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1 - GASOMETRIA .............................................................................................. 5
1.1 Introdução a gasometria ..................................................................... 5
1.2 Transtornos acidobásicos .................................................................. 6
1.3 Indicações da gasometria ................................................................... 7
1.4 Complicações da gasometria ............................................................. 7
1.5 Análise da gasometria ......................................................................... 9
2 - FUNÇÃO RENAL ....................................................................................... 11
2.1 Avaliação da função renal ................................................................. 11
2.1.1 Creatina ...................................................................................... 11
2.1.2 Cistatina C .................................................................................. 12
2.1.3 Clearence da creatinina ............................................................. 13
2.1.4 Biópsia renal............................................................................... 13
3 - HEMOGRAMA ............................................................................................ 15
3.1 Introdução ao hemograma ................................................................ 15
3.2 Análises do hemograma ................................................................... 17
3.2.1 Série vermelha ou eritrócitos ...................................................... 17
3.2.2 Série branca ou leucócitos ......................................................... 19
3.2.3 Série plaquetária ou plaquetas ................................................... 22
4 - MARCADORES DE SEPSE ....................................................................... 25
4.1 Introdução a sepse ............................................................................ 25
4.2 Resposta inflamatória na sepse ....................................................... 26
4.2.1 Alterações na circulação sistêmica ............................................ 26
4.2.2 Alterações na microcirculação.................................................... 26
4.2.3 Alterações celulares ................................................................... 27
4.3 Caracterização da sepse ................................................................... 28
4.3.1 Síndrome da resposta inflamatória sistêmica ............................. 28
4.3.2 Sepse ......................................................................................... 28
4.3.3 Sepse grave ............................................................................... 28
4.3.4 Choque séptico .......................................................................... 29
4.4. Manifestações clínicas da sepse grave .......................................... 29
4.4.1 Sistema cardiovascular .............................................................. 29
4.4.2 Sistema respiratório ................................................................... 29
4.4.3 Sistema neurológico ................................................................... 30
4.4.4 Sistema renal ............................................................................. 30
4.4.5 Sistema hematológico ................................................................ 30
4.4.6 Sistema gastroenterológico ........................................................ 30
4.4.7 Sistema hepático ........................................................................ 31
4.4.8 Sistema endócrino e metabólico ................................................ 31
4.5 Diagnóstico da sepse ........................................................................ 31
4.5.1 Proteína C reativa (PCR) ........................................................... 31
4.5.2 Procalcitonina (PCT) .................................................................. 32
4.6 Sinais e sintomas mais frequentes nos pacientes sépticos .......... 33
4.6.1 Variáveis gerais .......................................................................... 33
4.6.2 Variáveis inflamatórias ............................................................... 34
4.6.3 Variáveis hemodinâmicas .......................................................... 34
4.6.4 Variáveis da disfunção orgânica................................................. 34
4.6.5 Variáveis da perfusão tecidual ................................................... 34
5 - ELETRÓLITOS ........................................................................................... 36
5.1 Introdução aos eletrólitos ................................................................. 36
5.2 Principais funções dos eletrólitos.................................................... 36
5.3 Eletrólitos presentes no sangue....................................................... 37
5.3.1 Sódio .......................................................................................... 37
5.3.2 Potássio ..................................................................................... 38
5.3.3 Cálcio ......................................................................................... 39
5.3.4 Fósforo ....................................................................................... 39
5.3.5 Magnésio .................................................................................... 40
5.3.6 Glicemia ..................................................................................... 41
6 - Diagnóstico por imagem .......................................................................... 43
6.1 Raio X.................................................................................................. 43
6.1.1 Histórico do estudo do raio X ..................................................... 43
6.1.2 Radiologia no Brasil ................................................................... 44
6.1.3 Divisão da radiologia .................................................................. 44
6.1.4 Raio X radiação eletromagnética ............................................... 45
6.1.5 Produção de raios X ................................................................... 45
6.1.6 Produção de imagens ................................................................ 46
6.1.7 Tipos de densidade .................................................................... 46
6.1.8 Qualidade da imagem ................................................................ 48
6.1.9 Distorção .................................................................................... 49
6.2 Tomografia computadorizada ........................................................... 50
6.2.1 Tomografia convencional ........................................................... 50
6.2.2 Utilização da tomografia computadorizada ................................ 50
6.3 Medicina nuclear ................................................................................ 52
6.3.1 Princípios da medicina nuclear................................................... 52
6.3.2 Meia vida de um elemento ......................................................... 52
6.3.3 Tipos de mecanismos ................................................................ 53
6.4 Ressonância magnética .................................................................... 53
6.4.1 Técnica ressonância magnética ................................................. 53
6.4.2 Vantagens da ressonância magnética ....................................... 54
6.4.3 Utilização da ressonância magnética ......................................... 54
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 56
1 - GASOMETRIA
Neste item sobre a gasometria será abordado em detalhes a introdução a
gasometria, transtornos acidobásicos, indicações da gasometria, complicações
da gasometria e a análise da gasometria.
Figura 1 – Gasometria
Podem ser dosados também nesta mesma mostra vários eletrólitos entre
eles:
- Sódio;
- Potássio;
- Cálcio;
- Cloreto.
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Este importante exame permite realizar a avaliação diagnóstica e também
verificar todas as respostas referentes as terapias realizadas, permitindo a
monitorização quanto a gravidade e a progressão das doenças por meio da
verificação da:
- Ventilação;
- Equilíbrio ácido-base;
- Oxigenação.
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Quando a concentração plasmática de HCO3 está reduzida em função do
aumento dos ácidos voláteis ou elevada, estes distúrbios são chamados de
acidose e alcalose metabólica.
Para a gasometria o método mais utilizado é a punção da artéria radial,
sendo necessário o conhecimento e a competência técnica para a realização do
procedimento.
A análise dos gases no sangue arterial é essencial para o tratamento dos
pacientes críticos, uma vez que assegura de forma rápida e segura o diagnóstico
da insuficiência respiratória, aguda ou crônica, possibilitando o
acompanhamento referente à oxigenação, estado acidobásico e a ventilação
alveolar.
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Para a realização da gasometria é preciso que sejam tomados vários
cuidados como:
- Decisão quanto ao local mais correto;
- Avaliação clínica do paciente;
- Análise com relação aos medicamentos utilizados frequentes pelo
paciente, visto que podem provocar a existência de sangramentos.
Todas as precauções são fundamentais para que não exista uma
sucessão de complicações devido não apenas a técnica de punção que foi
utilizada, mas também com relação as condições clínicas do paciente.
Uma possibilidade que pode ser considerada como mais segura é o
acesso transradial, uma vez que proporciona uma maior alívio para o paciente,
referente a maior facilidade para a mobilização, deambulação precoce, redução
nos custos hospitalares, diminuição nos índices de complicações parecidos ou
até menores do que através da utilização da arterial femoral.
As intercorrências vasculares não são tão comuns, estando geralmente
envolvidas com a calcificação na artéria que foi realizada a punção, obesidade,
idade, sexo, hipertensão e a utilização de anticoagulantes.
A maior incidência que ocorre no local da punção são:
- Fístulas;
- Hematomas pequeno e grande.
- Hemorragias;
- Isquemias.
- Presença de equimose local;
- Pseudoaneurismas;
- Sangramentos.
Nas punções radiais é observado a redução da permeabilidade do vaso,
enquanto nas punções femorais as alterações mais comuns são a existência de
retenção urinária.
A rápida assistência do profissional quanto a identificação e a avaliação
das prováveis alterações vão provocar uma redução sobre os efeitos, diminuindo
o incômodo do paciente, permitindo a diminuição dos custos hospitalares, e
garantindo uma assistência mais assertiva de forma a garantir a plenitude do
cuidado.
8
1.5 Análise da gasometria
9
Dar suporte emocional.
Integridade da Promover cuidados com o local da punção;
Proteger contra infecção;
pele prejudicada
Manter supervisão da pele;
Inspecionar sinais flogísticos;
Reduzir sangramento.
Conforto Oferecer medidas de conforto;
Esclarecer dúvidas e possível anseio sobre o procedimento.
prejudicado
Risco de trauma Avaliar risco de sangramento (teste de Allen);
Utilizar agulha de pequeno calibre;
vascular
Atentar para destreza e domínio da técnica.
Risco de infecção Realizar técnica asséptica;
Fazer curativo compreensivo com gaze estéril;
Avaliar presença de sinais flogísticos.
Risco de lesão Aplicar teste de Allen antes da coleta do exame;
Avaliar coagulograma antes de iniciar a coleta;
Verificar presença de hematomas após punção;
Fazer compressão com gazes estéril por no mínimo 10min.
Fonte: Adaptado de Nanda, 2010.
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2 - FUNÇÃO RENAL
2.1.1 Creatina
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- Exercício físico.
No caso de altas concentrações da creatinina no sangue, isto significa que
o paciente está com uma lesão renal.
Também pode ser empregada para a monitorização posteriormente a um
transplante renal, visto que os níveis vão estar alterados levemente indicando a
possibilidade de uma rejeição ao transplante.
Para a avaliação da creatinina o paciente não pode realizar exercícios
físicos excessivos ao longo de 8 horas antes da fazer o exame, também é
indicado a redução ou o impedimento quanto a ingestão de grandes quantidades
de carne vermelha nas 24 horas anteriormente a realização do exame.
A creatinina não é alterada pela dieta nem pelo catabolismo protéico e vai
estar um pouco elevada nos casos onde existe uma desidratação ou falha
cardíaca, a não ser em casos severos, porém vai elevar rapidamente e
significativamente nos casos de insuficiência renal.
A dosagem da creatinina é considerada como um marcador muito
específico para os casos de lesão renal, porém não é considerado como um bom
marcador para avaliar a filtração glomerular, principalmente nas fases iniciais da
insuficiência renal.
Portanto a exatidão da creatinina pode estar mudada em função de vários
fatores, visto que a sua concentração sérica está relacionada diretamente à
massa muscular e é influenciada em função da idade e do sexo, o que vai permitir
uma variação tanto intra como interindividual, o que esclarece o nível plasmático
mais elevado nos homens do que nas mulheres e nos adultos do que nas
crianças.
2.1.2 Cistatina C
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Existe uma grande vantagem com relação a concentração sérica
constante apesar do sexo, idade, massa muscular e peso corporal.
Não existe diferenças entre os valores para os sexos e os valores
encontrados nas crianças são parecidos com o dos adultos.
Outro benefício quanto a utilização da cistatina C é a dispensa quanto a
coleta de urina durante 24 horas para a realização do clearence, portanto a
cistatina C vai dar uma maior estimativa taxa de filtração glomerular nos
pacientes diabéticos.
O grande problema da cistatina C é o seu alto custo em torno de oito vezes
maior do que o valor da creatinina, inviabilizando a sua utilização em vários
serviços.
Tirando esta questão quanto ao custo, os resultados são mais específicos
para avaliar a filtração glomerular, sendo, portanto, considerada como um melhor
marcador para a lesão renal.
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A biópsia renal é considerada como o último recurso para o diagnóstico,
neste exame, onde são avaliados todas as estruturas do órgão, especialmente
quanto a existência de hipertrofia dos néfrons.
O grande inconveniente é que esta prática é invasiva o que acaba
trazendo grandes riscos para o paciente em função da grande vascularização
dos rins.
14
3 - HEMOGRAMA
Figura 3 – Hemograma
15
- Atipias celulares.
Estas ponderações são essenciais para ajudar na realização do
diagnóstico clínico.
O hemograma pode ser realizado através da utilização de equipamentos
não automatizados e automatizados existindo uma grande variação quanto a
tecnologia eletrônica ligada à informática.
De acordo com os vários dados existentes referentes as comparações
entre as metodologias não automatizada e automatizada os resultados obtidos
não indicam que existam grandes diferenças.
No entanto a grande tendência natural é a substituição de forma gradativa
para os equipamentos automatizados.
Para a análise não automatizada são utilizados três equipamentos entre
eles:
- Microscópio;
- Centrífuga ou microcentrífuga;
- Espectrofotômetro ou fotocolorímetro.
Por meio do microscópio são realizadas as contagens dos eritrócitos,
leucócitos (total e diferencial) e de plaquetas, através da câmara de Neubauer e
da lâmina corada.
Já a centrífuga ou microcentrífuga vai proporcionar o valor do hematócrito,
enquanto o espectrofotômetro ou fotocolorímetro possibilita a leitura da
hemoglobina.
É preciso que todos os equipamentos tenham uma boa qualidade e
sensibilidade tecnológica.
A análise automatizada tem permitido um melhor desempenho referente
a rotina laboratorial, principalmente quando se tem mais de vinte hemogramas
para serem realizados por dia.
Estes equipamentos permitem a realização de 30 a 120 hemogramas por
hora, já os equipamentos mais simples são baseados no princípio da
impedância, o que significa a constituição de uma corrente elétrica entre dois
eletrodos; no momento que uma célula vai atravessar a corrente elétrica sendo
gerado um impulso elétrico que é quantificado, de acordo com o diâmetro de
forma especifica para os eritrócitos, leucócitos ou plaquetas.
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Já os equipamentos automatizados avançados vão empregar vários
canais com impedâncias específicas, possibilitando as contagens dos eritrócitos,
leucócitos e plaquetas ao mesmo tempo.
Junto a função básica podem ser associados vários recursos entre eles:
- Citometria de fluxo;
- Citoquímica;
- Citologia diferencial com a habilidade para diferenciar as células
imaturas (reticulócitos e blastos).
De qualquer maneira a escolha por um ou outro tipo de análise
automatizada e não automatizada está envolvida com a quantidade dos exames
em um laboratório.
Enquanto a qualidade dos resultados está diretamente relacionada com
uma boa atuação técnica, análise dos valores, manutenção dos equipamentos e
a padronização.
3.2 Análises do hemograma
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A avaliação da série vermelha permite a quantificação dos eritrócitos,
hematócrito, dosagem de hemoglobina e índices hematimétricos (VCM, HCM,
CHCM, RDW), além do exame microscópico da estrutura eritrocitária.
A análise auxilia quanto ao diagnóstico das principais causas da anemia,
além de possibilitar a classificação das causas e dos tipos de anemias.
A existência da anemia é observada quando o eritrograma possui uma
concentração de hemoglobina que está menor que o valor que é considerado
como padrão para a idade.
A análise quantitativa dos eritrócitos vai possibilitar a classificação
laboratorial das anemias quanto aos valores dos índices hematimétricos de VCM
e HCM.
O paciente com anemia possui o VCM e o HCM reduzidos estando com a
anemia microcítica e hipocrômica, já quando o VCM e HCM estão dentro da faixa
de normalidade a anemia é denominada de normocítica e normocrômica e
quando apenas o VCM está elevado e o HCM não a anemia é chamada de
macrocítica.
Conforme pode ser observado na tabela a seguir você vai observar alguns
exemplos de anemia.
O caso 1 é um exemplo de uma anemia microcítica onde o VCM está
reduzido e hipocrômica com HCM diminuído.
Já o caso 2 é característico de anemia normocítica com VCM normal e
normocrômica com HCM normal.
O caso 3 é um exemplo de anemia macrocítica com o VCM aumentado.
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O índice CHCM nem sempre está diminuído nas anemias, entretanto
observa-se sua diminuição em casos graves de hipocromia como na talassemia
beta maior e anemia ferropriva grave.
A elevação do CHCM geralmente está relacionada com o alto número de
eritrócitos esferócitos como por exemplo a esferocitose hereditária.
O índice RDW é considerado como muito importante quando está elevado
acima do padrão indicando a anisocitose.
O exame qualitativo dos eritrócitos integra o eritrograma e a sua avaliação
compõe a série analítica onde é avaliado:
- Tamanho (anisocitose);
- Forma (poiquilocitose);
- Coloração (hipocromia e hipercromia);
- Inclusões.
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O valor absoluto é considerado como uma melhor expressão diagnóstica
comparado com o valor relativo.
A pesquisa sobre o leucograma está baseada na observação da
contagem total dos leucócitos conforme pode ser observado a seguir:
- Valores acima do padrão para a idade é chamado de leucocitose.
- Valores abaixo do padrão para a idade é chamado de leucopenia.
Figura 4 - Leucograma
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- Doenças metabólicas.
A leucocitose acentuada ou patológica está diretamente envolvida com:
- Doenças mieloproliferativas (leucemias mielóides, policitemia vera e
mieloesclerose);
- Linfoproliferativas (leucemias linfóides e alguns linfomas).
Na permanência da leucocitose é necessário que exista uma análise de
forma mais cuidadosa com relação a sua morfologia, procurando diferenciar nos
neutrófilos a presença de neutrófilos jovens como os bastões, metamielócitos,
mielócitos e promielócitos, granulações tóxicas, vacúolos citoplasmáticos e as
inclusões anormais.
Já nas leucocitoses acentuadas ou patológicas, principalmente as que
estão relacionadas com as leucemias agudas, geralmente vão estar presentes
leucócitos jovens e com nucléolos.
As infecções virais vão induzir a linfocitose relativa, que pode estar com
ou sem leucocitose e algumas vezes até as leucopenias.
Nestas situações a existência dos linfócitos atípicos são caracterizados
pelas morfologias alteradas nas formas do núcleo e da célula, na relação
núcleo/citoplasmática e intensa basofilia do citoplasma, estando acima de 5%
dos linfócitos contados.
Frequentemente as infecções virais vão sensibilizar as células
apresentadoras de antígenos as quais são identificadas pela monocitose e
linfocitose conjuntamente, como ocorrem na mononucleose infecciosa.
A leucopenia muitas vezes está relacionada com a redução dos
neutrófilos, podendo ser de origem fisiológica ou então induzida através de
drogas e poluentes, reativa e processos imunológicos.
A seguir será abordado os tipos e as causas da leucopenia por
neutropenia:
- Fisiológica – está situação é frequente tanto nos africanos como nos
seus descendentes.
- Drogas – utilização de antiinflamatórios como as butazonas,
antibacterianos como o cloranfenicol e os anticonvulsivantes e os
antidepressivos.
- Poluentes – são decorrentes do benzeno, fertilizantes e agro-tóxicos.
21
- Reativa – os exemplos são as infecções bacterianas gram negativas,
tifo, brucelose e a tuberculose miliar.
- Imunológica – o exemplo é a neutropenia auto imune e a neutropenia
neonatal aloimune.
O leucograma muitas vezes vai apresentar situações de eosinofilia, no
Brasil, as eosinofilias são decorrentes da presença de parasitas como:
- Ascaris;
- Estrongilóides;
- Schistosomas.
Existem também outras causas como:
- Alergia;
- Câncer com metástases;
- Doença de Hodgkin;
- Leucemia mielóide crônica;
- Eczema;
- Psoríase;
- Pênfigo.
- Dermatite.
22
A contagem total das plaquetas e a análise quanto a morfologia são
fundamentais.
As principais causas das plaquetopenias podem ser observadas na figura
a seguir:
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- Anemia ferropriva;
- Hemorragias agudas;
- Inflamações;
- Infecções crônicas;
- Anemias hemolíticas;
- Leucemias;
- Policitemia vera.
No entanto existem circunstâncias onde a contagem das plaquetas é
maior que 700 x 103 /mm3 chegando até 3.000 x 103 /mm3, sendo a
trombocitemia essencial ou doença mieloproliferativa que provoca a constituição
não controlada das células antecessoras das plaquetas os megacariócitos.
Existem intervenções técnicas que podem alterar na contagem das
plaquetas, como a quantidade aumentada do anticoagulante EDTA-K2 que
provoca a constituição dos agrupamentos de plaquetas levando a pseudo-
plaquetopenia na contagem automatizada; a correção é feita através da
contagem das plaquetas no esfregaço sanguíneo.
Nos pacientes com leucemias os leucócitos estão fragmentados, como na
microesferocitose onde os eritrócitos são muito pequenos, induzindo a pseudo-
plaquetose.
24
4 - MARCADORES DE SEPSE
25
Ela pode se manifestar por meio de diferentes estágios clínicos
para um mesmo processo fisiopatológico, sendo considerado como o
maior desafio para os profissionais.
É fundamental que o tratamento para todos estes pacientes
sejam o mais precoce possível.
Alterações na
Alterações na Alterações
circulação
microcirculação celulares
sistêmica
Fonte: próprio autor
26
- Trombose;
- Depressão miocárdica.
27
4.3 Caracterização da sepse
A figura a seguir apresenta a caracterização da sepse:
Síndrome da
resposta Sepse Choque
Sepse
inflamatória grave séptico
sistêmica (SIRIS)
Fonte: próprio autor
4.3.2 Sepse
A sepse corresponde a síndrome da resposta inflamatória
sistêmica secundária ao processo infeccioso q ue pode ser confirmado
ou suspeito, não é preciso identificar o agente infeccioso.
28
- Alteração aguda do estado mental.
29
- Dispneia;
- Taquipneia;
- Cianose;
- Hipoxemia.
30
4.4.7 Sistema hepático
31
O limiar é geralmente ultrapassado entre 4 a 8 horas
posteriormente a inflamação aguda, sendo que os valores da proteína
C reativa vão estar por volta de 20 a 500mg/L.
Portanto os altos níveis da proteína C reativa estão relacionados
diretamente com as alterações patológicas, trazendo informações
fundamentais quanto ao diagnóstico, terapia e monitoramento de todas
as doenças inflamatórias.
32
A procalcitonina também pode estar aumentada em função de
outras circunstâncias como uma cirurgia extensa, queimaduras graves
ou nos recém-nascidos, porém este valor é retomado rapidamente
Já as infecções virais, colonização bacteriana, infecção
localizada, distúrbios alérgicos, doenças au toimunes e rejeição dos
transplantes, normalmente não vão induzir uma resposta significativa,
este valores são inferiores a 0,5 ng/mL.
A procalcitonina é considerada como um excelente biomarcador
de sepse, ajudando no diagnóstico e na exclusão da sepse, a lém de
orientar quanto ao começo e a finalização dos antibióticos.
Gerais
Inflamatórias
Hemodinâmicas
Disfunção orgânica
Perfusão tecidual
33
- Taquicardia;
- Taquipneia;
- Alteração no estado mental;
- Edema ou balanço hídrico positivo;
- Hiperglicemia.
34
Quanto as variáveis da perfusão tecidual os sina is e sintomas
que podem estar presentes são:
- Hiperiactatemia;
- Redução do enchimento capilar ou livedos.
35
5 - ELETRÓLITOS
36
5.3 Eletrólitos presentes no sangue
Os eletrólitos que estão presentes no sangue são os seguintes:
- Sódio;
- Potássio;
- Cálcio;
- Fósforo;
- Magnésio.
5.3.1 Sódio
37
- Pele seca;
- Tremores;
- Hipertensão arterial;
- Perda de cálcio.
5.3.2 Potássio
38
- Arritmia;
- Fraqueza.
Figura 13 – Potássio
5.3.3 Cálcio
5.3.4 Fósforo
39
5.3.5 Magnésio
40
- Perturbação da pressão sanguínea (tanto com hipertensão como
hipotensão),
- Taquicardia.
- Tremores musculares;
O íon magnésio é fundamental para auxiliar na fixação do cálcio no
organismo humano.
A deficiência do íon magnésio pode acarretar o enrijecimento das artérias
e também a calcificação das cartilagens, articulações e das valvas cardíacas; já
a sua falta pode contribuir na descalcificação dos ossos conhecido como
osteoporose.
O excesso do íon magnésio pode provocar por exemplo:
- Boca seca;
- Fraqueza muscular;
- Hipotensão;
- Insuficiência respiratória;
- Náuseas;
- Rubor facial;
- Sede crônica.
5.3.6 Glicemia
41
Figura 14 - Glicemia
42
6 - DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
6.1 Raio X
43
A primeira vez que o raio X foi utilizado com fins diagnósticos foi no ano
de 1896, sendo descobertos os efeitos físicos dos raios X nos pacientes,
contribuindo com a criação da especialidade médica denominada de radiologia.
Devido a todos os trabalhos que ele realizou, ele recebeu no ano de 1901
o Prêmio Nobel de física.
44
Todas estas descobertas ajudaram no diagnóstico clínico, permitindo o
acesso a áreas que não eram anteriormente possíveis ao exame cirúrgico
proporcionando a sua visualização de uma forma mais clara.
Todos as descobertas permitiram a aquisição de imagens mais precisas
de todas as áreas do corpo humano, permitindo a utilização de procedimentos
que eram antes dependentes de uma exploração cirúrgica.
45
Figura 15 - Produção de raios X
Fonte:
https://www.google.com.br/search?biw=1242&bih=524&tbm=isch&sa=1&ei=JXk2XeKOLsK75OUPu7-
XyAY&q=Produ%C3%A7%C3%A3o+de+imagens+no+raio+x&oq=Produ%C3%A7%C3%A3o+de+imagen
s+no+raio+x&gs_l=img.3...58430.62353..62606...2.0..0.407.2346.0j10j1j1j1......0....2j1..gws-wiz-
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5#imgrc=9MsFs4HWGUZo6M: - visualizado em 14/07/2020.
46
Figuras 16 – Tipos de densidade
Física Radiográfica
47
Figura 17 – Diferentes densidades
48
A imagem radiográfica é uma exibição bidimensional das estruturas
tridimensionais, portanto algumas partes vão estar mais longes da radiografia do
que as outras.
Em termos geométricos os raios X se comportam de forma parecida com
os raios luminosos.
Existe uma ampliação dos objetos quando os mesmos estão a uma certa
distância da radiografia, quanto mais longe o objeto estiver da radiografia maior
será a sua ampliação e menor a nitidez.
Este efeito é muito importante, na avaliação do coração em radigrafias
torácicas, sendo chamada de radiografia posterio anterior ou (PA).
O coração está situado anteriormente sendo portanto a ampliação
resultante moderadamente pequena. Na radiografia anteroposterior (AP) do
tórax o feixa vai ser penetrado pela frente do paciente e ser exteriorizado pelas
costas.
A ampliação do coração será maior em função da maior distância entre o
coração e o filme, nesse caso para impedir o efeito não desejável deve ser
colocado a região de maior interesse mais próxima do filme o que então gera
uma imagem mais real da região.
6.1.9 Distorção
49
Os principais exemplos de estudos radiográficos simples são:
- Torácica;
- Abdominal;
- Esquelética.
6.2 Tomografia computadorizada
Neste tem tomografia computadorizada será estudado a tomografia
convencional e a utilização da tomografia computadorizada.
50
Os dados relativos das medidas são analisados por meio de um sistema
computadorizado que apresenta diferentes tonalidades de cinza as várias
estruturas por meio dos seus coeficientes de absorção ou atenuação.
O computador reconstrói uma imagem por meio dos gráficos geométricos
dos locais onde as mensurações foram obtidas.
A recente variação da tomografia computadorizada é realizada através da
tecnologia helicoidal ou espiral.
As informações coletadas na tomografia computadorizada são exibidas
por meio de um monitor, sendo possível alterar as janelas das diversas
densidades para que seja coletada por exemplo os pulmões, tecidos moles ou
os ossos.
Na tomografia computadorizada espiral os dados são obtidos através de
uma tecnologia que vai produzir cortes semelhantes a uma maça descascada ou
fatiada no sentido espiral.
Atualmente é possível captar as imagens do tórax inteiro ou do abdome
inteiro em menos de 20 segundos ou em um tempo menor ainda.
Esta rapidez é muito importante principalmente nos casos onde é
necessário que o paciente segure a respiração.
Esta tecnologia permite a transferência dos dados com muita rapidez,
impedindo a existência de artefatos de movimento.
Esta tecnologia permite transferir os dados com maior rapidez, além de
possibilitar a reconstrução multiplanar e tridimensional das imagens.
A velocidade é fundamental para a obtenção das imagens das vítimas de
um trauma.
Após o registro das informações as janelas podem ter várias densidades
para que seja obtido uma imagem ideal dos pulmões, tecidos moles ou ossos no
console.
Para distinguir o aspecto de algumas neoplasias vasculares ou órgãos é
injetado um meio de contraste através da via intravenosa.
Os agentes de contraste empregados são parecidos com os utilizados nos
estudos de angiografia ou urografia.
A avaliação do crânio é utilizada para verificar os pacientes que possuem
vários tipos de alterações neurológicas, sendo empregado para a definição e
localização dos tumores cerebrais (primários ou metastásicos), avaliação dos
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pacientes com emergências neurológicas como uma hemorragia intracerebral ou
hematoma subdural.
É indicado também para os pacientes com trauma abdominal, suspeita de
doença pancreática, mediastino para definir a extensão dos tumores, avaliação
dos pacientes com doença de Hodgkin ou linfoma e exame do sistema
musculoesquelético para os acometimentos ósseos e do tecido mole.
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A meia vida física é o período no qual o elemento passa por uma
degradação, ocorrendo de forma natural, este elemento pode estar guardado em
uma prateleira no laboratório ou administrado para um paciente.
Já a meia vida biológica está relacionada com a remoção fisiológica
normal de uma substância a qual o isótopo foi fixado, a meia vida do tenécio 99
é em torno de 6 horas, sendo que considerada como a meia vida biológica mais
curta.
A meia vida efetiva é uma derivação matemática que está relacionada
com uma fórmula que combina as meias vidas biológica e física, estando
relacionada com a medida do tempo onde o isótopo vai persistir no interior do
corpo.
A aquisição da imagem pode ser realizada de forma estática ou de forma
dinâmica, os estudos estáticos compreendem por exemplo os exames da
tireoide, fígado e exames convencionais da tomografia computadorizada através
da emissão de fóton único (SPECT).
Já nos estudos dinâmicos estão incluídas as imagens sequenciais básicas
para a verificação do fluxo sanguíneo dos órgãos, esqueleto e rins.
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A ressonância magnética é considerada como uma técnica não invasiva
que utiliza a radiação ionizante, em função dos parâmetros utilizados para a
obtenção das imagens, sendo considerada como uma tecnologia que não possui
riscos para a saúde.
São utilizados pulsos de radiofrequência na presença de um campo
magnético intenso com o objetivo de produzir imagens de alta qualidade do corpo
em qualquer plano.
Como a tomografia computadorizada a ressonância magnética pode
evidenciar as estruturas nos planos transversais ou axiais, enquanto a
ressonância magnética pode produzir imagens em qualquer outro plano, sendo
que os planos mais comuns para a exibição são o sagital, coronal e axial.
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Figura 19 – Ressonância magnética no plano sagital
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BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
DIANA NICOLL, D.; LU, CM. & MCPHEE, SJ. Manual de Exames
Diagnósticos. Editora McGraw-Hill, 2009.
COMPLEMENTAR
FISCHBACH, F.; MARSHALL, B. & DUNNING, I. Exames Laboratoriais e
Diagnósticos em Enfermagem. 9ª Edição, Editora Guanabara, 2016.
GUYTON, AC. & HALL, JE. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro, 13ª
Edição, Editora Elsevier, 2017.
NICOLL, D.; LU, CM.; PIGNONE, M. & MCPHEE, SJ. Manual de Exames
Diagnósticos. Editora McGraw Hill, 2013.
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