido a ter menos
Tipos? efeitos colaterais e melhor comodidade posoló-
gica é o de LEVONORGESTREL, em duas doses de
1) Levonorgestrel: duas doses de 0.75mg, 12/12h, 0.75 mg , 12/12h, ou 1,5mg, dose única. Lembre-
ou 1,5mg, dose única. É o MELHOR, por maior efi- mos que esse tipo de método tem sua maior eficá-
cácia, menos efeitos colaterais, menor comodida- cia quando tomado até 72h pós-coito, mas PODE
de posológica e não interage com TARV/PEP. SER FEITO ATÉ 05 DIAS!
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C A P Í T U L O 6
CICLO MENSTRUAL
Conjunto de eventos endócrinos interdependen- CIAS. Isso é a mensagem do hipotálamo para que a
tes do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, culminam hipófise libere mais FSH ou LH.
na ovulação e preparo do útero para um possível
processo de implantação embrionária. FSH (hormônio folículo estimulante): RECRUTA-
MENTO e DESENVOLVIMENTO do folículo.
Por convenção, o PRIMEIRO DIA da menstruação é
considerado o primeiro dia do ciclo. LH (hormônio luteinizante): desencadeia a OVU-
LAÇÃO.
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SEGUNDA FASE DO CICLO OVARIANO (FASE Nessa fase ocorre aumento súbito PRINCIPALMEN-
LÚTEA) TE da PROGESTERONA, por produção do corpo
lúteo, por ESTÍMULO DO LH, que vai DIMINUIN-
A “fase lútea” compreende o período da ovulação DO CONFORME A PROGESTERONA AUMENTA, fa-
até o aparecimento da menstruação. vorecendo a REGRESSÃO DO CORPO LÚTEO, e
Inicia a partir de uma grande concentração de ES- consequente QUEDA DA PROGESTERONA E ES-
TRÓGENO, que numa retroalimentação positiva, TROGÊNIOS, o que levara a DESCAMAÇÃO DO EN-
dará o PICO MÁXIMO DE LH, ocorrendo a OVULA- DOMÉTRIO (MENSTRUAÇÃO). Assim, haverá reau-
ÇÃO, 32 a 36 HORAS APÓS INÍCIO DA SUBIDA DO mento dos pulsos de GnRH e consequentemente,
LH, e 10 a 12 HORAS APÓS PICO MÁXIMO DO LH, de FSH, reiniciando o ciclo.
formando o corpo lúteo. Em relação ao ESTRO- Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o corpo lúteo
GÊNIO, a ovulação ocorre cerca de 24 a 36 HORAS em funcionamento.
após elevação dos seus níveis.
Ou seja, além das Inibinas inibirem o FSH, o Es-
O pico de LH faz o oócito REASSUMIR A MEIOSE, es- trógeno faz o feedback com o FSH, e a proges-
timula a síntese de prostaglandinas e luteiniza as terona faz com o LH (retroação negativa de alça
células da granulosa, que sintetizam a PROGESTE- curta), assim como inibem o hipotálamo a secre-
RONA. tar GnRH (retroação negativa de alça longa)
A FASE LÚTEA apresenta uma DURAÇÃO FIXA 14 SEGUNDA FASE DO CICLO UTERINO (FASE SE-
DIAS ANTES DA MENSTRUAÇÃO. Portanto, o que CRETORA)
vai levar uma mulher ou mulheres diferentes a
terem 21 ou 35 dias de ciclo é a PRIMEIRA FASE, Depois que ovulou, vai preparar o útero para a
que varia. Ou seja, o tempo necessário para que o gestação. É a “FASE SECRETORA”, em que as alte-
folículo se desenvolva e atinja maturidade é o que rações predominantes é a SECREÇÃO GLANDULAR.
varia. Portanto, na menstruação (primeiro dia do
ciclo), sei com certeza que 14 dias para trás, a mu- A PROGESTERONA que começa a ser produzida no
lher ovulou. Usam isso para tabelinha, embora não início da ovulação pelo corpo lúteo, permanece
recomendada. alta por toda a segunda fase do ciclo, com o
objetivo de fazer a transformação endométrio para
abrigar o embrião.
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Resposta: letra A.
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MÓDULO PEDIATRIA
COLABORADOR: DR. DAVID LOBO
S U M Á R I O
C A P Í T U L O 1 C A P Í T U L O 1 7
NEONATOLOGIA....................................................... 3 PUBERDADE PRECOCE E TARDIA........................ 102
C A P Í T U L O 2 C A P Í T U L O 1 8
CIRCULAÇÃO FETAL............................................... 2 2 DESNUTRIÇÃO..................................................... 107
C A P Í T U L O 3 C A P Í T U L O 1 9
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO RN................... 2 4 IMUNIZAÇÕES...................................................... 116
C A P Í T U L O 4 C A P Í T U L O 2 0
REANIMAÇÃO NEONATAL...................................... 3 0 INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO......................... 127
C A P Í T U L O 5 C A P Í T U L O 2 1
ICTERÍCIA............................................................... 3 5 OBSTRUÇÃO URINÁRIA....................................... 133
C A P Í T U L O 6 C A P Í T U L O 2 2
CARDIOPATIA CONGÊNITA.................................... 3 9 NEFROBLASTOMA............................................... 137
C A P Í T U L O 7 C A P Í T U L O 2 3
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.................... 4 8 PNEUMONIAS...................................................... 139
C A P Í T U L O 8 C A P Í T U L O 2 4
INFECÇÕES CONGÊNITAS...................................... 5 0 INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS .............................. 148
C A P Í T U L O 9 C A P Í T U L O 2 5
IMUNODEFICIÊNCIAS............................................ 5 6 OUTRAS AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS.................. 158
C A P Í T U L O 1 0 C A P Í T U L O 2 6
FEBRE ORIGEM INDETERMINADA......................... 5 8 FEBRE REUMÁTICA.............................................. 161
C A P Í T U L O 1 1
C A P Í T U L O 2 7
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS.................................. 6 0
PARASSONIAS...................................................... 164
C A P Í T U L O 1 2
ALEITAMENTO MATERNO...................................... 7 0 C A P Í T U L O 2 8
ANAFILAXIA.......................................................... 166
C A P Í T U L O 1 3
DIARREIA................................................................ 8 1 C A P Í T U L O 2 9
CHOQUE PEDIÁTRICO.......................................... 169
C A P Í T U L O 1 4
CONSTIPAÇÃO....................................................... 9 0 C A P Í T U L O 3 0
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)...172
C A P Í T U L O 1 5
CRESCIMENTO PONDERO ESTATURAL................. 9 2 C A P Í T U L O 3 1
SEGURANÇA......................................................... 174
C A P Í T U L O 1 6
BAIXA ESTATURA.................................................... 9 7
O vasto conteúdo médico está em constante renovação, e por isso, a equipe do medicinaprática esclarece que este material
possui como intuito principal a aprovação na prova de residência médica. Dessa forma, não aconselhamos que o mesmo seja
utilizado como principal fonte bibliográfica para a prática médica propriamente dita.
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C A P Í T U L O 1
NEONATOLOGIA
Esse resumo é grande, mas é MUITO IMPORTAN- • Entre P10 e P90: AIG (Adequado para Idade Ges-
TE, pois contempla várias situações que caem em tacional)
prova.
OBS¹: alguns autores recomendam q trabalhe com
P3 e P97, mas é a mesma ideia.
Classificações
OBS²: Algumas bancas não colocam o percentil,
1) Quanto a Idade Gestacional (DUM / USG / mas querem saber a relação peso x IG. Macete: 1)
Capurro x Ballard) RN à termo < 2.000g é PIG; 2) RN > 4.000g é GIG.
• Pré-termo/Prematuro: < 37 semanas Dica: Sempre que for GIG ou PIG, é maior a chan-
• Termo: 37sem-41sem6d ce de complicações, de modo que OS DOIS TÊM
• Pós-termo > ou = 42 semanas MAIOR CHANGE CHANCE DE HIPOGLICEMIA NEO-
NATAL.
OBS: entre 34 e 37 semanas, é chamado de pré-ter-
mo LIMÍTROFE/TARDIO.
• Recém-Nascido/Neonato: 0 a 28 dias
• Lactente: 29 dias a 2 anos
• Pré-escolar: 2 a 7 anos
• Escolar: 7 a 10 anos
• Adolescente: 10 aos 19 anos
4) Relação peso x IG
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• Quais são as doenças testadas? (ABCDE) Adrenal • Como? Saturação no MSD (PRÉ DUCTAL) + MEM-
congênita (“Hiperplasia adrenal congêni- ta” � BRO INFERIOR (qualquer um - PÓS DUCTAL).
Dosa no teste a 17-OHP)
Biotinidase (“Deficiência de Biotinidase”) • Qual o normal? O NORMAL é AMBOS ESTAREM >
Cística (“Fibrose Cística” � Dosa ao Tripsinogênio/ ou = 95%, com uma DIFERENÇA ENTRE ELES ME-
IRT, estando aumentado) NOR OU IGUAL A 3%.
Doença falciforme
Epotireoidismo (“Hipotireoidismo congênito”) • Primeira conduta se alterado? REPETE-SE o tes-
Fenilcetonúria (PKU) te em 1h. Continua alterado? ECOCARDIOGRAMA
*Atualização 2020: Toxoplasmose* nas próximas 24h.
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UFRJ 2016
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UNICAMP 2017
• Até quando devem estar presentar? Até os 3 ME- Rev. Bras. Cir. Plást. 2011; 26(1): 27-31
SES, quando em estado de VIGÍLIA. No SONO, até
cerca de 06 MESES. • Como é chamado o problema em que os ossos
do crânio são MOLES, parecendo cartilagem?
OBS: O Sinal de Babinski é normal até 2 ANOS. “CRANIOTABES”
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• Bossa serossanguínea x Cefalohematoma? (CAI) sutura. Essa informação já é suficiente pra fazer o
diagnóstico diferencial entre o cefalo hematoma
“Bossa serossanguínea”: algum trauma no parto e a bossa serosanguinolenta. No Cefalo hemato-
faz um hematoma no COURO CABELUDO, de modo ma o sangramento ocorre em regiões subperios-
que O ABAULAMENTO ULTRAPASSA (NÃO RESPEI- teais, logo RESPEITA as linhas de sutura craniana,
TA) AS SUTURAS DO CRÂNIO. Aqui, o abaulamento se localizando principalmente na região parietal.
é SUBCUTÂNEO. Desaparece nos primeiros dias de Já a bossa serosanguinolenta é uma alteração lo-
vida e não precisa de nenhum tratamento. calizada na região subcutânea, mais amolecida
e que assim NÃO RESPEITA as suturas do crânio.
“Cefaloematoma”: trauma no canal do parto, mas Dessa forma, o caso em questão se trata de um
um trauma ÓSSEO. Aqui, o ABAULAMENTO NÃO cefalo hematoma e a resposta correta, como ex-
ULTRAPASSA (RESPEITA) AS SUTURAS DO CRÂNIO. plicado, é a letra C.
Aqui, o abaulamento é SUBPERIOSTEAL. Normal-
mente, não é necessário qualquer tratamento,
sendo reabsorvida entre a 2ª semana e o 3º mês de ÎÎ EXAME DO CORDÃO UMBILICAL
vida, conforme o tamanho.
• DUAS ARTÉRIAS + UMA VEIA.
Gastrosquise x Onfalocele
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ÎÎ PELE
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• Melanose pustular(“Pustulose transitória neo- • Milium sebáceo: encontrados em até 40% dos
natal”): erupção cutânea pustulosa autolimitada, RN, sendo pequenas PÁPULAS ESBRANQUIÇADAS,
mais comum nos negros. Pode estar presente ao desaparecendo em algumas semanas.
nascimento, sendo AUTO-LIMITADAS.
www.forestlanepediatrics.com
https://www.dermnetnz.org
• Miliária (“brotoeja”): lesões vesiculares punti-
• Manchas mongólicas: mancha azulada ou azul- formes que representam a obstrução das glându-
-acinzentada, localizada na região lombar, náde- las sudoríparas, acontecendo geralmente na se-
gas e coxas proximais, observada em até 80% dos gunda ou terceira semanas de vida, associando-se
RN da raça nega ou asiática. a SUDORESE EXCESSIVA (clima quente, roupas em
excesso, febre)
https://www.dermnetnz.org
https://www.aocd.org/
• Acne neonatal: surfem comedões, pápulas e
• Manchas Salmão: manchas róseas ou vermelhas pústulas, que desaparecem após semanas.
que se EXACERBAM DURANTE O CHORO. São tran-
sitórias e desaparecem
www.greenme.com.br
https://www.webmd.com
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Doença caracterizada por graus variados de NE- Um recém nascido com 30 semanas de idade ges-
CROSE de mucosa e/ou de parede intestinal, po- tacional e com peso de 1200g estava irritado e re-
dendo evoluir para perfuração, peritonite e sepse. cusando o leite materno. No terceiro dia de inter-
nação na unidade de terapia intensiva neonatal,
• Fatores de risco? ASFIXIA PERINATAL e PREMA- iniciou com dieta enteral. Após 4 dias, apresentou
TURIDADE. náuseas, vômitos e resíduo gástrico de aspecto
bilioso. Evoluiu para distensão abdominal e eva-
É tão mais frequente quantos menores a IG e o cuação de fezes com sangue. A radiografia sim-
PESO do recém-nascido. ples do abdome mostrava significativa distensão
de alças e pneumatose intestinal. O mais prová-
• Local mais acometido? ÍLEO DISTAL e CÓLON AS- vel diagnóstico para esse recém nascido é:
CENDENTE PROXIMAL.
a) Estenose hipertrófica do piloro.
A fisiopatologia baseia-se em três fatores funda- b) Hiperplasia adrenal congênita.
mentais. A presença destas três reunidas em um c) Atresia duodenal.
RN prematuro, favorece o desenvolvimento da ne- d) Enterocolite necrosante.
crose: e) Diverticulite de Meckel.
• Conduta? Suporte em UTI + DIETA ZERO + Des- Nem sempre há uma correlação entre os níveis de
compressão nasogástrica + ATB de largo espectro glicemia e as manifestações clínicas clássicas dela.
+ Rastreio microbiológico. Portanto, normalmente são ASSINTOMÁTICOS, po-
dendo haver sintomas inespecíficos, devendo en-
• Cirurgia? Em alguns casos, como na perfuração. tão a glicemia ser SERIADA nos RN de RISCO!
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zidos, com capacidade reduzida para gliconeogê- Dessa forma, como a questão nos apresentou
nese. Temos ainda as causas MISTAS, em que po- uma glicemia de 35mg/dL e a criança se encon-
demos citar asfixia, sepse, hipotermia, dificuldade tra assintomática, a resposta correta é a letra B,
respiratória, dentre outras como explicado.
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O contexto social da mãe já nos direciona forte- c) Persistência de cloaca; malformação da geni-
mente ao diagnóstico, ainda mais com os acha- tália ao exame perineal.
dos típicos da chamada SÍNDROME ALCOÓLICA d) Hidrometrocolpos; imperfuração himenal ao
FETAL. Nessa condição você deve estar atento à exame da região perineal.
descriçao de LABIOS FINOS e PÁLPEBRAS CURTAS,
que tradicionalmente são trazidas nos enuncia- Ora, um recém nascido do sexo feminino que ao
dos. Dessa forma, a alternativa que aponta o exame de ultrassonografia foi identificado com
diagnóstico é a letra B. útero bastante aumentado e que cursa com sin-
tomas de obstrução intestinal e urinária deve
ser portadora de uma condiçao conhecida como
Hidrometrocolpos HIDROMETROCOLPO, onde o útero anormalmen-
te acumula muito líquido adquirindo dimensões
Acúmulo de secreções no útero e na vagina, asso- tão volumosas a ponto de exercer compressão ex-
ciado a obstruções do trato genital. A criança apre- trínseca nas alças intestinais e nas vias urinárias.
senta imperfuração himenal, membrana vaginal As alterações mais encontradas ao exame físico
ou atresia vagina. dessas pacientes sãs as de obstrução em região
genital, como a atresia vaginal e o himen imper-
Os estrogênios maternos durante a gestação esti- furado. Logo, alternativa correta letra D.
mulam a secreção endometrial e cervical, promo-
vendo retenção de líquido na cavidade uterina.
Hemorragia Intraventricular e Leucomalácia
• Quadro clínico? Criança com ÚTERO DE DIMEN- Periventricular
SÕES AUMENTADAS, podendo ter ainda OBSTRU-
ÇÃO INTESTINAL e URINÁRIA.
• Hemorragia intraventricular? PRINCIPAL for-
ma de hemorragia intracraniana que acomete os
HOSPITAL PEDRO ERNESTO-RJ 2016 PREMATUROS DE BAIXO PESO. O exame de esco-
lha para o rastreamento dessa condição é a USG
Lactente do sexo feminino, 1 mês de vida, é levada TRANSFONTANELA.
ao ambulatório de pediatria para primeira con-
sulta. Há 10 dias, apresenta aumento progressi- • Leucomalácia Periventricular? Áreas de necrose
vo do volume abdominal, constipação e redução focal na substância branca periventricular, promo-
do volume urinário. A mãe refere que a última vendo áreas de atrofia de parênquima e formação
ultrassonografia (USG) do pre-natal não foi nor- de cistos. Esta injúria à substância branca é provo-
mal, sendo solicitado um novo exame pelo médi- cada ou por alterações isquêmica ou infecções. O
co que a acompanhava. Trouxe para a consulta o melhor exame é a RESSONÂNCIA.
laudo de USG realizada há 2 dias , que evidenciou
hidronefrose bilateral, dilatação da bexiga e au-
mento importante do volume uterino. Ao exame
do abdome, foi observado que este era globoso a
inspeção, peristáltico, algo tenso, doloroso à pal-
pação e com presença de massa palpável em re-
gião hipogástrica, estentendo-se até epigástrio,
de difícil delimitação e consistência não endure-
cida. O diagnóstico mais provável e a alteração
do exame fisico a ser pesquisada nesse momento,
respectivamente, são:
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• Síndrome de Down (Trissomia do 21): Face Calma, são muitas características envolvidas
achatada, fenda palpebral oblíqua, epicanto, pele em muitas síndromes, então vamos setorizar o
abundante no pescoço, sulco entre o hálux e o se- raciocínio! Sempre que estiver diante de um RN
gundo artelho, hipotonia muscular generalizada com achados de holoprosencefalia, hipoteloris-
e reflexo de Moro débil. Estão mais propensos a mo ocular, fenda palatina e polidactilia, pense
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS, em que a principal em PATAU (trissomia do cromossomo 13). Quando
é o DEFEITO DO SEPTO ATRIOVENTRICULAR. Além a questão lhe informar punhos cerrados e histó-
disso, possuem risco aumentado de DIMINUIÇÃO rias de malformações cardíacas sem os achados
DA CAPACIDADE AUDITIVA e HIPOTIREOIDISMO citados no Patau, devemos pensar em EDWARDS
CONGÊNITO. (trissomia do 18), mas fique atento, pois o achado
de punhos cerrados pode fazer parte do espectro
• Síndrome de Patau (Trissomia do 13): LÁBIO LE- clínico do Patau quando em conjunto com as de-
PORINO/FENDA PALATINA, flexão dos dedos com mais alterações já citadas. A síndrome de Turner
polidactilia, pé arqueado, malformação cerebral se apresenta com os tão conhecidos estigmas de
(HOLOPROSENCEFALIA), microcefalia, microftal- pescoço alado, cubito em valgo, baixa implan-
mia, HIPOTELORISMO ocular, anomalias genitais, tação das orelhas e cabelos e baixa estatura. O
cardíacas e viscerais. 90% morrem no primeiro ano Klinefelter se apresenta como alta estatura em
de vida. uma criança mais velha associado a hipogona-
dismo. Já o Cri du Chat tem o típico achado de
• Síndrome de Edwards (Trissomia do 18): baixo grito estridente que lembra o miado de um gato,
peso ao nascimento, punhos cerrados, pés chatos, dando nome à síndrome. Assim, a resposta corre-
microcefalia e malformações cardíacas e renais. ta é a letra A.
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• Quadro clínico pós-natal? RN com SALIVAÇÃO Recém nascido com tosse e engasgo durante as
INTENSA + DIFICULDADE RESPIRATÓRIA + TOSSE/ mamadas. Acabou de apresentar um episódio de
CIANOSE/ENGASGOS + RESISTÊNCIA À PASSAGEM apneia durante a alimentação com cianose im-
DE SNG + ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS MALFORMA- portante. Qual é o diagnóstico mais provável?
ÇÕES (Cardiovascular, Ânus imperfurado).
a) Atresida de Esôfago Proximal.
• Quadro clínico pré-natal? POLIDRÂMNIO. b) Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico.
c) Sepse por Estreptococo do Grupo B.
• Conduta imediata? SONDA NASOGÁSTRICA + RN d) Infecção Neonatal por Herpes Simples.
EM POSIÇÃO DE PRONA e) Estenose de Piloro.
• Cirúrgico? Fechamento da fístula (se associa- O achado precoce de tosse e engasgo que ocor-
da) + Anastomose primária re DURNTE AS MAMADAS deve sempre levantar a
suspeita de atresia de esôfago. Dentre as atrasia,
a mais comum é a de esôfago proximal associada
(QUESTÃO SUS-SP) Qual o tipo de FÍSTULA TRA- a um fístula distal com a traqueia. Assim, a res-
QUEOESOFÁGICA MAIS COMUM associada? É a posta correta da questão é a letra A.
DISTAL/ TIPO C (CAI), e é por isso que esses pa-
cientes podem apresentar DISTENSÃO ABDOMI- CASA DE CARIDADE DE ALFENAS 2018
NAL, pois um pouco do ar que respira pode passar
pela fístula para o estômago. O achado anatômico mais comum em uma crian-
ça com atresida de esôfago é:
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Diagnóstico diferencial? Por causar uma obstru- Paciente do sexo masculino, 8 semanas de vida,
ção alta, atresia duodenal NÃO CAUSA distensão com história de vômitos em jato após amamen-
abdominal (diferencia da “atresia jejunoileal”) tação, desde 4 semanas de vida com perda pon-
deral importante, desidratação moderada e dis-
tensão de abdome superior. Ao exame: ondas
peristálticas visíveis em andar superior do abdo-
me e palpação de nodulação em quadrante supe-
rior direito de abdome. O diagnóstico provável é:
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Criança por volta do segundo mês de vida que Certamente é uma ATRESIA DUODENAL. Mais cla-
evolui com vômitos pós mamada, distensão ro que isso só se o enunciado citasse o famoso
abdominal e percepção de movimentos peris- sinal da “dupla bolha”, mas não era necessário,
táltivos em epigastro associado a palpação de não é verdade?! Como curiosidade, na estenose
oliva pilórica só pode ter o diagnóstico de ES- hipertrófica de piloro os vômitos são típicamen-
TENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO. Vale lem- te NÃO BILIOSOS devido a altura da obstruçã que
brar que o grande diferencial dessa condição não permite o retorno de secreção biliar para o
é com a atresia duodenal, mas nesta condiçao estômago e o quadro tende a ocorrer algumas
não se palpa a oliva pilórica, os vômitos tendem semanas após o parto. Já o volvo gástrico se ca-
a ser BILIOSOS e os sintomas aparecem mais racteriza pela tríade de borchadt com dor abdo-
precocemente. O tratamento da EHP consiste minal, náuseas com pouco ou nenhum vômito e
em pilorotomia por meio da técnica de Fredett dificuldade na passagem de songa nasogástrica.
Ramsted. Assim, a resposta correta é a letra A. Assim, o gabarito correto da questão é a letra D.
Considere o seguinte quadro clínico: vômitos bi- Apesar de não ser citado no enunciado, a FIBROSE
liosos nas primeiras 24 horas de vida, resíduo CÍSTICA é uma condição predisponente.
gástrico maior que 30ml, distensão epigástrica,
icterícia, polidrâmnio, eliminaçao anormal de A CONDUTA INICIAL nesse caso, em que não há
mecônio e prematuridade. Esse quadro deve con- evidência de perfuração (sem pneumoperitônio)
duzir a que hipótese diagnóstica? ou peritonite, pode ser abordado inicialmente
com ENEMA, o que costuma facilitar a expulsão
a) Atresia de esôfago. no mecônio. A abordagem cirúrgica também está
b) Megacolon congênito. indicada diante da falha dessa tentativa, além de
c) Atresia de cólon. também ser na presença de complicações.
d) Atresia duodenal.
e) Volvo gástrico.
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Hiperplasia Adrenal Congênita • Mais de 3 horas por dia, no mínimo 3 vezes por
semana, por pelo menos 3 semanas
Distúrbio autossômico recessivo. Quando precoce, • Desaparecem por volta do 3 mês de idade
é a MAIOR causa de GENITÁLIA AMBÍGUA na mulher
(causa clássica de ‘Pseudo-hermafroditismo femi-
nino’). A maior causa da hiperplasia adrenal con- DRGE
gênita é a DEFICIÊNCIA DE 21-HIDROXILASE. A alte-
ração enzimática impede a produção adequada de Lembrar que os lactentes podem apresentar RE-
glicocorticoides, estimulando a secreção de ACTH FLUXO FISIOLÓGICO, apresentando resolução
com consequente hiperplasia do córtex adrenal e espontânea na maioria dos casos até 1 a 2 anos,
aumento de andrógenos e seus precursores (exp. e assim. nem todos vão receber o diagnóstico de
17-OHP), o que leva ao desenvolvimento de ge- DRGE. Espaçar o aleitamento e posicionar o RN de
nitália ambígua. Em 75% dos casos, a deficiência forma adequada, são boas estratégias.
compromete também a produção de mineralocor-
ticoides (“forma clássica perdedora de sal”), com • Quando pensar em DRGE? DÉFICIT NO GANHO
hipotensão, hiponatremia, hipercalemia e acidose DE PESO OU CRESCIMENTO, SIBILÂNCIA, ESOFAGI-
metabólica. Dx? pela dosagem de 17-OHP aumen- TE, etc.
tada.
• Drogas prócinéticas? Não mostraram benefício.
• Hx clássica de HSRC (PEDIATRIA): criança que Esofagite erosiva grave? IBP.
não fez o teste do pezinho com “edema de clítoris”
ou “apresentando vômitos incoercíveis e hipoten-
são”. Laboratorialmente, apresentará HIPOGLICE- Síndrome da Morte Súbita do Lactente
MIA + HIPERCALEMIA + HIPONATREMIA. Condu-
ta? reposição urgente com HIDROCORTISONA e Sabe-se alguns FATORES DE RISCO que aumentam
FLUDROCORTISONA (mineralocorticoide), além de a prevalência dessa doença. São eles:
VOLUME para manejo do eventual choque.
• TABAGISMO pela mãe ou contactantes
• Hx de HSRC “não clássica” de aparecimento • Ambiente de dormida com COBERTAS, TRAVES-
tardio: mulher jovem, com amenorreia primária, SEIROS, etc.
nos casos em que seja uma HSRC de apresentação • Dormir em posição de PRONA (decúbito ventral)
tardia. Mostrará uma mulher com sinais de hipe- • NÃO AMAMENTAÇÃO
randrogenismo, porém, laboratorialmente apre-
sentará 17-OHP aumentada, além do aumento de Sabe ainda que as CHUPETAS SÃO FATORES DE
andrógenos. PROTEÇÃO. Além disso, recomenda-se que , nos
primeiros meses, durmam NO MESMO QUARTO
DOS PAIS MAS EM CAMAS SEPARADAS.
Cólicas do lactente
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Criança com um nódulo no pescoço, indolor, mó- Higroma Cístico (Linfangioma): que vai ser MAIOR
vel à deglutição e também à protrusão da língua, e CERVICAL POSTERIOR, além de ter relação com
na LINHA MÉDIA. doenças cromossomiais. Pode comprimir estrutu-
ras adjacentes, além de poder infeccionar e san-
• Causa? Persistência do forame cego. grar. Conduta? Cirúrgico (2-6 meses de vida) ou
agentes esclerosante.s
https://pedclerk.uchicago.edu
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HOSPITAL DE SAO JOSE DOS CAMPOS 2018) • Conduta? Se antes de 9 meses, pode tentar hCG
IM ou GnRH IM, acelerando a descida. Passou de 9
Arthur tem 4 anos de idade e apresenta um tumor meses? CIRURGIA (ORQUIDOPEXIA).
de 2cm, cístico, móvel, sem sinais flogísticos, lo-
calizado na linha média do pescoço. O diagnósti-
co mais provável é: UFRJ 2018
FUNÇÃO JOAO GOULART-RJ 2018 Aqui vemos uma criança com testículo direito fora
da bolsa escrotal, porém palpável. Assim, como
A cirurgia descrita por Sistrunk, em 1928, é reali- podemos palpá-lo, não é necessária a realização
zada para o tratamento de: de exames como a ultrassonografia, podendo
partir direto para a orquidopexia principalmen-
a) Pâncras anular. te após os 9 meses, idade a partir da qual o risco
b) Higroma cístico. de infertilidade e malignização começa a ocorrer.
c) Cisto Tireoglosso. Vale lembrar que antes dos 9 meses o risco de
d) Estenose hipertrófica de piloro. lesões iatrogênicas é maior, devendo postergar
além dessa faixa etária. O detalhe é que algumas
Aqui uma questão bem direta que cobra o nome fontes citam o ponto de corte como sendo 6 me-
da cirurgia tradicionalmente realizada no CISTO ses e não 9 meses, o que certamente foi utilizado
TIREOGLOSSO, a cirurgia de Sistrunk, onde se pelo autor da questão. Dessa forma, resposta cor-
disseca e retira completamente o cisto, o trajeto reta letra C.
fistuloso e a parte central do osso hióide. Assim,
resposta letra C.
Fimose
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S U M Á R I O
C A P Í T U L O 1 C A P Í T U L O 9
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA................................ 3 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA................................34
C A P Í T U L O 2 C A P Í T U L O 1 0
SAÚDE DO TRABALHADOR.....................................10 NÍVEIS DE PREVENÇÃO...........................................37
C A P Í T U L O 3 C A P Í T U L O 1 1
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS................................17 PROCESSO EPIDÊMICO..........................................39
C A P Í T U L O 4 C A P Í T U L O 1 2
ANÁLISE DOS ESTUDOS.........................................22 SUS..........................................................................42
C A P Í T U L O 5 C A P Í T U L O 1 3
VARIÁVEIS...............................................................27 EUTANÁSIA.............................................................52
C A P Í T U L O 6 C A P Í T U L O 1 4
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE.................................28 DECLARAÇÃO DE ÓBITO.........................................53
C A P Í T U L O 7 C A P Í T U L O 1 5
TESTE DIAGNÓSTICO..............................................29 ERRO MÉDICO.........................................................56
C A P Í T U L O 8
FASES DOS ESTUDOS COM MEDICAMENTOS........33
O vasto conteúdo médico está em constante renovação, e por isso, a equipe do medicinaprática esclarece que este material
possui como intuito principal a aprovação na prova de residência médica. Dessa forma, não aconselhamos que o mesmo seja
utilizado como principal fonte bibliográfica para a prática médica propriamente dita.
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C A P Í T U L O 1
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
São medidas que contêm informações relevantes no tempo X e lugar Y / População exposta ao risco
sobre como anda o sistema de saúde. na mesma área e período x 1.000.
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A prevalência nem sempre vai ser maior que a in- D) Não é possível comparar as taxas antes de
cidência. Por exemplo, Ebola na África, a prevalên- padronizá-las segundo complexidade do atendi-
cia vai ser baixa em determinado período avaliado, mento.
mas a incidência alta, porque a pessoa tem e mor-
re. Por isso, na relação entre prevalência e incidên- Comentário: Questão tranquila. A taxa de mor-
cia existe uma variável, a DURAÇÃO da doença. Por talidade neonatal precoce SE RELACIONA sim,
isso, o macete para a morbidade é PREVALÊNCIA diretamente com a qualidade dos serviços hospi-
= INCIDÊNCIA x DURAÇÃO (P=I.D). Por isso, em talares, enquanto a mortalidade infantil pós-neo-
doenças AGUDAS (exp. Dengue), novas, que estão natal se relaciona a condições como saneamento
chegando, o melhor para avaliar é a INCIDÊNCIA. básico, ambiente familiar, vacinação, etc (alter-
Já nas CRÔNICAS (exp. TB), a PREVALÊNCIA. nativa A incorreta). A letra B está incorreta pois a
taxa de mortalidade neonatal precoce é a razão
ÎÎ 2) COEFICIENTE DE MORTALIDADE entre as mortes nos primeiros 7 DIAS (alternativa
B incorreta). Não podemos dizer que a maternida-
Risco que essa população EXPOSTA tem de MOR- de do hospital universitário apresenta maior risco
RER. de morte entre nascidos vivos, se muito provavel-
mente esse hospital deva receber casos de bem
A MORTALIDADE GERAL/BRUTA NÃO SERVE para mais alta complexidade do que um hospital de
se tomar como base para comparar a qualidade em uma pequena cidade do interior, que deve enca-
regiões diferentes! Pois possuem estruturas etá- minhar os casos mais complicados. Dessa manei-
rias. Não dá pra comparar Brasil/Noruega, RJ/SP. ra, não é possível comparar antes de padronizar
Se quisesse comparar, teria que fazer a PADRONI- as taxas segundo complexidade do atendimento.
ZAÇÃO da idade, pois uma taxa de mortalidade ge-
ral tanto pode estar associada a baixas condições Resposta: letra D.
socioeconômicas, como uma proporção maior de
pessoas idosas na população. Número de óbitos
em local Y e tempo X / População EXPOSTA ao ris- OBS: é meio que padronizado a proporção que
co no mesmo local e tempo x 1.000 quando Geral e Infantil é em 1.000, já a Materna
é para 100.000
UNICAMP 2017
Portanto, apenas pelo coeficiente de mortalida-
Foi avaliada a taxa de mortalidade neonatal de, não tenho como avaliar se a taxa indica algo
precoce em duas maternidades, uma em hos- bom ou ruim, pois não tem a capacidade de dizer
pital universitário (12 por 1000 nascidos vivos) e se quem morreu mais foi jovem ou idoso. Então,
de uma em uma pequena cidade do interior (8 esse índice NÃO AVALIA QUALIDADE DE VIDA, não
por 1000 nascidos vivos). EM RELAÇÃO ÀS CON- servindo para nada praticamente.
CLUSÕES QUANTO À QUALIDADE DOS SERVIÇOS É
CORRETO: Porém, na mortalidade, a gente pode ESPECIFICAR
a mortalidade em determinada população, seja
A) A taxa de mortalidade neonatal precoce não se por CAUSA (Morte materna, AIDS, etc.) ou IDADE
relaciona diretamente com a qualidade do servi- (Mortalidade infantil, exp.). É a MORTALIDADE ES-
ços hospitalares e sim a mortalidade infantil pós- PECÍFICA:
-neonatal.
B) A taxa de mortalidade neonatal precoce é a ra- •• MORTALIDADE MATERNA: óbitos decorrentes
zão entre as mortes nos primeiros 28 dias a cada da GRAVIDEZ, PARTO e PUERPÉRIO (até 45d), IN-
1000 nascidos vivos. DEPENDENTE da duração ou da localização da
C) A maternidade do hospital universitário apre- gravidez. Número de óbitos por causas maternas
senta maior risco de morte entre os nascidos vi- (Diretas + Indiretas) / Número de nascidos vivos x
vos da cidade. 100.000
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A morte materna pode ser DIRETA (diretamente *Perinatal (natimorto IG > 22 semanas + < 7 dias
relacionada a gravidez/parto/puerpério), muito de vida): no denominador , entram os VIVOS +
MAIS FREQUENTE que a indireta. AS causas MAIS MORTOS.
COMUNS de morte materna direta no Brasil são:
*Pós-neonatal (ou “INFANTIL TARDIA”; entre 28
1) DHEG dias e 1 ano): denominador só nascidos vivos.
2) HEMORRAGIA Aqui, além do pré-natal, avalia o MEIO AMBIENTE
3) INFECÇÃO em que a criança vive. Isso inclui a família, sanea-
mento, vacinação, etc.
Essas causas são EVITÁVEIS e não deveriam ocor-
rer, e por isso, são de NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA *Infância (até 05 anos): Aqui, o principal são CAU-
todos os casos de óbito materno. É INDICADOR DE SAS EXTERNAS.
QUALIDADE DE VIDA.
Antigamente, o PÓS-NEONATAL era a maior taxa,
Pode também ser INDIRETA, onde existia uma já que se morria muito de Infecções, falta de alei-
doença prévia, e ela foi piorada pela gravidez/par- tamento, saneamento, etc. Já hoje, no Brasil, a
to/puerpério. Exp: Estenose mitral (clássico). São maioria morre no NEONATAL (mais da metade),
causas INEVITÁVEIS. na PRIMEIRA SEMANA DE VIDA (neonatal precoce).
Isso é um sinônimo de desenvolvimento e redução
Importante: Causas VIOLENTAS/EXTERNAS NÃO na taxa de mortalidade infantil, pois representam
SÃO CAUSAS MATERNAS, NÃO ENTRANDO NO CÁL- causas de difícil intervenção. Portanto, o “PÓS-
CULO. São as chamadas “Mortes maternas não -NEONATAL” é o INDICADOR DE MAIOR ACURÁCIA
obstétricas”. Exceções? Morte por “Abortamento PARA AVALIAR CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE EM
provocado” e “Suicídio por psicose puerperal”. UMA POPULAÇÃO. Assim, podemos dizer que ele é
o componente MAIS FÁCIL de reduzir, enquanto o
“Morte Materna TARDIA”? Mortes de mulheres por Neonatal é o MAIS DIFÍCIL.
causa obstétrica direta ou indireta, que ocorra en-
tre 45 dias e 01 ano depois do término da gravidez. As principais causas de Mortalidade Infantil no
Brasil são hoje (CAI):
•• MORTALIDADE INFANTIL: mede a probabilidade
que uma criança nascida viva tem de morrer antes 1 - Causas PERINATAIS
de completar 1 ano de idade. Número de óbitos < 2 - Má formações congênitas
1 ano / Número de nascidos vivos x 1.000 3 - Respiratórias
4 - Infecto-parasitárias
Assim como a mortalidade materna, a infantil é um
EXCELENTE INDICADOR DO NÍVEL DE VIDA. Por •• O que fazer para melhorar o perinatal/neona-
isso, também possui NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA. tal? PRÉ-NATAL.
•• A mortalidade infantil é um pouco mais alta em
(CAI) Esse coeficiente pode ser subdividido ainda meninos que em meninas.
conforme a faixa etária: •• Em crianças com mais de 01 ano de idade, a prin-
cipal causa é CAUSA EXTERNA.
*Neonatal (total - < 28 dias / precoce - <7 dias /
tardia - 7 a 27 dias): No denominador só vai entrar ÎÎ 3) COEFICIENTE DE LETALIDADE
os nascidos vivos, pois os natimortos nem chega-
ram a entrar na população de risco. Olha apenas o risco de DOENTES, morrerem. Nú-
mero de óbitos por tal doença no tempo X e lugar
*Natimortalidade (natimorto 22 semanas ou y / Número de doentes de tal doença na mesma
mais de gestação): Aqui no denominador entram área e período x 100
os VIVOS + MORTOS.
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•• Qual mata mais quando olho APENAS AS MU- •• O que mais “rouba número de anos potenciais
LHERES? CIRCULATÓRIO -> CÂNCER -> RESPIRA- de vida”? CAUSAS EXTERNAS.
TÓRIAS -> CAUSAS EXTERNAS
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•• Quem morre mais por causas externas, Ho- o estreitamento da base pela queda na taxa de fe-
mens ou Mulheres? Jovens ou Idosos? HOMENS cundidade, e o alargamento do ápice pela queda
JOVENS. na mortalidade.