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Legendas:

• DIU-CU: Dispositivo intrauterino de cobre

• SIU-LNG: Sistema intrauterino de


Levonorgestrel (Mirena® disponível no Brasil)

• Implante: Implante subdérmico de


progestagênio (Etonogestrel, Implanon®,
disponível no Brasil)

• AMPD: Acetato de medroxiprogesterona de


depósito (injetável trimestral)

• PP: Pílula de progestagênio isolado

• CHC: Contraceptivos hormonais combinados


(vias: oral, anel, adesivo, injetável mensal)

Critérios de elegibilidade:

1. Sem restrição para uso do método


2. Vantagens do uso do método geralmente
sobrepõem os riscos teóricos ou comprovados
3. Riscos teóricos ou comprovados geralmente
sobrepõem as vantagens do método
4. Risco inaceitável para a saúde caso o método
seja utilizado
Sumário
1. Aborto (pós aborto)........................................................................................... 5
2. Acidente vascular cerebral (AVC) (atual ou história) ........................................... 6
3. Amamentação .................................................................................................. 7
4. Anemia falciforme............................................................................................. 9
5. Anemia ferropriva ............................................................................................. 9
6. Antibióticos..................................................................................................... 10
7. Anticonvulsivantes .......................................................................................... 11
8. Antirretrovirais (HIV) ....................................................................................... 12
9. Artrite reumatoide .......................................................................................... 13
10. Bariátrica .................................................................................................... 14
11. Câncer de endométrio ................................................................................. 15
12. Hiperplasia Endometrial .............................................................................. 15
13. Câncer de ovário e doenças benignas do ovário............................................ 15
14. Cardiomiopatia periparto ............................................................................ 16
15. Cefaleia ....................................................................................................... 17
16. Cirrose......................................................................................................... 18
17. Colestase..................................................................................................... 19
18. Colo uterino................................................................................................. 20
19. Depressão ................................................................................................... 21
20. Diabetes...................................................................................................... 22
21. Dismenorreia severa .................................................................................... 23
22. Doença inflamatória intestinal (RCU e Doença de Chron) .............................. 24
23. Doença inflamatória pélvica (DIP) ................................................................ 25
24. Doença trofoblástica gestacional ................................................................. 26
25. Endometriose .............................................................................................. 28
26. Epilepsia...................................................................................................... 29
27. Esclerose múltipla ....................................................................................... 30
28. Esquistossomose ......................................................................................... 31
29. Fatores de risco para doença coronariana (idade, tabagismo, DM, HAS,
dislipidemia)........................................................................................................... 32
30. Fibrose cística .............................................................................................. 33

31. Gestação ectópica (história) ........................................................................ 34


32. Hepatites virais ........................................................................................... 35
33. Hipertensão arterial gestacional (história) ................................................... 36
34. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) ............................................................ 36
35. HIV (alto risco)............................................................................................. 37
36. Idade........................................................................................................... 38
37. Infarto do miocárdio (atual ou história)........................................................ 39
38. Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ................................................. 40
39. Lúpus eritematoso sistêmico (LES) ................................................................ 41
40. Malária ....................................................................................................... 42
41. Malformações uterinas................................................................................ 42
42. Miomatose uterina ...................................................................................... 42
43. Mamas........................................................................................................ 43
44. Obesidade ................................................................................................... 44
45. Paridade ..................................................................................................... 45
46. Psicotrópicos (medicações) .......................................................................... 45
47. Puerpério .................................................................................................... 46
48. Sangramento uterino anormal (padrões) ..................................................... 48
49. Sangramento uterino anormal (sem causa definida, com suspeita de condição
grave), antes da investigação ................................................................................. 48
50. Tabagismo .................................................................................................. 49
51. Talassemia .................................................................................................. 50
52. Tireoideopatias (Bócio, Hiper e Hipotireoidismo) .......................................... 50
53. Transplante de órgãos sólidos ...................................................................... 51
54. Trombofilia conhecida (Fator V de Leiden, Mutação da Protrombina, Proteína
S, Proteína C e deficiência de Protrombina) ............................................................. 52
55. Trombose venosa (TV) e Embolia pulmonar (TEP) ......................................... 53
56. Trombose venosa superficial ........................................................................ 54
57. Tuberculose ................................................................................................. 55
58. Tumores hepáticos ...................................................................................... 56
59. Tumores ovarianos (incluindo cistos)............................................................ 57
60. Valvas cardíacas (doenças valvares) ............................................................ 57
61. Vesícula (colelitíase e colecistite) ................................................................. 58
1. Aborto (pós aborto)

Pós aborto de 1º trimestre:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Pós aborto de 2º trimestre:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1

*DIU e SIU podem ser inseridos após abortos espontâneos ou induzidos. São
colocados como categoria 2 no caso do aborto de segundo trimestre, devido a
taxa de expulsão maior nesses casos quando comparadas com taxas de
expulsão após abortamento de primeiro trimestre.

Pós aborto infectado imediato:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4 4 1* 1* 1* 1*

*Podem ser iniciados imediatamente após o abortamento infectado


2. Acidente vascular cerebral (AVC) (atual ou história)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1* 2* 2** 3** 2** 4
(iniciar)
CAT OMS 1* 2* 3** 3** 3** 4
(continuar)

*Há um risco teórico sobre o efeito do LNG nos lipídios, por isso o uso de DIU-
CU é sem restrições e o SIU-LNG há essa pequena ressalva.

**Há um consenso sobre hipoestrogenismo causar queda de HDL,


particularmente em usuárias de AMPD, continuando por um certo período de
tempo após sua descontinuação. No entanto, esse consenso não é definido em
usuárias de PP.
3. Amamentação

< 21 dias pós-parto:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 2* 2* 2* 4**

*2 estudos controlados não encontraram efeitos adversos em implantes de


Etonogestrel iniciados nas primeiras 48h pós-parto.

*Outros estudos não encontraram diferenças entre Implantes, AMPD e PP


iniciados nas primeiras 6 semanas pós-parto comparados com métodos não
hormonais em relação a amamentação, saúde infantil, crescimento e
desenvolvimento no primeiro ano pós-parto. Em geral, são estudos de baixa
qualidade que não incluíram prematuros ou RN patológicos.

** Os estudos sobre os efeitos de estrogênio exógeno durante a amamentação


são conflitantes. Não foram encontrados resultados consistentes sobre
alterações nos RN de mães em uso de CHC durante aleitamento materno.
Um estudo encontrou maior taxa de TVP/EP em usuárias de CHC durante todo
o puerpério. O risco de TVP/EP é aumentado durante gestação e puerpério,
principalmente nas primeiras 3 semanas pós-parto, retornando ao normal após
42 dias pós-parto.

Entre 21-30 dias pós-parto (independente de fatores de risco para TVP/EP):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 2 2 2 3

Entre 30-42 dias pós-parto (COM outros riscos para TVP/EP: idade ≥35 anos,
TVP/EP prévia, trombofilia, imobilidade, transfusão no parto, cardiomiopatia
periparto, IMC ≥ 30, hemorragia puerperal, cesária, pré-eclâmpsia ou
tabagismo):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 3

Entre 30-42 dias pós-parto (SEM outros riscos para TVP/EP):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 2

> 42 dias pós-parto:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 2
RECOMENDAÇÕES DA OMS:

Devido aos estudos usados para as categorias acima, sobre amamentação,


serem conflitantes e de baixa qualidade, a OMS é mais receosa com o uso de
CHC no puerpério com amamentação.

Pós-Parto DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


Lactantes

<6 sem - - 2 3 2 4
> 6 sem a - - 1 2 1 3
6 meses

≥6 meses - - 1 1 1 2
< 48 horas 1 2 - - - -
≥48h e 4 3 3 - - - -
semanas

≥4 1 1 - - - -
semanas
4. Anemia falciforme

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 1 1 1 1 2

*Risco aumentado de perda sanguínea associado do DIU-CU

5. Anemia ferropriva

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 1 1 1 1 1

*Risco aumentado de perda sanguínea associado do DIU-CU


6. Antibióticos

Antibióticos em geral, antifúngicos e antiparasitários:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Rifampicina ou Rifabutina:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 2* 1 3* 3**

* Por mais que a interação entre Rifampicina e Rifabutina com PP e Implante


de Etonogestrel não seja perigosa para as mulheres, é possível que haja
redução a efetividade desses contraceptivos. Outros métodos contraceptivos
devem ser encorajados para mulheres que fazem uso crônico desses
medicamentos.

** A Rifampicina claramente reduz a eficácia dos CHC, enquanto não há dados


suficientes sobre a Rifabutina. Caso algum CHC for escolhido, deve ser
escolhida uma preparação com dose mínima de 30 microgramas de
Etinilestradiol.
7. Anticonvulsivantes

Ácido Valpróico:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Lamotrigina:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 3*

*Estudos demonstram redução importante do nível de Lamotrigina circulante


durante o uso de CHC orais. Um trial mostrou aumento de convulsão em
usuárias de Lamotrigina associada a CHC orais.

Fenitoína, Carbamazepina, Oxcarbamazepina, Topiramato, Barbitúricos e


Primidona:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 2 1 3* 3*

*Esses anticonvulsivantes reduzem a eficácia de CHC e de métodos de


progestagênio (com exceção do AMPD). Caso algum CHC for escolhido, deve
ser escolhida uma preparação com dose mínima de 30 microgramas de
Etinilestradiol ou a Injeção Mensal.
8. Antirretrovirais (HIV)

Tenofovir (TDF), Emtricitabina (FTC), Zidovudina (AZT), Lamivudina (3TC),


Didanosina (DDI), Abacavir (ABC), Estavudina (D4T), Etravirina (ETR),
Nevirapina (NVP), Rilpivirina (RPV), Indinavir (IDV), Ritonavir + Lopinavir
(LPV/r), Maraviroc (MVC), Raltegravir (RAL), Dolutegravir (DTG), Elvitegravir
(EVG), Enfuvirtide:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2* 1 2* 1 1 1 1**

* Não existem interações entre DIU/SIU e terapia antirretroviral, porém,


dispositivos intrauterinos são classificados como categoria 2 em pacientes HIV
positivas não controladas clinicamente ou que não estão recebendo TARV.

** Um estudo mostrou que não há aumento na taxa de gravidez em usuárias


de LPV/r associado a CHC oral, mesmo com a redução dos níveis de EE.

Efavirenz (EFV), Nelfinavir (NFV), Ritonavir + Qualquer combinação, com


exceção de Lopinavir

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 1 2* 2* 1 2* 2*

* Um estudo encontrou maior taxa de falha em usuárias de Implante associado


a uso de Efavirenz. Três estudos mostraram aumento na taxa de gravidez em
usuárias de SIU-LNG associado a Efavirenz. Mesmo assim essa taxa se
manteve abaixo das usuárias de outros métodos hormonais, como esperado do
Implante de Etonogestrel e SIU-LNG

As associações com Ritonavir (com exceção da associação LPV/r) têm o risco


teórico de diminuir a eficácia dos métodos hormonais.

Nenhum efeito importante foi encontrado na taxa de AMPD em pacientes com


uso de TARV (com as medicações citadas), provavelmente devido a alta dose
desse método.

Atazanavir (ATV):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 1 2 1 1 1 2*
* Risco teórico do ATV reduzir a concentração de EE. Sem interações
deletérias com métodos de progestagênio

Fosamprenavir (FPV):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 1 2 2* 2* 2* 3*
* Métodos hormonais podem reduzir a concentração de FPV
9. Artrite reumatoide

Sem terapia imunossupressora:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2* 1 2*

* Não há um padrão consistente sobre melhora ou piora da artrite reumatoide


com uso de contraceptivos hormonais na literatura atual.

Recebendo terapia imunossupressora:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 2** 3** 1 2
(iniciar)
CAT OMS 1 1 - - - -
(continuar)

* Ponderar introdução de DIU/SIU em pacientes com terapia imunossupressora


devido ao risco aumentado de doença inflamatória pélvica nas primeiras
semanas após a introdução.

** AMPD quando utilizado em pacientes com uso crônico de corticóides


associado a história (ou risco aumentado) de fraturas não traumáticas é
classificado como categoria 3, devido a sua diminuição transitória da massa
óssea. Caso não haja história ou risco aumentado de fraturas, AMDP é
classificado com categoria 2.
10. Bariátrica

Procedimentos restritivos (redução da capacidade de armazenamento do


estômago):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Procedimentos disabsortivos (By-pass intestinal):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 3** 1* 3**

*Anel e adesivo (CHCs) são liberados

** Contraceptivos orais devem ser evitados, devido ao componente disabsortivo


dessas cirurgias. Além disso, há o risco aumentado de diarreia, vômito ou
ambos, principalmente no pós-operatório precoce.
11. Câncer de endométrio

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 2** 2** - - - -
(continuar)

* Existe consenso sobre o risco aumentado de infecção, perfuração e


sangramento durante a inserção de DIU/SIU em pacientes com câncer de
endométrio.

** O DIU/SIU provavelmente será removido em algum momento durante o


tratamento, mas até isso ocorrer, estará garantindo que não haja gravidez.

12. Hiperplasia Endometrial:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

13. Câncer de ovário e doenças benignas do ovário

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

* Enquanto aguardam tratamento, as pacientes podem usar qualquer método


contraceptivo. Em geral, o tratamento para câncer de ovário fará da mulher
estéril.
14. Cardiomiopatia periparto

Função cardíaca normal ou pouco comprometida (NYHA 1 ou 2) / < 6 meses:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 4**

* A inserção de DIU/SIU pode levar a arritmias cardíacas em mulheres


saudáveis. Mulheres com cardiomiopatia periparto apresentam risco
aumentado de arritmias.
Porém, não existe evidência (em estudos observacionais) de nenhum caso de
arritmia ou endocardite infecciosa em pacientes com doenças cardíacas
usuárias de DIU/SIU

** CHCs podem aumentar retenção hídrica de pacientes saudáveis. Retenção


hídrica pode piorar a função cardíaca de pacientes com cardiomiopatia
periparto. Além de CHCs poderem também causar arritmias em mulheres
saudáveis e pacientes com cardiomiopatia periparto terem um risco aumentado
de arritmias.

Função cardíaca normal ou pouco comprometida (NYHA 1 ou 2) / ≥ 6 meses:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2 2 1 1 1 3

Função cardíaca moderada ou severamente comprometida (NYHA 3 ou 4):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2 2 2* 2* 2* 4

* Há evidência indireta e limitada de casos de hipertensão, TVP/EP e falência


cardíaca em pacientes com doença cardíaca usuárias de PP e AMPD.
Também há risco teórico de indução de arritmia por Implantes de
progestagênio, por isso a classificação em categoria 2 para pacientes com
doença cardíaca grave.
15. Cefaleia

Não enxaqueca (moderada ou severa):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1*

* Atenção especial aos casos de cefaleia severa, quanto ao diagnóstico preciso


de enxaqueca ou outro tipo de cefaleia e a presença ou não de aura associado.

Enxaqueca SEM aura:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 2*

* Pacientes com enxaqueca em uso de CHC possuem aproximadamente 3x


mais risco de desenvolver AVEi do que não usuárias de CHC. A maioria dos
estudos não especifica o tipo de enxaqueca ou o tipo de CHC. Há aumento de
risco de AVEi em paciente com enxaqueca com aura, quando comparadas com
enxaqueca sem aura. Uma metanálise antiga evidenciou aumento de AVEi em
pacientes com enxaqueca sem aura, porém 2 novas metanálises não
encontraram essa associação.

Enxaqueca COM aura:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 4
16. Cirrose

Cirrose Leve (compensada)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Cirrose Grave (descompensada)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 3 3 3 3 4
17. Colestase

Colestase gestacional (história):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 2*

*História de colestase gestacional aumenta a chance de colestase relacionada


a CHC

Colestase relacionada a CHC (história):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2* 2* 2* 2* 3**

* Pacientes com história de colestase relacionada a CHC apresentam risco


teórico aumentado de colestase com uso de progesterona. Não há evidência
documentada.

** História de Colestase relacionada a CHC aumenta o risco de um novo


episódio, caso se mantenha ou retome o uso de CHC
18. Colo uterino

Câncer de colo de útero (aguardando tratamento):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 2*** 2*** 1*** 2***
(iniciar)
CAT OMS 2** 2** - - - -
(continuar)

* Existe consenso sobre o risco aumentado de infecção, perfuração e


sangramento durante a inserção de DIU/SIU em pacientes com câncer de colo
de útero.

** O DIU/SIU provavelmente será removido em algum momento durante o


tratamento, mas até isso ocorrer, estará garantindo que não haja gravidez.

*** Há o risco teórico da progesterona ou do estrogênio afetarem o prognóstico


da doença estabelecida. Enquanto aguardam o tratamento, essas mulheres
podem usar métodos hormonais.

Ectrópio de colo uterino:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Neoplasia intraepitelial cervical (NIC):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1** 2** 2 2* 1 2*

* Em mulheres com infecção persistente por HPV, o uso de AMPD e CHC por ≥
5 anos pode aumentar o risco de carcinoma in situ e carcinoma invasor de colo
uterino.

** Há a hipótese recente de que DIU/SIU melhorariam a progressão da NIC.


19. Depressão

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

A frequência de hospitalização entre mulheres com depressão e distúrbio


bipolar não apresenta diferença significante entre usuárias de qualquer método
contraceptivo, incluindo esterilização.
20. Diabetes

História de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Diabetes Mellitus (DM) sem doença vascular com/sem uso de insulina:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2* 2* 2* 2* 2**

* Pequenos estudos sugerem que o uso de progestagênios apresenta


pequenos efeitos a curto e longo prazo relacionados a hemoglobina glicada e
perfil lipídico.

** Os CHCs podem interferir, de forma limitada, na necessidade diária de


insulina das pacientes, mas não apresenta efeitos a longo prazo no controle da
DM ou progressão da retinopatia.

DM com Nefropatia e/ou Retinopatia e/ou Neuropatia:

DM com outra doença vascular OU DM ≥ 20 anos:

Múltiplos fatores de risco para doença aterosclerótica (idade, tabagismo, HAS,


dislipidemia):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 3* 2 3** 4**

* O hipoestrogenismo causa redução dos níveis de HDL, principalmente nas


usuárias de AMPD. Esses efeitos continuam por certo tempo após sua
descontinuação. Alguns progestagênios podem aumentar o risco de trombose,
porém esse risco é substancialmente inferior ao das usuárias de CHCs.

** Definir categoria 3 ou 4 avaliando a severidade da condição clínica da


paciente.
21. Dismenorreia severa

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 1* 1 1 1 1

* DIU-CU pode intensificar a dismenorreia, principalmente em nulíparas. SIU-


LNG está associado a redução da dismenorreia.
22. Doença inflamatória intestinal (RCU e Doença de Chron)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2* 2** 2*** 3***

Há 2 relatos de casos com 3 mulheres portadores de Doença inflamatória


intestinal (DII) que tiveram exacerbação da doença em 5 dias a 25 meses após
a inserção de SIU-LNG, mas não há nenhum grande estudo demonstrando tal
fato.

* Mulheres com DII têm maior prevalência de osteopenia/osteoporose do que a


população geral. O uso de AMPD é associado com redução transitória da
massa óssea, por isso foi colocado como categoria 2.

** A absorção de PP em mulheres com DII pode estar reduzida em casos de


doença severa (causando má absorção) ou em casos de cirurgias do intestino
delgado.

*** Em pacientes com DII sem outros fatores para TVP/EP, os benefícios do
uso de CHC geralmente superam os riscos (categoria 2). No entanto, em
pacientes com outros fatores de risco para TVP/EP (doença ativa e/ou extensa,
pós-operatório, imobilização, uso de corticóide ou deficiência vitamínica) o risco
de CHC supera o benefício (categoria 3)
23. Doença inflamatória pélvica (DIP)

Passado de DIP, com gravidez subsequente:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Métodos contraceptivos orais reduzem risco de DIP em pacientes com ISTs.


Não sabemos se anel vaginal ou adesivos (CHC) reduzem o risco de DIP.

Passado de DIP, sem gravidez subsequente:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1

* Em pacientes com baixo risco de ISTs, a inserção de DIU/SIU apresenta


baixo risco de levar a DIP.

DIP AGUDA:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4 4 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1
(continuar)

* O DIU/SIU não precisa ser retirado de rotina, caso a paciente deseje


continuar com o método. Retirar o método irá depender do desejo da paciente,
risco de recidiva e ISTs ou em casos refratários ao tratamento.
24. Doença trofoblástica gestacional

Suspeita de mola (pós esvaziamento imediato), tamanho uterino compatível


com 1º trimestre:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Suspeita de mola (pós esvaziamento imediato), tamanho uterino compatível


com 2º trimestre:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1**

*DIU e SIU podem ser inseridos esvaziamentos. São colocados como categoria
2 no caso do esvaziamento de segundo trimestre, devido a taxa de expulsão
maior nesses casos quando comparadas com taxas de expulsão após
abortamento de primeiro trimestre.

* Há evidência limitada de que usuárias de DIU após esvaziamento uterino por


gestação molar tenham um risco menor de evolução para doença trofoblástica
gestacional quando comparadas com usuárias de outros métodos
contraceptivos.

** O uso de CHC após esvaziamento de gestação molar não aumenta o risco


de progressão para doença trofoblástica gestacional. Os níveis de beta-hcg
reduzem mais rapidamente em usuárias de CHC orais do que em usuárias de
outros métodos contraceptivos. Há evidência limitada sobre o uso de CHC
durante a quimioterapia não interferir na regressão do quadro, sendo
semelhante aos outros métodos contraceptivos, incluindo AMDP.

Confirmada doença trofoblástica gestacional (durante monitorização):

- Beta-hcg indetectável:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

- Beta-hcg em queda OU em ascensão, mas sem evidência de doença


intraútero:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 1 1 1 1 1 1
(continuar)

* Em pacientes com alto risco de progressão da doença, ponderar a inserção


de DIU/SIU, devido a possível a retirada precoce do dispositivo.
- Beta-hcg em ascensão, com evidência doença intraútero:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 2 2 1 1 1 1
(continuar)

* Em pacientes com suspeita ou confirmação de doença intraútero, DIU/SIU


não devem ser inseridos devido ao risco teórico aumentado de perfuração,
infecção ou hemorragia. Para pacientes com DIU/SIU durante a monitorização,
pesar risco x benefício da retirada do mesmo.
25. Endometriose

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 1** 1 1 1 1

* Único motivo do DIU-CU ser categoria 2 é pelo risco de piora da


dismenorreia, porém sem relação causal com piora da endometriose em si.

** SIU-LNG em mulheres com endometriose reduz dismenorreia, dor pélvico e


dispareunia.
26. Epilepsia

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

* A epilepsia em si não contraindica nenhum método contraceptivo, mas há


necessidade de atenção ao tratamento que a mulher está recebendo, devido a
forte interação entre as classes mais utilizadas os contraceptivos.

Carbamazepina, Acido Lamotrigina


Fenobarbital, Valpróico
Fenitoína e
Topiramato*
Interação Anticonvulsivantes Não interage Métodos
reduzem a combinados
eficácia dos reduzem a
métodos orais. concentração da
Todos os métodos Lamotrigina
combinados
reduzem a
eficácia dos
anticonvulsivantes
Regra Nenhum método Pode todos os Evitar estrogênio
oral e nenhum métodos
com etinilestradiol
Qual DIU/SIU, Todos POP, AMPD
anticoncepcional Implante, AMPD e Implante,
usar Injetável mensal** DIU/SIU

*Alguns estudos sugerem que a dose do Topiramato que realmente interfere no


contraceptivo seria ≥200mg/dia, mas a OMS não se comprometeu com esse
dado e contraindica em qualquer dose;

**Por que pode injetável mensal e não pode anel e adesivo? Porque o Injetável
é Estradiol (que tem metabolização hepática mais branda e não é por via oral) e
Anel e Adesivo são Etinilestradiol. Não há estudos com Anel e Adesivo para esse
fim.
27. Esclerose múltipla

Sem imobilização prolongada:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2* 1 1

* Mulheres com esclerose múltipla comumente apresentam baixa densidade


mineral óssea, devido a imobilidade ou uso crônico de corticóides. O uso de
AMPD está associado a queda transitória da densidade mineral óssea, por isso
é classificado como categoria 2

Com imobilização prolongada:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2 1 3*

* Não existem estudos comprovando o aumento do risco de TVP/EP em


pacientes com esclerose múltipla usuárias de CHC. Porém é sabido que
pacientes com esclerose múltipla (principalmente associado a diminuição da
mobilidade) apresentam alto risco para TVP/EP.
28. Esquistossomose

Não complicada:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Em esquistossomose não complicada, o uso de CHC não apresenta efeito


adverso associado ao fígado.

Fibrose hepática (em caso de casos severos, ver CIRROSE):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1
29. Fatores de risco para doença coronariana (idade, tabagismo, DM,
HAS, dislipidemia)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2* 2* 3** 2* 3*** 4***

* Certos progestagênios podem aumentar o risco cardiovascular, mesmo esse


risco sendo substancialmente inferior ao uso dos CHCs.

** Os efeitos do AMPD podem continuar por algum tempo após sua


descontinuação, por isso é categoria 3

*** Em mulheres com alto risco para doença cardiovascular, o uso de CHC
pode elevar esse risco para níveis inaceitáveis, porém, algum risco isolado que
não seja, sozinho, grande preditor de doença coronariana, pode permitir o uso
de CHC em situações especiais.
30. Fibrose cística

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2* 1 1

Pacientes com fibrose cística apresentam risco aumentado para DM, doenças
hepáticas, doenças vesiculares e TVP/EP (particularmente associado ao uso
de cateter venoso central) e têm antibióticos prescritos frequentemente. As
categorias de contracepção devem levar em consideração esses riscos e se os
pacientes tem/teve alguma dessas condições, sendo reclassificada o critério de
elegibilidade do contraceptivo.

O medicamento Lumacaftor, usado no tratamento de fibrose cística pode


reduzir o nível de eficácia dos contraceptivos hormonais, incluindo via oral,
injetável, transdérmica e implantes.

* Mulheres com fibrose cística tem maior prevalência de baixa densidade


mineral óssea, osteopenia, osteoporose e fraturas por fragilidade. O uso de
AMPD está associado a queda transitória da densidade mineral óssea, por isso
é classificado como categoria 2.
31. Gestação ectópica (história)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 2* 1 **

A incidência de gestação ectópica em usuárias de DIU-CU é extremamente


baixa, devido a alta eficácia do método, porém, quando uma mulher se
engravida usando DIU-CU, a chance de uma gestação ectópica aumenta
substancialmente.

* Usuárias de PP possuem maior risco absoluto de gestação ectópica do que


não usuárias de PP, mas continuam tendo um risco menor do que não usuárias
de métodos contraceptivos.

** Mulheres com história de gestação ectópica apresentam risco maior de uma


nova gestação ectópica. CHC protegem contra gestações em geral, incluindo
gestações ectópicas.
32. Hepatites virais

Portador assintomático ou Crônico:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1*

* Em pacientes crônicos, estudos sugerem que CHC não pioram a severidade


da cirrose/fibrose e nem aumenta o risco de hepatocarcinoma. Para mulheres
portadoras do vírus, CHC não parecem aumentar o risco de falência hepática.

Hepatite Aguda:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 3* 4*
(iniciar)
CAT OMS 1 1 1 1 1 2*
(continuar)

* Iniciar o método: classificar em categoria 3 ou 4 de acordo com a severidade


da condição do paciente.
33. Hipertensão arterial gestacional (história)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

34. Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

Em todas as categorias de HAS os critérios são obtidos assumindo que não há


outros fatores de risco para doença cardiovascular. Quando outros fatores de
risco existem, o risco aumenta substancialmente.

Controle adequado da doença:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2 1 3*

* Em pacientes HAS, usuárias de CHC apresentam risco aumentado de AVE,


IAM e doença arterial periférica do que não usuárias. Descontinuar métodos
CHC em mulheres HAS pode melhorar o controle pressórico

Níveis pressóricos elevados: PAS 140-159mmHg ou PAD 90-99mmHg:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2 1 3

Níveis pressóricos elevados: PAS ≥ 160mmHg ou PAD ≥ 100mmHg:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2* 2* 3 2* 4

* Há evidência limitada de que hipertensas usuárias de progestagênio isolado


(por qualquer via) apresentam um pequeno aumento do risco cardiovascular,
quando comparadas a hipertensas sem uso desses métodos contraceptivos.

Doença vascular:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2* 2** 3** 2** 4

* Há risco teórico da alteração de lipídeos pelo LNG. O uso de DIU-CU é sem


restrições.

**Há consenso de que um ambiente hipoestrogênico reduza HDL,


principalmente em usuárias de AMPD. Há pouca evidência desse efeito em
usuárias de PP. O efeito da AMPD pode continuar por certo tempo após sua
descontinuação
35. HIV (alto risco)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1* 1* 1 1 1 1

* Para pacientes com alto risco para HIV e outras ISTs, há a recomendação da
pesquisa de ISTs antes da inserção de DIU/SIU.
Há 1 estudo de alta qualidade 2 estudos de baixa qualidade sugerindo que
DIU-CU não aumenta o risco de adquirir HIV. Não há estudos com SIU-LNG

11 estudos de baixa a moderada qualidade sugeriram que não há associação


entre contraceptivos orais e risco de adquirir HIV. Não há estudos com adesivo,
anel ou injetável combinado.
36. Idade

Menarca até 20 anos de idade:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* - - - -

* Nessa faixa etária há um risco aumentado de expulsão de DIU/SIU,


principalmente em nulíparas e do maior risco de ISTs.

≥ 20 anos de idade:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 - - - -

Menarca até 18 anos de idade e também ≥ 45 anos:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 2* 1 -

* Muitos estudos mostram redução transitória da densidade mineral óssea em


usuárias de AMPD. Há evidência limitada mostrando uma associação fraca
com fratura.
Um grande estudo sugeriu que essas mulheres já apresentavam alto risco para
fratura antes de iniciar AMPD. É incerto se as mulheres com uso crônico de
AMPD podem recuperar a densidade mineral óssea basal antes de terem a
menopausa e se adolescentes podem atingir o pico de massa óssea após
descontinuarem o AMPD.
A maioria dos estudos não encontra associação entre PP e redução da
densidade mineral óssea.

Entre 18 - 45 anos de idade:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 -

Menarca até 40 anos de idade: (≥ 40 anos: ver texto)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - - - - 1*

* CHC podem diminuir densidade mineral óssea em adolescentes


(principalmente em formulações com < 30mcg de EE). Não há associação com
redução da densidade mineral óssea em usuárias na perimenopausa.
O risco cardiovascular aumenta com a idade e pode aumentar com o uso de
CHC. Na ausência de qualquer condição clínica adversa, CHC podem ser
usados até a menopausa. Sendo categoria 2 após os 40 anos.
37. Infarto do miocárdio (atual ou história)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1* 2* 2 3** 2 4
(iniciar)
CAT OMS 1 3 3 3** 3 4
(continuar)

* Há um risco teórico sobre efeito de LNG nos lipídeos. O uso de DIU-CU não
apresenta contraindicações.

** Há consenso de que um ambiente hipoestrogênico reduza HDL,


principalmente em usuárias de AMPD. Há pouca evidência desse efeito em
usuárias de PP. O efeito da AMPD pode continuar por certo tempo após sua
descontinuação
38. Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Cervicite purulenta aguda ou infecção por clamídia ou gonococo:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1
(continuar)

*O risco de DIP subsequente a inserção de DIU em pacientes com ISTs no


momento da inserção é maior.
Continuar com o DIU/SIU irá depender da opinião da paciente. Usualmente os
dispositivos não precisam ser retirados, caso a paciente assim decida. A
decisão irá depender do risco para novas ISTs ou refratariedade do quadro.

Vaginites (incluindo Tricomoníase e vaginose bacteriana):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2 2 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 2 2 1 1 1 1
(continuar)

Fatores de risco para ISTs:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1
(continuar)

*Recomenda-se investigar ISTs antes da inserção de DIU/SIU. Há evidência de


que essa investigação reduza futuras DIP nas pacientes investigadas.

A investigação pode ser realizada no momento da inserção do DIU/SIU, com


posterior tratamento, se necessário. A inserção não deve ser postergada.
39. Lúpus eritematoso sistêmico (LES)

Pessoas com LES apresentam risco aumentado de IAM, AVE e TVP/EP. As


classificações dos métodos devem seguir a condição clínica da paciente,
quanto mais fatores de risco para eventos trombóticos, maior cautela na
prescrição de métodos combinados, principalmente CHCs.

Anticorpos antifosfolípideos positivos (ou desconhecidos):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 3 3 3 3 4

Anticorpos antifosfolípideos aumentam o risco de trombose venosa e arterial.

Trombocitopenia severa:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 3* 2* 2 3** 2 2
(iniciar)
CAT OMS 2 2 2 2 2 2
(continuar)

* Trombocitopenia severa aumenta o risco de sangramento, colocando o DIU-


CU em categoria 3 para iniciar, devido ao risco potencial de piora do
sangramento. SIU-LNG pode ser útil no tratamento de sangramento uterino
aumentado em paciente com trombocitopenia severa.

** Métodos de progestagênio podem ser úteis em pacientes com sangramento


uterino associado a trombocitopenia severa, porém, o AMPD pode
desencadear um sangramento aumentado e de difícil controle, podendo ser
irreversível por 11-13 semanas.

Terapia imunossupressora:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2 2 2 2 2 2
(iniciar)
CAT OMS 1 2 2 2 2 2
(continuar)

Nada acima:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 2
(iniciar)
CAT OMS 1 2 2 2 2 2
(continuar)
40. Malária

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

41. Malformações uterinas

Distorção da cavidade endometrial

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 1 1 1 1

* Distorções da cavidade endometrial podem impedir a inserção adequada de


DIU/SIU.

Anormalidades que não distorcem a cavidade endometrial (incluindo estenose


cervical)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2 2 1 1 1 1

42. Miomatose uterina


MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC
CAT OMS 2* 2* 1** 1** 1** 1**

* Grande parte das mulheres com SIU-LNG apresentam redução do fluxo


menstrual, com melhora da hemoglobina, hematócrito e ferritina. Mulheres com
miomatose uterina apresentam taxa elevada de expulsão de SIU-LNG (11%)
quando comparada com pacientes sem miomatose uterina (0-3%).

** Progestagênios e CHCs parecem não causar crescimento de miomas


uterinos.
43. Mamas

Nódulo em investigação:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 2

A investigação deve ser completada o mais precocemente possível

Doença mamária benigna:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

História familiar de câncer de mama:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Câncer de mama ATUAL:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 4* 4* 4* 4* 4*

* Cânceres de mama comumente são sensíveis a hormônios. Provavelmente a


progressão da doença é menor em usuárias de SIU-LNG do que com outros
métodos hormonais.

Câncer de mama PASSADO, sem evidência de doença por 5 anos:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 3* 3* 3* 3* 3*

* Cânceres de mama comumente são sensíveis a hormônios. Provavelmente a


progressão da doença é menor em usuárias de SIU-LNG do que com outros
métodos hormonais
44. Obesidade

IMC ≥ 30 kg/m2:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 2

* Obesas que usam CHCs têm maior chance de desenvolver TVP/EP do que
obesas usuárias de outros métodos contraceptivos, particularmente obesas
com IMC ≥ 35 kg/m2.
Obesas possuem um risco de TVP/EP 2-3x maior do que pessoas de peso
normal, independente do uso de CHC.

Há evidência limitada de que mulheres obesas usuárias de CHC não possuem


risco aumentado para IAM ou AVE, quando comparada com obesas não
usuárias de CHC.

A eficácia do adesivo pode ser reduzida em pacientes com > 90kg.

Provavelmente mulheres obesas não são propensas a ganhar peso com uso
de CHC oral ou anel vaginal, quando comparadas com mulheres de peso
normal ou sobrepeso.

Menarca até < 18 anos associado a IMC ≥ 30 kg/m2:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 2* 1 2

* Em mulheres adultas, geralmente não é encontrada associação de ganho de


peso entre usuárias e não usuárias de AMPD.

Em adolescentes esse achado é controverso, com alguns estudos observando


aumento de ganho de peso entre obesas, mas estudos antigos não
encontraram essa associação.

Estudos evidenciando ganho de peso com outros métodos de progestagênio


são limitados.
45. Paridade

Nulíparas:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 1 1 1 1

* Maior risco de expulsão de DIU/SIU. Há conflito entre estudos relacionando


DIU-CU com infertilidade em mulheres nulíparas, enquanto estudos bem
conduzidos não encontraram esse risco.

Multíparas:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

46. Psicotrópicos (medicações)

ISRS:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1
47. Puerpério

Lactantes:

TEMPO DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


< 6 sem - - 2 3 2 4
Entre 6 sem - - 1 2 1 3
e 6 meses
≥ 6 meses - - 1 1 1 2
<48 hrs 1* 2* - - - -
Entre 48 hrs 3* 3* - - - -
e 4 sem
≥ 4 sem 1* 1* - - - -

* A inserção de diu no pós-parto imediato (após parto normal ou cesárea) é


segura e deve ser encorajada, principalmente em populações vulneráveis. A
inserção após 48h (principalmente após 72h) apresenta altas taxas de
expulsão e deve ser desencorajadas.
Dois grandes estudos controladas encontraram resultados conflitantes em
relação ao aleitamento materno nas pacientes com inserção de SIU-LNG no
pós-parto imediato, porém sem efeitos na saúde infantil, crescimento e
desenvolvimento das crianças.

Ver mais detalhes em "Amamentação"

Pós-parto séptico (endometrite):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* - - - -

* Risco teórico de aumento de complicações na inserção de DIU/SIU.

Não lactantes: < 21 dias pós-parto:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 4*

* Um estudo avaliou usuárias de CHC no período pós-parto e evidenciou


aumento de TVP/EP nessas pacientes, comparadas com não usuárias de
CHC, em todos os períodos do pós-parto. O risco é mais pronunciado nas
primeiras 3 semanas, voltando para o risco basal por volta de 42 dias pós-
parto.
Não lactantes: 21 - 42 dias pós-parto COM fatores de risco para TVP/EP (idade
≥ 35 anos, história de TVP, trombofilia, imobilidade, transfusão pós-parto,
cardiomiopatia periparto, IMC ≥ 30 kg/m2, hemorragia pós-parto, pós-parto
cesáreo, pré-eclâmpsia ou tabagismo):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 4

Não lactantes: 21- 42 dias pós-parto SEM fatores de risco para TVP/EP:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 2

Não lactantes: > 42 dias pós-parto:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS - - 1 1 1 1

* Risco volta para o basal após 42 dias pós-parto.


48. Sangramento uterino anormal (padrões)

Sangramento irregular em quantidade pequena/normal:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 2 2 2 1

* Métodos de progestagênio comumente induzem sangramento irregular.


Implantes podem induzir sangramento irregular, especialmente nos primeiros 3-
6 meses, mas podem persistir por mais tempo.

Sangramento aumentado ou prolongado (incluindo padrões regulares e


irregulares):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2 1* 2 2 2 1**
(iniciar)
CAT OMS 2 2* 2 2 2 1**
(continuar)

* Há evidência de que SIU-LNG em pacientes com sangramento aumentado ou


prolongado não aumenta efeitos adversos e pode ser benéfico em reduzir o
volume do sangramento.

** Uma revisão Cochrane comparando CHC oral com naproxeno e danazol no


tratamento do sangramento aumentado: Pacientes não reportaram piora do
quadro ou qualquer evento adverso relacionado ao CHC oral.

49. Sangramento uterino anormal (sem causa definida, com suspeita


de condição grave), antes da investigação:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 3** 3** 2** 2***
(iniciar)
CAT OMS 2* 2* 3** 3** 2** 2***
(continuar)

* Em caso de suspeita de gestação ou câncer de endométrio, deve-se avaliar o


quadro e reclassificar o critério de elegibilidade após.

** Métodos de progestagênio podem causas irregularidade menstrual e


mascarara os sintomas de uma patologia subclínica. Os efeitos do AMPD são
mantidos por algum tempo após sua descontinuação

*** Nenhuma condição que causa sangramento vaginal pode ser piorada, em
curto prazo, por CHC.
50. Tabagismo

< 35 anos:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 2

* Usuárias de CHC que fumam apresentam risco cardiovascular maior do que


tabagistas não usuárias de CHC. Estudos também mostraram um aumento do
risco de IAM com o aumento do número de cigarros fumados por dia.

≥ 35 anos e MENOS que 15 cigarros/dia:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 3

≥ 35 anos e MAIS que 15 cigarros/dia:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 4
51. Talassemia

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 1 1 1 1 1

* Há consenso sobre o risco aumentado de perda sanguínea associado ao


DIU-CU. Podendo piorar uma condição anêmica de base.

52. Tireoideopatias (Bócio, Hiper e Hipotireoidismo)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1
53. Transplante de órgãos sólidos

Não complicado:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 2* 2* 2 2 2 2

Mulheres com síndrome de Budd-Chiari não devem usar CHC devido ao risco
aumentado de Trombose.

*Dados inconsistentes sobre DIU-CU em pacientes transplantados. 4 relatos de


casos mostram relatos inconclusivos, incluindo efeitos benéficos e falhas
contraceptivas.

Complicado (rejeição, vasculopatia do aloenxerto cardíaco):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 3* 3* 2 2 2 4**
(iniciar)
CAT OMS 2 2 2 2 2 4**
(continuar)

* Dados inconsistentes sobre DIU-CU em pacientes transplantados. 4 relatos


de casos mostram relatos inconclusivos, incluindo efeitos benéficos e falhas
contraceptivas.

** Dados limitados indicam não haver alterações do metabolismo de CHC. No


entanto um estudo reportou descontinuação de 2/26 mulheres (8%) como um
resultado de complicações severas. Há um relato de caso de uma mulher ter
desenvolvido colestase associado a altas doses de CHC oral.
54. Trombofilia conhecida (Fator V de Leiden, Mutação da Protrombina,
Proteína S, Proteína C e deficiência de Protrombina)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 4*

Não há indicação de rastreamento de trombofilias de rotina, devido a raridade


das condições e alto custo do rastreio.

* Pacientes com Trombofilias e usuárias de CHC possuem 2 - 20x mais risco


de eventos trombóticos do que não usuárias de CHC.
55. Trombose venosa (TV) e Embolia pulmonar (TEP)

Fatores de alto risco para recorrência: 1 dos fatores a seguir:


História de TV associada a estrogênio // TV associada a gestação // TV
idiopática // Trombofilia conhecida (incluindo SAAF) // Câncer ativo
(metastático, em tratamento ou nos primeiros 6 meses de remissão) excluído
ca de pele não melanoma// História de TV recorrente

História de TV NÃO recebendo terapia anticoagulante (com ALTO risco de


recorrência)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 4

História de TV NÃO recebendo terapia anticoagulante (com BAIXO risco de recorrência)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 3*

* Usuárias de anticoagulante apresentam alto risco para complicações


ginecológicas como cistos hemorrágicos e sangramentos aumentados. O
tratamento com CHC pode ser benéfico nessas pacientes, dependendo do
risco x benefício.

História de TV + terapia anticoagulante por ≥ 3 meses (com ALTO risco de


recorrência)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 4

História de TV + terapia anticoagulante por ≥ 3 meses (com BAIXO risco de


recorrência)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 3

TV aguda (OMS, difere do CDC, recém atualizado, abaixo):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 3* 3* 3* 3* 4
Há baixa associação de progesterona com TV. Porém, mesmo riscos pequenos
não são aceitáveis para pacientes com TV aguda.
TV aguda (CDC)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT CDC 1 2* 2* 2* 2* 4
* Não existe evidência direta sobre o uso de progestagênios entre mulheres com TVP/EP
aguda. Qualquer pequeno aumento do risco com progestagênio isolado é substancialmente
menor do que com CHC.

História familiar (parentes de 1º grau)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 2*

* Algumas condições que aumentam risco de TV são hereditárias.

Cirurgia de grande porte (COM imobilização prolongada, ≥ 15 dias)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 4

Cirurgia de grande porte (SEM imobilização prolongada, < 15 dias)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 2

Cirurgia de pequeno porte (SEM imobilização prolongada, < 15 dias)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

56. Trombose venosa superficial

Trombose venosa superficial (aguda ou história)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 3*
*Trombose venosa superficial pode estar associado com risco aumentado de TV, logo
deve-se evitar COC. No caso de trombose associado a uso de cateter venoso periférico,
o uso de COC pode ser considerado.

Veias varicosas

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1
57. Tuberculose

Não pélvica:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Se paciente estiver em uso de Rifampicina, evitar PP ou CHC.

Pélvica:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 4* 4* 1 1 1 1
(iniciar)
CAT OMS 3* 3* 1 1 1 1
(continuar)

* A presença de DIU/SIU pode piorar consideravelmente a patologia.


58. Tumores hepáticos

Câncer de fígado

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 3 3 3 3 4

Benignos:

- Hiperplasia nodular focal:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 2

Dados limitados sugerem que contraceptivos hormonais não influenciam na


progressão nem na regressão de hiperplasias nodulares focais.

- Adenoma hepático (hepatocelular):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 3 3 3 3 4

Não há evidência disponível a respeito de contraceptivos hormonais em


pacientes com adenoma hepático. CHC estão relacionados com
desenvolvimento e crescimento de adenoma hepático. Se métodos de
progestagênio estão relacionados com esse efeito, não é sabido ainda.
59. Tumores ovarianos (incluindo cistos)

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 1

Contraceptivos hormonais reduzem risco de câncer de ovário. Se adesivo ou


anel reduz esse risco, não é sabido. Enquanto aguardam o tratamento
definitivo para câncer de ovário, a paciente pode usar qualquer método. O
tratamento dessa condição costuma deixar a paciente estéril.

60. Valvas cardíacas (doenças valvares)

Não complicada:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1* 1* 1 1 1 2

*A realização de antibioticoprofilaxia para prevenção de endocardite não é


recomendada para procedimentos geniturinários, incluindo a inserção de
DIU/SIU.

Complicada (hipertensão pulmonar, risco de fibrilação atrial, história de


endocardite bacteriana subaguda):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 1 1 1 1 4*

* CHC pode aumentar o risco de trombose arterial e, pacientes com doença


valvar complicada já apresenta risco muito elevado para essa complicação.
61. Vesícula (colelitíase e colecistite)

Colelitíase Assintomática:

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 2*

* CHC podem causas um pequeno aumento no risco de doenças vesiculares,


também podem piorar doenças já existentes.

Sintomática (tratada com colecistectomia):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 2

Sintomática (tratada clinicamente):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 3

Sintomática (aguda):

MÉTODOS DIU-CU SIU-LNG Implante AMPD PP CHC


CAT OMS 1 2 2 2 2 3

Fonte: CDC/OMS, 2016


Material traduzido por dr Lucas Resende - Contracepção na prática

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